segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O que é o Natal


Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo.
Que é o Natal? - perguntava-me, em silêncio.
Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.
E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.
E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso.
Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras.
Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.
Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? - perguntava-me, com tristeza - E por que a polícia trabalha no Natal?
E eu, menino, entendia que não devia ser assim...
Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus.
Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram?
Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.
Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento...
E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem...
Era um belo homem...
Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho.
Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me:
Olá, menino!
Oi!... Respondi, meio tímido.
E, com grande admiração, vi-o acomodar-se ao meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.
Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:
Que é o Natal?
Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:
Meu aniversário.
Como assim? - perguntei, percebendo que ele estava sozinho.
Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares?
E ele me disse: Essa é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.
E eu, menino, não compreendi.
Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino.
Não te conheço! - eu disse.
É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo...
Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.
Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...
Neste momento, estou com você. - respondeu-me, com um sorriso.
E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.
A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu.
E conversamos... Eu, menino, e ele.
E ele me falava, e eu o entendia. E eu o sentia. E eu o amava...
Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!...
E eu, menino, sorri...
Quando a madrugada chegou e, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.
Abracei-o pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário!
Ele ergueu-me no ar, com seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me:
Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade. E tenha um Feliz Natal!
E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-o, levando-o para sempre no mais íntimo do coração...
E saí em busca de braços que aceitassem os meus...
E eu, menino, nunca mais o vi. Mas fiquei com a certeza de que ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal...
E eu, menino, sorri... Pois agora eu sei que Ele é Jesus... E é por causa Dele que existe o Natal.
Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Petições de Natal


Senhor!...
Quando criança,
Se surgia o Natal,
Eu te enfeitava o nome em flores de papel
E te rogava em oração,
Tomada de esperança,
Que me mandasses por Papai Noel
Uma boneca diferente,
Que caminhasse à minha frente
Ou falasse em minha mão...

Noutro tempo, Senhor,
Jovem pisando alfombras cor-de-rosa,
De cada vez que ouvia
Anúncios de Natal,
Deslumbrada de sonho, eu te pedia
Um castelo de amor e fantasia
Para o meu ideal.

Depois... Mulher cansada,
Quando via o Natal, brilhando à porta,
Minha pobre ansiedade quase morta
Multiplicava preces
E suplicava que me desses,
Na velha angústia minha,
A ilusão de ser amada,
Embora, ao fim da estrada,
Fosse triste e sozinha.

Hoje, Senhor,
Alma livre, no Além, onde o consolo me refaz,
Ante a luz do Natal, novamente acendida,
Agradeço-te, em paz,
Contente e enternecida,
As surpresas da morte e as lágrimas da vida!...
E, se posso implorar-te algo à bondade,
Nunca me dês aquilo que eu mais queira,

Dá-me a tua vontade
E o dom da compreensão,
Entre a humildade verdadeira
E a serena alegria,
A fim de que eu te busque, dia-a-dia,
Mestre do coração!...

Livro: Antologia da Espiritualidade
Chico Xavier/Maria Dolores

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Comece seu dia assim

Hoje é o começo da minha nova vida.
Estou começando de novo hoje.
Todas as coisas boas estão vindo até mim.
Sou grato por estar vivo.
Vejo a beleza ao meu redor.
Vivo com paixão e determinação.
Reservo tempo para rir e brincar todos os dias.
Estou acordado, energizado e vivo.
Estou focado em todas as coisas boas da vida,
e agradecido por elas.
Estou em paz e em sintonia com tudo.
Sinto o amor, a alegria e a abundância.
Sou livre para ser eu mesma.
Sou a magnificência na forma humana
Sou a perfeição da vida.
Sou grato por ser EU!
Hoje é o melhor dia da minha vida!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Quem será mais rico de verdadeira felicidade?


Quem será mais rico de verdadeira felicidade: o homem que agoniza sobre um monte de ouro ou aquele que pode respirar os perfumes do vale, entre a paz do trabalho e a misericórdia da luz?

Na abastança ou na carência, na direção ou na subalternidade, não menosprezes agir e servir, porque o trabalho, nas concessões do espaço e do tempo, é o talento comum a todos, pelo uso do qual o espírito se engrandece, no rumo das Esferas Superiores a que se destina.
Por ele, as forças mais simples da natureza se movimentam na senda evolutiva, escalando os degraus do progresso para a subida aos cimos da experiência.
Com ele, o verme se agita e fecunda o seio da terra.
Através dele, esforça-se a semente e transforma-se na planta útil, a erigir-se em abençoada garantia do pão.
Aproveitando-o, a abelha se faz operária laboriosa, fabricando a excelência do mel.
Atendendo-lhe a inspiração, o manancial se desloca e, crescendo em possibilidades sempre mais vastas, converte-se no grande rio que apóia a civilização em torno do próprio sulco.
Tudo na paisagem que nos cerca é a exaltação desse talento realmente divino.
É por isso que dinheiro e saúde, cultura e inteligência, tanto quanto os números recursos que rodeiam o homem na Terra, subordinam-se ao trabalho, a fim de se agigantarem na produção e na multiplicação dos benefícios que lhes dizem respeito.
Não te deixes vencer pelas considerações negativas da tristeza, da revolta, do pessimismo ou da indisciplina, que estão sempre condicionando a ação que lhes é própria à exigência de remuneração.
Responde ao Senhor que te serve por intermédio do trabalho incessante da natureza com o trabalho infatigável de teu pensamento e de teus braços, de teu cérebro e de teu coração, para que te eleves à comunhão com o Amor Infinito.

Sem trabalho, a fé se resume à adoração sem proveito, a esperança não passa de flor incapaz de frutescência e a própria caridade se circunscreve a um jogo de palavras brilhantes, em torno do qual, os nus e os famintos, os necessitados e os enfermos costumam parecer, pronunciando maldições.

O trabalho é regulamento da vida e cultivemo-lo com diligência, utilizando os recursos de que dispomos na consolidação do melhor para todos os que nos cercam.

Auxiliar aos outros é recomendação do Céu e em razão disso, auxiliemos sempre, seja amparando a um companheiro infeliz, protegendo uma fonte ameaçada pela

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

JESUS


Divino Senhor – fez-se humilde servo da Humanidade. Pastor Supremo – nasceu na manjedoura singela. Ungido da Providência – preferiu chegar ao planeta, ao espesso manto da noite, para que o mundo lhe não visse a corte celestial. Orientador nas Esferas Resplandecentes – rejubilou-se na casinha rústica de Nazaré. Construtor do Orbe Terrestre – manejou serrotes anônimos de uma carpintaria desconhecida. Prometido dos Profetas – escolheu a simplicidade para instituir o Reino de Deus. Enviado às Nações – preferiu conversar com os doutores na condição de criança. Luzeiro das Almas – consagrou longos anos à preparação e à meditação, a fim de ensinar às criaturas o caminho da redenção. Verbo Sagrado do Princípio – submeteu-se à limitação da palavra humana para iluminar o mundo. Sábio dos sábios – valeu-se de pescadores pobres e simples para transmitir aos homens a divina mensagem. Mestre dos mestres – utilizou-se de cátedra da natureza, entre árvores acolhedoras e barcos rudes, disseminando as primeiras lições do Evangelho Renovador. Majestade Celeste – conviveu com infelizes e desalentados da sorte. Príncipe do Bem – não desdenhou as vítimas do mal, amparando mulheres desventuradas e sentando-se à mesa de pecadores envilecidos. Instrutor de Entidades Angélicas – andou com a multidão de leprosos, estropiados e cegos de todos os matizes. Administrador da Terra – ensinou o respeito a César, consagrando a ordem e santificação à hierarquia. Benfeitor das Criaturas – recebeu a calúnia, o ridículo, a ironia, o desprezo público, a prisão dolorosa e o inquérito descabido. Amigo Fiel – viu-se sozinho, no extremo testemunho. Juiz Incorruptível – não reclamou contra os falsos julgamentos de sua obra. Advogado do Mundo – acolheu a cruz injuriosa. Ministro Divino da Palavra – adotou o silêncio, ante a ignorância de seus perseguidores. Dono do Poder – rogou perdão para os próprios algozes. Médico Sublime – suportou chagas sanguinolentas. Jardineiro de Flores Eternas – foi coroado de espinhos cruéis. Companheiro Generoso – recebeu açoites e bofetadas. Condutor da Vida – aceitou o crucifixo entre ladrões. Emissário do Pai – manteve-se fiel a Deus até o fim. Mensageiro da Luz Imortal – escolheu o coração amoroso e renovado de Madalena para espalhar na Terra as primeiras alegrias da ressurreição. Mordomo dos Bens Eternos – em precisando de alguém para colaborar com os seus seguidores sinceros, busca Saulo e Tarso, o perseguidor, e transforma-o no amigo incondicional. Coordenador da Evolução Terrestre – necessitando de trabalhadores para as missões especializadas, procura os Ananias da fé, os Estevãos do trabalho e os Barnabés anônimos da cooperação.

Missionário Infatigável da Redenção Humana – foi sempre e ainda é o maior servidor dos homens de todos os tempos e civilizações da Terra. 

*** Recordando o Mestre Divino, convertamo-nos ao seu Evangelho de Amor, para que a sua luz nasça na manjedoura de nossos corações pobres e humildes! E, edificados no seu exemplo, abracemos a cruz de nossos preciosos testemunhos, marchando ao encontro do Senhor, no iluminado País da Ressurreição Eterna! 



FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –

Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Espírito: André Luiz

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

OFERTA DE NATAL


Senhor! Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...
De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas: 
- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...
E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas (Evangelho de Lucas 2:8-11):
“Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro... O anjo, porém, lhes disse: não temais! Eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo... É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.
*
Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver- te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.
Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!
Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria: A primeira frase de bênção... A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento... Os panos que te livraram do frio... A manta humilde que te garantiu o leito improvisado... Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem... A primeira tigela de leite... O socorro aos pais cansados... Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência... A bondade que manteve a ordem, ao redor a manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos... O feno para o animal que devia transportar-te...
*
Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar... Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!
Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo:
- “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL – Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Espírito: EMMANUEL

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os Cinco Maiores Arrependimentos dos Pacientes Terminais


Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bronnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte

1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim
“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.

“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.

“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto

“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.

“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.

“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.

3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos

“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.

“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.

“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos

“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.

“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.

“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.

5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz

“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.

“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.

“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.

Dica da especialista

“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.

“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.

De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

QUE BUSCAS?



A inteligência nos faz crer que somente buscamos o bem, pois todos se agradam das coisas boas. No entanto, para buscar o bem é óbvio que os nossos sentimentos nunca fujam da sintonia do amor.
Se queremos o bem para nós e fazemos o mal para os outros, falhamos na escolha, porque somente a força interna corresponde ao que desejamos. A intimidade é a vida da alma. Quando desarmonizamos a cidadela interna e externamente desejamos equilíbrio; isso é ilusório. A perfeição deve partir de dentro, para corresponder à lei de harmonia e atrair o que buscas.
A Doutrina Espírita vem ensinando como buscar a luz do entendimento, buscar a vida, força de Deus que age em toda a criação.
Se queres buscar a paz, não faças guerra.
Se queres a luz, não andes em trevas.
Se queres o perdão, não firas teu semelhante.
Se queres alegria, não cries problemas aos teus companheiros!
Recebemos o que damos. Ninguém engana às leis, que tanto vibram no macrocosmo como no microcosmo. Os olhos de Deus veem e registram todos os acontecimentos.
Se queres ser feliz, trabalha para a felicidade dos teus semelhantes.
Se queres ser sábio, ajuda ao ignorante a sair da ânsia de entendimento!
Somos todos filhos de Deus e o Senhor nos mandou Jesus como Pastor para o rebanho, de modo a nos ensinar a buscar a paz e o amor pelos esforços de luz, em todos os gestos de caridade.

(De “Páginas Esparsas 5”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Arai e Semeai



Meus Filhos,
Que Jesus nos abençoe!
Antes que o Senhor ascendesse, estávamos reunidos com aqueles que leriam nas palavras de João, o futuro evangelista, a mensagem de libertação e de eternidade.
Naquele entardecer, rico de perfumes e de bênçãos, o Mestre inolvidável aparece e, distendendo os braços para afagar, aproxima aqueles quinhentos da Galileia, no seu afável e dúlcido coração e diz-lhes:
— Ide, como as ovelhas mansas no meio de lobos rapaces. Ide e pregai, pois que vos dou o poder de libertar as criaturas dos sofrimentos... Eu vos dou a força para pisar a serpente do mal, sem que ela vos possa picar. Eu vos ofereço o meu coração, para que o apresenteis ao mundo. Não temais a ninguém, especialmente aqueles que somente vencem o corpo e não vos podem atingir a alma.
..E quando ascendeu em uma nuvem luminosa, aqueles que ali estavam, homens e mulheres, criancinhas e venerandos anciãos, saíram para levar a sua mensagem de liberdade aos quatro pontos do mundo.
Ide, também vós outros, novos quinhentos da Galileia, que renasceis da memória dos tempos, depois de naufrágios dolorosos e de prejuízos incalculáveis para a economia das vossas almas. Ide, e semeai a Era do amor. Não vos perturbeis com o mundo, com as suas facécias, nem temais as suas tenazes vigorosas e ameaçadoras. Aquele amoroso e meigo Rabi prossegue convosco e conosco, conduzindo-nos ao porto de segurança para onde rumam.
É verdade que o corpo físico é um desafio, a própria luta ante os recentes progressos constituí um desafio impostergável.
Cantai, exultantes de alegria, porque fostes chamados e estais sendo selecionados para os misteres mais delicados e graves da construção do reino de Deus. Se, por acaso, aninhar-se a dor em vossos sentimentos, bendizei-a. E nesse colóquio entre a alma que chora e a dor que deve estar cravada, dizei: bendita sejas, por te apresentares como espinho nas carnes da minha alma, impedindo-lhe tropeços mais dolorosos e mais perturbadores.
Se a incompreensão testar as vossas resistências eis que soa a oportunidade da tolerância e o momento da paciência, a fim de ser conquistado o contendor. E, em qualquer circunstancia amai. O amor é a força ciclópica que modela o Universo exteriorizado pelo Pai Criador. Com os sentimentos de amor, de bondade, guiados pela lógica de bronze da Doutrina Espírita, podereis dirigir os passos no rumo do Bem, com segurança, quando tudo aparentemente estiver contra vós.
Não temos outra alternativa, nem conhecemos outra diretriz que não sejam aquelas que estão expressas na palavra do Senhor: "Fazei todo o bem que vos esteja ao alcance. Amai os vossos inimigos, aos vossos perseguidores, servindo sempre", porque as mãos que obram nas trilhas da imortalidade estão colocando os alicerces da era do amor universal em nosso planeta, que está transitando para mundo de regeneração. Nunca estareis a sós. Vossos Guias, protetores e os anjos tutelares da lide espírita, em nome do Espírito de
Verdade, estarão sempre convosco.
Ide , filhos da alma, em paz, em retorno ao vosso campo de trabalho e arai, semeai, vigiai as plântulas, defendei-as até que possam, como árvores frondosas e frutíferas, albergar a sociedade cansada, desiludida e necessitada de paz, de pão e de amor.
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, meus filhos.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra - Psicofonia de Divaldo Franco

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Se eu morrer antes de você - Mensagem de Amizade


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com
Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a
meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,
mostre que eu tinha um pouco de santo, mas
estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que
eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas
que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar
sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa
sobre mim, diga apenas uma frase:
"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis
mais perto de Deus!"

Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas
não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de
minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha
na direção de Deus.

Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz
vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí,
sem nenhum véu a separar a gente,vamos viver,
em Deus, a amizade que aqui nos preparou
para Ele.

Você acredita nessas coisas?

Então ore para que nós vivamos como quem
sabe que vai morrer um dia, e que morramos
como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para
mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo
o seu começo. Mas, se eu morrer antes de
você, acho que não vou estranhar o céu..
Ser seu amigo... já é um pedaço dele..."

Chico Xavier

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Faça hoje, não amanhã - Chico Chavier


Diz o preguiçoso: "Amanhã farei."
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinqüente: "Amanhã regenero-me."
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura,
adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,
a noção real do tempo. Quem não aproveita
a bênção do dia vive distante da glória do século.

A alma sem coragem de avançar cem passos
não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear
não consegue prever as conseqüências da procrastinação
do serviço a que se devota, porque,
entre uma hora e outra,
podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.

Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.

Se todas as aves possuem asas, nem todas
se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril,
mas o corvo, de modo geral, se consagra,
em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã,
à frente dos olhos e em torno do coração.

Cuida, pois, de fazer, sem delonga,
quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade,
porque o Amanhã será muito agradável
e benéfico somente para aquele que trabalha no bem,
que cresce no ideal superior
e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.

Emmanuel - Chico Xavier

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Você é o que deseja ser.


João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.
Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.
Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio. Dirigiu-se a uma das suas empresas.
Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.
Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi: Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress.
Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.
Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma, seu otimismo.
Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar.
Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.
Enquanto isso, Mário, em um bairro pobre de outra capital, como fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.
Estava desempregado e, naquele dia, recusara uma vaga como auxiliar de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira, cansada de ser espancada e viver com um inútil.
Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na calçada.
Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe perguntou por que ele era assim: Sou um desgraçado, falou. Meu pai era assim. Bebia, batia em minha mãe.
Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que nossa mãe morreu. Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um dos alunos: Por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se tornasse um grande empresário e um grande ser humano?
Emocionado, João respondeu: Devo tudo à minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego algum.
Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.
* * *
O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu futuro e, sim, a maneira como você vai reagir a tudo que lhe aconteceu.
Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o seu futuro.
Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.
O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.
O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai acontecer.
E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de amargura, sem esperança.
Pense nisso! Mas pense agora!

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Porque trazer uma criança ao mundo



Talvez tenha algo que você deva saber sobre o mundo em que seus filhos vão viver. Algo real, algo que esta acontecendo agora, todo o dia, mais e mais alimentos são cultivados com uma tecnologia revolucionária, carinho, e novas tecnologias vão disponibilizar agua limpa e potável para milhões de pessoas. Essa provavelmente vai ser a guerra da água que se fala tanto, e doenças que hoje afetam milhões de crianças todo o ano, serão prevenidas com simples produtos do dia a dia. Seus filhos terão a possibilidade de ter um coração mais saudável, do que qualquer pessoa hoje, e a mesma chance de ter um coração partido. Disso ninguém escapa, mas não temos duvida de uma coisa, eles sempre vão ter uma árvore onde se esconder e chorar. E quando finalmente conhecerem a pessoa certa, nossas crianças terão uma chance muito maior do que a nossa, de conhecer seus bisnetos. Pode respirar com calma, traga uma criança ao mundo, nunca houve um momento tão bom, para criar um futuro melhor para todos que vivem neste planeta e para aqueles que ainda estão por vir.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Oração pelos entes queridos



Senhor Jesus, concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos emprestas.
Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas.

Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e auxilia-nos a não lhes violentar o sentimento em nome do amor, no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista.
Quando tristes trasforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança; e quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam não nos deixes na sombra do egoísmo ou da inveja, mas sim, ilumina-nos o entendimento para que lhe saibamos acrescentar a paz e a esperança.
Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço em desacordo com os recursos de que dispunham.
Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos façam, sem reclamar-lhes benefícios, ou vantagens, homenagens, ou gratificações que não nos possam proporcionar.
Esclarece-nos para que lhes vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso entendendo que os prováveis defeitos de que se mostrem ainda portadores desaparecerão no amparo de Tua benção.

E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os corações, e sim, entregando-os a Ti através da oração porque apenas tu, Senhor, podes sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas leis abençoadas de Deus.
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Apenas um Lembrete


Lembre-se que você é um Espírito imortal vivendo breve experiência num corpo físico.
Lembre-se que seu corpo é feito de matéria e, como tal, sofre o desgaste natural como tudo o que é matéria. Mas esse desgaste não atinge o Espírito.
Assim, quando você perceber que a sua pele está enrugando, lembre-se de que esse é um fenômeno que não alcança o Espírito.
Enquanto a sua pele enruga, seu Espírito pode ficar ainda mais radiante e mais iluminado.
Você não pode deter os segundos, nem evitar que se transformem em anos.
Não pode impedir que o seu cabelo caia ou se torne branco, mas isso não deve ser motivo para levar embora a vitalidade da sua alma imortal.
Sua esperança jamais poderá estar atrelada à sua forma física, pois o ser pensante que você é, é o mais importante e sobreviverá por toda a eternidade.
Sua força e sua vitalidade independem da sua idade.
Seu Espírito é o agente capaz de espanar a poeira do tempo.
Lembre-se de que você não é um corpo que tem um Espírito, é um Espírito temporariamente vivendo num corpo físico.
Chegará o dia que você encontrará uma linha de chegada e perceberá que logo à frente há outra linha de partida...
A vida é feita de idas e vindas... Partidas e chegadas.
Um dia você terá que abandonar esse corpo, mas jamais abandonará a vida...
Lembre-se que cada dia é uma oportunidade de viver e viver bem.
Se acontecer de cometer um engano, não detenha o passo, siga em frente pois logo adiante encontrará outro desafio...
A vida é feita de desafios... Vencemos uns, somos vencidos por outros, mas não podemos deter o passo.
E o maior de todos os desafios é vencer a si mesmo, usando a razão para não se deixar dominar por vícios e prazeres excessivos e prejudiciais.
Importante é não perder tempo vivendo de lembranças amargas e fotografias pela metade, amarelas e empoeiradas...
O dia mais importante é o dia de hoje... E hoje você tem a oportunidade de reescrever a sua história... Conhecer novas paisagens... Colecionar imagens de cores vivas.
Lembre-se que você é um Espírito feito de luz e a luz sempre pode suplantar as trevas... por mais densas que sejam.
O importante é que jamais detenha o passo...
Se as forças físicas não lhe permitem mais correr como antes, ande depressa.
Se algo o impedir de andar depressa, caminhe lentamente, mas siga em frente.
E, se por algum motivo, não puder mais caminhar sem apoio, use bengalas, muletas, cadeira de rodas. Mas vá em frente...
E se, um dia, você não puder mais movimentar seu corpo para continuar andando, voe com o pensamento.
Seu pensamento nada e ninguém poderá deter.
Você é livre para pensar, para aprender, para alcançar os céus em busca de esperança e paz.
O essencial é que você não pare nunca...
Deus não criou você para a derrota. Deus criou você para a vitória, para a felicidade plena. E essa conquista é a parte que lhe cabe.
Este é apenas um lembrete pois, um dia, um Sublime Alguém já nos disse tudo isso e nós esquecemos.
Esquecemos que Ele saiu do corpo mas jamais saiu da vida...
O Seu suave convite ainda paira no ar: Quem quiser vir após Mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-Me.
Esquecemos que Ele afirmou com convicção e firmeza: Nenhuma das ovelhas que o Pai Me confiou se perderá.
Eu sou uma de Suas ovelhas e você também é. Não importa a que religião você pertença. Não importa a que religião eu pertença.
Somos as ovelhas que o Criador confiou ao Sublime Pastor da Galileia, para que Ele nos ensine o caminho que nos conduzirá à felicidade plena.
* * *
Este é apenas um lembrete... que você pode até desconsiderar...
Mas uma coisa é certa: você não deixará de existir, como Espírito imortal que é e não evitará os percalços e as lições da caminhada, porque você, você é filho da Inteligência Suprema do Universo...
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A esperança


Há dias que temos a impressão de que chegamos no fim do caminho. Olhamos para frente e não vislumbramos mais saída. Não há uma luz no fim do túnel, e não há também nenhuma possibilidade de volta.
Parece que todos os nossos projetos, nossos objetivos, foram levados para bem distante, e estamos sem possibilidade de alcançá-los.
Parece mesmo que o outono da existência fez com que secassem as nossas esperanças e o vento forte do inverno varresse das nossas mãos todos os sonhos acalentados.
A morte vem e arrebata os afetos da nossa alma deixando-nos o coração dilacerado.
Sentimo-nos perdidos. Não sabemos que rumo tomar. Ficamos atônitos.
Sentimo-nos como uma árvore ressecada, sem folhas, sem brilho, sem motivo para viver. É a desesperança.
De repente, como acontece com a natureza, a primavera muda toda a paisagem. As árvores secas enchem-se de brotos verdes, e logo estão cobertas de folhas e flores.
O tom acinzentado cede lugar às cores verdes de tonalidades mil. É a esperança.
Os entes caros, que nos antecederam na viagem de retorno à Pátria Espiritual, um dia estarão novamente junto aos nossos corações saudosos, num abraço de carinho e afeição.
Tudo em a natureza volta a sorrir. A relva verde fica bordada de flores de variados matizes, as borboletas bailam no ar, os pássaros brindam-nos com suas sinfonias harmoniosas. Tudo é vida.
Assim, quando a chama da esperança reacende em nosso íntimo, nossos sonhos desfeitos são substituídos por outros anseios. Nossos objetivos se modificam e o entusiasmo nos invade a alma.
Jesus, o Sublime Galileu, falou-nos da esperança no Sermão da Montanha, com o suave canto das bem-aventuranças.
Exemplificou-a nos Seus ditos e feitos. Enfim, toda Sua mensagem é de esperança.
Se formos visitados por qualquer dissabor e o desespero nos tomar de assalto, busquemos o nosso Amigo Maior, Jesus, através da oração.
Predispondo-nos pela prece, a ajuda chegará certamente, como suave bálsamo a penetrar nas fibras mais íntimas do nosso ser, dando-nos alento e tranquilidade.
Se a desesperança acercar-se de nós, lembremos o Amigo Celeste a nos dizer: Meu fardo é leve, meu jugo é suave.
Se Seu jugo é suave, por que não O aceitamos?
Se Seu fardo é leve por que não O conduzimos?
Consideremos que o rigor do inverno pode ser o resultado da nossa falta de cuidado, submetendo-nos ao jugo da mentira, da ambição desmedida, do pessimismo,das queixas sem fim...
Ou talvez a desesperança resulte da nossa própria insensatez, carregando o pesado fardo dos prazeres inferiores, do orgulho, do egoísmo, da ganância, dos vícios de toda ordem, e de outros tantos fardos inúteis que nos sobrecarregam os ombros destroçando-nos as forças.
Dessa forma, em qualquer circunstância, deixemos que a esperança nos invada a alma, confiantes em Deus, que sempre nos dá oportunidades novas para refazermos caminhos, buscando a nossa redenção.
A esperança deve ser uma constante em nossas vidas.
Esperança de melhores dias;
esperança de realizações superiores;
esperança de paz.
* * *
Narra-se que um monge que vivia da mendicância, sem abrigo, recolheu-se numa gruta para o repouso noturno em bela paisagem banhada de luar.
Adormeceu, veio um bandido e lhe furtou a capa de que se utilizava como agasalho.
O frio da madrugada despertou-o e, dando-se conta do infortúnio, porém fascinado pela claridade da lua, aproximou-se da entrada da gruta e, emocionando-se com o que viu, exclamou:
Que bom que o ladrão não me furtou a lua!
E sorrindo, pôs-se a meditar.
Desesperar, nunca!
Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

COMPROMISSO COM A CONSCIÊNCIA



Compromisso exige responsabilidade.
Responsabilidade solicita equilíbrio moral.
Equilíbrio moral decorre da disciplina.
Disciplina sugere autoconhecimento.
Autoconhecimento resulta de educação.
Educação recorda preparo para a vida.
Vida é patrimônio divino que ninguém pode malbaratar inconsequentemente.
A vida é ensejo abençoado para os labores da evolução, criados em nome do Amor.
Ações produzem reações e todo impulso gera respostas na ordem das coisas.
Por essa razão, o equilíbrio é conquista ideal em face das circunstâncias e realizações humanas.
Compromisso com a consciência - ordem na conduta.
Conduta cristã - conquista de paz.
Não adie de forma alguma os compromissos de enobrecimento. Cada minuto na vida tem valor expressivo, pois significa ensejo de ajudar e ascender com a consciência ilibada.

Marco Prisco / Médium Divaldo Franco - Livro: Momentos de Decisão (extrato) - Ed. LEAL

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Coma os morangos da vida



Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a maioria das pessoas.
É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias, fico estressado, as pessoas às vezes me traem, mas eu procuro comer os morangos da vida.
Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá- lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engolí-lo, quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.
Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas dos seus pés. As onças embaixo querendo comê- lo e o urso em cima querendo devorá- lo.
Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.
Quando pôde olhá- lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento.
Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.
Deu para entender?
Talvez você me pergunte: "Mas, e o urso?"
Dane-se o urso e coma o morango!
"E as onças?"
Azar das onças, coma o morango! Se ele não desistir, as onças ou o urso desistirão. . .
Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa ou seu marido lhe diz: "Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo!"
E você, chateado, responde: "Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?"
Relaxe e viva um dia por vez: coma o morango.
Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário.
Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê- los só porque existem ursos e onças.
Você pode argumentar: "Eu tenho muitos problemas para resolver."
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.O fato de ter que conviver com chatos não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual ou seu marido irritado com o dia-a-dia não os impede de tomar sorvete juntos.
O fato de seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos.
Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida.
Mas o importante é saber aproveitar o morango. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora.
O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.
As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança.
As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade.
Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes. Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.
Lembre- se: A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você. . ."

Roberto Shinyashiki

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A postura do Pai

Jesus tinha o hábito de ministrar ensinamentos por parábolas.
São pequenas histórias que contêm grandes lições.
O povo rude da época não possuía condições de compreender a amplitude das ideias do Mestre Divino.
Por isso, Ele sabiamente vestiu Suas ideias com uma capa de alegoria.
Cada qual identifica nessas histórias um ensinamento de acordo com seu nível de entendimento.
O Espiritismo lança luzes sobre uma série de questões que, por muito tempo, permaneceram incompreensíveis.
É interessante refletir sobre as parábolas tendo em mente princípios espíritas, como a reencarnação e as Leis de Liberdade e de Causa e Efeito.
A parábola do Filho Pródigo é emblemática, pelas graves reflexões que suscita.
Dentre elas, chama a atenção a postura do pai.
Ele é instado por um dos filhos a lhe fornecer recursos para sair pelo mundo.
Generosamente, atende o pedido do filho.
Quando esse retorna, em triste estado, não o recrimina.
Ao contrário, recebe-o com festas e presentes.
Perante o outro filho, que se revela ciumento, também sua conduta é generosa e compreensiva.
Vai até o mancebo e o exorta a se alegrar pelo retorno do irmão que estivera perdido.
Ele compreende as fraquezas de seus rebentos e não se agasta, não recrimina e nem afasta nenhum deles.
É possível vislumbrar na figura desse pai sábio e amoroso a representação da Divindade.
Deus fornece recursos para que Seus filhos se lancem no mundo.
Ele dota todos os Espíritos de variados talentos e permite que façam o que desejam.
Essa postura atesta a Lei de Liberdade que vigora no Universo.
Todos são livres para escolher o modo como desejam viver.
Entretanto, é necessário arcar com as consequências das opções feitas.
Deus não pune ninguém, pois não se ofende com os erros de Suas criaturas.
Ele fornece tantas oportunidades quantas sejam necessárias para que cada Espírito aprenda suas lições.
As reencarnações se sucedem, enquanto o Espírito constrói em si o respeito às Leis Divinas e se pacifica.
O pai de braços abertos ao filho pródigo simboliza a eterna boa vontade de Deus para com todos os Espíritos.
Ele não se cansa de esperar e jamais deixa de amar, por longas que sejam a rebeldia ou a ilusão.
Afinal, sabe que sempre chegará o momento de glória da paz conquistada e da harmonia construída no íntimo do ser.
A conduta do pai perante o filho enciumado contém o ensinamento da Lei de Fraternidade que deve reger as relações humanas.
Ele exorta o rapaz a se alegrar pelo resgate do irmão.
Tem-se aí a lição de que não é suficiente obedecer regras e viver retamente.
A plenitude da evolução só se dá quando o Espírito lança um olhar generoso ao seu próximo e lhe estende as mãos.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

MECANISMOS DA EVOLUÇÃO


As conjunturas difíceis que vives fazem parte do processo evolutivo de todas as criaturas. Enfermidades, incompreensões, problemas do lar, limites orgânicos, dificuldades econômicas são os mecanismos de que se utilizam as Leis soberanas para estimular-te ao avanço, à conquista de mais elevados pisos.
Mesmo os triunfos aparentes, a fama transitória, a saúde, a tranquilidade doméstica tornam-se, as vezes, motivo de aflição.
Milton, o grande poeta inglês, afirmava que a Fama é a espora que eleva o espírito iluminado, a fim de que ele mais se desdobre e mais trabalhe, e quando, finalmente, pense em gozá-la, as Fúrias cindem o seu êxito e a vida fragilmente tecida.
O brilho da fama é visitado constantemente pela treva da inveja, que a tenta empanar ou mesmo apagá-la, levando a calúnia a tiracolo para o empreendimento nefasto.
As pessoas que aparentam felicidade e transitam no carro do triunfo, também experimentam dores e sofrem ansiedades, depressões.
Não te iludas com a vã esperança de lograres felicidade sem esforço e paz sem lágrimas.
A terra é a Escola dos aprendizes em fase de imperfeição e ignorância.
Alguns, bem intencionados, esforçando-se; outros, preguiçosos, criando embaraços para o próximo e para eles mesmos; diversos, distraídos e atrasados; raros, com aproveitamento louvável, mesmo assim vivendo as condições e peripécias da sua humanidade.
Também és estudante algo negligente, equivocando-te, envolvendo-te em pugnas mesquinhas, gerando animosidade, perdendo tempo útil.
Ghandhi afirmava que se me não matarem, terei fracassado na campanha da não-violência.
Raros os apóstolos do bem que não sofreram a perseguição dos próprios correligionários, transformados em competidores e difamadores cruéis.
Muitas vezes, o amigo solidário de agora se transmuda em adversário de mais tarde.
Não foram os inimigos que atraiçoaram e negaram Jesus; mas, Seus amigos invigilantes.
A ti cabe a honrosa tarefa de enfrentar os problemas e solucioná-los; de trabalhar a enfermidade e recuperar a saúde; de lutar e adquirir a paz íntima em qualquer situação a que te vejas conduzido.
No desequilíbrio que predomina em toda parte, sê tu quem permanece com serenidade.
No vozerio das acusações, seja o teu silêncio a forma de defesa.
Na urdidura de qualquer mal, a tua se torne a presença do bem.
Nunca abandones a trilha da fé, nem te apartes dos deveres sacrificiais, porque sofres ou defrontas dificuldades.
Facilidade, improvisação, sorte são expressões que não existem no dicionário dos códigos Divinos. Tudo 
são conquistas arduamente conseguidas.
Fiel ao ideal que abraças e à vida que te exorna a marcha, não temas, não recues e não te desesperes nunca.
A felicidade virá e permanecerá contigo a partir do momento próprio.

(Obra: Desperte e Seja Feliz - Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PAZ EM NÓS



A paz em nós não resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranquilidade de consciência no dever cumprido e é preciso anotar que o dever cumprido é fruto da compreensão.
-
Compreender significa, na essência, desculpar as pessoas que nos cercam, nas oposições que nos façam e esquecer as ocorrências que nos mostrem adversas, a fim de que nos mantenhamos fiéis à tarefa que se nos indica.
Não te conturbem a censura ou a crítica dos outros no desempenho das obrigações que a vida te assinala, porquanto se aceita os próprios compromissos no bem geral, esses compromissos dizem respeito a ti mesmo e não aos que te observam, nem sempre com lógica e segurança.
Em qualquer atividade edificante, convém lembrar que ideias e palavras, ações e atitudes dos outros pertencem a eles e não a nós.
No critério de reciprocidade, é justo recordar que não nos sé lícito violentar essa ou aquela pessoa com opiniões e medidas tendentes a sufocar-lhes a personalidade.
As discussões auxiliam em muitos casos de assuntos obscuros ou de companheiros desinformados, mas servir aos semelhantes, doando-lhes, o melhor de nós, é o argumento decisivo para clarear os agentes de solução a qualquer problema.
Para colaborar no interesse do bem de todos, é imperioso olvidar-nos naquilo que as induções ao egoísmo nos impulsionem a titubear, ante as obrigações que a vida nos traça.
Ainda que todos o elementos exteriores se te revelem contrários à ação que desenvolves, é perfeitamente possível guardar a própria serenidade, desde que saibas entender pessoas e situações, deixando-as onde se coloquem e seguindo para a frente com o trabalho que te compete.
A paz em nós — repitamos — nasce da compreensão em serviço e a compreensão em serviço é mantida pela tolerância para com os erros alheios e até pela auto-aceitação dos nossos próprios erros, de modo a sabermos corrigi-los sem tumulto e perda de tempo.
Em suma, enquanto não soubermos perdoar, não seremos livres para submeter-nos à prática do bem, segundo as Leis de Deus.

(De “Calma”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DIANTE DE TUDO



Diante de tudo, estabelece Jesus para nós todos, uma conduta básica, de que todas as providências exatas se derivam para a solução dos problemas no caminho da vida.
Sombra - Caridade da luz.
Ignorância - Caridade do ensino.
Penúria - Caridade do socorro.
Doença - Caridade do remédio.
Injúria - Caridade do silêncio.
Tristeza - Caridade do consolo.
Azedume - Caridade do sorriso.
Cólera - Caridade da brandura.
Ofensa - Caridade da tolerância.
Insulto - Caridade da prece.
Desequilíbrio - Caridade do reajuste.
Ingratidão - Caridade do esquecimento.
Diante de cada criatura, exerçamos a caridade do serviço e da bênção.
Todos somos viajores na direção da Vida Maior.
Doemos amor a Deus, na pessoa do próximo, e Deus, através do próximo, dar-nos-á mais amor.

Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. - Livro: Caminho Espírita.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Jesus veio


“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” - PAULO - (Filipenses, 2:7.)

Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra.
Entretanto, tais reclamações não são justas.
Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.
Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.
O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.
Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.
Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões.
Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.
Recorda a demonstração do Mestre Divino.
Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.

Livro: Caminho, Verdade e Vida

Francisco Cândido Xavier

Ditado pelo Espírito Emmanuel

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DEUS TE GUARDE



Deus te guarde, alma querida e boa,
Pela dor que não dizes,
Quando a injúria te induz a suportar
Os problemas e os atos infelizes.
Deus te compense a tolerância
Quando olvidas o mal, Interpretando aquele que te agride
Por doente mental.
Deus te ilumine a frase de humildade
Ante o verbo agressor,
Quando te apagas para garantir
A presença do amor.
Deus te engrandeça o gesto de renúncia,
Onde a ambição, às tontas, se compraz,
Quando saber perder conforto e benefício
Em proveito da paz.
Deus proteja o silêncio em que te esforças
Na compreensão que te sustém,
Quando toleras golpe ou desafio
Sem ferir a ninguém.
Por tudo o que há de bom que nos ofertas
Na jornada de luz que te bendiz,
Pelo perdão constante em que te nutres,
Deus te guarde, alma irmã,
Deus te faça feliz

Maria Dolores / F. C. Xavier - Livro: A vida Conta

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Prece de Gratidão



Senhor, muito obrigado, pelo que me deste, pelo que me dás!
pelo ar, pelo pão, pela paz!
Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Ti imploro comiseração, pois eu sei que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!
Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro.
Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir,
pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!
Muito obrigado Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola.
Pela voz que com emoção, profere uma sentida oração!
Pela minha capacidade de falar, pelos mudos eu Te quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesias, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amargura.
Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.
E meus pés que me levam a caminhar, sem reclamar.
Porque eu vejo na Terra amputados, deformados, aleijados...e eu posso bailar!!...
Por eles eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação,
eles também bailarão.
Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar!
Pois é tão maravilhoso ter um lar...
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor!
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira...
De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de um cão, porque é tão doloroso viver na solidão!
Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar..., não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Ti!
Então muito obrigado porque eu nasci!
E pelo teu amor, teu sacrifício, tua paixão por nós,
Muito obrigado Senhor!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A caridade desconhecida



A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos. Como expressar a compaixão, sem dinheiro? por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários? Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso: — Um sincero devoto da Lei foi exortado por determinações do Céu ao exercício da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia, de modo algum, retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos semelhantes. Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade; porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão com os andrajosos e famintos à margem de sua estrada. Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor. Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública, podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua marcha pela Terra. Assim é que passou a extinguir, com incessante atenção, todos os pensamentos inferiores que lhe eram sugeridos; quando em contato com pessoas interessadas na maledicência, retraia-se, cortês, e, em respondendo a alguma interpelação direta, recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima ausente; se alguém, diante dele, dava pasto à cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e recolhia-se à quietude; insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira de calhaus em barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a fraternidade habitual; a calúnia não encontrava acesso em sua alma, de vez que toda denúncia torpe se perdia, inútil, em seu grande silêncio; reparando ameaças sobre a tranquilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde, antes que assumissem feição tempestuosa; se alguma sentença condenatória bailava em torno do próximo, mobilizava espontâneo, todas as possibilidades ao seu alcance na defesa delicada e imperceptível; seu zelo contra a incursão e a extensão do mal era tão fortemente minucioso que chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem perigo aos transeuntes. Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos necessitados. Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde compareceu receoso e desalentado. Temia o julgamento das autoridades celestes, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema, e, porque indagasse, em lágrimas, a razão do inesperado prêmio, foi informado de que a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro.

Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom amigo: — Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a divina coroa da caridade desconhecida.



Livro: Jesus no Lar

Francisco Cândido Xavier/Espírito Neio Lúcio

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A lição do acuçar



Um certo dia, um pastor foi em uma escola falar de Deus.
Chegando lá, perguntou se as crianças conheciam a Deus, e elas responderam que sim.
Continuou a perguntar e elas disseram:
"- Deus é o nosso pai. Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele."
O pastor se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca o viram?
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou a mãozinha e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açucar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não o vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica... sem sabor.
O homem sorriu, e disse:
- Muito bem, Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida.
Orou, deu a benção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança.
Não esqueçam de colocar açúcar em suas vidas...
(Autor Desconhecido)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

INSEGURANÇA



Há momentos em que se imiscuem, no sentimento do combatente, emoções desconcertantes.
Ressaibo do atavismo ancestral, que remanesce em contínuas investidas, logra vencer quantos lhe dão guarida, estimulados pela auto piedade e pela presunção.
Porque se espalha a agressividade, tens a impressão de que lhe serás a próxima vítima.
Diante das incertezas que decorrem da beligerância generalizada, absorves o vapor deletério que se expressa em forma de insegurança.
Tem cuidado com esse tipo de fobia em relação ao presente, ao futuro, e aos que te cercam.

Há os que se armam, pensando em reagir, quando agredidos.
Outros se condicionam para a agressão em primeiro passo, como mecanismo de defesa.
Diversos revestem-se de falsa condição de superioridade, evitando os contatos humanos que lhes parecem desagradar.
Desarma-te desses vãos atavios.
Ergue-te em pensamento a Deus e n’Ele confia.
Somente acontece o que é necessário para o progresso do homem, exceto quando ele, irresponsavelmente, provoca situações e acontecimentos prejudiciais, por imprevidência e precipitação.
Cultivando o otimismo e a paz, avançarás no teu dia-a-dia, vencendo o tempo e poupando-te aos estados de insegurança íntima, porque estás sob o comando de Deus.

(De “Episódios diários”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Tire o pó se precisar


Tire o pó se precisar.
Não deixe suas panelas brilharem mais do que você!!!!
Não leve a faxina ou o trabalho tão a sério! Pense que a camada de pó vai proteger a madeira que está por baixo dela! Uma casa só vai virar um lar quando você for capaz de escrever "Eu te amo" sobre os móveis! Antigamente eu gastava no mínimo 8 horas por semana para manter tudo bem limpo, caso "alguém aparecesse para visitar" - mas depois descobri que ninguém passa "por acaso" para visitar - todos estão muito ocupados passeando, se divertindo e aproveitando a vida! E agora, se alguém aparecer de repente? Não tenho que explicar a situação da minha casa a ninguém... ...as pessoas não estão interessadas em saber o que eu fiquei fazendo o dia todo enquanto elas passeavam, se divertiam e aproveitavam a vida... Caso você ainda não tenha percebido: A VIDA É CURTA... APROVEITE-A!!! Tire o pó... se precisar... Mas não seria melhor pintar um quadro ou escrever uma carta, dar um passeio ou visitar um amigo, assar um bolo e lamber a colher suja de massa, plantar e regar umas sementinhas? Pese muito bem a diferença entre QUERER e PRECISAR ! Tire o pó... se precisar... Mas você não terá muito tempo livre... Para beber champanhe, nadar na praia (ou na piscina), escalar montanhas, brincar com os cachorros, ouvir música e ler livros, cultivar os amigos e aproveitar a vida!!! Tire o pó... se precisar... Mas a vida continua lá fora, o sol iluminando os olhos, o vento agitando os cabelos, um floco de neve, as gotas da chuva caindo mansamente.... - Pense bem, este dia não voltará jamais!!! Tire o pó... se precisar... mas não se esqueça que você vai envelhecer e muita coisa não será mais tão fácil de fazer como agora... E quando você partir, como todos nós partiremos um dia, também vai virar pó!!! Ninguém vai se lembrar de quantas contas você pagou, nem de sua casa tão limpinha, mas vão se lembrar de sua amizade, de sua alegria e do que você ensinou. AFINAL: "Não é o que você juntou, e sim o que você espalhou que reflete como você viveu a sua vida."

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A Caridade segundo o apóstolo Paulo


Ainda que eu fale todas as línguas dos homens e dos anjos, ainda que eu fale todas as línguas dos anjos e dos homens, se eu não tiver amor, serei apenas um bronze que ressoa, um sino que retine.
Ainda que eu possua o dom das profecias, saiba todas as ciências, ainda que eu possua um tamanho grau de fé que me permita remover montanhas, se eu não tiver amor eu não nada serei.
Ainda que eu distribua os meus bens entre os pobres, e deixe então o fogo consumir meu corpo, nenhum proveito tiro, se eu não tiver amor.
O AMOR, É PACIENTE, O AMOR É BONDOSO, NÃO É NADA EXIGENTE, ARROGANTE, ORGULHOSO, JAMAIS É DESCORTÊS, NUNCA INTERESSEIRO. O AMOR NÃO SE IRRITA, NÃO GUARDA RANCOR NO CORAÇÃO, TUDO DESCULPA, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA. O AMOR NÃO TERÁ FIM. AS PROFECIAS, SIM.
As línguas se calarão. As Ciências tem seu termo. Imperfeito, é o nosso conhecimento e também as profecias.
MAS QUANDO VIER O QUE É PERFEITO, O QUE IMPERFEITO DESAPARECERÁ.
Quando eu era criança, brincava como criança, pensava como criança, como criança raciocinava. Homem feito me despojei dos atributos de criança.
POR ENQUANTO ENXERGAMOS DEUS ATRAVÉS DE UM ESPELHO. MAS UM DIA TEREMOS A VISÃO DE DEUS DE FACE A FACE. POR ENQUANTO CONHEÇO APENAS UMA PARTE, MAS LOGO O CONHECEREI, COMO SOU POR ELE CONHECIDO.
TEMOS AGORA A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR!
MAS DOS TRÊS, O MAIS EXCELENTE É O AMOR.