segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UNIÃO FRATERNAL



Diante de teus olhos, mil caminhos se abrem.
Não olvides a senda que te é própria e avança.
Estimarias, talvez, que todas as rotas se subordinassem à tua, e te referes à união...
Une-te aos outros, sem exigir que os outros se unam a ti. E procura o que seja útil e belo, santo e sublime e segue adiante...
Não nos esqueçamos de que a unidade espiritual é serviço básico da paz.
Observas o irmão que se devota às crianças? Ou o que se dispôs a ajudar aos doentes? Ou o que se fez amigo dos velhos e dos jovens?
Observa o serviço daquele que se converteu em doutrinador, objetivando a extensão do bem?
Honra a cada um deles com compreensão e sem exigir que vejam a vida através de teus olhos.
A evolução é escada infinita. Cada qual abrange a paisagem conforme o degrau em que está.
Oferece a cada servidor do bem o melhor de ti.
A contenda estéril é resultado da imposição.
A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, mas não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando harmonia.

Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro: Fonte Vida (extrato) - Ed. FEB

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Busca Incessante

Uma das formas de ser feliz é buscar a Verdade sempre, não estacionando no já conseguido, e seguindo além.
Não tenhas, porém, a pretensão de obrigar os outros a aceitarem o que hajas conquistado.
As criaturas estacionam e progridem em faixas de valores diferentes, não podendo ser padronizadas mediante a mesma escala.
Além disso, a Verdade absoluta não será conseguida pelo homem finito.
Assim, ela se apresenta com matizes variados que atendem aos diversos graus da evolução humana, sem imposições constrangedoras.
Conquista sem humilhar; submete sem ferir; domina, libertando.
Quem a encontra, modifica-se inteiramente, alterando, para melhor, o padrão do comportamento.
Livre, com ela faz-se mais sábio e paciente, apaziguado e feliz.
Como não gostas que te cerceiem a faculdade de pensar e eleger o que te parece melhor, não te imponhas nem as tuas aquisições intelecto-morais a ninguém.
Através do exemplo leciona a verdade, nunca revidando mal por mal, desculpando a ignorância e olvidando toda ofensa.
Com uma visão mais clara e perfeita da vida, entendes melhor os homens e suas debilidades, sendo paciente com eles e conquistando-os para o clima de bem-estar que desfrutas.
O sábio não é aquele que conhece, mas quem aplica o conhecimento na vivência diária.
A verdade é manifestação de Deus, que a pouco e pouco o homem penetra.
Por isso, ensinou Jesus que todos buscássemos a verdade, pois que ela, expressando o amor em plenitude, liberta e torna feliz o ser.

Divaldo Franco - Espírito Joanna de Ângelis

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Consertar o mundo



Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias em seu laboratório, tentando encontrar meios de melhorá-los.
Certo dia, seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo.
O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer o filho brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível removê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo.
Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar.
Aqui está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Mas faça tudo sozinho!
Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa.
Passadas alguns minutos, ouviu o filho chamando-o calmamente.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho.
Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa quem jamais havia visto.
Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo.
Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel Do jornal para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de Um homem.
Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui.
Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.!!!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Auto Encontro



A ansiosa busca de afirmação da personalidade leva o indivíduo, não raro, a encetar esforços em favor das conquistas externas, que o deixam frustrado, normalmente insatisfeito. Transfere-se, então, de uma para outra necessidade que se lhe torna meta prioritária, e, ao ser conseguida, novo desinteresse o domina, deixando-o aturdido. A sucessão de transferências termina por exauri-lo, ferindo-lhe os interesses reais que ficam á margem. Realmente, a existência física é uma proposta oportuna para a aquisição de valores que contribuem para a paz e a realização do ser inteligente. Isto, porém, somente será possível quando o centro de interesse não se desviar do tema central, que é a evolução. Para ser conseguida, faz-se imprescindível uma avaliação de conteúdos, a fim de saber-se o que realmente é transitório e o que é de largo curso e duração. Essa demorada reflexão selecionará os objetivos reais dos aparentes, ensejando a escolha daqueles que possuem as respostas e os recursos plenificadores. Hoje, mais do que antes essa decisão se faz urgente, por motivos óbvios, pois que, enquanto escasseiam o equilíbrio individual e coletivo, a saúde e a felicidade, multiplicam-se os desaires e as angústias ceifando os ideais de enobrecimento humano. Se de fato andas pela conquista da felicidade, tenta o auto-encontro. Utilizando-te da meditação prolongada, penetrar-te-ás, descobrindo o teu ser real, imortal, que aguarda ensejo de desdobramento e realização. Certamente, os primeiros tentames não te concederão resultados apreciáveis. Perceberás que a fixação da mente na interiorização será interrompida, inúmeras vezes, pelas distrações habituais do intelecto e da falta de harmonia. Desacostumado a uma imersão, a tua tentativa se fará prejudicada pela irrupção das ideias arquivadas no inconsciente, determinantes de tua conduta inquieta, irregular, conflitiva. Concordamos que a criatura é conduzida, na maior parte das vezes, pelo inconsciente, que lhe dita o pensamento e as ações, como resultado normal das próprias construções mentais anteriores. A mudança de hábito necessita de novo condicionamento, a fim de mergulhares nesse oceano tumultuado, atingindo-lhe o limite que concede acesso às praias da harmonia, do autodescobrimento, da realização interior. Nessa façanha verás o desmoronar de muitas e vazias ambições, que cultivas por ignorância ou má educação; o soçobrar de inúmeros engodos; o desaparecer de incontáveis conflitos que te aturdem e devastam. Amadurecerás lentamente e te acalmarás, não te deixando mais abater pelo desânino, nem exaltar pelo entusiasmo dos outros. Ficarás imune à tentação do orgulho e à pedrada da inveja, à incompreensão gratuita e à inimizade perseguidora, porque somente darás atenção à necessidade de valorização do ser profundo e indestrutível que és. Terminarás por te venceres, e essa será a tua mais admirável vitória. Não cesses, portanto, logo comeces a busca interior, de dar-lhe prosseguimento se as dificuldades e distrações do ego se te apresentarem perturbadoras.

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores. - Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1994

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Surge a Era Nova


O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.
Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã.
Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, como fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo.
Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apóiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão.
Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono.
Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.

Autor: Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos Enriquecedores

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Salvar a vida


O trem estava por partir. Deixaria aquele lugar sórdido, levando os judeus jovens e sadios para a liberdade.
A notícia era a de preservação dos mais fortes, e naquele trem não havia lugar para velhos.
As portas seguiriam abertas, pois não sobrava espaço para fechá-las. Estava abarrotado de judeus.
Um ancião polonês, de cabelos alvos, segurou com as mãos encarquilhadas o paletó do jovem que estava por partir e suplicou-lhe com veemência, que desse a sua pela vida dele.
Estava velho e doente e desejava rever os familiares que deixara na distante Polônia. Seria sua última chance, implorou ao rapaz.
O velho apelou para o coração do jovem que lhe permitisse embarcar no seu lugar, em nome do Cristo.
O rapaz não era cristão, e pouco ouvira falar do Homem de Nazaré. Apenas uma frase atribuída a Ele pairava em sua memória: Aquele que quiser ganhar a vida, perdê-la-á, e aquele que a perder por amor de Mim, ganhá-la-a.
Olhou longamente para aquele velho desesperado e, embora a promessa de liberdade próxima o tentasse, resolveu descer e ceder seu lugar ao ancião.
O trem partiu e ele pôde contemplar pela janela o aceno de agradecimento daquele a quem salvara a vida com a sua própria, pensava.
Deteve-se ali por alguns instantes, como adorno vivo de uma paisagem de horror e desolação, observando o trem que se afastava lentamente.
Após alguns dias chegou a notícia do engodo. O trem que partira em direção à liberdade, aportara no Campo de Concentração de Auschwitz, na Áustria, e todos os passageiros pereceram sob os chuveiros de gás letal.
Os meses rolaram e levaram com eles o horror da guerra. O jovem sobreviveu para escrever sua história e conhecer melhor Aquele Homem que um dia dissera que aquele que quisesse ganhar a vida perdê-la-ía, e aquele que a perdesse por amor a Ele, ganhá-la-ía.
* * *
Nós, cristãos, que ainda caminhamos pelas estradas do hemisfério físico, saberemos precisar quando sairá o próximo trem?
Será que nosso nome não consta da lista de passageiros com destino ao hemisfério espiritual?
Preocupados em ganhar a vida, em amontoar recursos materiais, esquecemos de cultivar a vida do Espírito, a vida verdadeira e imperecível que nos aguarda no além-túmulo.
Temos empregado a maior parte da vida perdendo-a nos gozos efêmeros e ilusórios, e não temos tempo para dedicá-la, ainda que por alguns instantes, em benefício dos necessitados de toda ordem.
Os dias passam, os anos se somam e pouco, ou quase nada, temos buscado aprender sobre o futuro espiritual que nos aguarda.
Agindo assim, dizemo-nos imortais, mas não vivemos como tal, uma vez que só nos ocupamos com as coisas da matéria, como se daqui jamais fossemos partir.
* * *
Muitas pessoas entram na vida espiritual como suicidas.
Pelas Leis Divinas não são tidos como suicidas somente os que põem fim à vida num ato de desespero ou insanidade, mas também os que acabam com ela aos poucos, através dos excessos de toda ordem.
Assim, os fumantes inveterados, os alcoólatras, os gulosos, os sexólatras, os adeptos da violência, entre outros, são suicidas, por queimarem a existência física por mero egoísmo e desconsideração com a própria vida.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Poder do Pensamento


Estou convencido de que uma das formas mais eficientes de mudar nossa vida é mudando nossos pensamentos. Sei disso por experiência própria!
Qual é a atitude das pessoas que você conhece frente aos acontecimentos? Tenho certeza de que você vai se lembrar daquelas que tem uma atitude positiva, confiante, que vêem as coisas e as pessoas pelo seu lado melhor e que diante de um problema, sempre dizem:

- Vamos resolvê-lo!
- Existe um jeito para tudo!

São pessoas que nos fazem bem, com quem gostamos de conviver, que emanam uma energia positiva contagiante e por isso mesmo, enfrentam as dificuldades com mais força e coragem. Em contrapartida, temos as pessoas criadoras de dificuldades, as que colocam obstáculos em qualquer tarefa, as que desconfiam de tudo e de todos, imaginando as piores intenções nos atos daqueles com quem convivem.
Você percebe todo este contexto são exemplos de pensamentos que facilitam ou dificultam a vida, que geram medo ou confiança, indisposição ou garra para lutar, persistência ou sentimento prévio de derrota?

Pare um pouco e pergunte-se:
- Quais são os seus pensamentos dominantes diante dos acontecimentos?

Tendo consciência disso, não para se acusar, se culpar ou se julgar, mas simplesmente para tomar consciência dos próprios pensamentos, verificamos se eles ajudam-nos a viver feliz e harmonicamente. Tenha a absoluta certeza: Nós temos uma imensa capacidade de mudar o mundo e nossas vidas com os nossos pensamentos! Quando você limpa a mente de todos os pensamentos negativos e lança as sementes de pensamentos positivos, aquilo que você pensa germina com absurda magnitude. Quando entendemos que os nossos pensamentos controlam a nossa vida, e que precisamos aprender a controlar a nossa maneira de pensar, adquirimos um poder que transborda e emana energia. Esta consciência nos dá enormes possibilidades para melhorar a qualidade de nossas vidas.

Somos, sem dúvida, um produto de nossos pais, de nossas escolas e da sociedade. Com eles aprendemos a nos comportar e pensar. No entanto, não somos escravos de nossa formação, criação, nem tampouco da sociedade em que vivemos porque, lembrem-se, todas as coisas em que acreditamos são somente pensamentos, e pensamentos podem ser mudados.
Consciente do poder que você possui de mudar e criar seus pensamentos, definitivamente devemos mudar nossas afirmações, afirmar no presente o que pretendemos para nossas vidas, o que pretendemos para nossa qualidade de vida e bem estar espiritual!
Somos o que pensamos ser...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A lição inesquecível - Chico Xavier


Hilda, menina abastada, diariamente dirigia más palavras à pequena vendedora de doces que lhe batia humildemente à porta da casa.
– Que vergonha! De bandeja! de esquina a esquina! Vai-te daqui! – gritava, sem razão.
A modesta menina se punha pálida e trêmula.
Entrementes, a dona da casa, tentando educar a filha, vinha ao encontro da pequena humilhada e dizia, bondosa:
– Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
A mocinha, reanimada, respondia, contente:
– Foi a mamãe.
A generosa senhora comprava sempre alguma coisa e, em seguida, recomendava à filha:
– Hilda, não brinques com o destino. Nunca expulses o necessitado que nos procura. Quem sabe o que sucederá amanhã? Aqueles que socorremos serão provavelmente os nossos benfeitores.
A menina resmungava e, à noite, ao jantar, o pai secundava os conselhos maternos, acrescentando:
– Não zombes de ninguém, minha filha! o trabalho, por mais humilde, é sempre respeitável e edificante. Por certo, dolorosas necessidades impelirão uma criança a vender doces, de porta em porta.
Hilda, contudo, no dia seguinte, fustigava a vendedora, exclamando:
– Fora daqui! Bruxa! bruxa!...
A mãe devotada acolhia a pequena descalça e repetia à filha as advertências carinhosas da véspera.
Correu o tempo e, depois de quatro anos, o quadro da vida se modificara.
O paizinho de Hilda adoeceu e debalde os médicos procuraram salvá-lo. Morreu numa tarde calma, deixando o lar vazio.
A viúva recolheu-se ao leito extremamente abatida e, com as despesas enormes, em breve a pobreza e o desconforto invadiram-lhe a residência. A pobre senhora mal podia mover-se.
Privações chegaram em bando. A menina, anteriormente abastada, não podia agora comprar nem mesmo um par de sapatos.
Aflita por resolver a angustiosa situação, certa noite Hilda chorou muitíssimo, lembrando-se do papai. Dormiu, lacrimosa, e sonhou que ele vinha do Céu confortá-la. Ouviu-o dizer, perfeitamente:
– Não desanimes, minha filha! vai trabalhar! Vende doces para auxiliar a mamãe!...
Despertou, no dia imediato, com o propósito firme de seguir o conselho.
Ajudou a mãezinha enferma a fazer muitos quadrinhos de doce de leite e, logo após, saiu a vendê-los. Algumas pessoas generosas compravam-nos com evidente intuito de auxiliá-la; entretanto, outras criaturas, principalmente meninos perversos, gritavam-lhe aos ouvidos:
– Sai daqui! Bruxa de bandeja!...
Sentia-se triste e desalentada, quando bateu à porta de uma casa modesta. Graciosa jovem atendeu.
Ah! que surpresa! era a menina pobre que costumava vender cocadas noutro tempo. Estava crescidinha, bem vestida e bonita.
Hilda esperou que ela a maltratasse por vingança, mas a jovem humilde fitou nela os grandes olhos, reconheceu-a, compreendeu-lhe a nova situação e exclamou, contente:
– Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
A interpelada lembrou os ensinamentos maternos de anos passados e informou:
– Foi a mamãe.
A ex-vendedora comprou quantos quadrinhos restavam na bandeja e abraçou-a com sincera amizade.
Desse dia em diante, a menina vaidosa transformou-se para sempre. A experiência lhe dera inesquecível lição.


Cândido Xavier - Neio Lúcio

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Anjos Guardiães


Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis. Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação. Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão. Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta. São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo. Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade. Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução. Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha. Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam. Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica. Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião. Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando a rota libertadora. Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante. Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres. Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio. Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras. Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração. O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem. O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo. Imana-te a ele. Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade. Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso. 

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores. - Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis, Salvador, BA: LEAL, 1994.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

GUARDE CERTEZA


O ato de rebeldia e dureza, antes de manifestar-se em maligna agitação, transforma o templo da alma em foco de lixo vibratório. A palavra precipitada e ferina, antes de ferir o ouvido alheio, entenebrece os processos mentais do seu autor, com a sombra da invigilância. A queixa, embora aparentemente justa, antes de parasitar o equilíbrio do próximo, vicia as intenções mais íntimas do seu portador. A opinião estagnada e orgulhosa, antes de acabrunhar o interlocutor, cristaliza as possibilidades de atualização e aperfeiçoamento de quem a manifesta. O hábito lamentável, superficialmente comum, antes de sugerir a trilha da frustração ao vizinho, aprisiona quem o cultiva em malhas invisíveis de lodo e sombra. A repetição deliberada de um erro, antes de dilapidar a reputação do delinquente, intoxica lhe a vontade e solapa-lhe a segurança. A grande ação delituosa, antes de exteriorizar-se para o conhecimento de todos, é precedida por pequenas ações infelizes, ocultas nos propósitos escusos daquele que a perpetra. O desculpismo improcedente, antes de ser vã tentativa de iludir os outros, constitui a realização efetiva da ilusão naquele que o promove. Antes de agirmos, mentalizamos a ação. Antes de atuarmos na vida exterior, atuamos em nossa vida profunda. Antes de sermos bons ou maus para todos, somos bons ou maus para nós mesmos. Guarde certeza dessas realidades. Antes de colher o sorriso da felicidade que esperamos através dos outros, é preciso vivermos o bem desinteressado e puro que fará felizes aqueles que nos farão felizes por nossa vez.

André Luiz (Waldo Vieira) - (De “Estude e viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Jesus Conosco


Vivemos um momento muito especial na história sócio-psicológica e espiritual da Terra. Diversas religiões,
filosofias e ciências são unânimes nesta afirmação.
Entre os missionários que já estiveram no planeta, ninguém se Lhe igualou, jamais alguém como Ele.
Em todos os tempos, Jesus é o amigo incomparável e o irmão afetuoso. Quando prometeu o paracleto, disse que este nos faria recordar as Suas palavras. O ato de recordar presume esquecimento delas, e, consequente e involuntariamente, o distanciamento de quem as pronunciou.
As vivências na Palestina distante, inesquecíveis para a humanidade, testemunharam para os que viemos
depois, a saga mais bela e os episódios mais marcantes de todos os séculos.
As excursões de Jesus com os seus discípulos, descritas pelos evangelistas, transportam-nos para aqueles
recantos bucólicos e poéticos de então: Cafarnaum, Tiberíades, Magdala, o lago de Genesaré, Gadara, Jerusalém, Betânia, Emaús, Caná e muitas outras.
Hoje, absorvidos por necessidades irreais e transitórias, repletos de ansiedades e conflitos a serem
equacionados e vencidos, carecemos de relembrá-Lo, conviver com Ele, retomando o contacto há muito perdido.
A Sua presença, nos lares e nos ambientes de trabalho, no campo e na cidade, na metrópole ou na vila,
irá alterar os padrões gerais, transformando a paisagem tumultuada em cenários de beleza e harmonia.
Conviver com Ele consola e ameniza, emula e soergue, bastando que Lhe abramos espaço no coração, sem
restrições, sem presunções ou orgulho de superioridade e infalibilidade.
Joanna de Ângelis, no livro Fonte de Luz, assevera: “Faz-se urgente o retorno de Jesus à família. Somente a Sua presença no lar pode oferecer segurança e equilíbrio para todos...” E Ele apresentar-se-á sempre, próximo, bem próximo, perguntando-nos baixinho: “— Aqui estou, que queres de mim”? Então, entregar-nos-emos a Ele, inermes, em regime total e definitivo.
Portanto, distinto(a) amigo(a), o que fazemos aqui é relembrar Jesus com simplicidade, trazê-Lo para perto de ti, através de algumas de Suas histórias, fatos e parábolas, de maneira que permaneça contigo a Sua mensagem e o Seu exemplo. Ofertamos-te, assim, estas emoções, esperando poder despertá-Lo em ti, a fim de que vivas as tuas próprias sensibilidades, descobrindo-te amá-Lo... Com votos de paz e muitas alegrias no convívio com Ele.

Públio Carísio de Paula

sábado, 14 de setembro de 2013

Buda - Sobre o respeito a todas as religiões


Certa vez, Gautama Buda visitou uma pequena vila chamada Kesaputra, no reino de Kosala, cujos habitantes se chamavam Kalamas. Eles fizeram a seguinte pergunta ao Buda:
"Senhor, alguns anacoretas e brâmanes que passaram por nossa vila divulgaram e exaltaram suas próprias doutrinas e condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Depois, passaram outros que também, por sua vez, divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e também condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Mas nós, Senhor, estamos sempre em dúvida e perplexos, sem saber qual desses veneráveis expôs a verdade e qual deles mentiu."
Então o Buda respondeu:
"Sim, é justa a dúvida que sentis, pois ela se originou de um assunto duvidoso. Agora prestem atenção: não vos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela idéia: ‘Ele é nosso mestre'. Mas, Kalamas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas.., e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las."
Respondendo aos bhikkhus2 (monges) disse:
"Um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata (o próprio Buda) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento - Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele." (Anguttara-Nikaya III, 65)
Asoka, imperador da Índia no III século a. C., seguindo o nobre exemplo de tolerância e compreensão de Gautama Buda, honrou e sustentou todas as religiões do seu vasto império. Hoje ainda é legível a inscrição original de um de seus editos gravados na rocha:
"Não devemos honrar somente nossa religião, condenando as outras; devemos acima de tudo respeitar todas as crenças, pois sempre há algo a ser apreciado por esta ou aquela razão. Agindo desta forma, glorificamos nossa própria crença e prestamos serviço às demais. De outro modo, prejudicamos a nossa própria religião e fazemos mal à dos outros. Por conseguinte, que todos escutem e estejam dispostos a não se fecharem às doutrinas professadas pelos demais."
Esse espírito de mútua compreensão deveria ser aplicado não somente em matéria de doutrina religiosa, mas também em assuntos nacionais, políticos, sociais e econômicos.
O Budismo se apresenta sob a forma de um sistema psicológico, moral e filosófico baseado na raiz dos fatos, que podem ser testados e verificados pela experiência pessoal, pois é racional e prático, isento de doutrinas esotéricas (ocultas).
O espírito de tolerância e compreensão foi sempre um dos ideais da cultura e civilização budista. A seu crédito deve ser dito que, durante um período pacífico de 2 500 anos, nenhuma gota de sangue foi derramada em nome do Budismo e nenhuma conversão jamais foi feita quer pela força, ou por qualquer outro método de repressão.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Minutos para refletir


Coloque Deus, conscientemente, em tudo o que faz, em todos os seus problemas.
E verificará que seus sofrimentos se transformarão em experiência e aprendizado.
Coloque Deus em todos os seus pensamentos, e sua Vida se transformará num hino de alegria e louvor, porque as dores se esvairão como as trevas, que desaparecem aos primeiros clarões das luzes da aurora...

Seja alegre e otimista!
Quando se dirigir ao trabalho , faça-o de coração alegre.
O trabalho que você executa é digno de sua pessoa.
Por menor que pareça, é de suma responsabilidade para você e para o mundo.
Não se esqueça jamais de agradecer a Deus o trabalho que lhe proporcionar o pão de cada dia.
Chegue ao local do trabalho com coração feliz, e o trabalho se tornará um passatempo, um estimulo, que lhe trará, cada novo dia, imensas alegrias e felicidade incalculável.

Deus nos guia sempre, dando-nos a orientação de nossa vida.
Mas precisamos ser receptivos, para ouvir sua voz, sabendo-a interpretar através das circunstâncias que cercam nossa vida, levando-nos ao maior progresso espiritual de nosso ser.
Procure meditar silenciosamente, para ouvir a voz de Deus, que o guia, sem jamais abandoná-lo. Pois sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada, siga em frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo.
Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decido a enfrentar o esforço da caminhada.

Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha.
Não desanime no meio da estrada: siga à frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo.
Mas não se iluda, pois só atingirá o cume da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada.

Não se esqueça de que, qualquer que seja sua posição na vida, há sempre dois niveis a observar: os que estão acima e os que estão abaixo de você. Procure colocar-se algumas vezes na posição de seus chefes; e outras vezes na posição de seus subordinados. Assim, você poderá compreender ao vivo os problemas que surgem dos dois lados. E, desta forma, poderá ajudar melhor a uns e a outros..

NÃO limite o poder de sua vida! Não pense que conseguirá tudo o que deseja, numa só existência. Mas confie, porque a vida é eterna, infindável. Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso! Esta mesma vida é que continuará sempre. Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade.

O mundo está cheio da Luz Divina!
Procure percebê-la e sentir em si as irradiações benéficas, que se derramam sobre todas as criaturas, aproveitando ao máximo o conforto que isto lhe trará ao espírito.
Olhe tudo com olhos de bondade e alegria!
Busque descobrir a Luz que brilha dentro de você e dentro de todas as criaturas, embora, muitas vezes, esteja ela recoberta por grossa camada de defeitos!

Livro: Minutos de Sabedoria
Autor: CARLOS TORRES PASTORINO

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Alguém para amar


O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
* * *
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Poema de Gratidão




Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.
Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos veem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.
Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!

Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!

Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!

Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra

Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.
Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!

Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão,
se é uma favela, uma tapera, um ninho,
um grabato de dor, um bangalô,
uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um teto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!

Amália Rodrigues /Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 10 de setembro de 2013

PORTO DE SEGURANÇA



Desde quando te deixaste arrebatar pela mensagem espírita, que te vês a braços com muitas dores, somadas às tuas próprias dores.
A princípio, atribuías que a revelação te libertaria do sofrimento, facultando-te uma diferente visão da vida e dos acontecimentos.
E estavas com a razão.
A questão, no entanto, é de óptica. Mediante a fé compreendes melhor as causas e as finalidades da existência corporal bem como a sua importância para o espírito, modificando os conceitos que mantinhas.
Isto não quer dizer que seriam eliminados esses efeitos que te alcançam, mas que te ajudaria a gerar causas positivas para uma sega porvindoura.
Aumenta-te a capacidade de compreensão, o serviço se te apresenta como elemento libertador.
Desse modo, tens ouvidos e palavra, interesse e disposição para auxiliar o próximo que transita sem rumo e sem apoio.
Não estranhes que te busquem os aflitos e os aturdidos, os ignorantes e os agressivos.
Dão-te a oportunidade feliz de crescimento pessoal e de felicidade pelo que lhes possa doar.
Unge-te de coragem e atende-os, sustentando-lhes a força antes da queda total.
A Terra é escola de reabilitação e aprendizagem.
Conforme cada discípulo portar-se hoje, assim viverá amanhã, o que também respeita ao presente em relação ao passado.
Apresenta-te feliz, considerando ser buscado a ajudar, ao invés de estares buscando o auxílio na ignorância das Leis.
Não relacionem os problemas que decorrem do cansaço e da continuidade volumosa que te assoberbam cada dia.
Se muitos te procuram, é porque algo em ti encontram, que lhes faz bem.
Coloca-te no lugar deles e perceberás quanto gostarias de receber...
Assim, não te escuses de contribuir.
Se te sentes necessitado de apoio, este não te falta, porquanto já podes dirigir-te diretamente ao Supremo Doador, que te não deixa em desamparo, conforme ocorre em relação a todos e a tudo, com a diferença, que somente poucos se fazem receptivos àquele auxílio.
Apoia-te na fé robusta e transfere as alegrias e comodidades para mais tarde, as que agora não podes fruir, em razão da assistência que deves dispensar aos desesperados.
Quando nos dispomos a ajudar, adquirimos uma aura magnética que irradia reconforto e atrai os necessitados de socorro.
Talvez se te apeguem e produzam mal-estar.
Possivelmente, extorquirão as reservas de energias daqueles a quem buscam, numa exploração que não tem sentido.
Provável que se não beneficiem, mesmo quando ajudados...
Estas, porém são questões que não podes resolver.
Deixa-te conduzir pela esperança e esparze-a, mesmo que sofrendo, sem o dizer, e colocado numa situação de que não tens problemas, o que não corresponde à verdade, prosseguindo, afável e confiante, no rumo do futuro onde está o porto de segurança de todos nós.

(De “OTIMISMO”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AFLIÇÃO VAZIA



Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos. Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço. No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva. Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila. Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária... Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado. Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia. Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.



ENCONTRO MARCADO

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Enfermidades


Agradece as bênçãos da saúde que te facultam laborar com eficiência, ampliando-te os horizontes do desenvolvimento intelecto-moral.
Uma organização fisiológica saudável é bem de valor inestimável que deve ser preservado a qualquer sacrifício. Para que o logres, faz-se indispensável o balanço harmônico entre o espírito e a matéria, o que equivale dizer, entre a mente e o corpo.
És tudo quanto elaboras mentalmente e vivencias nas internas paisagens do ser profundo.
Aquilo que cultivas interiormente condensa-se nos arquipélagos celulares, produzindo os efeitos correspondentes.
No curso largo da evolução antropossociopsicológica, a desnecessidade de alguma função eliminou o órgão que a produzia, substituindo-a por outro mais eficiente e delicado, no que têm resultado as admiráveis conquistas do sentimento e da emoção. Dos instintos primevos à razão, e dessa à consciência, a vida investiu grandiosos valores que o Espírito consegue mediante esforço de depuração. A sensibilidade vegetal, a sensação animal em caminho da emoção humana, como um passo avançado no rumo da intuição e logo da sublimação espiritual.
Saúde, portanto, é bem-estar, harmonia psicofísica, equilíbrio dos sentimentos e dos anseios.
Nada obstante, periodicamente ocorrem desajustes na maquinaria, que necessitam ser corrigidos na sua fonte de origem.
Em face das admiráveis conquistas da ciência médica, farmacológica e da tecnologia de ponta, já é possível reequilibrar diversos fatores de perturbação orgânica geradores das enfermidades, corrigindo o ritmo da mitose celular. Não obstante, o sistema imunológico prossegue como o grande defensor da excelente organização em relação aos agentes externos destrutivos.
Para a sua preservação torna-se inevitável o contributo mental, de modo a ser-lhe facultados os hábeis recursos para as lutas ingentes e contínuas a que se encontra submetida.
Vibrações delicadas interferem nos campos celulares proporcionando-lhes vitalização ou desgaste, defesas ou perdas...
Em todo esse conjunto se manifestam as heranças espirituais que procedem das existências pela formação dos equipamentos de que se constituem os glóbulos brancos, assim como as hemácias e demais órgãos. No fenômeno da fagocitose, por exemplo, as energias da mente oferecem os recursos para que os defensores do organismo sejam protegidos na luta contra os agressores de fora...
Enfermidade, portanto, é resultado de comportamentos incorretos que favorecem a distonia emocional com as suas consequências perniciosas.
Ademais, o corpo na sua constante transformação é perecível, encontrando-se, portanto, em processo contínuo de transformações, e cada uma das peças que o constituem apresenta-se dentro de um prazo de ação útil, logo substituída em mecanismo de automático funcionamento.
As enfermidades fazem parte da programação natural da vida.
À exceção das expiações mais confrangedoras, os processos de envelhecimento orgânico acompanhado das carências de energia facultam a manifestação de muitas doenças que fazem parte das necessidades evolutivas do Espírito.
Na sua condição de veste transitória, a matéria é a forma que conserva as marcas inscritas no perispírito em decorrência das atitudes morais e comportamentais transatas. Em consequência, momento chega em que essas matrizes abrem o seu sacrário e liberam os impositivos depuradores dos erros, expressando-se, não raro, em enfermidades de diagnóstico difícil e complexo, em doenças degenerativas, irreversíveis, em transtornos neuróticos e psicóticos variados, sempre de acordo com as necessidades evolutivas do ser.
Ao mesmo tempo, as pesadas cargas morais negativas facultam a interferência de inimigos desencarnados que se imantam psiquicamente àqueles que anteriormente os infelicitaram, em lamentável processo de cobrança, dando lugar ao surgimento de obsessões espirituais e de doenças simulacros.
À medida que o tempo transcorre, em razão da incidência das emissões das ondas mentais destrutivas do agente infeliz sobre os delicados tecidos orgânicos da sua vítima, os mesmo podem sofrer danos que se convertem em campo propício à instalação de microorganismos deletérios, ensejando a presença de enfermidades de vária etiologia.
Muitos problemas na área da saúde, porém, são decorrência da intemperança humana, dos hábitos viciosos, da alimentação desorientada, do abuso das forças e da aplicação descontrolada das energias.
Igualmente, os costumes permissivos, o abuso da ingestão de bebidas alcoólicas, o tabagismo, a sexolatria, as drogas aditivas são de relevante importância para o surgimento de muitas doenças.
Descuidos com o corpo respondem sempre por equivalentes distúrbios que podem ser evitados mediante o zelo que se lhe deve dedicar, dever a todos imposto pelas Leis da Vida.
Ninguém abusa das divinas concessões sem incorrer em graves compromissos que passa a conduzir até o momento em que se lhe anuncia a liberação através dos sofrimentos de uma ou de outra natureza.
O processo de crescimento pessoal é inadiável e pessoal. Ninguém é convidado a responder por problemas que lhe não dizem respeito. Todos aqueles que experimentam doenças e desafios de qualquer natureza encontram-se colhendo a insensatez que semearam oportunamente.
Em realidade não existem vítimas, porque todos são responsáveis pela sua sementeira...
* * *
Os biógrafos de Jesus nunca referiram que Ele houvesse adoecido, experimentando transtornos emocionais ou psíquicos, por ser perfeito como Pai é perfeito.
A busca, portanto, da saúde é o caminho para a perfeição relativa que a todos está destinada.
Deter-se na lamentação ou na revolta, no ressentimento ou na amargura, constitui demonstração de inferioridade que o sofrimento se encarregará de modificar, ensejando renovação interior da qual surgirão os fatores para o equilíbrio e a felicidade.

Médium: Divaldo Franco Autor: Joanna de Ângelis

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A arte de cultivar virtudes...



Um avô e seu neto caminhando pelo quintal, ora se agachando aqui, ora ali, em animada conversação, não é cena muito comum nos dias atuais.
O garoto, de 4 anos de idade, aprendia a cultivar e a cuidar das plantas com o exemplo do seu avô, que tinha tempo para o netinho, sempre que este o visitava.
Era por isso que o pequeno Nícolas acariciava as mudinhas que havia plantado e dizia: Quem planta colhe, né, vovô?
Mas o avô não é habilidoso apenas no cultivo de plantas, é hábil também na arte de cultivar virtudes.
Entre uma conversa e outra, entre a carícia numa flor e uma erva daninha que arrancava, ele ia cultivando virtudes naquele coração infantil.
Ia ensinando que, para obter frutos saborosos e flores perfumadas, é preciso cuidado, dedicação, atenção e conhecimento.
E que, acima de tudo, é preciso semear, pois sem semeadura não há colheita.
O cuidado do pequeno Nícolas pelas plantas era fruto do ensinamento que recebeu desde pequenino, pois nem sempre foi assim.
Quando começou a engatinhar, suas mãozinhas eram ligeiras para arrancar tudo o que via pela frente, como qualquer bebê que quer conhecer o mundo pela raiz...
E, se não tivesse por perto alguém que lhe ensinasse a respeitar a natureza, talvez até hoje seu comportamento fosse o mesmo, como muitas crianças da sua idade ou até maiores.
Importante observar que as melhores e mais sólidas lições as crianças aprendem no dia-a-dia, com os exemplos que observam nos adultos.
É mais pela observação dos atos do que pelos conselhos, que os pequenos vão formando seus caracteres.
Se a criança cresce em meio ao desleixo, ao descuido, às mentiras, ao desrespeito, vendo os adultos se agredindo mutuamente, ela aprenderá essas lições.
Assim, se temos a intenção de passar nobres ensinamentos a alguém, se faz necessário que prestemos muita atenção ao nosso modo de vida, às nossas ações diárias.
Como todo bom jardineiro, os educadores devem ser bons cultivadores de valores e virtudes.
Devem observar com cuidado as tendências dos filhos e procurar semear, na alma infantil, as sementes das virtudes.
Ao mesmo tempo devem preservá-la das ervas-daninhas, das pragas, da seca e das enchentes. Sem esquecer jamais o adubo do amor.
A alma da criança que cresce sem esses cuidados básicos, por parte dos adultos, geralmente se torna campo tomado pelas ervas más dos vícios de toda ordem.
E, de todas as ervas más, as mais perigosas são o orgulho e o egoísmo, pois são as que dão origem às demais.
Por isso a importância dos cuidados desde cedo. E para se ter êxito nessa missão de jardineiro de almas, é preciso atenção, dedicação, persistência, determinação.
O campo espiritual exige sempre o empenho do amor do jardineiro para que possa produzir bons resultados.
E o empenho do amor muitas vezes exige alta dose de renúncia e de coragem. Coragem de renunciar aos próprios vícios para dar exemplos dignos de serem seguidos.
Os jardins da alma infantil são férteis e receptivos aos ensinamentos que percebem nas ações dos adultos.
Por essa razão, vale a pena dedicar tempo no cultivo das virtudes, antes que as sementes de ervas-daninhas sejam ali jogadas, nasçam e abafem a boa semente.
* * *
Para que você seja um bom cultivador de almas é preciso que tenha, na sua sementeira interior, as mudinhas das virtudes.
Somente quem possui pode oferecer. Somente quem planta pode colher.
Pense nisso, e seja um cultivador de virtudes.
Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Deus te quer sorrindo


Deus está aqui neste momento.
Sua presença é real em meu viver.
Entregue sua vida e seus problemas.
Fale com Deus, Ele vai ajudar você.

Deus te trouxe aqui
Para aliviar o teu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.
E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.

Seja qual for o seu problema
Fale com Deus. Ele vai ajudar você.
Após a dor vem a alegria,
Pois Deus é amor e não te deixará sofrer.

Deus te trouxe aqui
Para aliviar o seu sofrimento.
É Ele o autor da Fé
Do princípio ao fim,
Em todos os seus tormentos.

E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.

Letra Noites Traiçoeiras - Padre Marcelo Rossi

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Desafios Existenciais



A existência no corpo físico é uma oportunidade de aprendizagem que a vida concede ao ser espiritual no seu processo de crescimento interior, facultando-lhe os recursos apropriados para que a divina chama que existe em todos alcance a plenitude. De acordo com a maneira como cada um se comporte no mister, estará semeando os ocorrências do futuro, que terá de enfrentar, a fim de recompor-se e corrigir o que foi danificado. Cada reencarnação é sublime concessão divina para a construção ditosa da imortalidade pessoal. Escola abençoada, a Terra é o reduto formoso no qual todos nos aperfeiçoamos, retirando a ganga pesada do primarismo, que impede o brilho do diamante estelar do Espírito que somos. Os golpes do processo evolutivo encarregam-se de liberar-nos, permitindo que as facetas lapidadas pela dor e buriladas pelo amor reflitam as belezas siderais.
- Felizes - continua o apóstolo da caridade - somos, todos aqueles que acreditamos em Nosso Senhor Jesus Cristo e que O temos na condição de Caminho, Verdade e Vida. A Ele vinculados ao amor que nos dá sustento às emoções, morte é vida, e infortúnio é benção, porque nada acontece sem a Sua permissão superior. "Por mais assustador se vos apresente o fenômeno da morte orgânica, a vida é um triunfo sobre todas as injunções, e nada a consegue destruir." Nesse clima de elevadas vibrações de amor e de compaixão, podíamos perceber o valor dos sentimentos da afetividade no intercâmbio com os irmãos mais angustiados. Se o amor não puder atender os objetivos essenciais para os quais se constitui, a sua finalidade é utópica e vã. Não foi por outra razão que Jesus o elegeu como a mais nobre quão indispensável conquista a que pode aspirar o ser humano.

(Obra: Transição Planetária - Divaldo P. Franco/Manoel P.de Miranda)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Labor Transcendental



... E necessário que exerçamos a mediunidade com Jesus. Que a figura incomparável do doce Rabi penetre-nos, e que logremos insculpi-la no ádito do nosso coração. Fomos chamados para um labor de natureza transcendental, a nossa é uma tarefa de abnegação e de sacrifício. Médium sem as cicatrizes do sofrimento ainda não se encontra em condições de servir em plenitude Àquele que é o exemplo máximo da doação. Convidados ao banquete da era nova na vinha do Senhor, trabalhemos as vestes espirituais que são os nossos hábitos para que, em chegando o dono do banquete, nos possa colocar no lugar que nos está destinado. Companheiros de jornada, filhos do coração, honrados com a faculdade mediúnica para o serviço do bem, estendei os vossos tesouros íntimos oferecendo-os aos transeuntes da vida. Não podeis imaginar o benefício do socorro espiritual em uma reunião mediúnica, quando alguém crucificado nas traves do sofrimento do além-túmulo por decênios, em se utilizando da vossa aparelhagem consegue receber o lenitivo da palavra que ilumina e que liberta da ignorância, a energia que lhe atenua a dor; a página de esperança que se lhe acena na direção do futuro. Entregai-vos ao labor da caridade da condição de trabalhadores que somos da última hora. Jesus espera que nos desincumbamos das tarefas que nos foram confiadas e, dentre muitas, a da mediunidade dignificada pela conduta coerente com os postulados espíritas que tem primazia. Filhas e filhos do coração, não vos esqueçais que Jesus nos fez um pedido e que ainda não O atendemos: Amai-vos uns aos outros para que todos saibam que sois meus discípulos. Foi um pedido do Mestre, busquemos atendê-Lo de tal forma que o amor flua de nós como uma cascata de bênçãos e a aridez do terreno dos corações se fertilize e se transforme o deserto em jardim; o pântano das paixões em pomar... O Senhor espera-nos com ternura, compaixão e misericórdia. Façamos, dentro das nossas possibilidades, o melhor ao nosso alcance. Os Espíritos-espíritas que aqui mourejam, por meu intermédio, pedem que nos unamos na construção de um mundo melhor. E rogamos, por fim, ao Senhor da Vinha que nos abençoe e nos dê a Sua paz. Que essa paz, filhos e filhas da alma e do coração, permeie-nos hoje e sempre. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra - Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da conferência, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 22 de agosto de 2013.) Revisada pelo Autor espiritual