quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A história de Valéria - Chico Chavier




Por volta de 1953 até 1959, quando mudamos para Uberaba, nós sempre, desde muitos anos, fazíamos assistência, uma assistência carinhosa de levar uma oração ou a expressão de fraternidade a doentes, a necessitados, quando uma senhora nos pediu para visitar a irmã dela, que tinha se tornado hemiplégica e muda.
A moça tinha uns 40 anos, chamava-se Valéria.
Então, fomos a primeira vez; nós fazíamos, sempre aos sábados, nossas visitas.
Íamos visitar Valéria, levávamos um pedaço de bolo, algumas balas. Isso que se dá a uma criança, porque a gente não podia fazer mais, mas visitávamos Valéria com muito carinho; eram diversas casas e ela, Valéria, estava numa delas. A irmã dela chamava-se D. Laura.
A casa se erguia num lugar onde, em Pedro Leopoldo, se construiu o recinto das exposições pecuárias; eu estou explicando, porque alguém na minha cidade poderá perguntar onde estava esta casa; estava no lugar onde está hoje o recinto das exposições pecuárias.
Então, todos os sábados, durante uns seis anos, visitávamos Valéria e levávamos uma prece, e ela guardava um pedaço de bolo debaixo do travesseiro. A irmã dela, a dona da casa, muito distinta, muito amiga, nos recebia com muito carinho.
Num sábado, eu fazia a prece; no outro sábado, outro amigo fazia a prece; no outro, uma senhora fazia a prece, e, assim, estávamos há uns seis anos, quando Valéria foi acometida por uma gripe pneumônica muito sé-ria e D. Laura chamou um médico e o médico avisou que ela estava às portas de uma pneumonia, e a pneumonia se manifestou.
A pneumonia se manifestou, e nós chegamos no sábado. Ela estava muito abatida e, todas as vezes que nós íamos, eu falava:
— Valéria, agora você fala Deus! (Ela lutava muito para falar, porque ela entendia tudo, mas não conseguia).
Eu falava assim:
— Jesus, Valéria!
Ela fazia força, mas a língua enrolava e ela não conseguia; isso se repetiu mais de seis anos, mas, neste sábado, a pneumonia...
Eu falei:
— D. Laura, ela está com febre muito alta, o que diz o médico?
— Bem, o médico, que está tratando, já deu bastantes antibióticos, e ela está bem medicada.
E eu falei assim:
— Está bem, agora, ao invés de virmos aos sábados, viremos todos os dias.
E ela sempre piorando. Então, num sábado, no último sábado, depois que fizemos a prece, eu falei:
— Valéria, fala Jesus, fala Deus!
E ela: ã, ã, ã, ã, ã, mas não falava. Eu falei:
— Valéria, Jesus andou no mundo, curou tanta gente, tantos iam buscá-lo nas estradas, na casa onde ele permanecia, e pediam a ele a graça da melhora, da cura e foram curados.
— Lembre-se de Jesus andando e você caminhando, embora você não esteja caminhando há tantos anos, lembre-se de você caminhando e chegando aos pés dele e dizendo: Jesus! Fale Jesus!
Aí ela falou:
— Josusu, Josusu!
Eu falei:
— Meu Deus, mas que alegria, Valéria falou o nome de Jesus, que coisa maravilhosa! D. Laura, venha cá para a senhora ver!
Ela com muita febre, mas ficou satisfeita falando:
— Josusu! Josusu!
E não me esqueço daquele nome vibrando nos meus ouvidos. Eu falei:
— Ela vai melhorar, ela está falando Jesus, D. Laura.
Nós todos muito alegres, ela sorrindo, mas desinteressada do bolo que tínhamos levado, a febre muito alta.
Eu falei:
— Valéria, repete, eu estou tão interessado de ver você falar o nome de Jesus. Fale Jesus, Jesus!
— Josusu, Josusu!
Mas dando todas as forças. Aí, eu disse:
— Se Deus quiser, ela está muito melhor.
Mas, no outro dia de manhã, chegou a notícia de D. Laura de que Valéria tinha falecido pela manhã, tinha desencarnado.
Fomos para lá, e tal, e lembramos muito aquela amiga que estava partindo. Comoveu-nos muito e sofremos bastante, porque ela era muito, era muito querida, uma criatura que não falava, mas tinha gestos extraordinários.
Mas os anos rolaram, os anos passaram, e eu mudei para Uberaba e, em 1976, fui vítima de um enfarte, enfarte que me levou ao médico, que me hospitalizou em casa.
Disse-me assim:
— Não, você pode conturbar o ambiente do hospital com visitas, é melhor você ficar hospitalizado em casa, a porta do quarto ficará com acesso apenas a esta senhora, que é enfermeira.
É uma senhora, que está conosco, de nome D. Dinorá Fabiano.
Então, D. Dinorá era a única pessoa que entrava, para eu ficar 20 dias mais ou menos imóvel e eu fiquei, mas isso não impedia que os espíritos me visitassem e, então, muitos amigos desencarnados de Pedro Leopoldo, de Uberaba, entravam assim à tarde ou à noite e eu conversava em voz alta.
E eu falei:
— D. Dinorá, quando a senhora me encontrar falando sozinho, a senhora não se impressione, eu estou conversando com alguém.
Ela falou:
— Não, eu compreendo, eu compreendo.
Ficou naquilo, não é?
E uma tarde entrou uma moça muito bonita (no quarto havia sempre uma cadeira perto da cama).
Ela entrou, eu falei em voz alta:
— Pode fazer o favor de sentar.
Ela falou:
— Você não está me conhecendo?
Eu respondi:
— Olha, a senhora vai me perdoar, eu tenho andado doente com problemas circulatórios e eu estou com a memória estragada e eu não estou me lembrando.
Mas era um desculpa, era porque eu não estava reconhecendo mesmo.
Então, ela falou assim:
— Mas nós somos amigos, eu quero tão bem a você.
Era uma moça morena, muito bonita; aí eu falei:
— Olha, eu não posso assim de momento fazer muito esforço de memória, porque o médico me recomendou repouso mental. Minha senhora, faça o favor de dizer o nome.
Ela falou assim:
— Não, eu não vou dizer, eu quero ver se você lembra; eu sou uma de suas amizades de Pedro Leopoldo.
Eu falei assim:
— Então, a senhora pode falar; se a senhora falar Maria ou Alice, eu conheço tantas. Então fale o sobrenome da família, porque pela família eu vou saber.
Ela falou assim:
— Não, eu não vou falar, eu vou falar um nome só; quando eu falar, você vai lembrar quem é que eu sou.
Eu falei:
— Então, a senhora faz o favor, fale o nome, o nome que a senhora quer falar e ela foi e falou assim:
— Josusu!
Eu disse:
— Meu Deus, é a Valéria! Meu Deus, Valéria, como você está bonita! Eu não mereço a sua visita.
Ela disse:
— Mas eu vim lembrar os nossos sábados, em que nós orávamos tanto. Eu me lembrei da última palavra e eu vim te trazer confiança em Jesus.
(Chico relata o episódio muito emocionado).
Pôs a mão no meu peito e a dor desapareceu.
Então, isso para mim, eu acho que o nome de Jesus é tão grande, é tão grande, que remove os nossos obstáculos orgânicos.
Eu estou com uma angina que ficou como sendo uma herança do enfarte, mas uma angina muito bem controlada. Eu sigo as instruções médicas, as instruções dos amigos espirituais, me abstenho de tudo aquilo que não posso usufruir, de modo que eu, graças a Deus, estou, vamos dizer, estou doente, mas estou são. Se alguém puder compreender...

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Oração do Perdão


"Eu me liberto do ódio por meio do perdão e do amor. Entendo que o sofrimento, quando não pode ser evitado, está aqui para me fazer avançar em direção à glória.

As lágrimas que me fizeram verter, eu perdoo.
As dores e as decepções, eu perdoo.
As traições e mentiras, eu perdoo.
As calúnias e as intrigas, eu perdoo.
O ódio e a perseguição, eu perdoo.
Os golpes que me feriram, eu perdoo.
Os sonhos destruídos, eu perdoo.
As esperanças mortas, eu perdoo.
O desamor e o ciúme, eu perdoo.
A indiferença e a má vontade, eu perdoo.
A injustiça em nome da justiça, eu perdoo.
A cólera e os maus-tratos, eu perdoo.
A negligência e o esquecimento, eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal, eu perdoo.

Eu perdoo também a mim mesma.
Que os infortúnios do passado não sejam mais um peso em meu coração.
No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento.
No lugar da revolta, coloco a música que sai do meu violino.
No lugar da dor, coloco o esquecimento.
No lugar da vingança, coloco a vitória.

Serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor,
De doar mesmo que despossuída de tudo,
De trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos,
De estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono,
De secar lágrimas ainda que aos prantos,
De acreditar mesmo que desacreditada.

Assim seja. Assim será."

O Aleph
Paulo Coelho

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Se não houver amanhã


Sabe, eu que costumava deixar muitas coisas para amanhã, resolvi lhe dizer, hoje, o quanto você é importante para mim, porque quando acordei pela manhã, uma pergunta ressoava na acústica de minha alma:
E se não houver amanhã?
Então, hoje eu quero me deter um pouco mais ao seu lado, ouvir suas ideias com mais atenção, observar seus gestos mais singelos, decorar o tom da sua voz, seu jeito de andar, de correr, de abraçar.
Porque... se não houver amanhã... eu quero saber qual é sua comida preferida, a música que você mais gosta, a sua cor predileta...
Hoje eu vou observar seu olhar, descobrir seus desejos, seus anseios, seus sonhos mais secretos e tentar realizá-los.
Porque, se não houver amanhã... eu quero ter gravada em minha retina o seu sorriso, seu jeito de ser, suas manias...
Hoje eu quero fazer uma prece ao seu lado, descobrir com você essa magia que traz tanta serenidade, quero subir aos céus com você, pelos fios invisíveis da oração.
Hoje eu vou me sentar com você na relva macia, ouvir a melodia dos pássaros e sentir a brisa acariciando meu rosto, colado ao seu, em silêncio... e sem pressa.
Hoje eu vou lhe pedir por favor, agradecer, me desculpar, pedir perdão, se for necessário.
Sabe, eu sempre deixei todas essas coisas para amanhã, mas o amanhã é apenas uma promessa... O hoje é presente.
Assim, se não houver amanhã, eu quero descobrir hoje qual é a flor que você mais gosta e lhe ofertar um belo ramalhete.
Quero conhecer seus receios, aconchegá-lo em meus braços e lhe transmitir confiança...
Hoje, quando você for se afastar de mim, vou segurar suas mãos e pedir para que fique um pouco mais ao meu lado.
Sabe, eu sempre costumo deixar as palavras gentis para dizer amanhã, carinhos para fazer amanhã, muita atenção para prestar amanhã, mas o amanhã talvez não nos encontre juntos.
Eu sei que muitas pessoas sofrem quando um ser amado embarca no trem da vida e parte sem que tenham chance de dizer o que sentem, e sei também que isso é motivo de muito remorso e sofrimento.
Por isso eu não quero deixar nada para amanhã, pois se o amanhã chegar e não nos encontrar juntos, você saberá tudo o que sinto por você e saberei também o que você sente por mim.
Nada ficará pendente...
Quero registrar na minha alma cada gesto seu.
Quero gravar em meu ser, para sempre, o seu sorriso, pois se a vida nos levar por caminhos diferentes eu terei você comigo, mesmo estando temporariamente separados.
Sabe, eu não sei se o amanhã chegará para nós, mas sei que hoje, hoje eu posso dizer a você o quanto você é importante para mim.
Seja você meu filho, minha filha, meu esposo ou esposa, um amigo talvez, você vai saber hoje, o quanto é importante para mim... porque, se não houver amanhã...

* * *
Amanhã o sol será o mesmo mensageiro da luz mas as circunstâncias, pessoas e coisas, poderão estar diferentes.
Hoje significa o seu momento de agir, semear, investir suas possibilidades afetivas em favor daqueles que convivem com você.
Hoje é o melhor período de tempo na direção do tempo sem fim...


Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

LEMBRANÇA DA CARIDADE


Tanta vez, ei-los à frente,
Os nossos irmãos do mundo,
Face triste, olhar profundo,
Angústia a esconder-se em vão...
Recordam seres estranhos
Em luta desconhecida.
Multidão de alma sofrida,
Tresmalhada na aflição.

Esse nobre companheiro,
Acabrunhado e doente,
Quer trabalho inutilmente,
Precisa de pão no lar...
Mas tendo saúde estreita
Envergonhado, mendiga,
Não encontrou mão amiga
Que lhe pudesse apoiar.

Aquele sofreu pesares,
Que ninguém sabe, nem conta,
Penúria, sarcasmo, afronta
E a força se lhe desfez...
Buscando fuga e veneno
Hoje, o pobre em desalinho,
Chora, largado e sozinho,
Cansado de embriaguez.

Aquela irmã que se mostra
De porte elegante e eleito,
Às vezes, guarda no peito,
As marcas de férrea cruz...
Sob o colo em pedrarias,
Tanta vez em pranto e prece,
O coração lhe parece
Um pouso frio e sem luz.

Aproxima-se mais outra,
Tem mágoa, febre, cansaço,
Traz um filhinho no braço,
Pede o concurso de alguém...
Mãe valorosa e esquecida,
Anjo que chora e vagueia,
Implora à bondade alheia
A proteção que não tem...

Eis, mais além, a criança
Que segue desprotegida,
Flor de esperança e de vida
Despetalando-se al léu...
Urgem outras... Fazem bandos
De promessas desprezadas
À noite, ao vento, às estradas
Sob as lágrimas do Céu...

Enquanto o cérebro fulge
Por tudo aquilo que encerra,
Engradecendo na Terra
A luz dos seus próprios dons...
O coração compreensivo
Sem alarde, sem tumultos,
Louva o brilho dos mais cultos
E aguarda todos os bons.

Há! meus irmãos de caminho,
Que aceitais Jesus por Mestre,
Fitai a casa terrestre
Repleta de som e dor;
Vinde conosco!... Sirvamos,
A caridade no mundo
É o Cristo plantando amor.

Irene de Souza Pinto - (De “União em Jesus”, de Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A mulher de Deus


Num frio de dezembro, no Hemisfério Norte, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de dez anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos.
Ele olhava a vitrina atentamente e tremia de frio.
Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:
Você está com pensamento tão profundo, olhando esta vitrina!
Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos. - Respondeu o garoto.
A senhora tomou-o pela mão imediatamente, entrou na loja e pediu ao atendente para dar meia dúzia de pares de meias para o menino.
Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha.
O balconista rapidamente a atendeu, enquanto ela levou o garoto para a parte de trás da loja.
Lá, ela tirou suas luvas, ajoelhou-se diante do menino e lavou seus pés pequenos. Após isso, secou-os cuidadosamente com uma toalha.
Nesse meio tempo, o empregado da loja havia trazido as meias e, claro, um belo e novo par de sapatos.
Ela amarrou os outros pares de meias e também lhe entregou.
Deu um tapinha em sua cabeça e disse:
Sem dúvida, vai ser mais confortável agora.
Ela se virou para partir e sentiu uma mão pequenina segurando a sua. O garoto estava com lágrimas nos olhos e, emocionado, perguntou:
Você é a mulher de Deus?
* * *
Há tantas formas de Deus se manifestar em nossa vida cotidiana...
Alguns ainda veem Deus nas forças da natureza apenas, ou nos grandes acontecimentos da vida.
Deus, porém, está em tudo e em todos.
Ele age incessantemente através de nós e, muitas vezes, também, apesar de nós.
Deus conta com nosso coração enternecido para estender a mão aos Seus filhos desamparados.
É como o pai que conta com os filhos maiores para cuidar dos menores.
O Criador, em Sua bondade infinita, conta com as mãos generosas de todos aqueles que praticam o bem, para instaurar na Terra, pouco a pouco, a paz permanente.
Ele conta com a sensibilidade e compaixão daqueles que não suportam ver o sofrimento alheio e tomam atitudes imediatas para amenizá-lo de alguma forma.
Ele conta com a coragem dos filhos esclarecidos, que já podem defender os fracos, ainda tão maltratados pelos interesses mundanos reinantes.
Deus conta conosco. Conta comigo e com você que se depara admirado por encontrar esta verdade tão valiosa em seu caminho.
Não perca a oportunidade de trabalhar com Ele, de ser Seu veículo, Seu agente direto.
Iluminamos o próximo, sim, mas nos autoiluminamos ao mesmo tempo, e com isso, o bem e o amor sempre saem vitoriosos.
Sejamos instrumentos do bem na Terra, onde quer que estejamos, através das tantas maneiras possíveis.
Deus conta conosco.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Amor aos animais


Em fevereiro de 2012, o jornal Daily Mail noticiou que uma australiana, chamada Nicole Graham, e sua filha passeavam em dois cavalos numa praia em Melbourne, na Austrália, quando caíram em um atoleiro semelhante à areia movediça.
Nicole conseguiu se arrastar na lama para ajudar a filha e um dos animais mas, o cavalo chamado Astro, que montava, acabou ficando preso.
Sua filha saiu em busca de socorro. Nicole estava segura e poderia se manter fora do atoleiro, mas não o fez.
Percebeu que quanto mais seu estimado animal se movimentava, na tentativa de levantar, mais seu corpo submergia.
Sentou-se, então, ao lado dele tentando acalmá-lo. Nesse momento quase todo o corpo do animal se encontrava soterrado.
Correndo risco de morte e com o corpo parcialmente coberto pela areia, Nicole permaneceu por três horas com os braços ao redor da cabeça do cavalo, tentando mantê-la erguida, de modo que ficasse para fora da lama até o socorro chegar.
À medida que o tempo passava, o animal corria também risco de afogamento, pois estava à beira-mar e o nível da água subia rapidamente, ao redor do ponto onde ele estava atolado.
Numa cena emocionante de desespero e solidariedade, aquela mulher arriscou a própria vida para salvar a do animal. Demonstrou o quanto o ser humano é capaz de amar a Criação Divina.
Ela não abandonou seu cavalo enquanto ele não foi salvo.
Minutos antes da água tomar conta do local, as equipes de resgate conseguiram tirar Astro da lama.
* * *
É dever do ser humano respeitar e proteger todas as formas de vida.
Os diversos animais que rodeiam nossa existência, no planeta Terra, são também criaturas de Deus e devem ser considerados como irmãos menores.
Podemos nos servir deles sempre que necessário, mas nenhum direito é em si ilimitado.
Eles não estão no mundo com a única finalidade de serem úteis aos homens e devemos ter consciência de que o exercício abusivo de qualquer direito é sempre reprovável.
Deus colocou os animais sob nossa guarda. Temos, portanto, o dever de protegê-los.
As pessoas que amam e cultivam a convivência com os animais, se observarem com atenção, verificarão que várias espécies são portadoras de qualidades que consideramos humanas.
São capazes de ter paciência, prudência, vigilância, obediência e disciplina. Demonstram, muitas vezes, sensibilidade, carinho e fidelidade.
Têm sua linguagem própria, seus afetos e sua inteligência rudimentar.
Dão-nos a ideia de que quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham.
Na convivência com esses seres, devemos estabelecer o limite entre o que é realmente necessário e o que é supérfluo.
Quando estiverem sob nossos cuidados ofereçamos-lhes alimentação adequada, afeto, condições básicas de higiene e tratamento para a saúde sempre que necessário.
Reflitamos sobre como temos agido em relação a esses companheiros de jornada.

Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Como Deus quer



Às vezes, quando nuvens borrascosas enegrecem o céu, anunciando chuva, olhamos para cima e dizemos:
Ah, deveria chover somente da meia-noite às seis da manhã. Aí, a chuva faria seu papel e não atrapalharia a vida de ninguém.
Em outros dias, quando a estiagem se faz longa, ficamos aguardando que as nuvens prenunciadoras da chuva benfazeja cheguem logo.
Paradoxalmente, se o final de semana se aproxima e o anúncio é de aguaceiro, reclamamos:
Tinha que ser no final de semana!? Precisava chover para estragar o meu lazer?
Outros, ao contrário, dizem: Por que chove durante a semana, quando se precisa sair para estudar, trabalhar? Deveria chover só nos feriados.
Todas essas expressões, que são muito comuns em nosso cotidiano, demonstram o quanto ainda somos egoístas.
Pensamos somente em nós. Quando pedimos chuva pela madrugada, não recordamos de quantos guardas-noturnos passam aquelas horas montando guarda, andando de um a outro lado.
Nós estaremos abrigados em casa. Eles, não.
Quando não apreciamos a chuva nos finais de semana, não cogitamos que o agricultor a aguarda, ansioso, a qualquer hora.
Dela depende a vida da sua lavoura, do seu empreendimento. Sem chuva, a plantação morrerá, não haverá colheita, não haverá grãos, nem folhas.
Aqueles que apreciariam a chuva nos dias em que não precisam sair para seus afazeres, esquecem que muitas mães e pais aguardam, igualmente ansiosos, o final de semana para poder sair com os filhos.
Para ir ao parque, passear, jogar bola. Que muitos cogitam ir à praia, para espairecer, após a semana de labor estressante.
Por tudo isso é que Deus, a Sabedoria e Suprema Inteligência, estabelece leis primorosas e justas, sem ficar a ouvir as imprecações de uns e os pedidos de outros.
Ele estabelece que a chuva virá, quando as condições assim o permitirem. E ela vem, amiga, lançando-se ao solo, enchendo rios, alimentando lençóis subterrâneos.
Derrama-se pelas lavouras, banha as árvores frondosas e a erva miúda. Higieniza a atmosfera. Alegra a natureza.
Constatamos, desta forma, que o melhor para o mundo é mesmo a vontade de Deus.
Ele distribui as bênçãos da chuva, do sol, dos ventos ligeiros, da brisa, das grandes tempestades, com toda a ciência.
Somente Ele, o Pai de todos nós, sabe exatamente o que necessita cada um de Seus filhos.
E, como Excelso Administrador, não atenta para os caprichos de um e de outro, mas delibera pelo que seja mais produtivo, em termos de progresso, para a Terra e Seus filhos.
Por isso, quando o sol se fizer inclemente, ou a chuva se fizer contínua por largo período, pensemos: Deus sabe o que faz.
Na Terra de provas e expiações em que nos situamos, ainda por muito tempo estaremos a braços com essas vicissitudes que são as intempéries, a que chamamos de capricho do clima, ou resultado de nossa própria imprevidência.
Também cogitemos de que habitamos um planeta com mais de seis bilhões de pessoas e que, de forma alguma, podemos pensar somente em nossas necessidades e nossos desejos.
Habituemo-nos, pois, em questões cujo comando nos foge, a crer que a vontade de Deus é a melhor.
Por Sua sabedoria, por Seu amor, por Sua ciência de todas as coisas, Ele sabe o tempo de tudo prover para os filhos a quem concedeu o imenso campo planetário para viver, crescer e semear.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

INDAGAÇÕES A NOS MESMOS



Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que comungam conosco o mesmo ideal e a mesma esperança?
Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que condena e destrói?
Um auxiliar devotado ou um expectador inoperante?
Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis do serviço ou um censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual, entrevado no catre dos preconceitos humanos, que deva ser transportado em alheios ombros, à feição de problema insolúvel?
Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na comunidade a que nos ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa alma possa refletir-lhe a Divina Luz.

(Obra: Correio Fraterno - Chico Xavier/André Luiz)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

INGREDIENTES DO ÊXITO



... nas águas revoltas do mar tanta vez agressivo da atualidade, navegamos...
Dias calmos, dias tempestuosos.
O que importa é a rota segura.
E desta nos louvamos todos, à frente do Divino Timoneiro.
... capacitemo-nos, cada vez mais, de que a obra não nos pertence e sim ao Senhor que nos utiliza por instrumentos.
... à vista disso e firmados em semelhante convicção, compreendamos que a fidelidade é o ingrediente de base para o êxito.
Entender a todos e auxiliar a todos, abençoando e construindo sempre e guardar, sobretudo, a certeza de que o serviço e o amor devem constituir as margens de nosso caminho para frente.
... momentos aparecem nos quais os testemunhos de abnegação representam imperativos a que não nos é lícito fugir...
Notadamente, quando a perturbação e a calúnia nos ameaçam a estabilidade moral.
Ainda assim, aceitemos os desafios da sombra, na condição de aprendizes no educandário da luz.
... à frente de todas as dificuldades é imprescindível opor a bênção, como princípio de solução.
... é certo que o desdobramento da edificação em andamento vos exige quotas de sacrifício sempre mais altas.
Imperioso dar de nós para que a obra do Cristo se erga e se consolide no campo das necessidades humanas.
... esquecer-nos e trabalhar.
Trabalhar e servir sempre.
... na execução desse programa as lutas e problemas explodem, por vezes, de todos os flancos, a reclamar-nos fraternidade em suas mais altas demonstrações. Todavia, se atribuirmos a Jesus a importância do esforço e não a nós, sabendo receber para nós os obstáculos naturais da senda a percorrer, então, a carga ser-nos-á sempre qual estrela de amor que o Céu nos permite carregar em auxílio a nós mesmos!

(Obra: Bezerra, Chico e Você - Chico Xavier/Bezerra de Menezes)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Só de mim



Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és... e só preciso de um minuto da tua atenção.
Espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele. Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs. Ajudá-la a acordar da má disposição matinal.
Espero que saibas que ela só vai falar contigo depois de lavar os dentes. Não é por mal... é por medo de perder o encanto aos teus olhos. Que a consideres um ser humano comum.
Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.
Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono do amanhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar na hora.
Quero também dizer-te que ela adora histórias do fantástico. Mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não vai se esforçar para decorar os nomes de todos os teus amigos de primeira... Porque ela... ela é que sabe de si.
Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes? Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.
Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se não estiver bom ela vai rir do fracasso, em vez de chorar.
E quando ela ri... quando ela ri eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas por cada gargalhada como uma nota musical que toca ao coração e me faz querer dançar.
Ela é tudo o que eu queria e nunca soube que tive.
Aprende que a ritmia que sentes com ela é normal!
E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que sejas tudo aquilo que eu nunca fui.
Espero que a trates bem.
Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro...
--
O "Só de mim", conta a história de alguém que já teve tudo, e que só se apercebeu disso depois de perder. Uma história improvável para um dia feliz, contada com a linda cidade de Lisboa como pano de fundo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Você cresce e eles envelhecem

Quando você era bem pequeno, eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições, ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços dos sapatos, fechar os botões da camisa, limpando-o quando você sujava suas fraldas lhe ensinando a lavar o rosto a se banhar a pentear seus cabelos, lhe ensinando valores humanos.
Por isso, quando eles ficarem velhos um dia (e seria bom que todos pudessem chegar até aí), quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder, não se chateie com eles.
Quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato, quando eles começarem a se sujar nas refeições e as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo, por favor, não os apresse porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo. Basta sua presença, sua paciência, sua generosidade, sua retribuição para que os corações deles fiquem aquecidos.
Se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito, segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar.
Fique perto deles, assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você, torcendo por você e vivendo "POR VOCÊ"

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MECANISMOS DA EVOLUÇÃO


As conjunturas difíceis que vives fazem parte do processo evolutivo de todas as criaturas. Enfermidades, incompreensões, problemas do lar, limites orgânicos, dificuldades econômicas são os mecanismos de que se utilizam as Leis soberanas para estimular-te ao avanço, à conquista de mais elevados pisos. Mesmo os triunfos aparentes, a fama transitória, a saúde, a tranquilidade doméstica tornam-se, as vezes, motivo de aflição.
Milton, o grande poeta inglês, afirmava que a Fama é a espora que eleva o espírito iluminado, a fim de que ele mais se desdobre e mais trabalhe, e quando, finalmente, pense em gozá-la, as Fúrias cindem o seu êxito e a vida fragilmente tecida.
O brilho da fama é visitado constantemente pela treva da inveja, que a tenta empanar ou mesmo apagá-la, levando a calúnia a tiracolo para o empreendimento nefasto.
As pessoas que aparentam felicidade e transitam no carro do triunfo, também experimentam dores e sofrem ansiedades, depressões.
Não te iludas com a vã esperança de lograres felicidade sem esforço e paz sem lágrimas.
A terra é a Escola dos aprendizes em fase de imperfeição e ignorância.
Alguns, bem intencionados, esforçando-se; outros, preguiçosos, criando embaraços para o próximo e para eles mesmos; diversos, distraídos e atrasados; raros, com aproveitamento louvável, mesmo assim vivendo as condições e peripécias da sua humanidade.
Também és estudante algo negligente, equivocando-te, envolvendo-te em pugnas mesquinhas, gerando animosidade, perdendo tempo útil.
Ghandhi afirmava que se me não matarem, terei fracassado na campanha da não-violência.
Raros os apóstolos do bem que não sofreram a perseguição dos próprios correligionários, transformados em competidores e difamadores cruéis.
Muitas vezes, o amigo solidário de agora se transmuda em adversário de mais tarde.
Não foram os inimigos que atraiçoaram e negaram Jesus; mas, Seus amigos invigilantes.
A ti cabe a honrosa tarefa de enfrentar os problemas e solucioná-los; de trabalhar a enfermidade e recuperar a saúde; de lutar e adquirir a paz íntima em qualquer situação a que te vejas conduzido.
No desequilíbrio que predomina em toda parte, sê tu quem permanece com serenidade.
No vozerio das acusações, seja o teu silêncio a forma de defesa.
Na urdidura de qualquer mal, a tua se torne a presença do bem.
Nunca abandones a trilha da fé, nem te apartes dos deveres sacrificiais, porque sofres ou defrontas dificuldades.
Facilidade, improvisação, sorte são expressões que não existem no dicionário dos códigos Divinos. Tudo são conquistas arduamente conseguidas.
Fiel ao ideal que abraças e à vida que te exorna a marcha, não temas, não recues e não te desesperes nunca.
A felicidade virá e permanecerá contigo a partir do momento próprio.

(Obra: Desperte e Seja Feliz - Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

OPORTUNIDADE E NÓS

Não penses que o bem se processe sem o esforço paciente que o concretize.
O Criador estabelece a árvore na semente.
A criatura pode protegê-la e aperfeiçoá-la.
Recebes do Criador o tesouro das horas, o apoio do conhecimento, a possibilidade de agir, o benefício do relacionamento, mas a formação da oportunidade para que te realizes nas próprias esperanças depende de ti.
Não há confiança profissional sem o devido certificado de competência.
Quanto ao espírito, as leis são as mesmas.
Esforçar-te-ás em adquirir entendimento, praticar o respeito aos semelhantes e apoiar os outros. Assim obterás a simpatia de que necessitas, a fim de que o próximo te auxilie na edificação de teus ideais.
Em qualquer tarefa de melhoria e elevação, em que esperemos novas aquisições de paz e alegria, felicidade e segurança, não nos esqueçamos de que a possibilidade nasce de Deus e que o trabalho vem de nós.

Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro: Ceifa de Luz (extrato) - Ed. FEB


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Criança



Levantará o homem o próprio ninho à plena altura, estagiando no topo dos gigantescos edifícios de cimento armado...
Escalará o fastígio da ciência, povoando o espaço de ondas múltiplas, incessantemente convertidas em mensagens de sons e cor.
Voará em palácios aéreos, cruzando os céus com a rapidez do raio...
Elevar-se-á sobre torres poderosas, estudando a natureza e o movimento dos astros...
Erguer-se-á, vitorioso, aos cimos da cultura intelectual, especulando sobre a essência do Universo...
Entretanto, se não descer, repleto de amor, para auxiliar a criança, no chão do mundo, debalde esperará pela Humanidade Melhor.
Na infância, surge, renovado, o germe da perfeição, tanto quanto na alvorada recomeça o fulgor do dia.
Estende os braços generosos e ampara os pequeninos que te rodeiam.
Livra-os, hoje, da ignorância e da penúria, da preguiça e da crueldade, para que, amanhã, saibam livrar-se do crime e do sofrimento.
Filha de tua carne ou rebento do lar alheio, cada criança é vida de tua vida.
Aprende a descer para ajudá-la, como Jesus desceu até nós para redimir-nos.
Sem a recuperação da infância para a glória do bem, todo o progresso humano continuará oscilando nos espinheiros da ilusão e do mal.
Não olvides que, ao pé de cada berço, Deus nos permite encontrar o próprio futuro.
De nós depende fazê-lo trilho perigoso para a descida à sombra ou estrada sublime para a ascensão à luz.

Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Inigualável palavra de Jesus



Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus.
A palavra do Cristo é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo divino de nossa construção espiritual.
Erguendo-a, vemos o milagre do pão que, pela fraternidade, em nós se transforma, na boca faminta, em felicidade para nós mesmos.
Irradiando-a, descobrimos que a tolerância por nós exercida se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor.
Distribuindo-a, observamos que o consolo e a esperança, o carinho e a bondade, veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos, no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos, neles se revelam por bênçãos de alegria, felicitando-nos a estrada.
* * *
Geme a Terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos...
Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência.
E assim como a fonte nasce para estender-se, desce o dom inefável de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.
Levantemos, cada hora, essa Luz Sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem.
O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam.
Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança.
Não nos esqueçamos de que o tempo é um empréstimo sagrado, e quem se refere a tempo diz oportunidade de ajudar para ser ajudado; de suportar para ser suportado, de balsamizar as feridas alheias para que as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem, para que o bem nos conduza à definitiva libertação.
Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus.
* * *
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores.
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores.
Ante a lembrança dEle, pensemos nas nossas escolhas de vida.
Reflitamos se estamos escolhendo o caminho mais cômodo, ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo.
A palavra de Jesus nos orienta com clareza. Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir.
Em algum momento todos teremos que despertar para o bem, e nada melhor do que despertar ao som dos ensinos desse Amigo tão querido e zeloso.
Esqueçamos os fanatismos religiosos. Esqueçamos dogmas e mistérios.
Lembremos apenas das lições do Mestre que nos apontam o amor como solução, como sentido para a vida.
Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma: amor.
Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Oração Atendida


Será que Deus atende mesmo a todas as orações? Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.
Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos: Será que atende?
Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?
Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?
Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade, chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.
Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.
Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.
Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil. Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos. A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.
No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes que ele sintetizou em uma oração.
Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.
Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:
Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...
Fui feito fraco para aprender a obedecer.
Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...
Fui feito doente para realizar coisas difíceis.
Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...
Fui feito pobre, para vender sabedoria.
Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...
Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...
Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...
E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.
Não recebi nada do que pedi, mas obtive tudo aquilo que esperava ganhar.
A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.
E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.
* * *
O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende, sempre de acordo com o que seja melhor para nós.
Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida, quando elas nos são retiradas.
* * *
O ano de 1981 foi o primeiro Ano Internacional da Pessoa Deficiente.
Ser deficiente não significa ser doente.
É simplesmente ser diferente. Diferente dos padrões considerados como normais.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ESTÍMULO FRATERNAL



“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”- Paulo. (Filipenses, 4:19.)
Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades.
Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda.
Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue.
Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência.
Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto.
Detém-te para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar.
Pára um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem teto.
Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão.
Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa.
Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico.
Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras.
É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos.
Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes, és realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém.
Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura.
Que a enfermidade e a tristeza nunca te impeçam a jornada.
É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo.
Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além...Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento.
Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.

(Do livro “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel).

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Saudade




Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viajeiras, me convidaram para o banquete do dia.
Levantei e percebi que não fora um pesadelo... A presença da sua ausência era a mais pura e triste realidade...
Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da presença ou, talvez seja, simplesmente, saudade...
Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento, carregando o pólen da vida, cantavam nos ramos do arvoredo delicada canção...
Saí a corer, tentando fugir da furna escura dos meus padecimentos.
A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam à frente impondo-me fadiga e desconforto...
Embriagado pela saudade, meu ser ansiava pela paz...
Em vão tentei exaurir as forças para livrar-me da dor, mas não lograva libertar-me do punhal da melancolia cravado no coração, e da lembrança da sua ausência...
Quando, enfim, a tarde se escondeu no longe das montanhas altaneiras, outra vez tombei em mim mesmo, extenuado e só...
Naquele momento desejei que o Todo Poderoso me dominasse com os fortes recursos da Soberana Misericórdia, livrando-me de mim mesmo...
Parecia que não mais suportaria o espinho da saudade cravado em meu peito, já dorido e exausto...
A ausência da sua presença queimava as fibras mais sutis da minha alma.
E a presença da sua ausência feria-me o coração dilacerado e só...
A noite devorou o dia e, ao escancarar a sua boca negra, mostrou a primeira estrela engastada no manto escuro, vencendo as sombras...
Minutos depois, miríades de astros brilhantes compuseram o diadema da vitória total da luz...
Só então, solitário e meditativo, compreendi como a minha canção de dor chegara ao ouvidos do Criador, que me respondeu em vibrações fulgurantes de esperanças à distância...
Só então compreendi que não há escuridão que resista a um simples raio de luz, e decidi acender a chama da esperança em minha alma.
E, só então, pude ouvir o Sublime Cancioneiro do silêncio e Suas melodias repletas de sons e paz, convidando-me a confiar em Seu infinito poder e entregar-me aos braços suaves da esperança...
* * *
Se o manto escuro da saudade pesa sobre os seus ombros, ilumine-se com as pérolas da oração sincera em favor do bem-amado que partiu.
Preencha a ausência da presença com a lembrança dos momentos compartilhados nas horas alegres, e confie no reencontro feliz.
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

COM SIMPLICIDADE E AFEIÇÃO


Diante das pessoas muito feridas por graves dores morais, mantém-te comedido.
Não será o excesso verbal que suavizará a dor.
Procura sentir a origem da aflição, afim de auxiliares com proveito.
Em certas ocasiões, o silêncio e a afeição pelo aflito realizam milagres de renovação. Em outras, a palavra gentil e esclarecedora produz resultado.
Nem a mudez incômoda, nem o expressar de opiniões complexas e de difícil assimilação.
Para cada caso, um comportamento próprio.
Não intentes resolver, num momento, problemas que se vem agravando há muito tempo, nem subestimes o estado angustiante do teu próximo.
As dores nem sempre são o que representam, mas o que lhes atribuem aqueles que as sofrem.
Cada um vê um problema pela ótica pessoal.
O que te é insignificante, para outrem é grave. Muitas outras coisas que te parecem importantes, para outras pessoas nada valem.
A vida são as experiências de cada criatura, segundo seu grau de evolução e seus interesses.
Portanto, age com simplicidade e afeição.

Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco - Livro: Roteiro de Libertação (extrato) - Ed. LEAL

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Passe Virtual




Depois de iniciado o passe não pense em mais nada, mentalize sua casa, sua família e seus desejos.
Em silêncio evoque a proteção de Deus e de Jesus para o passe, desejando após a evocação, rogue também o concurso do seu o anjo da guarda os dos espíritos superiores com os quais tenha maior afinidade. Procure afastar de sua mente quaisquer pensamentos negativos, respire fundo, pausadamente, com calma e confiança, prepare-se para orar. Ore com Jesus.

Pai nosso que estas no céu, santificado seja o Teu Nome, venha a nos o Teu Reino e seja feita a Tua Vontade, e assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia danos hoje, perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Porque Teus são o Reino, o poder e a Glória, para Sempre. Assim seja.

Vamos dar inicio ao passe.

Como as folhas envelhecidas se desprendem das árvores, deixe os sentimentos que já não servem mais se soltarem de você suavemente, mas de forma inexorável.
Pequenos pontos de sofrimento e que se chamam amargura, tristeza, raiva, decepção... se vão de sua mente um a um para não mais voltar!... O vento da Vida leva-os para longe, sem que possam retornar e refazer o vínculo pernicioso.
Pouco a pouco a árvore de suas emoções vai se esvaziando de negatividade, até mostrar-se limpa e pronta para a renovação...

Sentindo-se leve, sem o peso das folhas mortas que se desprenderam e se foram, você recebe agora, suavemente, sobre o corpo e a alma, a água da vida que cai em abundância dos Céus!...
Esta água limpa, higieniza, purifica, desobstrui e tonifica todas as célula de seu ser.
Nada fica fora de sua ação renovadora.
Ao tempo que limpa e hidrata o corpo, o líquido cristalino dessedenta o espírito, aplacando a aflição, a ansiedade e a inquietação. Há em seu coração, agora, uma sensação de calma, limpeza e bem-estar...

Um leve frio e eis que o Sol de Deus surge para aquecer e aconchegar...
Os raios cariciosos penetram-no por inteiro, aquecendo-o ternamente qual materno abraço, proporcionando conforto e segurança ao coração. Neste momento, o Amor Maior aquece o seu ser afastando o gelo de toda e qualquer aflição.
Nenhum outro sentimento que não o de alegria e confiança, assomam à sua mente agora.
Você está em paz, envolvido pelo calor que o protege...

Do Coração da Vida... flores perfumadas para você!...
De alma grata e feliz, recolha as pétalas coloridas que penetram o seu ser e restauram sentimentos e emoções... Felicidade, esperança, fé, coragem e determinação passam a significar novamente: vontade de viver!...
Mas além do perfume e da cor, a Natureza neste momento lhe envia o que possui de melhor: a capacidade infinita de restaurar-se em sublime beleza, ainda quando os golpes do mal parecem decretar-lhe o fim...

As mãos divinas estão repletas de Luz!...
Suavemente a luz transborda e se derrama sobre você, como cascata dourada de indizível e ignota essência!... A alma, pouco a pouco, se impregna de doce felicidade, permitindo o renascimento íntimo dos mais nobres propósitos de elevação, progresso e realização!...
Banhado em sublime força, você se entrega profundamente ao Doador da Luz, absorvendo as energias que darão, a partir de agora, novo e abençoado impulso ao seu viver!...

Sinta agora a presença de Jesus.
Te pergunta:

Me chamaste, estou aqui...
O que queres de mim hoje? De que precisas?
Peça, meu filho, peça minha filha... estou aqui para ajudar!

Faça agora o seu pedido especial à Jesus, enumerando os problemas e as dificuldades que o afligem.
Escutei o que pedistes, com amor e atenção... Agora conto com a tua fé e a tua confiança em mim, para a solução dos teus problemas.
Vai em paz!... Te acompanharei com os olhos; não te perderei. Creia em Deus, creia também em mim. Estarei com você todos os dias, até o fim. Seja feliz!...

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim... Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
(João, 14, vs. 1, 27, 6)

Os Bons Espíritos, os Espíritos Puros e as Falanges de Luz também enviam à você, agora, as melhores emanações de paz, saúde, alegria e refazimento!... Do Mais Alto, desde as belas cidades espirituais até a morada dos anjos, em uníssono com o Criador, uma radiosa luz o envolve plenamente.
Você não está só!... O Universo inteiro pulsa o Amor de que se constitui e este amor quer tocá-lo agora, em toda a sua plenitude, para que os problemas, as dores, as enfermidades e as dificuldades em geral sejam afastados, em favor de sua paz e renovação!
Você está recebendo vida, vida em abundância. Guarde-a no coração!...

O passe está sendo finalizado.
Respire pausadamente e repita agradecido:
"Obrigado, Senhor, por este dia!... Que ele me seja produtivo e feliz, como tu o desejas!..."

Assim seja!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Oração Rogativa



Senhor Jesus!
Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.
Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!
Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração.
Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.
Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos.
Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!
Nos dias de sombra, sê nossa luz!
Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!
Mestre Divino!
Guia-nos o passo na senda reta.
Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.
Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.
Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.
Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.
Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia...
Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração...
Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.
Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.
Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.
Divino Amigo!
Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.
Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre.
Assim seja.

Chico Xavier - Emmanuel

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O que seriam das flores se não fosse as sementes! --> Superações

Quem dera depois de adulto, voltar a ser criança
Eu teria mais tempo para plantar flores
e mais tempo para colher sementes
O mundo não seria assim, tão cinza
E o adulto que sou hoje não seria fruto de um mundo desequilibrado
Eu queria voltar a ser criança
E ver um mundo cheio de árvores, de vida
Repleto de humildade, de sinceridade e de despretensão,
Porque, quando somos crianças as coisas se parecem mais simples,
Mais descomplicadas...
É fácil entender que as árvores representam os homens,
Simbolizam a vida, que surge, que se renova a cada amanhecer
Como criança saberia que o mundo é grande, mas precisa de cuidados
Afinal, não existem Flores sem sementes.

Deivison Pedroza

terça-feira, 1 de outubro de 2013

RETORNO AO EVANGELHO e PONTOS VULNERÁVEIS


...Eis que vos foi dito: “Amareis aqueles que vos amam e odiareis aqueles que vos odeiam. Eu porém vos digo: Amareis aqueles que vos odiarem”, para que estejais perfeitamente integrados no espírito da solidariedade. Meus filhos, o Evangelho de Jesus tem regime de urgência na intimidade dos nossos corações. Este é o século da tecnologia de ponta, da ciência, na sua mais elevada postura, mas haverá de ser também o século do amor. Deveremos atrair o sentimento de amor para que ele produza a sabedoria em nosso ser. Sereis muitas vezes hostilizados pela brandura de coração; sereis discriminados pela conduta rígida no cumprimento do dever; experimentareis ironia e descaso pela fidelidade a Jesus. Crede, é transitório o carro carnal, e quando dele nos despojarmos a consciência irá conduzir-nos ao país do remorso ou ao continente das bem-aventuranças. Vivei de tal forma que podereis olhar aqueles que vos criam embaraços nos olhos sem abaixardes as vossas vistas. É necessária muita coragem para esse logo. Assevera-se que aquele indivíduo que é bom, que é humilde, é um covarde. É necessária, porém, muita coragem para ser-se bom. É indispensável muita energia para beber-se a taça da amargura, sem reprimenda, sem reclamação e transformá-la em licor que dê energia e vitalize a existência. Não foi o acaso que vos convocou para o encontro desta hora em que a sociedade estorcega na impiedade, na loucura na sexolatria, na toxicomania. Sede vós pacíficos e pacificadores. Produzi em vossos lares o reino dos céus, construí-o no aconchego da alma que está ao lado da vossa alma, dos filhinhos que vos foram confiados, cuja conduta será consequência da educação que lhes administrardes, em forma de paz. E encontrareis a razão de viver nesse sentimento do amor pulcro e penetrante que irriga a vida de alegria, que ilumina as ansiedades com paz. Filhas e filhos da alma: não desperdiceis o tempo que urge, e ele se chama agora. Não posterguei a vossa oportunidade de autoiluminação. Jesus já veio ter conosco. Hoje espera-nos e manda à Terra os Seus embaixadores para que nos levem de volta ao Seu doce aconchego e repita suavemente: - Vinde a mim, eu vos consolarei! Ide de retorno aos vossos lares, mansos e pacíficos, porque será assim que se dará inicio à era da regeneração, que vem sendo trabalhada desde o dia em que a codificação chegou à Terra, quando o lobo e o cordeiro beberão na mesma fonte; quando os rosais colocarão as suas pétalas para dentro dos lares; quando as sombras forem clariadas pelas Estrelas luminíferas que fazem parte da divina coorte. Amai! O amor redime a criatura humana. E depois, discípulos de Jesus, o Mestre nos espera.
Muita paz! Que o Senhor de bênçãos vos abençoe! São os votos do servidor humílimo e paternal,
Bezerra.

(Mensagem recebida por psicofonia através do médium Divaldo Pereira Franco, no término da conferência proferida na Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues em Santo André, SP, na noite de 29 de setembro de 2013.) Revisada pelo autor.

PONTOS VULNERÁVEIS

Nas tuas fraquezas estão os pontos vulneráveis, que deves revestir de forças
Se te agradam as sensações mais fortes, sempre as defrontarás, atraentes, atormentando-te.
Se te excitam a ganância e a cobiça, respirarás no clima dos usurários.
Se te interessam a maledicência e a impiedade, sempre descobrirás vícios e deslizes alheios.
Se preferes o ócio e o comodismo, encontrarás escusas para a preguiça e o repouso exagerado.
A tua segurança interior depende da tua inclinação e preferência, cabendo-te a tarefa de renovar as forças e vigiar as fraquezas, que se transformam com o tempo, em equilíbrio e vigor.
No que cometeste falta grave, trazes dela a “marca” íntima.
De acordo como erro, volves aos sítios familiares onde deves repará-lo.
Não te permitas concessões desconcertantes, nem prazeres que anestesiam a razão e perturbam o sentimento.
Conscientiza-te dos teus pontos vulneráveis e vencerás as tentações e as más inclinações.

Joanna de Angelis – Médium Divaldo Franco - Livro: Alerta – Editora leal