segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESCLARECIMENTOS DO CULPADO

          Se você soubesse como eu me encontrava, no momento da agressão, certamente que me não quereria mal, nem pensaria em revide.
          O agressor, em verdade, é mais infeliz, porquanto transfere do seu mundo íntimo agitado toda a perturbação de que se sente possuído e não se pode conter.
          Se você pudesse saber, realmente, como eu me sentia, vencido pela ira que se fez, a seu turno, meu demorado algoz, com segurança me daria um crédito de confiança, desculpando-me.
          Se você pudesse imaginar como eu me encontro neste momento!...
          Eu o agredi, é verdade, e reconheço meu erro.
          Se você revida, mesmo que mentalmente, o mal que lhe fiz, apiado-me, porque você erra, também, infelicitando-se.
          Considere que o cego, ignorando a luz, não pode avaliar o que perde. Todavia, transita magoado e infeliz quando não se clareia por dentro.
          A minha situação é mais grave, porquanto, embora vendo, preferi não enxergar...
          A vítima é sempre simpática; o agressor faz-se detestável.
          O perseguido inspira simpatia; o algoz estimula a aversão.
          Quem sofre, gera em torno de si, afetividade; ao passo que o promotor dos sofrimentos, faz-se odiado.
          Jesus sensibilizou a História e a Humanidade, todavia, os Seus algozes, ainda hoje são o símbolo da hediondez e da malquerença.
          Se você lograsse compreender as injunções negativas daquela momento, bendiria não haver sido o agressor, antes, porém, a vítima.
          Ajude-me, na tarefa de soerguimento que ora empreendo, você que se encontra em melhores condições do que eu.
          Se você puder, permaneça na posição pacífica, na de vítima, tudo envidando para jamais tornar-se algoz ou agressor de quem quer que seja.
          Assim lhe digo, porque conheço o travo da amargura de sofrer e fingir que tendo razão no mal que lhe fiz, havê-lo feito muito bem...
          Dê-me sua mão, e erga-me, amigo, necessitado como estou de seu auxílio.

Marcelo Ribeiro
(De “Terapêutica de emergência”, de Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FÉ EM TI

Fanatismo é torpe descaracterização da fé, exteriorizando demência da faculdade de pensar.
A descrença sistemática é conflito emocional, de curso largo, a inquietar o equilíbrio da razão.
O homem crê por impositivo da evolução, por hereditariedade psicológica.
Nem toda crença é racional, passada pelo crivo do exame, mas também, automática, natural, em um número de pessoas, pela qual se expressa.
A fé, por isso mesmo, manifesta-se de maneira natural e racional.
A primeira encontra-se ínsita no homem, enquanto a outra é adquirida através do raciocínio e da lógica.
A fé religiosa, pois, surge espontaneamente ou resulta de uma elaboração mental que os fatos confirmam.
Virtude, portanto, conquista pessoal, descortina os horizontes amplos da vida, facultando paz e estimulando à luta.
Aquisição intelectual, transforma-se em uma luz sempre acesa a conceder claridade nas circunstâncias mais complexas da vida.
Seja, porém, qual for a forma em que se manifesta a tua fé, vitaliza-a com o amor, a fim de que ela se expanda na ação do bem.
A fé é parte ativa da natureza espiritual do homem, cujo combustível deve ser mantido através da oração, da meditação frequente e do esforço por preservá-la.
Não faças experiências-testes à tua fé. Ela estará presente nos momentos hábeis sem que se faça necessário submetê-la a avaliações.
Aprende a crer nos teus valores.
O homem crê por instinto, por assimilação, pela razão.
Põe a tua fé em Deus e absorve a ideia do bem, pois foste criado para uma vida feliz e saudável.

(De “Filho de Deus”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

OBSTÁCULOS

Que admitisse no Espiritismo uma doutrina de acomodação com o menor esforço, na qual as inteligências desencarnadas devessem andar cativas aos caprichos dos homens, decerto vaguearia, irresponsável, à distância da Lei.
Descerrando o intercâmbio entre os dois mundos, a nossa fé não vem pulverizar os óbices do caminho que para todos nós funciona à conta de estímulo e advertência, amparo e lição.
Achamo-nos todos, encarnados e desencarnados, na sublime escola da vida.
Cada criatura estagia na experiência que abraçou ou na luta que preferiu.
Não seria lógico subtrair o remédio ao doente, o serviço ao trabalhador e o ensinamento ao aprendiz.
Somos prisioneiros de nossas próprias culpas, não burlaremos a justiça.
Todavia, pela nossa conduta no trilho espinhoso da regeneração, podemos conquistar amplo socorro da confiança divina.
Eis, porque, antes de pedir, devemos merecer, para que nossos apelos não se apaguem no clamor do petitório vazio e inútil.
Para rogar proteção é preciso também proteger.
Somos elos da imensa corrente da evolução que em se perdendo no abismo insondável das origens repousa, com segurança, nas mãos misericordiosas e justas de Deus.
Desse modo, suplicando auxílio aos Benfeitores que nos auxiliam, não nos esqueçamos de que é necessário auxiliar aos irmãos menos felizes que gravitam em torno de nossos passos.
Os obstáculos são bênçãos em que podemos receber e dar, conforme a nossa atitude perante a vida.
Recolhendo sem revolta as pedras do caminho e oferecendo ao espinheiro as flores de nossa fé, atraímos o concurso do Céu e inspiramos a paz e o perdão, a bondade e a renúncia àqueles que nos partilham as dificuldades e o sonho de cada dia.
Cada um de nós permanece, portanto, entre os instrutores do monte da luz e os necessitados do vale das trevas, com a possibilidade de amealhar as bênçãos do Alto e com a obrigação de distribuí-las.
Em razão disso, no estudo da assistência salvadora que nos é administrada, não nos esqueçamos de que outros irmãos, em problemas e lutas mais aflitivas que as nossas, estão esperando por nossa fraternidade e por nosso auxílio que somente ao preço de humildade e de amor conseguiremos distender.

(Obra: Doutrina de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DIFICULDADES

       É possível hajas despertado para a nova fé, sob enormes dificuldades.
       Guardas, talvez, a impressão de quem se vê defrontado por asfixia num cipoal...
       A primeira atitude, em favor da própria libertação — não te fixares nas crises e nos entraves e sim sair deles honrosamente pela aplicação ao trabalho nobilitante.
       A Divina Sabedoria nos confere o benefício da prova, para que venhamos a superá-la e assimilá-la, em forma de experiência, nunca no objetivo de confundir-nos ou arrojar-nos ao desalento.
       Se te encontras doente, reflete na lição que te é concedida, valendo-te dela para edificar espiritualmente nos irmãos que te
assistem e, sob a desculpa de que sofres mais que os outros ou de que tens pouco tempo de vida, não te demandes em  excessos ou irritações.
       Se te observas em pauperismo, não incrimines a ninguém pela estado de carência que atravessas, nem te revoltes contra as vantagens que favorecem os outros, mas sim, ergue-te, em espírito, e, quanto possível, esforça-te para que a diligência no desempenho das próprias obrigações te faculte novas perspectivas de reabilitação e progresso.
       Aceita o concurso alheio, que todos nós precisamos do entendimento e do amparo uns dos outros, no entanto, desenvolve os teus próprios recursos.
       Não creia que possas desfrutar, em caráter permanente, de benefícios que não plantaste.
       A luz de um amigo clarear-te-á o caminho, por algum tempo, entretanto, se queres sobrepor-te definitivamente ao domínio da sombra, é forçoso possuas a tua própria lâmpada.
       Obstáculos são desafios renovadores.
       Ouvi-los e aproveitá-los é obrigação que a vida nos atribui.

(De “No portal da Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Falatórios

Dentre os muitos males que o verbo infeliz pode produzir, o mexerico é, possivelmente, dos mais graves.
Semelhante a vaso pútrido, o falatório exala miasma pestilencial, que contamina os incautos, que dele se acercam.
Ali proliferam a maledicência insensata, o julgamento arbitrário, a acusação indébita, a suspeita inapelável, a infâmia disfarçada, quando não irrompe a
calúnia maleável, capaz de engendrar a destruição dos mais nobres ideais e vidas respeitáveis.
Atira-se a brasa do falatório inconsciente e espera-se que o fogo da irresponsabilidade ameace, devorador, a estrutura onde produz chamas.
Nasce na conversa simples, porém, perniciosa. Emana de uma observação candente e feita de impiedade, a qual se difunde facilmente por ausência de serviço edificante, em decorrência da hora vazia, pela dilatação das apreciações indébitas.
O falatório é, também, verdugo do falador, porquanto, aquele que se compraz em censurar, torna-se vítima da censura alheia.
Acautela-te dos que somente sabem colocar ácido e observações infelizes. Não estás indene à acusação deles.
Se te trazem informação inditosa, por mais amigo que te seja, de ti levará informação incorreta para outrem, a quem chama amigo, e que ignoras.
Não permitas que os teus ouvidos, voltados para a verdade, se convertam em caixa de acusações desditosas.
Ninguém te pede a santificação em um dia, nem espera a tua redenção numa hora.
Aliás, se isto se dera, o beneficiado seria tu próprio. Todavia, todos aguardam que não incidas, reincidas ou insistas no erro, promovendo a renovação dos teus propósitos cada dia, a toda hora, em cada instante......
O teu chamado ao Evangelho de Jesus significa compromisso novo para com a vida, e, se outrem erra, não te utilizes do erro dele, para que justifiques o teu erro.
Não prestarás satisfação da tua conduta ao teu próximo, mas Àquele que te enviou a servir.
Sempre que falares, faze o relatório do bem: desculpa, ajuda, perdoa e compreende.
O irmão caído não necessita de empurrão para mais baixo, entretanto, espera mão amiga para reerguer-se.
Quem erra, tem a ferida do engano; aquele que se equivoca, padece a ulceração do erro.
Disputa a honra de acertar, falando sobre o bem, em nome do Supremo Bem, para o teu próprio bem.


Celeiro de Bênçãos
Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

VIDA EM FAMÍLIA

        Os filhos não são cópias Xerox dos pais, que apenas produzem o corpo, graças aos mecanismos do atavismo biológico.
        As heranças e parecenças físicas são decorrências dos gametas, no entanto, o caráter, a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação, sem maior dependência dos vínculos genéticos com os progenitores.
        Atados por compromissos anteriores, retornam, no lar, não somente aqueles seres a quem se ama, senão aqueloutros a quem se deve ou que estão com dívidas...
        Cobradores empedernidos surgem na forma fisiológica, renteando com o devedor, utilizando-se do processo superior das Leis de Deus para o reajuste de contas, no qual, não poucas vezes, se complicam as situações, por indisposição dos consortes...
        Adversários reaparecem como membros da família para receber amor, no entanto, na batalha das afinidades padecem campanhas de perseguição inconsciente, experimentando o pesado ônus da antipatia e da animosidade...
        A família é, antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura.
        Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se digladiam no proscênio doméstico, genitores que destacam uns filhos em detrimento de outros, ou filhos que agridem ou amparam pais, são Espíritos em processo de evolução, retornando ao palco da vida física para a encenação da peça em que fracassaram, no passado.
        A vida é incessante, e a família carnal são experiências transitórias em programação que objetiva a família universal.
*
        Abençoa, desse modo, com a paciência e o perdão, o filho ingrato e calceta.
        Compreende com ternura o genitor atormentado que te não corresponde às aspirações.
        Desculpa o esposo irresponsável ou a companheira leviana, perseverando ao seu lado, mesmo que o ser a quem te vinculas queira ir-se adiante.
        Não o retenhas com amarras de ódio ou de ressentimento. Irá além, sim, no entanto, prossegue tu, fiel, no posto, e amando...
*
        Não te creias responsável direto na provação que te abate ante o filho limitado, física ou mentalmente.
        Tu e ele sois comprometidos perante os códigos Divinos pelo pretérito espiritual.
        O teu corpo lhe ofereceu os elementos com que se apresenta, porém, foi ele, o ser espiritual, quem modelou a roupagem na qual comparece para o compromisso libertador.
        Ante o filhinho deficiente não te inculpes. Ama-o mais e completa-lhe as limitações com os teus recursos, preenchendo os vazios que ele experimenta.
        Suas carências são abençoados mecanismos de crescimento eterno.
        Faze por ele, hoje, o que descuidaste antes.
        A vida em família é oportunidade sublime que não deve ser descuidada ou malbaratada.
*
        Com muita propriedade e irretorquível sabedoria, afirmou Jesus, ao doutor da Lei:
        “Ninguém entrará no reino dos céus, se não nascer de novo.”
        E a Doutrina Espírita estabelece com segurança:
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre — tal é a lei. Fora da Caridade não há salvação.”

(De “Otimismo”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MOMENTOS DE LUZ

Se você está feliz, ore sempre, rogando ao Senhor para que o equilíbrio
esteja em seus passos...
Se você sofre, ore para que não lhe falte compreensão e paciência...
Se você está no caminho certo, ore para que não se desvie...
Se você está de espírito marginalizado, sob o risco de queda em
despenhadeiros ou perigosos declives, ore para que o seu raciocínio retome a
senda justa...
Se você está doente, ore a fim de que a saúde possível lhe seja
restituída...
Se você tem o corpo robusto, ore para que as suas forças não se percam...
Se você está trabalhando, ore pedindo a Deus lhe conserve a existência no
privilégio de servir...
Se você permanece ausente da atividade, ore, solicitando aos Mensageiros do
Senhor lhe auxiliem a encontrar ou reencontrar a felicidade da ação para o
bem...
Se você já aprendeu a perdoar as ofensas, ore para que prossiga cultivando
semelhante atitude...
Se você reprova ou condena alguém, ore rogando à Divina Providência lhe
ajude a entender o que faríamos nós se estivéssemos no lugar de quem caiu ou
de quem errou, de modo a aprendermos discernimento e tolerância...
Se você possui conhecimentos superiores, ore para que não lhe falte a
disposição de trabalhar, a fim de transmiti-los a outrem, sem qualquer idéia
de superioridade, reconhecendo que a luz de sua inteligência vem de Deus que
no-la concede para que venhamos a fazer o melhor de nosso tempo e de nossa
vida, entregando-nos, porém, à responsabilidade de nossos próprios atos...
Se você ainda ignora as verdades da vida, ore para que o seu espírito
consiga assimilar as lições que o Mais Alto lhe envia...

Ore sempre!

A oração é o momento de luz, nas obscuridades e provas do caminho de
aperfeiçoamento em que ainda nos achamos, para o nosso encontro íntimo com o
amparo de Deus...


(Obra: Tempo de Luz - Chico Xavier/André Luiz)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não Desanime

Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

André Luiz - Chico Xavier

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MEUS FILHOS:

Existem duas forças em luta na Terra, onde Jesus está construindo o Reino de Deus.
Essas forças são a do bem e a do mal que se manifestam por nossas mãos.
Temos, assim, por onde passamos no mundo, as mãos iluminadas que estendem o amor e a paz, o trabalho e a alegria...
E conhecemos as mãos espinhosas que fazem o ódio e o desespero, a preguiça e o sofrimento.
Há mãos que sustentam a lavoura e o jardim, produzindo pão e felicidade.
E vemos aquelas que se entregam à miséria e ao vício.
Mãos que honram a indústria e o progresso.
Mãos que arrancam lágrimas e multiplicam o infortúnio.
Vemos braços que acariciam... Braços de mãezinhas abençoadas, de pais amigos, de obreiros da paz e da evolução, de enfermeiras abnegadas e de crianças generosas que asseguram na Terra o Serviço da Luz.
E encontramos braços que ferem e amaldiçoam, que se entregam ao crime, que humilham os pobres e os pequeninos, que exercem a crueldade, e que violentam a Natureza, aniquilando as plantas e os animais prestimosos.
Reparamos mãos preciosas que usam a enxada e a pena, auxiliando o celeiro e a educação.
E surpreendemos mãos infelizes que roubam e matam, estendendo a perturbação e a morte.
Mãos que levantam templos e lavres, escolas e hospitais.
Mãos que destroem e dilaceram, enganam e apedrejam.
Jesus veio ao mundo para que nossas mãos aprendam a servir à Luz do Bem, edificando a nossa própria felicidade.
Com as d’Ele, curou os doentes, socorreu os fracos, amparou os tristes, limpou os leprosos, restituiu a visão aos cegos...
Levantou os paralíticos, afagou os velhos e os deserdados, e abençoou as criancinhas...
Filhos meus, não permitam que as garras da sombra lhes dominem as mãos na vida...
Sigamos pelos caminhos da Luz, procurando a intimidade com os servidores do bem!
Observem o brilhante lapidado e o diamante bruto. Ambos são filhos da terra. Um deles, porém, refulge, divino, retratando a beleza do céu, mas o outro jaz encarcerado nas trevas do cascalho contundente.
Jesus é o lapidário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Obedeçamos a Ele, nosso Divino Mestre, buscando-lhe as lições e seguindo-lhe os exemplos, e o Cristo nos farão construtores do Reino de Deus no mundo, conduzindo-nos para a Glória Celestial.


(Obra: Cartilha do Bem - Chico Xavier / Meimei)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

TÓPICOS DAS DIFICULDADES REDENTORAS

I
Somos de parecer que todos nós devemos prosseguir em nossos estudos, preparando a melhoria do campo de ação funcional, pois, embora o sacrifício que nos custa semelhante preparo, tais serviços de ordem intelectual representam uma fuga e um descanso de nós mesmos, porquanto, há casos, em que o aumento da atividade é o meio de repousar o cérebro quanto aos choques mais íntimos, determinantes de maiores cansaços.
II
O caminho é esse mesmo - lutas por vencer e dificuldades como preço da redenção.
Guardemos, pois, a nossa fé, certos de que as mãos de Jesus estão sobre as nossas.
Confiemos sempre!
III
Embora o coração se nos desfaça no peito, como taça de lágrimas, nas dolorosas circunstâncias em que a renúncia e o nosso carinho são colocados à prova, não esmoreçamos em nossa fé.
Continuemos amorosos e abnegados, ajudando e amando, porque a mão do Senhor é o nosso apoio na dor e na alegria, na paz e na tempestade.
IV
Estamos na atualidade terrena como quem se desvencilha da sombra noturna para clarear o coração na luz de novo dia. Imprescindível conservarmos a fé viva em Jesus por lâmpada acesa e prosseguirmos adiante.
V
Com relação às nossas dificuldades redentoras, continuemos na aceitação das circunstâncias difíceis, em que presentemente nos achamos, na certeza de que, seguindo as Suas próprias palavras na Redenção Divina, Ele, nosso Amado Jesus, continuará caminhando conosco, em nosso jornadear para a Vida Imperecível.
Confiemos Nele, o Senhor, hoje e sempre.
VI
Deixemos que a serenidade nos garanta a calma precisa. Nossos corações nunca estão desamparados. Reanimem-nos firmes no otimismo, amparando a cada um dos nossos, segundo as suas necessidades.
VII
Na estrada redentora, seremos sempre assistidos espiritualmente.
Jesus nunca falha! Busquemos o Senhor, em nossas dificuldades, para que o Seu pensamento em nosso pensamento nos ampare as soluções. Confiemos!
VIII
No círculo de nossas lutas redentoras, continuemos oferecendo o melhor de nós mesmos para que o melhor se faça no auxílio aos que amamos.
A dor é a nossa benção na luta que é sempre a nossa escola.
Confiemos em Jesus, e esperemos por Ele, o nosso Divino Mestre, sempre e sempre.
IX
Confiemos na Proteção Divina e esperemos a manifestação da assistência do Alto pelos canais competentes, por onde transitam os assuntos que referem à nossa luta redentora. Dentro de nossos recursos, tudo devemos fazer no sentido de recuperar a tranquilidade de que necessitamos para o desempenho de nossas tarefas. Jesus nos fortaleça e abençoa!
X
Na Redenção Edificante em que se encontram, nossos irmãos permanecem amparados por diversos amigos da espiritualidade, esperando nós que a fé prossiga brilhando como luz nas sombras, na certeza de que as nossas esperanças e abnegações encontrarão com Jesus a vitória almejada.
XI
A luta prossegue, entretanto, a Misericórdia Divina é sempre maior!
*
(De “Apelos cristãos”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Bezerra de Menezes)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O MILAGRE DA FÉ

        Quando falamos em fé, abre-se na alma um campo imenso de alegria pois foi Jesus quem valorizou a confiança nas criaturas, quando dizia: “A tua fé te curou”.
        Conscientizemo-nos de que temos em nós todas as qualidades, que podem nos levar à felicidade, curando todos os nossos desequilíbrios, removendo todas as nossas enfermidades, caso as tenhamos. Podemos dizer que esse é o milagre da fé, força poderosa que reside em nós, em forma de valores da vida, que bastam ser despertados em nosso próprio bem, que o Bem maior já aconteceu: a doação destes dons incomparáveis de vida eterna, pela Misericórdia Divina.
        No entanto, para que possamos despertar essas luzes na nossa intimidade, convém saber que é necessário cultivar a persistência, na busca da ciência do amor, na constância da caridade bem orientada, na perseverança do perdão a todos aqueles que nos ofendem e caluniam, na firmeza de todos os ideais da fraternidade. Tendo essa firmeza até o fim, seremos salvos das investidas do mal, alcançando a harmonia em todos os sentimentos.
        A fé é força divina, sendo o conjunto das virtudes que se apoderam da nossa consciência, instalando o amor em nosso coração. O Espírito, mesmo movendo-se em um corpo físico, pode acionar as forças da fé; depende dele mesmo, no aprimoramento das suas qualidades no campo dos sentimentos, alinhavando todos os dias, a força mental da educação dos seus próprios pensamentos, cuja convivência com eles ainda são segredos, sendo área enorme para ser trabalhada pela disciplina, como pela instrução.
        Todavia, não podemos nos esmorecer; ao contrário, devemos enfrentar todos os meios de educar e aprender,que a mão de Deus não se fará esperar. O tempo vai nos revelando a verdade, de acordo com o crescimento das qualidades. Vale dizer: que sejamos perseverantes no ideal do bem comum, confiando sempre em Deus, que Ele não nos deixará órfãos. Pelas vias dos benfeitores espirituais, o Senhor nos ajuda e, para tanto,tenhamos Fé.
        Como nos fala o Evangelho Segundo o Espiritismo, “a fé é a substância das coisas pensadas”, e nós dizemos que ela é também a sublimidade dos nossos sentimentos e a segurança da nossa vida.
        Onde estiveres, tem certeza do que está fazendo, para que te firmes no conhecimento da verdade. Em tudo a força da fé penetra, tornando-se um milagre da natureza em nosso benefício, compreendendo que é vontade de Deus que, pela verdadeira fé, se faça o Cristo em nós como motivo da glória celestial.
        No futuro, a própria medicina há de se consubstanciar-se na fé, porque ela predispõe o organismo para a cura de si mesmo. Toda alma perseverante no bem alcança a presença do Criador em todos os seus caminhos, e vive feliz, por escutar a voz de Jesus a lhe dizer “A paz seja contigo” e mais adiante, torna a ouvir: “A tua fé te curou!”
        Todo aquele perseverante nas lições do Mestre ganha terreno no ambiente do amor, e quem ama nas modalidades que Jesus ensinou e viveu, sente a claridade dos Céus a convidá-lo para a felicidade.

(De “Cura-te a ti mesmo”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Teu lugar na vida

       “... Quando fordes convidados para bodas, não tomeis nelas o primeiro lugar, temendo que se encontre entre os convi­dados uma pessoa mais considerada que vós, e que aquele que vos tiver convidado não venha vos dizer: Dai vosso lugar a este...”

       “... todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se rebaixa será elevado.”

Querendo ilustrar suas prédicas, como sempre de modo claro e compreensível, Jesus de Nazaré considerava, certa oca­sião, como os convidados de uma festividade se comportavam precipitadamente, na ânsia de tomar os lugares principais da mesa, com isso desrespeitando os princípios básicos do bom senso e da educação.

Qual o teu lugar à mesa? Qual a tua posição no universo de ti mesmo? Essa a grande proposta feita pelo Mestre nesta parábola.

Será que o lugar que ocupas hoje é teu mesmo? Ou influên­cias externas te levam a direções antagônicas de acordo com o teu modo de pensar e agir?

Tens escutado a voz da alma, que é Deus em ti, ou escan­carado teus ouvidos às opiniões e conceitos dos outros?

Nada pior do que te sentires deslocado na escola, profis­são, circulo social ou mesmo entre familiares, porque deixas parentes, amigos, cônjuges e companheiros pensarem por ti, não permitindo que Deus fale contigo pelas vias inspirativas da alma.

Essa inadaptação que sentes é fruto de teu deslocamento íntimo por não acreditares em tuas potencialidades. Achas-te incapaz, não por seres realmente, mas porque te fazes surdo às tuas escolhas e preferências oriundas de tua própria essência.

Se permaneceres nesse comportamento volúvel, apontan­do freqüentemente os outros como responsáveis pela tua inade­quação e conflitos, porque não assumes que és uma folha ao vento entre as vontades alheias, te sentirás sempre um solitário, ainda que rodeado por uma multidão.

Porém, se não mais negares sistematicamente que tuas ações são, quase na totalidade, frutos do consenso que fizeste do somatório de conselhos e palpites vários, estarás sendo, a partir desse instante, convidado a sentar no teu real lugar, na mesa da existência.

Por fim, perceberás com maior nitidez quem é que está mo­vimentando tuas decisões e o quanto de participação tens nas tuas opções vivenciais.

No exame da máxima “todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se rebaixa será elevado”, vale consi­derar que não é a postura de se “dar ares” de humildade ou a de se rebaixar de forma exagerada e humilhante que te poderá levar àconscientização plena da tua localização dentro de ti mesmo. Sintonizando-te na verdadeira essência da humildade, que é conceituada como “olhar as coisas como elas são realmente”, e perce­bendo que a tua existência é responsabilidade unicamente tua, é que tu serás tu mesmo.

Ser humilde é auscultar a origem real das coisas, não com os olhos da ilusão, mas com os da realidade, despojando-se da imaginação fantasiosa de uma ótica mental distorcida, nascida naqueles que sempre acham que merecem os “melhores lugares” em tudo.

Vale considerar que, por não estarmos realizando um constante exercício de auto-observação, quase sempre deduzimos ou captamos a realidade até certo ponto e depois concluímos o restante a nosso bel-prazer, criando assim ilusões e expectativas desgastantes que nos descentralizam de nossos objetivos.

Quem encontrou o seu lugar respeita invariavelmente o lugar dos outros, pois divisa a própria fronteira e, conseqüente­mente, não ultrapassa o limite dos outros, colocando na prática o “amor ao próximo”.

Para que encontres o teu lugar, é necessário que tenhas uma “simplicidade lúcida”, e o despojar dos teus enganos e fanta­sias fará com que encontres a autêntica humildade.

Para que não tenhas que ceder teu lugar a outro, é indis­pensável que vejas as coisas como elas são realmente e que uses o bom senso como ponto de referência para o teu aprimoramento e para a tua percepção da verdade como um todo. Procura-te em ti mesmo: eis a possibilidade de sempre achares o lugar que te pertence perante a Vida Excelsa.



RENOVANDO ATITUDES

FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO

DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CRIANÇA E FUTURO

A criança, hoje, — abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida — necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro.
Criança que se evangeliza - adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.
Todo investimento de amor, no campo da educação espírita, tendo em vista a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeação de luz que se multiplicará em resultados de mil por um...
Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, tendo as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade, sem um vigoroso empenho na educação espírita do pequenino da atualidade.
Embora ele seja um espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de carinhosa lapidação, é oportunidade ditosa, que surge como desafio para o momento e promessa de paz para o futuro. Isto, porque sabemos que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabendo-nos o mister relevante de proteger, amparar e sobretudo de conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.
Esse cometimento desafio é-nos grave empresa, por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.
A criança, à luz da Psicologia atual, não é mais o "adulto em miniatura", nem a vida orgânica representa mais a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.
Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à revelação do Imortais, compete ao superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e juventude do presente.
Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, evocando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o "reino de Deus" que viera instaurar na Terra.

(De: “Compromissos Iluminativos”, de Divaldo P. Franco – Espírito Bezerra de Menezes).

terça-feira, 11 de outubro de 2011

CRIANÇA E FUTURO

A criança, hoje, — abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida — necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro.
Criança que se evangeliza - adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.
Todo investimento de amor, no campo da educação espírita, tendo em vista a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeação de luz que se multiplicará em resultados de mil por um...
Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, tendo as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade, sem um vigoroso empenho na educação espírita do pequenino da atualidade.
Embora ele seja um espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de carinhosa lapidação, é oportunidade ditosa, que surge como desafio para o momento e promessa de paz para o futuro. Isto, porque sabemos que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabendo-nos o mister relevante de proteger, amparar e sobretudo de conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.
Esse cometimento desafio é-nos grave empresa, por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.
A criança, à luz da Psicologia atual, não é mais o "adulto em miniatura", nem a vida orgânica representa mais a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.
Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à revelação do Imortais, compete ao superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e juventude do presente.
Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, evocando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o "reino de Deus" que viera instaurar na Terra.

(De: “Compromissos Iluminativos”, de Divaldo P. Franco – Espírito Bezerra de Menezes).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Cansaço

Quando te sintas sitiado pelo desfalecimento de forças ou o cansaço se te insinue em forma de desânimo, pára um pouco e refaze-te. O cansaço é mau conselheiro. Produz irritação ou indiferença, tomando as energias e exaurindo-as. Renova a paisagem mental, buscando motivação que te predisponha ao prosseguimento da tarefa. Por um momento, repousa, a fim de conseguires o vigor e o entusiasmo para a continuidade da ação. Noutra circunstância, muda de atividade, evitando a monotonia que intoxica os centros da atenção e entorpece as forças. Não te concedas o luxo do repouso exagerado, evitando tombar na negligência do dever. Com método e ritmo, conseguirás o equilíbrio psicológico de que necessitas, para não te renderes à exaustão. Jesus informou com muita propriedade, numa lição insuperável, que “o Pai até hoje trabalha e eu também trabalho”, sem cansaço nem enfado. A mente renovada pela prece e o corpo estimulado pela consciência do dever não desfalecem sob os fardos, às vezes, quase inevitáveis do cansaço. Age sempre com alegria e produze sem a perturbação que o cansaço proporciona.

Divaldo Pereira Franco - Episódios Diários - Pelo Espírito Joanna de Ângelis

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

DIFICULDADES

        É possível hajas despertado para a nova fé, sob enormes dificuldades.
        Guardas, talvez, a impressão de quem se vê defrontado por asfixia num cipoal...
        A primeira atitude, em favor da própria libertação — não te fixares nas crises e nos entraves e sim sair deles honrosamente pela aplicação ao trabalho nobilitante.
        A Divina Sabedoria nos confere o benefício da prova, para que venhamos a superá-la e assimilá-la, em forma de experiência, nunca no objetivo de confundir-nos ou arrojar-nos ao desalento.
        Se te encontras doente, reflete na lição que te é concedida, valendo-te dela para edificar espiritualmente nos irmãos que te assistem e, sob a desculpa de que sofres mais que os outros ou de que tens pouco tempo de vida, não te demandes em excessos ou irritações.
        Se te observas em pauperismo, não incrimines a ninguém pela estado de carência que atravessas, nem te revoltes contra as vantagens que favorecem os outros, mas sim, ergue-te, em espírito, e, quanto possível, esforça-te para que a diligência no desempenho das próprias obrigações te faculte novas perspectivas de reabilitação e progresso.
        Aceita o concurso alheio, que todos nós precisamos do entendimento e do amparo uns dos outros, no entanto, desenvolve os teus próprios recursos.
        Não creia que possas desfrutar, em caráter permanente, de benefícios que não plantaste.
        A luz de um amigo clarear-te-á o caminho, por algum tempo, entretanto, se queres sobrepor-te definitivamente ao domínio da sombra, é forçoso possuas a tua própria lâmpada.
        Obstáculos são desafios renovadores.
        Ouvi-los e aproveitá-los é obrigação que a vida nos atribui.

(De “No portal da Luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel)


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MARCADOS

Acerca-te dos vencidos para auxiliar.
Não creias, porém, que eles sejam apenas os companheiros que tombaram na luta e se encontram caídos na estrada, tomados pelo desalento e o pessimismo. Concentra tua atenção e com os olhos do espírito surpreenderás muitos deles ao teu lado, guardando aparência robusta e provocando ruído para esconderem as marcas da infelicidade.
Todavia, é imprescindível amar para ajudar com eficiência.
Alguns são amigos assinalados por desastres e acidentes morais, que o ferrete da Lei Divina atingiu expungindo, recalcados, os pesados débitos...
Outros são irmãos marcados por enfermidades cruéis, que lhes desorganizaram o aparelho digestivo, desviando-lhes o tubo excretor...
Vários são companheiros vitimados por heranças físicas, que os olhos do mundo não alcançam, guardadas em tecidos caros, recuperando o pretérito...
Diversos são os corações solitários, que se reajustam aos impositivos de afeições angustiosas, renovando o panorama da mente enferma...
Outros tantos são espíritos de procedências várias, perturbados por sinais vigorosos que os prostram, no silêncio, aniquilando-lhes a esperança...
Todos eles necessitam de unguento para as marcas dolorosas, que funcionam como corretivos santificantes.
Quando os encontres, não os atormentes mais com indagações desnecessárias, ferindo-lhes as úlceras com estiletes de curiosidade negativa.
Viajores do tempo, nas estações da Terra, possuímos nossos sinais e marcas que nos dilaceram as fibras íntimas.
Antes que desfaleçam esses marcados, podes fazer algo em benefício deles. Mais tarde surgirá um novo dia, oportunidade nova de caminhar e, embora sejas convidado a ajudar, orando, não poderás prever se, de um para outro momento, serás convidado pela Lei a carregar mais vigorosa marca...

(De “Messe de Amor”, de Divaldo Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Aparências

“A árvore que produz maus frutos não é boa, e a árvore que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de uva de sobre as sarças...”

Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma, forjamos um “disfarce” para sermos apresentados perante os outros.
Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente dizendo para nós mesmos: ‘‘eu nunca sinto raiva”, “nunca guardo mágoa de ninguém”, vestindo assim uma aparência de falsa humildade e compreensão.
Máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas. Temos que confrontá-las, porque somente assim é que desbloquearemos nossos conflitos, que são as causas que nos mantêm prisioneiros diante da vida.
Devemos nos analisar como realmente somos.
Nossos problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação, são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.
Não devemos nunca mantê-los escondidos de nós próprios, como se fossem coisas hediondas, e sim aceitar essas emoções que emergem do nosso lado escuro, para que possamos nos ver como somos realmente.
Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques existenciais e promover um constante estado de transformação interior é que, às vezes, deixamos que os outros decidam quem realmente somos nós, colocando-nos, então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.
A maneira de como os outros nos percebem tem grande influência sobre nós. Amigos opressores, religiosos fanáticos, pais dominadores e cônjuges inflexíveis podem ter exercido muita in­fluência sobre nossas aptidões e até sobre nossa personalidade.
Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando comportamentos de “perfeição apressada”; isso não nos fará bem psiquicamente nem ao menos nos dará a oportunidade de fazer autoburilamento.
Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emo­ções e sentimentos, aprimorando-os. Canalizadas nossas energias, faremos delas uma catarse dos fluxos negativos, transmutando-as a fim de integrá-las adequadamente.
Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a transformação, sem fugirmos para novo local, emprego ou novos afetos, porque isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um novo quadro exterior. Os nossos conflitos não conhecem as divisas da geografia e, se não encarados de frente e resolvidos, eles permanecerão conosco onde quer que estejamos na Terra.
Para que possamos fazer alquimia das correntes energéticas que circulam em nossa alma, procedamos à auto-observação e à auto-análise de nossa vida interior, sem jamais negar a nós mesmos o produto delas.
Lembremo-nos de que, por mais que se esforcem as más árvores para parecer boas, mesmo assim elas não produzirão bons frutos. Também os homens serão reconhecidos, não pelos aparen­tes “frutos”, não por manifestarem atos e atitudes mascarados de virtudes, mas por ser criaturas resolvidas interiormente e conscien­tes de como funciona seu mundo emocional.
Somente pessoas com esse comportamento estarão aptas a ser árvores produtoras de frutos realmente bons.

RENOVANDO ATITUDES
FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO
DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PRUDÊNCIA

Recorre à prudência sempre que a dificuldade te aponte os tormentosos roteiros. Dificuldade não é apenas obstáculo à frente, impedindo o avanço. Há muito problema difícil que se manifesta como ambição portadora de loucura, ou desejo de triunfo intermediário do desregramento. Encontrarás homens em problemas, movimentando largas disponibilidades bancárias, como aqueles em tormento voluntário, por escassearem os recursos para a subsistência. A prudência te dirá que todos os que retêm, sucumbem dominados pelos valores parados e mortos, a que se escravizaram infelizes e te lembrarás que muitos crimes são filhos da agressão desalmada e da insânia mental, porque supunham estar no dinheiro a solução dos problemas. Resguarda-te, pois, na verdadeira posição de quem deseja acertar nas decisões. Não amado, ama pelo prazer de amar. Impossibilitado de atender aos anseios íntimos, contenta-te como estás. Não te chegando auxílio dos outros, auxilia como possas. Aproveita todas as lições com que a vida honra as tuas horas. Atirar-se à primeira ideia, seguindo-a inquietado, seria como colocar espinhos na própria senda, por onde passarás. Resolver o problema ao impacto da emoção desvairada, é comparável a derramar ácido de efeito demorado sobre a ferida aberta em chaga. Aconselha-te com prudência, antes que teu passo te leve à delinquência. Amanhã devolverás à vida os empréstimos com que a vida te brindou, em forma de recursos passageiros ou provações retificadoras em nome do Nosso Pai, porquanto os únicos valores contábeis, após a morte, a seguirem conosco, são as ações que nos identificarão no grande amanhecer, após o demorado sono.

(De “Messe de Amor”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)