quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Quando Chega Hora - Mensagem de Lucius, psicografada por Zíbia Gasparetto


Embora a felicidade seja nosso objetivo maior
ainda não sabemos distinguir o falso do verdadeiro
criamos ilusões, perseguimos objetivos falsos
colhemos sofrimentos.
Mas é por meio deles que aprendemos
a conhecer a vida, a melhorar atitudes;
é possível que venha a nos enganar outra vez.
Esse é o preço do progresso.
Apesar disso, meu coração está em paz,
por saber que, acima de todas as nossas falhas
e até de nosso livre-arbítrio,
está a vida nos protegendo,
conduzindo nossos passos para o maior,
a ansiedade atrapalha,
as pessoas estão tão voltadas
ao mundo material, não tem paciência de esperar,
querem fazer tudo sozinhas.
Não se ligam com a fonte de vida,
nem sequer percebem que um objetivo não alcançado
ao invés de ser um fracasso pode ser uma ajuda.
Em tudo só os valores verdadeiros permanecem,
assim, é preciso não esmorecer,
fazer sempre o melhor que souber
confiar na sabedoria Divina, e
ela só faz acontecer
quando chega a hora.

Mensagem de Lucius, psicografada por Zíbia Gasparetto.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Oração de Natal - Chico Xavier


Rei Divino, na palha singela, porque te fizeste
criança,diante dos homens, quando podias
ofuscá-los com a grandeza do teu Reino ?
Soberano da Eternidade,por que estendeste
braços pequerruchos e tenros aos pastores
humildes, mendigando-lhes proteção, quando o
próprio firmamento te saudava com uma estrela
sublime, emoldurada de melodias celestes ?

Certamente, vinhas ao encontro de nosso
coração para libertá-lo.
Procuravas o asilo de nossa alma para
converte-la em harpa nas tuas mãos.

Preferias esmolar segurança e carinho, para que,
em te amando,de algum modo, na manjedoura
esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos
outros.

Tornava-lhes pequenino para que a sombra do
orgulho se desfizesse,em torno de nossos
passos, e pedias compaixão, porque não nos
buscava por adornos do teu carro de triunfo,
como vassalos de tua glória, mas, sim, por amigos
espontâneosde tua causa e por tutelados
de tua benção.

E modificaste assim,o destino das nações.
Colocaste o trabalho digno, onde a escravidão
gerava a miséria,acendeste a claridade do
perdão,onde a noite do ódio assegurava o
império do crime, e ensinaste-nos a servir e a
morrer, para que a vida se tornasse mais bela...
É por isso,que ajoelhados em espírito,
recordo-te o berço pobre, ofertamos-te o coração..

Arranca-o Senhor,da grade do nosso peito,
enferrujado de egoísmo, e faze-o chorar de
alegria, no deslumbramento de tua luz !...
Conduze-nos, ainda,aos tesouros da humildade,
para que o poder sem amor não nos elouqueça a
inteligência e deixa-nos entoar o cântico dos
pastores quando repetiam, em pranto jubiloso, a
mensagem dos anjos:
-Glória a Deus nas alturas, paz na terra e boa
vontade para com os homens !...

Mensagem de Meimei, psicografada por Chico Xavier

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A Riqueza da Matéria é a Miséria da Alma


É importante desejar, mas muita calma 
Pois a riqueza da matéria é a miséria da alma 
Nós somos o que fazemos e não o que consumimos 
Não podemos nos deixar possuir por aquilo que possuímos 
Cuidado, pois o excesso material escraviza 
E enquanto a necessidade desafia, a facilidade fragiliza! 
Nada contra desejar um carro ou uma camisa 
Mas antes temos que nos perguntar, porque queremos o que queremos? 
Será que a gente realmente precisa? 
Será que isso nos fará melhor e nos trará felicidade?
Ou é somente algo a mais para alimentar nossa vaidade?

Interprete : Silvio Matos
Poema de Fábio Brazza

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Decepções, Ingratidão, Quebra de Afeições


III – Decepções, Ingratidão, Quebra de Afeições
      937. As decepções provocadas pela ingratidão e pela fragilidade dos laços de amizade não são, também, para o homem de coração, uma fonte de amarguras?

     — Sim, mas já vos ensinamos a lastimar os ingratos e soa amigos infiéis, que serão mais infelizes do que vós. A ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta  encontrará mais tarde corações insensíveis como ele próprio o foi. Pensai em todos os que fizeram mais bem do que vós, que valiam mais do que vós, e no entanto foram pagos com a ingratidão. Pensai que o próprio Jesus, quando na Terra, foi injuriado e desprezado, tratado de patife e impostor, e não vos admireis de que o mesmo vos aconteça. Que o bem que fizeste seja vossa recompensa neste mundo e não vos importeis com o que dizem os beneficiados. A ingratidão é uma prova para a vossa persistência em fazer o bem. Isso vos será levado em conta, e os que não vos foram reconhecidos serão punidos tanto mais quanto maior houver sido a sua ingratidão.

     938. As decepções causadas pela ingratidão não podem endurecer o coração e torná-lo insensível?

     — Seria um erro pensar assim, porque o homem de coração, como dizes, será sempre feliz pelo que praticar. Ele sabe que, se não o reconhecerem nesta vida, na outra o farão, e o ingrato sentirá então remorso e vergonha.

     938 – a) Este pensamento não impede que o seu coração se sinta ferido. Ora, disso não pode nascer-lhe a idéia de que seria mais feliz se fosse menos sensível?

      — Sim, se ele preferir a felicidade do egoísta, uma bem triste felicidade! Se ele sabe, no entanto, que os amigos ingratos que o abandonam não são dignos de sua amizade e que se enganou a respeito dos mesmos, não deve mais lamentar a sua perda. Mais tarde encontrará os que melhor o compreenderão. Lamentai os que vos tratam de maneira que não mereceis, pois terão uma triste recompensa. Mas não vos aflijais por isso: é o meio de vos elevardes sobre eles.

Comentário de Kardec: A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que simpatizem com o seu. Ela lhe concede, assim, as primícias da felicidade que lhe está reservada no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benevolência: essa é uma ventura recusada ao egoísta.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O Significado do Natal para o Espiritismo


Eis que vos trago boas-novas de grande alegria, que será de todo o povo, porque nasceu para vós, hoje, um salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi.” Lucas, 2:10-11 1

Natal é comemorado no dia 25 de dezembro porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em 274 d.C. A finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do Império Romano  e festejar o início do solstício de inverno.

Com o triunfo do Cristianismo, séculos depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde então, como o verdadeiro “sol” de justiça. Com o passar do tempo, hábitos e costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia de Francisco de Assis, no século XIII. As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal.

Antes de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25 de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo. A estrela que se coloca no topo da árvore é para recordar a que surgiu em Belém por ocasião do nascimento de Jesus. Os cartões de Natal apareceram pela primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX. Os espíritas vêem o Natal sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete natalino, atividades típicas do dia. Já compreendem a importância de renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.

Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito.2 A despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.

Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”.3 Chegará a época, contudo,em que Jesus, o guia e modelo da Humanidade terrestre,4 será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não podemos, contudo, perder a esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.

No momento preciso, quando se operar a devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades compreenderão que [...] Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei [...].5

Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. Admite, igualmente, que [...] a Doutrina Espírita nos reconduza o Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã.6 Perante as alegrias das comemorações do Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel: As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.

A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho,o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.7 Segunda, a inadiável (e urgente) necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de conta”.[...]

Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a Luz para alumiar as nações.8 Não chegou impondo normas ou pensamento religioso. Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos. Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. Fez luz no Espírito eterno.

Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo. Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.

Tens suficiente luz para a marcha? Que espécie de claridade acendes no caminho? Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em vôo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...

Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?9 Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las com o próximo, como aconselha Meimei: Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção...

Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. [...] Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas. Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...10

Referências:

1DUTRA, Haroldo D. O novo testamento. (Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.

2VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p. 154.

3XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.

4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.

5______. ______. Comentário de Kardec à q. 625.

6XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Jesus e atualidade, p. 296.

7______. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.

8LUCAS, 2:32.

9XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.

10______. ______. Cap. 29, p. 73-74.

Fonte: Revista Reformador, da FEB, de dezembro de 2010

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Construindo Pontes - Momento Espírita

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro.

Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam.

Mas agora tudo havia mudado. O que começara como um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.

Estou procurando trabalho. - Disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que possa executar.

Sim! - Disse o fazendeiro. - Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não posso mais suportá-lo.

Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.

Acho que entendo a situação.- Disse o carpinteiro. - Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que o deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra.

O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca!

Em vez da cerca havia uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro.

Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos.

Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando, no meio da ponte.

O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: Espere! Fique conosco mais alguns dias.

E o carpinteiro respondeu: Eu adoraria ficar mas tenho muitas outras pontes para construir.

E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?

*   *   *

As pessoas que estão ao seu lado, não estão aí por acaso.

Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação.

Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres.

Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, porventura, estejam distanciados de você.

E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade.

Agindo assim, você suprirá suas carências afetivas e encontrará a paz íntima que tanto deseja.

Pense nisso!



Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada.
Em 16.11.2010.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Deus te Quer Sorrindo


Deus está aqui neste momento.
Sua presença é real em meu viver.
Entregue sua vida e seus problemas.
Fale com Deus, Ele vai ajudar você.

Deus te trouxe aqui
Para aliviar o teu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.

E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.

Seja qual for o seu problema
Fale com Deus. Ele vai ajudar você.
Após a dor vem a alegria,
Pois Deus é amor e não te deixará sofrer.

Deus te trouxe aqui
Para aliviar o seu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.

E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.

Letra Noites Traiçoeiras - Padre Marcelo Rossi

Autor: Padre Marcelo Rossi

sábado, 9 de dezembro de 2017

Ajuda-te que o Céu te Ajudara - Reflexão


Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.

Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.

Alguns quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.

Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.

Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.

Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?

Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.

* * *

Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.

Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.

Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.

Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.

Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.

Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.

Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.

Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.

* * *

Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.

Autor: Momento Espírita

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A rejeição dos filhos pelos pais pode ter origem em vidas passadas?


A rejeição entre filho e pai é um drama familiar com sérias consequências que muitas vezes marcam de maneira negativa a vida de ambos por muito tempo.

Mas por que isso acontece, seria só uma questão de afinidade?

Esta rejeição pode ter origem em vidas passadas?

Como a mulher que é mãe e esposa deve agir diante dessa situação?

Autor: TV Mundo Maior

domingo, 3 de dezembro de 2017

Almas Enamoradas


Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.

 Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.

Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.

Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.

Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.

Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.

A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.

Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.

Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.

Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.

Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...

O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.

E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.

E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.

Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.

Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para, logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.

Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.

*   *   *

Se a pessoa com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.

Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.

E, se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.

*   *   *

Os casamentos são programados antes do berço.

Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.

Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.



Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 5. ed. Fep.
26.4.2013.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

TUDO PASSA ( MENSAGEM ) CHICO XAVIER


Todas as coisas, na Terra,
passam...
Os dias de dificuldades,
passarão...
Passarão também
os dias de amargura
e solidão...
As dores e as lágrimas
passarão.
As frustrações
que nos fazem chorar...
um dia passarão.
A saudade do ser querido
que está longe, passará.

Dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que,
na Terra, passam,
deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós,
é um desses dias
repletos de amargura,
paremos um instante.

Elevemos
o pensamento ao Alto,
e busquemos a voz suave
da Mãe amorosa
a nos dizer carinhosamente:
isso também passará...

E guardemos a certeza,
pelas próprias dificuldades
já superadas,
que não há mal
que dure para sempre.

O planeta Terra,
semelhante
a enorme embarcação,
às vezes parece
que vai soçobrar
diante das turbulências
de gigantescas ondas.

Mas isso também passará,
porque Jesus está
no leme dessa Nau,
e segue com o olhar sereno
de quem guarda a certeza
de que a agitação
faz parte do roteiro
evolutivo da humanidade,
e que um dia também passará...

Ele sabe que a Terra
chegará a porto seguro,
porque essa é a sua destinação.

Assim,
façamos a nossa parte
o melhor que pudermos,
sem esmorecimento,
e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo,
cada minuto que, por certo...
também passarão..."

" Tudo passa..........exceto DEUS!"
Deus é o suficiente!

Chico Xavier - Emmanuel

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Momento Espírita-A lição do perdão


O que faríamos se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivéssemos nas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que nos provocou muitos problemas?

Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu nosso bom nome perante os amigos. Alguém que se apossou da empresa, fruto do nosso labor de tantos anos.

Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da nossa família.

Será que lembraríamos da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que viriam à nossa mente as palavras do Mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?

Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos o mais depressa possível com nosso adversário?

A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.

Em razão disso, foi elevado a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.

Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos. Foram juntos ao mercado e o administrador foi encarregado de observar e escolher.

Deveriam ser, naturalmente, homens fortes, para que pudessem desempenhar bem as rudes tarefas nas fazendas.

O administrador foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos que deveria ser adquirido.

O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não concordou. Ouvindo o diálogo, o negociante de escravos disse que se fossem comprados vinte homens, ele daria o velho de graça.

Realizada a negociação, foram todos levados para uma das propriedades.

O administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.

Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.

Admirado daquelas atenções dispensadas a um escravo, o senhor perguntou por que ele procedia daquele forma.

Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?

A resposta foi negativa.

É seu irmão mais velho?

Também não, respondeu.

É seu tio ou outro parente?

Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.

Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?

Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.

Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar aos nossos inimigos. Esta é a oportunidade de exercitar meu aprendizado.

*   *   *

O perdão acalma e abençoa o seu doador.

Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.

Quando entendermos que perdoar é conquistar enobrecimento, nos faremos fortes pelas concessões de amor e compreensão que sejamos capazes de distribuir.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria
 desconhecida e no cap. 18 do livro Trigo de Deus,
 pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.7.2017.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Amor Verdadeiro


Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.

Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

"Meus filhos, foram 55 bons anos...

Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo."

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:

"Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.

Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.

Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.

Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim..."

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:

"Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia."

E, por fim, o professor concluiu:

Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

*   *   *

O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.

O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.

Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo.

O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: O que será de mim?

Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: O que será dele? Ou, ou que será dela?

Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.

E você, está aproveitando o seu casamento para construir um verdadeiro amor?

Redação do Momento Espírita, baseado em história de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 09.07.2009.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Nunca é Tarde


Nunca é tarde para pensar na vida,
procurar uma saída, erguer as mãos caídas, recomeçar...

Nunca é tarde para levantar os olhos,
andar de cabeça erguida, contemplar um novo horizonte, sonhar...

Nunca é tarde para estender a mão amiga
para tirar alguém da briga que luta contra a solidão,
nunca é tarde para ouvir a voz da razão seguir
a ordem do coração e viver com gratidão...

Nunca é tarde para saciar a fome ao dividir o pão,
ser luz para alguém sair da escuridão, caminhar de mãos dadas
sentindo a emoção de haver feito o bem para um irmão...

Nunca é tarde para rever os amigos, ajudar os aflitos,
resolver os conflitos no diálogo e não aos gritos,
ser vencedor e não vencido pois tudo é belo mais que bonito...

Nunca é tarde para mudar os planos, recuperar o ânimo,
caminhar juntos, rever os enganos,
enfrentar as barreiras dos anos e no final ainda dizer te amo...

Nunca é tarde para dizer sim para vida,
para dizer perdão querida, dizer não ao ego
enxugar uma lágrima para curar um ferida...

Nunca é tarde para mudar de gesto,
de atitude e de pensamento para ser feliz,
deixar o protesto, sentir a liberdade numa prece...

Nunca é tarde para dar um basta na amargura,
refazer a postura, deixar a vida dura,
encontrar a esperança que ficou perdida, viver a paz que é sem medida...

Nunca é tarde para abraçar um filho,
sentir o seu amor, orientar seus caminhos
para jamais andar sozinho e deixar de ser menino em sua vida escolhida...

Nunca é tarde para dizer que não sei, reconhecer que errei
e que tanto tempo passei a me enganar, e por causa da alma ferida
nunca encontrei a saída que me impedia de caminhar...

Nunca é tarde para sorrir, agradecer a Deus pela vida,
viver a realidade de um novo dia, aprender o que não sabia,
fazer o que não fazia e ensinar o que vivia...

Nunca é tarde para fazer o bem,
ser amigo de alguém, ajudar a quem não tem,
dizer sempre o que convém,
respeitar não ir além, viver sempre amando alguém...

Nunca é tarde para ver Deus na natureza,
ser ativo na igreja, dizer amém, assim seja,
dar um basta na tristeza, estar em paz com todos,
ser feliz e que Deus nos proteja...

Nunca é tarde para sair da rotina,
aprender com disciplina, não desistir,
dar a volta por cima depender sempre de Deus,
crer no que Ele nos ensina, ser feliz é nossa sina...

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Mensagem Reflexão: O Erro - A Luz do Espiritismo.


Quem é que nunca fez nada de errado?
Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não.
O erro faz parte do aprendizado.
Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas consequências sobre o indivíduo e a sociedade.
O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos.
Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir.
Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos.
Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio.
Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele.
De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom.
Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador.
No campo dos sofrimentos isto se chama expiação.
Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação.
Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de um desatino.
Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as consequências.
Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal.
Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e efetivos.
Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer.
Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas.
Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso.
Costuma-se dizer que errar é humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam.
Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes superiores.
                                               *   *   *
Os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para além da existência atual.
Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se encontram no presente.
Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos atos de vidas passadas.
Nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo.
Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!
 Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 11.01.2010.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O Batismo na Visão Espírita


Batismo - do grego bapto e baptismos significa ablusão, imersão, banho. É o nome que designa os ritos de iniciação em diferentes religiões e crenças. O ritual do batismo era uma prática muito difundida na Palestina. Provinha dos antigos mistérios da Grécia, do Egito, dos Essênios etc. João Batista nada mais fazia do que usar esta prática para ajudar as pessoas a se modificarem. Usava a água em adultos, certo de que estes teriam compreensão para o arrependimento. Esse ato folclórico, simples e puro, foi transformado no culto cristão num processo mágico de purificação da alma, destinado a lavar a mancha do pecado original de Adão e Eva impregnada nas almas das crianças recém-nascidas.

Na época só se batizavam adultos, porque eles tinham do que se arrepender e podiam analisar o certo e o errado para se renovarem moralmente. A Igreja Romana, com a falsa justificativa de "não ir para o céu", adotou a prática de batizar a criança tão cedo quanto possível, ante a possibilidade de morrer prematuramente com a mácula do original pecado, o que seria desastroso para ela. Essa lamentável deturpação do batismo de João é uma grande injustiça. E mais: Imaginemos Chico Xavier, Gandhi, Buda etc., chegando no mundo espiritual e alguém os recebendo e dizendo: - Vocês fizeram muita caridade e seguiram a vontade de Deus, mas não poderão entrar no céu porque não foram batizados. Onde estaria a justiça de Deus? Segundo Jesus: "A cada um segundo suas obras" ou cada um prestará contas de si para Deus, ou seja, cada um é responsável pelos seus atos, cada um receberá por aquilo que fez... seja batizado ou não!

O batismo de fogo, pelo qual Jesus se mostrava ansioso, não era outra coisa senão a luta que os belos e nobres ideais do cristianismo precisou enfrentar, e continua enfrentando, para que os privilégios, a tirania e o fanatismo venham a desaparecer da face da Terra, cedendo lugar a uma ordem social fundada na justiça, na liberdade e na concórdia. Ainda, o batismo do Espírito Santo é a assistência, a inspiração dos Espíritos purificados, concedidos pelo Cristo, em nome do Senhor, aos homens, que então as recebem mediunicamente e mesmo se comunicam com aqueles Espíritos nas condições e na proporção dos tipos de mediunidade que lhe são outorgados. Os discípulos receberam o batismo do Espírito Santo no dia de Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém, onde, segundo os Atos dos Apóstolos, pela primeira vez, se registrou esse grandioso fato histórico do Cristianismo, em que houve derrame do Espírito na forma de línguas de fogo sobre os Apóstolos.

CONSIDERAÇÕES DO ESPÍRITO EMMANUEL

Pergunta 298 do livro O Consolador - Considerando que as religiões invocam o Evangelho de Mateus para justificar a necessidade do batismo em seus característicos cerimoniais, como deverá proceder o espiritista em face desse assunto? "Os espiritistas sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que ao batismo, aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles se reúnem no instituto santificante da família. Longe de quaisquer cerimônias de natureza religiosa, que possam significar uma continuação dos fetichismos da Igreja Romana, que se aproveitou do símbolo evangélico para a chamada venda dos sacramentos, o espiritista deve entender o batismo como o apelo do seu coração ao Pai de Misericórdia, para que os seus esforços sejam santificados no instituto familiar, compreendendo, além do mais, que esse ato de amor e de compromisso divino deve ser continuado por toda a vida, na renúncia e no sacrifício, em favor da perfeita cristianização dos filhos, no apostolado do trabalho e da dedicação".

CONSIDERAÇÕES DE LÉON DENNIS

LÉON DENNIS, no livro Cristianismo e Espiritismo, atesta que "Os primeiros apóstolos limitavam-se a ensinar a paternidade de Deus e a fraternidade humama. Demonstravam a necessidade da penitência, isto é, da reparação das nossas faltas. Essa purificação era simbolizada no bastismo, prática adotada pelos essênios, dos quais os apóstolos assimilavam ainda a crença na imortalidade e na ressurreição, isto é, na volta da alma à vida espiritual, à vida do espaço. Daí a moral e o ensino que atraíam numerosos prosélitos em torno dos discípulos do Cristo, porque nada continham que não se pudesse aliar a certas doutrinas pregadas no Templo e nas sinagogas.
Com Paulo e depois dele, novas correntes se formam e surgem doutrinas confusas no seio das comunidades cristãs. Sucessivamente, a predestinação e a graça, a diversidade do Cristo, a queda e a redenção, a crença em Satanás e no inferno, serão lançados nos espíritos e virão alterar a pureza e a simplicidade ao ensinamento do filho de Maria".
Autor desconhecido

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

É mais fácil criar crianças fortes do que consertar adultos destroçados


As emoções desempenham um papel determinante na hora de transformar uma criança em um adulto feliz e de sucesso. Contudo, se o desenvolvimento emocional de uma criança se desvia, sofrerá como consequência uma grande variedade de problemas pessoais e sociais ao longo da sua vida… Neste caso estaremos criando crianças vulneráveis em vez de crianças fortes.

Mas a verdade é que ser responsável pela educação emocional das crianças não é uma tarefa fácil. Ou seja, fazer uma criança entender que os sentimentos têm tantos tons quanto as cores, mesmo que não os vejam, pode parecer algo complicado.

A consciência emocional como base da força infantil

A consciência emocional é o melhor veículo para a mudança em nossas vidas. Precisamos ser conscientes daquilo que nos provoca sentimentos frustrantes e negativos, ou positivos e prazerosos, para encontrarmos as formas de fomentá-los, compreendê-los e controlá-los.

Se conseguirmos isso, conseguiremos que as crianças (e os futuros adultos) sejam capazes de ter sentimentos sobre os seus próprios sentimentos, isto é, serão crianças fortes. Apesar de parecer redundante, esta habilidade é importante para ser um comunicador emocional habilidoso e, portanto, fortalecer o seu próprio eu interior e social.

Ensinar as crianças a observar, comunicar e aprender sobre as suas emoções ajudará no seu desenvolvimento e no seu sucesso vital. De fato, em primeira instância, evitaremos que sejam vulneráveis aos conflitos dos outros.

A importância da comunicação emocional

Um bom exemplo do que pode significar a aquisição destas habilidades para criar crianças fortes está no livro “Inteligência emocional para as crianças” de Shapiro Lawrence:

“Martin é uma criança de seis anos cujos pais estavam passando por um processo de divórcio muito nocivo. O pai de Martin insistia para que ele pegasse um voo para visitá-lo em Boston todos os fins de semana, enquanto a sua mãe tinha a custódia durante a semana em Richmond, Virginia. Martin mal falava durante toda a viagem de ida de duas horas e meia, e insistia em ir para a cama assim que chegava a qualquer uma das suas duas casas. Depois de dois meses deste sistema, Martin começou a se queixar de dores no estômago, e sua professora apontou que na escola ele quase não falava com ninguém.

Durante a audiência de custódia, o advogado de Martin lhe perguntou:

– Como você se sente visitando seu pai todos os fins de semana?

– Não sei – respondeu Martin.

– Bom, você fica contente de ver o seu pai quando chega a Boston? – perguntou seu advogado, controlando as suas próprias emoções e procurando não induzir Martin a uma ou outra resposta.

– Não sei – voltou a responder Martin, com um tom monótono que mal se ouvia.

– O que você me diz da sua mãe? Você se sente bem vivendo com ela durante a semana? – perguntou o advogado, percebendo que obteria uma única resposta de Martin durante o procedimento.

– Não sei – disse Martin, mais uma vez, e nada no seu comportamento sugeria que soubesse.”

Se privarmos as nossas crianças de um desenvolvimento emocional adequado, obteremos como consequência a incapacidade de compreender e evoluir de acordo com seus sentimentos e emoções.

Assim como vimos claramente neste exemplo, isso provoca um sofrimento muito elevado que não se deve permitir às nossas crianças. Acontece que a capacidade de uma criança para traduzir suas emoções em palavras é indispensável para a satisfação das necessidades básicas. Se ensinamos as crianças a se expressarem emocionalmente, pouco a pouco irão se transformando em crianças fortes.

Isto funciona assim porque as palavras que descrevem as emoções estão diretamente conectadas com os sentimentos e a expressão fisiológica e emocional destes (por exemplo, uma criança precisa saber que a angústia se associa a uma leve alteração do pulso, um aumento da pressão sanguínea e grande tensão no corpo).

É preciso cultivar a linguagem emocional

Se as crianças crescem em um entorno que reprime os sentimentos e evita a comunicação emocional, é provável que cresçam como pessoas emocionalmente mudas.

Assim, ainda que possamos aprender a linguagem das emoções durante a vida toda, as pessoas que a falam desde a juventude a expressam com mais clareza. Portanto, mostram-se mais competentes emocional e socialmente falando, o que lhes abre portas para o sucesso vital e a realização dos seus sonhos.

Portanto, fica totalmente justificada a “obrigação” moral que todos temos de cultivar este aspecto vital nas nossas crianças, pois só criando crianças fortes evitaremos ter que reparar tantos adultos quebrados pela solidão, pela desconfiança e pelo desamor por si mesmos e pela sociedade.

Fonte: A mente é maravilhosa

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Algum dia você já se sentiu paralisado, sem poder se mexer, quando estava dormindo?


Acordei no meio da noite e senti uma presença no meu quarto. Ela se aproximou e pressionou meu peito. Eu estava imóvel sem conseguir me mexer. O que aconteceu afinal?

Esse tipo de relato não é tão raro como se pensa. Muitas pessoas têm a impressão de acordar no meio da noite e não conseguirem se mexer, estarem presas e sem qualquer movimento corporal. A esse fenômeno se dá o nome de “Catalepsia Projetiva” no Espiritualismo. Trata-se de um fenômeno que tem uma explicação científica e também uma explicação espiritualista. Eu acredito mais na explicação espiritualista do fenômeno, pois ela descreve com mais clareza todas as facetas desse acontecimento insólito.

Em primeiro lugar, não estamos totalmente acordados nesse momento. A impressão que uma pessoa tem quando se vê deitada na cama sem se mover é de que acordou e não consegue se mexer, pois ela pode enxergar tudo o que ocorre a sua volta, no quarto e até a si mesma. No entanto, ela está ainda em estado de sono, ou ao menos em estado de semi-despertar, e é possível que até os seus olhos estejam fechados no momento em que há o retorno de sua consciência. Isso ocorre porque em realidade a pessoa não está com seu corpo imóvel, ela simplesmente não consegue mover o corpo físico porque não acordou e está em estado de semi-projeção astral.

Mas o que significa semi-projeção astral? Os estudos espiritualistas nos revelam que nosso corpo espiritual sai do corpo físico todas as noites quando adormecemos. A grande maioria não se recorda de suas viagens pelos espaços astrais, mas de fato o corpo espiritual se libera do corpo material e flutua por vários locais, seja no nível da crosta terrestre, vendo pessoas e coisas, seja nos planos espirituais mais elevados, como o plano astral ou mental.

Durante a semi-projeção, diz-se que o corpo espiritual ou corpo astral não saiu adequadamente do corpo físico, ou não fez seu retorno ao corpo, para reacoplamento, de forma adequada. Isso significa que, no ato do retorno ao corpo físico, o corpo espiritual pode não conseguir “encaixar” adequadamente no corpo físico, e essa dificuldade de ajuste pode fazer com que a pessoa não adquira o controle de seus movimentos corporais. A pessoa pode ver seu aposento em nível astral, ver a si mesma, ver entidades espirituais, mas está com os olhos físicos fechados. Nesse momento, a pessoa em semi-projeção não está no controle de sua visão material, com os olhos físicos, mas sim com sua visão astral, que independe do olho humano. Por isso, no momento do retorno e da dificuldade do “acoplamento” ao corpo físico, a visão psíquica ainda está aberta, e nesse sentido, é possível visualizar nosso aposento tal como ele é em seu nível astral. Por esse motivo, uma ou mais entidades espirituais podem ser vistas, assim como outras energias do ambiente.

Todo esse processo é bastante propício à intervenção dos chamados “vampiros astrais”. Os vampiros astrais são entidades desencarnadas que vivem no nível da crosta terrestre sugando a energia de seres vivos para que consigam manter a integridade do seu corpo astral. Diz a literatura espiritualista que, após a morte, o corpo etérico e astral se dissolvem algum tempo após o desencarne, o corpo etérico antes e o corpo astral depois. Um espírito muito apegado a matéria pode desejar se manter no nível da Terra por mais tempo e o faz por vários motivos: 1) para continuar influenciando nos assuntos humanos; 2) para continuar ligado a encarnados que lhe sejam caros, como familiares e amigos; 3) para continuar usufruindo dos prazeres materiais em possessão aos encarnados, dentre outros motivos. Mas para que ele consiga se manter por um tempo maior, ou até indefinidamente, ele precisa sugar a energia dos seres vivos, animais e pessoas, e a melhor energia para ele é a humana.

De acordo com o relato, o espírito aproximou-se da pessoa e pressionou seu peito. Os vampiros astrais realizam esse procedimento para, com isso, extrair as energias das pessoas. Eles se aproveitam de uma situação de semi-projeção para ter contato com o corpo espiritual da vítima em ligação com o corpo físico, e assim obter mais sucesso no ato de sorver a energia dos encarnados. Existem muitos vampiros astrais atuando hoje em dia no planeta, e muitos deles ficam esperando o momento ideal para investir contra suas vítimas. Muitos vampiros astrais pressionam o peito das pessoas, e durante a semi-projeção, elas sentem como se o seu peito físico estivesse sendo tocado, mas na verdade essa sensação não é física, mas sim etérica. A sensação etérica é bem semelhante a sensação física, mas ela existe além do nível material, dentro de um nível vibratório.

A melhor forma de evitar a presença de vampiros astrais é manter uma vida elevada, de princípios morais, virtudes e atitudes solidárias e caridosas. Não guardar mágoa, não sentir raiva, perdoar e viver sob a égide do amor universal em Deus. Uma oração antes de dormir, elevando nossa mente a Deus também pode ajudar a nos manter numa vibração que os vampiros astrais não conseguem alcançar.

Autor: Hugo Lapa

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Amanhã é Tarde... Ama como se Fosses Morrer Hoje


Demonstre seu amor hoje, como se você estivesse numa despedida.

Fale com as pessoas de tal modo que elas guardem de você as palavras mais ternas.

Não perca a oportunidade de mostrar seu afeto a cada pessoa que cruzar o seu caminho hoje.

Não adie o amor, não adie o sorriso, o olhar de candura, a boa palavra, o abraço caloroso, o beijo de ternura, porque ninguém sabe se amanhã reencontraremos essas pessoas.

Um dia sem amor é um dia perdido! E um dia que não volta mais!

Somos espíritos imortais, mas a experiência na Terra tem prazo de validade. E ninguém sabe quando esse prazo expira.

Sêneca

terça-feira, 14 de novembro de 2017

AS VIDAS DE EMMANUEL


Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L'évangile selon le spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".

O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel.

Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz”.

Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa "Gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil.

De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário: Há dois mil anos.

Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha.

Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama.

Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minhalma / Flor de luz da minha vida / Sublime estrela caída / Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito / Juro-te eterna aliança / Porque eu sou tua esperança / Como és todo o meu amor!".

Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.

Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos".

Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.

Cinquenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado.

Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.

Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império.

Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.

Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade. Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.

O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.

Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere.

Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.

Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.

Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.
Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos.

Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde frequenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.

Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso.

O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo: "Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores.

Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu".

No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.

E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: "Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora".

E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte.

A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.

Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.

Pesquisa de: João Batista Cabral.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Divaldo Franco - As Encarnações e a Próxima Reencarnação de JOANNA DE ÂNGELIS


Joanna de Ângelis é a mentora espiritual de Divaldo Franco, e já teve várias reencarnações entre elas:

Joanna de Cusa que conheceu Jesus e morreu na fogueira com seu filho e não negou ao seu Mestre.

Viveu no século XIII como Clara de Assis e conviveu com Francisco de Assis.

Joanna Inês de La Cruz, morreu no México em 1651 e escrevia poemas e canções, cuidava de enfermos e morreu contagiada pela doença e reencarnou em Salvador - Bahia em 1761, no convento da Lapa, como Joana Angélica de Jesus e morreu defendendo as freiras do convento de serem violentadas na revolução.

JOANNA DE ÂNGELIS VAI REENCARNAR?

Divaldo Franco: – Normalmente, quando um Espírito desse quilate acompanha um médium durante uma longa tragetória, inverte-se os papéis. Ele volta a Terra e o médium passa agora a ser um dos seus colaboradores. Como aconteceu com Chico Xavier. Emmanuel reencarnou-se no ano 2000, e posteriormente Chico veio a desencarnar em 2002, o que naturalmente vai agora se inverter os papéis.

ENTÃO VAI ACONTECER O MESMO COM O SENHOR E ELA?

Divaldo Franco: - Vai acontecer o mesmo.

E O SENHOR TEM UMA PREVISÃO DE DATA?

Divaldo Franco: - Não. Eu penso que por volta de 2015 ela estará reencarnando. Neste meio tempo eu espero estar encarnado. (risos)

ENTÃO O SENHOR VAI DESENCARNAR NESTE PERÍODO?

Divaldo Franco: - Não necessariamente. Pode o médium ficar encaminhado por um grupo de espíritos amigos e chegando o momento da maturidade mediúnica, é que aqueles papéis se invertem.

ESTE MOMENTO É TRANQUILO PARA O SENHOR?

Divaldo Franco: - Muito. A convicção da imortalidade é tão grande que é como pegar um avião e transferir-se para outro país.

EMMANUEL JÁ ESTÁ ENCARNADO E JOANNA REENCARNARÁ. ELES TERIAM UMA MISSÃO JUNTOS?

Divaldo Franco: - Não. Emmanuel tem a missão da Evangelização cristã do Brasil e Joanna tem a missão da evangelização psicológica.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Exame de Consciência - Momento Espírita


Quando chega o final do dia, depois das lutas, dos trabalhos exaustivos, você procura o seu lar.

Não importa como ele seja, uma casa pequena, um apartamento modesto, uma enorme mansão. É seu lar. O lugar onde você se sente verdadeiramente à vontade, em casa.

Você convive com os seus familiares, escuta as novidades da esposa e dos filhos. Brinca com os pequenos, dá uma olhada nas tarefas escolares dos maiores, dá um beijo de boa noite no caçula.

Você assiste ao jornal da noite, dialoga com a esposa e estabelece planos para as atividades do dia seguinte.

Finalmente, você se prepara para dormir. Banho tomado, relaxado, você busca o seu leito, ajeita as cobertas, o travesseiro e se deita.

Espere um pouco. Não está faltando alguma coisa? Você teve um dia de muitas horas cheias de trabalho, entrevistas, decisões.

Você alimentou o seu corpo, abraçou os seus amores, compartilhou decisões importantes com sua esposa. O dia está por findar. Que tal fazer um exame de consciência para avaliar como foi o seu dia?

Faça para você mesmo as seguintes perguntas: Será que  cumpri, neste dia, com todos os meus deveres?

Pense: deveres profissionais, sociais, familiares.

Durante o dia não terei dado motivo para alguém se queixar de mim? Fui bom colega de trabalho, profissional correto, cidadão honrado, pai compreensivo, esposo amável?

Terei feito alguma coisa que se fosse feita por outra pessoa eu censuraria? Pratiquei alguma ação, que tenho vergonha de confessar a quem quer que seja?

Finalmente, se Deus me chamasse agora, estaria preparado para adentrar o mundo espiritual?

As perguntas acima fazem parte da resposta de uma questão de O livro dos Espíritos, ditada pelo Espírito Santo Agostinho. Diz ele que era seu hábito fazer um exame de consciência, ao fim de cada dia, passando em revista o que havia feito.

As respostas serão motivo de repouso para a consciência de quem as formula ou indicarão um mal que deve ser curado.

Realizar tal tarefa todas as noites é como fazer um balanço da sua jornada moral, exatamente como o negociante, a cada dia, faz o balanço das suas perdas e lucros e traça diretrizes de ação para que o próximo balanço se apresente melhor.

Aquele que puder dizer que a sua jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida, a qualquer momento.

*   *   *

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Por isso, o conselho de Santo Agostinho se reveste de muita importância.

Interrogando com mais frequência a nossa consciência, poderemos verificar quantas vezes falimos sem nos dar conta.

Conforme as respostas, poderemos avaliar a soma do bem e do mal que existe em nós e, a cada dia, nos dispormos a melhorar naquele ponto do nosso caráter que descobrimos mais frágil.

Se todos os dias trabalhamos para ajuntar o que nos dê segurança na velhice, não será igualmente vantajoso que trabalhemos para nos melhorar, com o objetivo de conquistar a felicidade eterna?



Redação do Momento Espírita, com base no item 919a, de O
livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 14.1.2013

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Podando Irritações - mensagem de Emmanuel



Se ainda trazes, porventura, o hábito de encolerizar-te e se já consegues reconhecer-lhe os prejuízos, podes claramente erradicá-la, atendendo à própria renovação.

Inicia as atividades diárias, pensando em Deus e agradecendo as tuas possibilidades de fazer o Bem.

Medita, raciocinadamente, ante o clima de conhecimento superior que já possuis, na certeza de que te encontras na ocasião de expressar o melhor de ti mesmo.

Pensa nos companheiros até agora capazes de induzir-te ao azedume, por irmãos nossos com qualidades, por enquanto, imperfeitas tanto quanto as nossas.

Se algum traço de amargura se te fixa no coração relativamente ao comportamento infeliz de alguém, através de ações que consideres lesivas aos teus ensinamentos, desculpa a esse alguém, procurando esquecer-lhe a falta naturalmente impensada.

Pondera que se os outros erram, também nós erramos, bastas vezes, na condição de espíritos, ainda ligados às múltiplas faixas da evolução terrestre.

Não te aceites por infalível, a fim de entenderes com indulgência aqueles que, acaso, te falharem à confiança.

Reflete na intimidade do coração que ninguém consegue algo realizar sem o concurso de alguém, para que aproveites os valores maduros dos colaboradores que a Divina Providência te confiou, sem estragar-lhes os valores ainda verdes.

Abstém-te de lastimar fracassos e dificuldades que já passaram e entregate à reconstrução da própria paz, em bases de serviço e discernimento.

Não nos esqueçamos de que, nas mais complicadas circunstâncias, a vida nos requisita a prática do Bem e que, por isso mesmo, qualquer ocasião, para cada um de nós, é tempo de compreender e abençoar, auxiliar e servir.
****************
Emmanuel
Chico Xavier

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

VISITAS AO CEMITÉRIO NO DIA DE FINADOS - VISÃO ESPÍRITA


O hábito de visitar os mortos, como se o cemitério fosse sala de visitas do Além, é cultivado desde as culturas mais remotas. Mostra a tendência em confundir o indivíduo com seu corpo. Há pessoas que, em desespero ante a morte de um ente querido, o “VISITAM” diariamente. Chegam a deitar-se no túmulo. Desejam estar perto do familiar. Católicos, budistas, protestantes, muçulmanos, espíritas – somos todos espiritualistas, acreditamos na existência e sobrevivência do Espírito. Obviamente, o ser etéreo não reside no cemitério.

Muitos preferem dizer que perderam o familiar, algo que mostra falta de convicção na sobrevivência do Espírito. Quem admite que a vida continua jamais afirmará que perdeu alguém. Ele simplesmente partiu. Quando dizemos “perdi um ente querido”, estamos registrando sérios prejuízos emocionais. Se afirmarmos que ele partiu, haverá apenas o imposto da saudade, abençoada saudade, a mostrar que há amor em nosso coração, o sentimento supremo que nos realiza como filhos de Deus. Em datas significativas, envolvendo aniversário de casamento, de morte, finados, Natal, Ano Novo, dia dos Pais, dia das Mães, sempre pensamos neles.

PODEMOS CHORAR? Podemos chorar, é claro. Mas saibamos chorar. Que seja um choro de saudade e não de inconformação e revolta. O choro, a lamentação exagerada dos que ficaram causam sofrimento para quem partiu, porque eles precisam da nossa prece, da nossa ajuda para terem fé no futuro e confiança em Deus. Tal comportamento pode atrapalhar o reencontro com os que foram antes de nós. Porque se eles nos visitar ou se nós os visitarmos (através do sono) nosso desequilíbrio os perturbará. Se soubermos sofrer, ao chegar a nossa vez, nos reuniremos a eles, não há dúvida nenhuma.

ENTÃO OS ESPÍRITAS NÃO VISITAM O CEMITÉRIO? Nós espíritas não visitamos os cemitérios, porque homenageamos os “vivos desencarnados” todos os dias. Mas a posição da Doutrina Espírita, quanto as homenagens (dos não espíritas), prestadas aos “MORTOS” neste Dia de Finados, ao contrário do que geralmente se pensa, é favorável, DESDE QUE SINCERAS E NÃO APENAS CONVENCIONAIS.

Compilação de Rudymara retirada de respostas de Richard Simonetti / Divaldo Franco

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Mensagem de Chico Xavier - Confiança Recíproca


Muitos companheiros na Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa.
*
Se o Senhor não te observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação;

Se não te apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de pessoas;

 Se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de Amor;

 Se não te reconhecesse o senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bom e do mal, para que
abraces livremente o próprio caminho;

Se não te aceitasse o discernimento, não te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes.
*
Se o Senhor não confiasse em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo que cultivas, a moeda que dás.
*
"Não cai uma folha de árvore sem que o Pai o queira", ensinou-nos Jesus.
*
Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador.

O crédito vem do Pai Supremo;
 a aplicação com as responsabilidades consequentes diz respeito a nós.

Sempre que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão somente na fé que depositas em Deus.
Recorda que Deus, igualmente confia em ti.
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Emmanuel
Chico Xavier

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Saber ouvir - Emmanuel

Tumulto e vozerio, nos atritos humanos, pedem um tipo raro de beneficência: a caridade de saber ouvir.

São muitos os que cambaleiam, desorientados, a mingua de tolerância que os ouça.

Convém, no entanto, frisar que palavras não lhe escasseiam. Falta-lhes o silêncio de um coração amigo, com bastante amor para ungir-lhes a alma, no bálsamo da compreensão; e, por esse motivo, desfalecem na luta, à feição do motor que se desajusta sem óleo.

Desdobras a mesa, ergues abrigo seguro, repartes a veste, esvazias a bolsa, atendendo aos que necessitam... cede também o donativo da atenção aos angustiados, para que se lhes descongestione o trânsito das idéias infelizes, nas veredas da alma.

Para que lhes prestes, entanto, o amparo devido, não mostres o ar distante dos que não querem se incomodar e nem digas a frase clássica: "pior aconteceu comigo", com a qual, muitas vezes, a pretexto de ajudar, apenas alardeamos egocentrismo, à frente dos outros, sem perceber que estamos a esmagá-los.

É possível que os teus problemas sejam realmente maiores, entretanto, na Terra, ninguém possui medida conveniente para determinar a extensão dos sofrimentos alheios. Desce, pois, do alto nível de tuas dores, minorando aquelas que te pareçam mais simples.

Deixa que o próximo te relacione os próprios desgostos. Se tiveres pressa ou cansaço, não pronuncies respostas tocadas de superioridade ou aspereza, qual se morasses numa cátedra de heroísmo, faze pausa, mesmo breve, e gasta um minuto de gentileza.

Todavia, sempre que possas, ouve calmamente, diminuindo a aflição que lavra no mundo.

No instante em que te caiba configurar a palavra, dize a frase que esclareça sem ferir ou que reanime sem enganar.

Se a circunstâncias te impelem às referências de ordem pessoal, seleciona aquelas que sirvam aos outros, na condição de escora e esperança.

Sobretudo, em ouvindo, não interrompas quem fala com a vara do reproche.

Geralmente, os que te procuram o entendimento para descarregar as agonias da alma, conhecem de sobra o calibre da cruz que eles mesmos colocaram nos ombros. Rogam-te apenas alguma pequenina parcela de energia que lhes assegurem mais alguns passos, caminho adiante.

Aprendamos a ouvir para auxiliar, sem a presunção de resolver.

O próprio Cristo consolando e abençoando, esclarecendo e servindo, não prometeu a supressão imediata das provações de quantos o cercavam, mas, sim, apelava, sincero: "Vinde a mim, que eu vos aliviarei."

Obra: “Opinião Espírita” - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Espíritos Emmanuel e André Luiz - Cap. VII - Item 1

domingo, 29 de outubro de 2017

Nunca te deixarei, nem te desampararei por Chico Xavier



"Nunca te deixarei, nem te desampararei.”
Paulo. (Hebreus, cap. 13, v. 5.)

A palavra do Senhor não se reporta somente à sustentação da vida física, na subida pedregosa da ascensão.
Muito mais que de pão do corpo, necessitamos de pão do espírito.
Se as células do campo fisiológico sofrem fome e reclamam a sopa comum, as necessidades e desejos, impulsos e emoções da alma provocam, por vezes, aflições desmedidas, exigindo mais ampla alimentação espiritual.
Há momentos de profunda exaustão, em nossas reservas mais íntimas.
As energias parecem esgotadas e as esperanças se retraem apáticas. Instala-se a sombra, dentro de nós, como se espessa noite nos envolvesse.
E qual acontece à Natureza, sob o manto noturno, embora guardemos fontes de entendimento e flores de boa-vontade, na vasta extensão do nosso país interior, tudo permanece velado pelo nevoeiro de nossas inquietações...

__ o __

O Todo-Misericordioso, contudo, ainda aí, não nos deixa completamente relegados à treva de nossas indecisões e desapontamentos. Assim como faz brilhar as estrelas fulgurantes no alto, desvelando os caminhos constelados do firmamento ao viajor perdido no mundo, acende, no céu de nossos ideais, convicções novas e aspirações mais elevadas, a fim de que nosso espírito não se perca na viagem para a vida superior.
“Nunca te deixarei, nem te desampararei” — promete a Divina Bondade.
Nem solidão, nem abandono.
A Providência Celestial prossegue velando ...
Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é seguida pela atmosfera tranqüila e de que não existe noite sem alvorecer.

EMMANUEL
(Do livro Fonte Viva, 41, FCXavier, FEB)

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Música nova de Ana Vilela faz qualquer mãe chorar


Eu me recordo direitinho da primeira vez em que ouvi a música “Trem-Bala”. Lembro que pensei: “puxa, que sensibilidade tem a cantora dessa canção, e que voz delicada e sensível”. Lembro de ter chorado sozinha no carro, pensando na vida que passa, em tudo o que temos a agradecer, na grande sabedoria que existe em saber ser feliz. E é por isso que a música estourou – porque fala com nossos corações, independentemente de quem você é, onde vive, quais são suas crenças. Ela fala com aquele pedacinho de humanidade que todos nós temos em comum.

Se você tem esse mesmo sentimento em relação a essa canção, tenho certeza de que também sentirá seu coração derreter com a nova música da Ana Vilela – assim como aconteceu com o meu. Porque ela fala diretamente com você, que é mãe ou pai, e eu aposto que você não conseguirá conterá as lágrimas já nas primeiras estrofes.

“Promete que não vai crescer distante

Promete que vai ser pra sempre assim

Promete esse sorriso radiante

Todas as vezes que você pensar em mim”

No fundo não é exatamente isso o que desejamos que nossos filhos sintam em relação a nós? Que com o passar do tempo, quando não formos tão necessários, ainda assim sejamos muito amados por eles? Porque do nosso lado, nós prometemos continuar a ser o porto-seguro deles, e a dar para sempre o nosso amor (como a música também diz).

Antes que eu estrague a surpresa que você terá quando ouvir “Promete” pela primeira vez, veja a seguir o vídeo (e depois me conte se não é tudo o que você desejaria que seu filho realmente prometesse a você!):

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Qual a Idade Pra Ser Feliz?


Ninguém se conhece direito até passar dos 30. Tem gente que não se conhece mesmo beirando os 70, mas aí é outra história. Antes dos 30, somos apenas um sonho. Um desejo com várias direções. E muita esperança a tiracolo. Até os 30, estamos definindo o que queremos. O que gostamos. O que vamos ser. Não há limites para os planos. Para o número de namorados. Nem para a quantidade de erros.

Depois dos 30, continuamos errando. Continuamos não sabendo. Continuamos esperando. Mas, pelo menos, temos uma breve idéia de onde queremos chegar. Não é fácil, eu admito. Existe uma pressão no mundo para que você se torne só uma coisa: GENTE GRANDE. Aí, meu querido, começa a batalha... Você TEM que ter um diploma, uma carreira, um namorado, um casamento, um filho, um cachorro. (Mesmo que não seja a lista dos sonhos de sua vida). Você tem que cortar o cabelo, tirar o piercing, encompridar a saia, comprar um biquíni maior, aposentar suas calças rasgadas e blusas de banda. (Apesar de achar seu novo “eu” um tanto quanto demodê).

Aonde isso vai parar? Já conto. Um dia, quando menos se espera, você se enxerga... um chato! Percebe que confundiu responsabilidade com falta de espontaneidade. E encontra sua criança interior puta da vida, num castigo que você mesma criou. ESTOU ERRADA? Pode ser. É preciso muito equilíbrio para saber a hora de não se levar tão a sério. Mas, criança grande que sou, ainda acho que os 30 são a melhor coisa do mundo. Que se danem as contas, as rugas e demais amolações. As paranóias dos 20 (finalmente!) acabaram. Agora você é um ser sublime e sem espinhas. E – digam o que quiserem! – você nunca mais vai morrer de amor. INVENÇÃO MINHA? Não, acho que não. Depois dos 30, a gente sofre com mais dignidade. A gente sabe que toda dor passa. E entende que – tirando a morte e a lei da gravidade – tudo tem conserto.

Se eu gostaria de voltar no tempo? Ah, acho que não... Ninguém, em sã consciência, tem saudade de usar aquela sunga ridícula do uniforme de educação física do Dom Silvério. Ninguém sente falta de ser insegura. Ninguém gosta de pedir permissão aos pais pra sair. Ninguém tem saudades da aflição de ser virgem e pensar depois da “primeira vez”: então é SÓ isso? Não, gente, tem coisas na vida que melhoram incrivelmente com a idade. E estou escrevendo esse texto porque vejo muita gente apavorada em ficar mais velha. Mulheres com crise existencial porque fizeram 30. Caramba, meninas! É, eu sei, eu sei, eu sei. Vivemos numa cultura que almeja o belo. E o novo. Eu me preocupo com tudo isso também, mas acho que não devemos esquecer uma coisa: renovar quem somos por dentro. Pode parecer clichê, mas é verdade. Chega de nos preocuparmos tanto com botox, preenchimento, lifting, pilates e anti-rugas. Chega de chorar pelos cantos porque você acha que passou da idade de começar de novo. Chega de tanto drama porque você ainda não encontrou o amor da sua vida. Ou mais realisticamente dizendo: um cara bacana com quem você possa viver seus dias. Amor não tem idade. Beleza também não. Pra cada um, a vida dá um tempo. Não é porque a sociedade nos manda um roteiro pronto (com prazo estabelecido), que iremos seguir tudo à risca. (Afinal, é isso que você quer?).

Ah, vou contar uma coisa... Depois de muitos aniversários, descobri que ganhei muito mais do que perdi. Com o passar dos anos, fiquei mais corajosa. Mais segura. Mais esperta. Mais sábia. Mais seletiva. E mais feliz. Perdi minhas vergonhas. Minhas inseguranças (não todas, mas muitas delas). E perdi também o medo de dizer o que penso. E o que eu penso? Ah, pessoal, a mulherada anda boba demais! Vamos parar de nos importar tanto com faixa etária e cabelos brancos. Vamos esquecer das equações que nos ensinaram pra ter uma vida perfeita. Vamos parar de dizer o tal “tô passando da idade”. Vamos nos conhecer mais. Preencher nossos vazios. Paralisar nossos medos. E nos livrar de todos os sinais que não nos fazem bem. Meninas, a plástica aqui é interna. Se está ruim, conserte. Comece tudo de novo. Aproveite que você já sabe o que (externamente) lhe cai bem. E mude. POR DENTRO. Afinal, com que cara você quer chegar aos 40?

Parabéns pra todos que honram suas primaveras.

Fernanda Mello
http://www.fernandacmello.com/2010/07/qual-e-idade-pra-ser-feliz-ninguem-se.html

Interpretação: Silvio Matos