Ante
as devastações do mal, apóia o trabalho que objetive o retorno ao bem.
Até
que o espírito se integre no Infinito Amor e na Sabedoria Suprema, em círculos
de manifestação que, por agora, nos escapam ao raciocínio, a falibilidade é
compreensível, no campo de cada um, tanto quanto o erro é natural no aprendiz
em experiência na escola.
A
educação não forma autômatos.
A
Ordem Universal não cria fantoches.
*
Onde
haja desastre, auxilia a restauração.
Mobiliza
as forças de que dispões, sanando os desequilíbrios, ao invés de consumir ação
e verbo, atitude e tempo, grafando a veneno o labéu da censura.
Anotaste
lances calamitosos nos delitos que o tribunal terrestre não é capaz de prever
ou desagravar.
Viste
homens e mulheres, cercados de apreço público, aniquilarem existências
preciosas, derramando o sangue de corações queridos em forma de lágrimas;
surpreendeste cidadãos abastados e aparentemente felizes, que humilharam os
próprios pais, reduzindo-os à extrema pobreza, ao preço de documentos espúrios;
assinalaste pessoas açucaradas e sorridentes que induziram outras ao suicídio e
à criminalidade, sem que ninguém as detivesse; identificaste os que abusaram do
poder e do ouro, erguendo tronos sociais para si próprios, à custa do pranto
que fizeram correr, muitas vezes com o aplauso dos melhores amigos, e
conheceste carrascos de olhos doces e palavras corretas que escamotearam a
felicidade dos semelhantes, abrindo as portas do hospício ou da penitenciaria
para muitos daqueles que lhes confiaram os tesouros da convivência, sem que o
mundo os incomodasse.
Apesar
disso, não necessitas enlamear-lhes o nome ou incendiar-lhes a senda. Todos
eles voltarão ao quadro escuro das faltas cometidas, através de continuadas
reencarnações, em dificuldades amargas, nos redutos da prova, a fim de lavarem
a consciência.
*
Se a
maldade enodoa essa ou aquela situação, faze o melhor que possas para que a
bondade venha a surgir.
Segue
entre os homens, abençoando e ajudando, ensinando e servindo...
Todas
as vítimas das trevas serão trazidas à luz e todos os caídos serão levantados,
ainda que, para isso, a espoja do sofrimento tenha de ser manejada pelos braços
da vida, em milênios de luta. Isso porque as Leis Divinas são de justiça e
misericórdia e a Providência Inefável jamais decreta o abandono do pecador.
(De
“Justiça Divina”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito
Emmanuel)