sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Livro do Espíritos - Conhecimento de Si Mesmo (narrado por Carlos Vereza)


Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

"Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."

a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

"Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: "Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?"

"Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.

"O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhosos julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na poderia ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm. em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

"Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos." SANTO AGOSTINHO.

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.

Fonte: O Livro do Espíritos, narrado por Carlos Vereza.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Em favor da criança - Narrado por Chico Xavier


Sem dúvida a criança merece a consideração da fé religiosa, da poesia e do romantismo — todas essas homenagens as crianças merecem — no entanto, é preciso relembrar, seja de público ou nos serviços do lar, que a infância é o período mais grave da nossa renovação.
Todos nós que constituímos a Humanidade, somos grande multidão de Espíritos reencarnados em marcha no rumo de Planos superiores, entretanto, cada um de nós traz na retaguarda o peso do passado, e a infância é a hora de renovar as nossas forças para retomar o pretérito.
Da puberdade para frente é mais difícil qualquer renovação. Seja pois, permanente o nosso esforço para imprimir aos nossos entes queridos na infantilidade os traços do aprimoramento de que necessitamos. Isso é importante em todos degraus da construção social.
Rendamos, assim, nosso preito de amor aos pequeninos, a fim de melhorar a vida de nós mesmos.
Todo carinho aos irmãos ou seres amados para que se adaptam à existência, com o mínimo de ilusão em favor deles próprios.
Dói ver tantas criaturinhas enganadas para despertarem muita vez em provas dolorosas.
Consideremos que nossas homenagens à criança sejam proteção contra a fraqueza e contra o mal.
Que estas notas nos calem no íntimo e que a compaixão pelos meninos funcione conosco em cada dia.
Doemos à criança, seja onde for, nosso respeito, amparo, amor e luz e estaremos colaborando para a vida nas bênçãos de Jesus.

Chico Xavier - Maria Dolores

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Carta as Mães que perderam seus Filhos


Mãezinha querida... Seu coração está em pedaços...

Não há dor maior do que a perda de um filho...

Aprendemos a amá-los de uma forma tão grandiosa, tão completa, que não conseguimos mais enxergar o mundo sem a sua presença ao nosso lado.

Descobrimos um tipo de amor que nos faz crescer e nos faz amar a vida como nunca antes havíamos amado.

E subitamente são levados... Aos poucos meses, nos primeiros anos... Ou um pouco mais tarde. Levados de nosso regaço através da morte tão cruel.

Mãezinha querida... Seu coração pede consolo, pede uma razão para continuar vivendo...

E esta razão estará sempre em seu amor por eles.

Primeiramente pelo amor aos que ficaram e respiram também o ar de seu amar: filhinhos, esposo, pais, amigos queridos.

Mas também pelo amor aos que partiram porque, mãezinha querida, eles continuam a existir e a amá-la como antes o faziam.

A morte não mata o Espírito e também não mata o amor.

"Um pai, uma mãe, nunca deveriam enterrar seus filhos" - diz o pensamento popular, fazendo menção à ordem natural da vida para os que deveriam partir antes.

Porém, a verdade é que você não enterrou seu filhinho, mãe: o que ali foi deixado sob a terra era apenas sua vestimenta corporal para esta breve encarnação.

Seu filho, sua filha continuam existindo. E todo amor que construíram no aconchego de seu lar não foi perdido: será a semente de um novo amanhã, quando voltarão a se encontrar.

Os planos maiores do Universo - ainda desconhecidos por nós - definiram que precisavam ir mais cedo, por razões especiais.

Voltaram para a verdadeira vida, o mundo espiritual, onde estão recebendo todo auxílio necessário para que sejam bem recepcionados em sua nova realidade.

Deus está com seus filhos nos braços, mãezinha. Segura-os através de seus tantos trabalhadores do bem, que estão encarregados de receber as almas após a desencarnação.

Você não perdeu seus filhos, embora a realidade pareça mostrar isso diariamente, pelo buraco que suas ausências na Terra deixaram.

Não... Você não perdeu seus filhos. A desencarnação é apenas o final de uma etapa e começo de outra.

Não perdemos as pessoas, assim como não se perde o amor semeado no coração.

Quando a saudade apertar e o ar parecer faltar, lembre, mãezinha, dos momentos felizes com eles, lembre de abraçá-los com carinho em suas orações aos céus.

Eles receberão seu abraço e ficarão felizes por saber que em sua alma não há revolta, não há ódio ou rancor, há apenas a natural e saudável saudade.

Através da oração você poderá manter um contato constante com eles, pois a prece une os "dois mundos".

Diga que os ama muito, que sente falta, é certo, e que é este amor que lhe sustenta os dias na Terra, esperando o sonhado momento do reencontro.

Mãezinha querida... Você não está sozinha neste momento difícil: Deus está com você. Conte com Ele.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 28 de julho de 2015

9 Meses (Oração do Bebê) - Linda mensagem para Futuras Mamães


Um mês e o tempo voa
Eu já sou
E você nem descobriu

São dois e chega perto
Mas eu ainda sou
Pequeno demais, viu

Três meses e o tormento
Esse que é o sofrimento
Eu também já posso sentir
Vê se aquieta o coração
Pra quando eu sair daqui
Talvez eu dê trabalho

Uma vida de despesas
Mais por favor me deixa ficar
E se por um acaso eu não tiver seus olhos
Você ainda vai me amar
Eu sei que ansiedade
É quase uma inimiga
Mas eu não quero ser confusão
Então por favor me deixa na sua vida
Mas vê se aquieta o seu coração

Se é tempestade todo medo se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
E eu nem preciso te ver
Seque o choro e fique aqui comigo
Que até assim tristinha
Eu já sei que eu amo você

Quatro meses tempo
Eu te imploro paciência
Eu vim do céu por causa do amor
Com cinco faltam quatro
E eu aposto que os presentes
Já tão vindo em rosa ou azul

E quando chega o sexto
Todo mundo já viu
Que você não anda sozinha
No sétimo eu já tenho lencinhos
Com meu nome
Desculpa pai mas ela é só minha

Se é tempestade todo medo se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
E eu nem preciso te ver
Seque o choro e fique aqui comigo
Que até assim tristinha
Eu já sei que eu amo você

Oitavo mês aguenta
Que eu já tô chegando
Só quero um jeito de te encontrar
No nono vem a pressa
A dor, o choro, a gente
Desculpe você ter que sangrar

E por mais uns anos
Você vai fazer planos
Pensando se eles servem pra mim
E eu vou te acordar
Bem de madrugada
Você vai me amar mesmo assim

O meu primeiro passo
Vai ser no teu abraço
Me segura quando eu cair
E no final do dia
É só a tua voz
Que vai poder me fazer dormir

Se é tempestade todo medo se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
E eu nem preciso te ver
Seque o choro e fique aqui comigo
Que até assim tristinha
Eu já sei que eu amo...

Se é tempestade todo medo se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
E eu nem preciso te ver
Seque o choro e fique aqui comigo
Que até assim tristinha
Eu já sei que eu amo você

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Lema da Vida - Chico Xavier


Indagas, muita vez, alma querida,
Como apagar ofensas,
Conforme ensinas, crês, queres ou pensas
No perdão por dever...
Fita o mundo em que moras,
Todo bem que se faz ou que se imortaliza
Conserva por divisa :
Renovar e esquecer.

A noite cria a escuridão que aflige
Pelo fardo das sombras exteriores,
Mas eis que surge a aurora e canta em cores,
Saudando o novo dia a renascer...
Nada recorda as trevas dissipadas,
O Sol fulge nos lares onde estamos,
Não longe louvam pássaros nos ramos :
Renovar e esquecer.

O grande rio abaixa-se de todo
Para abraçar os córregos da serra
E colhe humildemente os detritos da terra,
A servir e a correr;
Por mais que se lhe atire pedra e lodo à face,
Não revida, não chora, não blasfema,
Segue espalhando amor, sustentando por lemna:
Renovar e esquecer.

No mar, a tempestade grita em fúria
A nave mais potente, a mais ampla e veloz,
recorda simplesmente uma casca de noz
Em férrea luta por sobreviver...
Depois a paz do Céu derrama-se no abismo,
O torvelinho cessa, a estrada é mansa
E a maré balbucia a oração da esperança:
Renovar e esquecer.

Assim também, se amados te esqueceram,
Se pelos bens, que aguardas e produzes,
Recebes tão-somente as lágrimas e as cruzes
De provas que te fazem padecer,
Desculpa, serve, ampara, ama e auxilia
E encontrarás enfim, por mais triste ou cansada,
A clara voz de Deus, lembrando-te na estrada:
Renovar e esquecer.

ESQUECER PARA RENOVAR

Chico Xavier - Maria Dolores

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Oração do Amigo


Há muito se diz que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro precioso. Há muito se diz que amizade verdadeira dura para sempre. Não tem aquelas tempestades da paixão nem a calmaria exagerada do descompromisso. É o meio termo. É a bonita sensação do estar perto e, de repente, poder se calar. Não exige tanto. Exige tudo.

As amizades nascem do acaso. Ou de alguma força que faz com que uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo e o desejo de estar junto vai aumentando e, com ele, a sensação sempre boa do poder partilhar, de se doar.

Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver. De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas talvez a amizade maior seja aquela em que um amigo é capaz de estar ao lado do outro nos momentos de glória e vibrar com essa glória; não ter inveja, não querer destruir o troféu conquistado. Aplaudir e se fazer presente, ser presente.

A amizade não obedece à ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido em querer de volta tudo o que gratuitamente se distribuiu. A cobrança esmaga a espontaneidade da amizade, e a surpresa alimenta o desejo de estar junto. O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali que roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. E tudo puro, tudo lindo.

Há muito se diz que não é possível viver sozinho. A jornada é penosa e sem amparo é difícil caminhar. Juntos os pássaros voam com mais tranqüilidade. Juntas, as gaivotas revezam a liderança para que ninguém se canse demais. Juntos é possível aos golfinhos comentarem sobre a beleza de um oceano infinito. Juntos, mulheres e homens partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu Te peço, Senhor, nesta singela oração, que eu seja fiel aos meus amigos. São poucos e impossível seria que fossem muitos. São poucos, mas são preciosos. Eu Te peço, Senhor, que eu não padeça do mal da inveja que traz consigo outros desvios, como a fofoca. A terrível fofoca que humilha, maltrata, faz sofrer. Eu Te peço, Senhor, que o sucesso do outro me impulsione a construir o meu caminho e que jamais eu tenha a ânsia de querer atrapalhar a subida de meu amigo. Eu Te peço, Senhor, que eu seja leal. Que eu saiba ouvir sempre e saiba quando é necessário falar.

Senhor, eu sei que a regra de ouro da amizade consiste em não fazer ao amigo aquilo que eu não gostaria que ele fizesse a mim. E eu Te peço que eu seja fiel a essa intenção. Que eu tenha poucos amigos, mas amigos que permaneçam para sempre. Não poderia ter muitos; não teria tempo para cuidar de todos, e de amigo a gente cuida, acolhe, ama.

Senhor, proteja os meus amigos. Que nessa linda jornada consigamos conviverem harmonia. Que nesse lindo espetáculo possamos subir juntos ao palco. Sem protagonista. Ou melhor, que todos sejam protagonistas e que todos percebam a importância de estar ali. No palco. Na vida.
Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e conviver. Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir e manifestar o meu sentimento. Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar, que é abundante e sem fim.

Amém.

Autor: Gabriel Chalita

terça-feira, 21 de julho de 2015

Deserto Florido


O deserto do Atacama, no Chile, é o mais árido e alto do mundo. É também o lugar na Terra que passou mais tempo sem chuvas, sendo registrados quatrocentos anos sem uma gota d´água do céu.

Atualmente, ele pode ficar anos e mais anos sem qualquer precipitação atmosférica, porém, de tempos em tempos, um fenômeno muito interessante acontece.

O milagre da floração do deserto é possível de se ver muito raramente, pois depende necessariamente da chuva caída nos meses do verão.

Suficientes quantidades de água permitem que as sementes, que estavam adormecidas no seco deserto, possam despertar para voltar à vida e florescer por um curto espaço de tempo, na primavera.

São mais de duzentos tipos de flores. Cores mil. Um desabrochar belíssimo e inesperado em meio a terras tão áridas.

Quando o deserto revive e floresce surge uma panorâmica maravilhosa. É a oportunidade de desfrutar a singeleza das flores que cobrem as planícies e gloriosamente contrastam com as montanhas que as rodeiam.

Só é possível desfrutar deste milagre do deserto em alguns anos e por pouco tempo, desde fins de agosto até o meio de outubro.

As sementes, que ficam adormecidas por muitos anos, estão especialmente adaptadas para essas condições extremas, e assim podem voltar à vida pelas chuvas que as acordam, convertendo o deserto numa pintura multicor.

Os chilenos conhecem esse fenômeno como deserto florido.

* * *

O ser humano também é capaz de florescer, mesmo após anos de estiagem íntima.

As sementes do potencial evolutivo jazem dormentes, mas vivas, no âmago da alma.

Almas secas, almas aparentemente sem esperança de flor, virão a desabrochar um dia, quando a chuva do entendimento, a chuva da renovação, as fizer despertar.

Não há caso perdido para o Criador.

Mesmo os Espíritos mais relutantes, que na agonia e tristeza profundas, ousam fazer frente ao bem, negando o Criador e o amor; mesmo esses, irão germinar.

Chegará o tempo em que perceberão que o mal, a revolta, a vingança não lhes traz felicidade alguma.

Chegará o tempo em que, regados pelas chuvas contínuas do amor dos que estão ao seu lado, render-se-ão ao bem renovador.

Cada um tem seu tempo. Cada um desperta quando está preparado para despertar.

Porém, recordemos que as sementes ocultas estão lá, aguardando ansiosamente o momento de sair da terra árida, aguardando o instante de respirar o ar puro de uma nova vida.

Todos temos jeito. Todos somos deuses potenciais.

Deus nos fez todos assim, sem exceção.

Quem escolhe o momento de desabrochar somos nós.

Chegará o tempo em que veremos o deserto do planeta Terra, ainda tão sofrido, tão seco, florescente por completo.

Seremos nós, Espíritos bons, que modificaremos a paisagem deste planeta, passando a chamá-lo de terra florida.

Autor: Momento Espírita

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando Orardes (Chico Xavier - Emmanuel)


“E, quando estiverdes orando, perdoai.”  Jesus (Marcos, 11:25) 

A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares. 2 Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; 3 todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do Plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contato com o sentido eterno e criador da vida infinita.

Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

A mente que ora, permanece em movimentação na Esfera invisível.

As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração. 7 Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.

É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente. 9 É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho: — “E, quando estiverdes orando, perdoai.”

Chico Xavier - Emmanuel

domingo, 19 de julho de 2015

Janela das Almas


O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.

De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.

Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz. Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.

Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.

É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.

Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana. De acordo coma a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.

Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.

Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séqüito de ocorrências.

O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.

A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.

O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.

A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.

As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.

Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Judas Socorrido por Jesus


Vídeo explicando onde estava Jesus após sua crucificação e morte.

O texto Evangélico relata que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, após o terceiro dia de sua morte.
O diálogo estabelecido entre Ele e Madalena neste acontecimento, está narrado em forma de poema pelo Espírito Maria Dolores, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, sob o título Amor e Perdão do livro Coração e Vida, o final desse diálogo apresentado a seguir, revela o imenso amor de Jesus, que após a sua morte, vai ao encontro de Judas, que se enforcou, ao constatar que o Mestre fora crucificado por culpa de sua insensata ambição política.

“ Senhor, onde estivestes? Mas Jesus Respondeu:
Não Maria, não fui ainda ao alto. Nem me elevei sequer um palmo a luz do firmamento.
Quem ama não consegue achar o céu de um salto. Ao invés de subir
aos altos esplendores, desci, mas desci muito aos reinos inferiores.
Despertando no túmulo escutei os gritos de aflição de alguém que
muito amei, e que muito amo ainda.
Embora visse além a luz sempre mais linda. Sentia nesse alguém um
amado companheiro, em crises de tristeza e de loucura.
Fui à sombra abismal para a grande procura.
E ao reencontra-lo, amargurado e louco, a ponto de não mais me conhecer.
Demorei-me a afaga-lo, e pouco a pouco, consegui que ele enfim,
pudesse adormecer.
Senhor? Interrogou Madalena.
Quem é o amigo que te fez descer antes de procurar a Luz do Pai?
Mas Jesus replicou em voz clara e serena:
Maria, um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai. Antes de
me altear a celeste alegria, ao sol do mesmo amor a Deus em que te enlevas.
Vali-me após a cruz, das grandes horas mudas, e desci para as trevas, a fim
de aliviar a imensa dor de Judas”.

Essa revelação, via mediúnica, esclarecendo onde esteve o Cristo nos três dias após de sua morte, fato não registrado no Novo Testamento, de-monstra sobretudo, a extensão da infinita misericórdia de Jesus, para todos os sofredores.

Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem!

Maria Dolores - Chico Xavier

Judas Socorrido por Jesus


Vídeo explicando onde estava Jesus após sua crucificação e morte.

O texto Evangélico relata que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, após o terceiro dia de sua morte.
O diálogo estabelecido entre Ele e Madalena neste acontecimento, está narrado em forma de poema pelo Espírito Maria Dolores, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, sob o título Amor e Perdão do livro Coração e Vida, o final desse diálogo apresentado a seguir, revela o imenso amor de Jesus, que após a sua morte, vai ao encontro de Judas, que se enforcou, ao constatar que o Mestre fora crucificado por culpa de sua insensata ambição política.

“ Senhor, onde estivestes? Mas Jesus Respondeu:
Não Maria, não fui ainda ao alto. Nem me elevei sequer um palmo a luz do firmamento.
Quem ama não consegue achar o céu de um salto. Ao invés de subir
aos altos esplendores, desci, mas desci muito aos reinos inferiores.
Despertando no túmulo escutei os gritos de aflição de alguém que
muito amei, e que muito amo ainda.
Embora visse além a luz sempre mais linda. Sentia nesse alguém um
amado companheiro, em crises de tristeza e de loucura.
Fui à sombra abismal para a grande procura.
E ao reencontra-lo, amargurado e louco, a ponto de não mais me conhecer.
Demorei-me a afaga-lo, e pouco a pouco, consegui que ele enfim,
pudesse adormecer.
Senhor? Interrogou Madalena.
Quem é o amigo que te fez descer antes de procurar a Luz do Pai?
Mas Jesus replicou em voz clara e serena:
Maria, um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai. Antes de
me altear a celeste alegria, ao sol do mesmo amor a Deus em que te enlevas.
Vali-me após a cruz, das grandes horas mudas, e desci para as trevas, a fim
de aliviar a imensa dor de Judas”.

Essa revelação, via mediúnica, esclarecendo onde esteve o Cristo nos três dias após de sua morte, fato não registrado no Novo Testamento, de-monstra sobretudo, a extensão da infinita misericórdia de Jesus, para todos os sofredores.

Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem!

Maria Dolores - Chico Xavier

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Se crês em Deus - Narração Paulo Goulart


Se crês em Deus, por mais te ameacem os anúncios do pessimismo, com relação a prováveis calamidades futuras, conservarás o coração tranqüilo, na convicção de que a Sabedoria Divina sustenta e sustentará o equilíbrio da vida, acima de toda perturbação.

Se crês em Deus, em lugar nenhum experimentarás solidão ou tristeza, porque te observarás em ligação constante com todo o Universo, reconhecendo que laços de amor e de esperança te identificam com todas as criaturas.

Se crês em Deus, nunca te perderás no labirinto da revolta ou da desesperação, ante os golpes e injurias que se te projetem na estrada, porquanto interpretarás ofensores e delinqüentes, na condição de infelizes,muito mais necessitados de bondade e proteção que de fel e censura.

Se crês em Deus, jornadearás na Terra sem adversários,de vez que,por mais se multipliquem na senda aqueles que te agridam ou menosprezem, aceitarás inimigos e opositores, à conta de irmãos nossos, situados em diferentes pontos de vista.

Se crês em Deus, jamais te faltarão confiança e trabalho, porque te erguerás, cada dia, na certeza de que dispões da bendita oportunidade de comunicação com os outros, desfrutando o privilégio incessante de auxiliar e abençoar, entender e servir.

Se crês em Deus, caminharás sem aflição e sem medo, nas trilhas do mundo, por maiores surjam perigos e riscos a te obscurecerem a estrada, porquanto, ainda mesmo à frente da morte, reconhecerás que permaneces com Deus, tanto quanto Deus está sempre contigo, além de provações e sombras, limitações e mudanças, em plenitude de vida eterna.

Emmanuel
por Francisco Cândido Xavier
Livro: Coragem.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Você é Especial


Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.
É importante que você sempre se lembre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de você.
É ter maturidade para falar: “eu errei”.
É ter ousadia para dizer “me perdoe”.
É ter sensibilidade para confessar: “eu preciso de você”.
Ser feliz é ter a capacidade de dizer “eu te amo”.
Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você…
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível.
Porque você, você é especial!
Pessoas especiais sabem dividir seu tempo com os outros.
São honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas, e sabem que o amor é parte de tudo.
Pessoas especiais têm coragem de se doar aos outros, sem nenhum interesse oculto.
Não têm medo de ser vulneráveis, acreditam que são únicas e gostam de ser quem são.
Pessoas especiais se importam com a felicidade dos outros e os ajudam a conquistá-la.
Pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida mais bela e mais feliz.

Autor: Momento Espírita

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Prece de Aceitação


Se eu pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...

Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.

Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...

Se pudesse, Senhor, 
conversaria com todas as crianças
Para dizer que não te cansas de criar alegria...
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues 
conosco, lado a lado...
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela 
pequenina, acesa no clarão do sol que levas, 
de modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina...
Entretanto, Senhor, sei das deficiências 
que carrego... Venho a ti como estou, 

por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, 
paz e luz,Toma-me o coração e, 
perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e 
ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.

Chico Xavier - Maria Dolores

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Prece dos Aflitos


Senhor Deus, Pai dos que choram,
Dos tristes, dos oprimidos.
Fortaleza dos vencidos,
Consolo de toda a dor,
Embora a miséria amarga,
Dos prantos de nosso erro,
Deste mundo de desterro,
Clamamos por vosso amor!

Nas aflições do caminho,
Na noite mais tormentosa,
Vossa fonte generosa
É o bem que não secará...
Sois, em tudo, a luz eterna
Da alegria e da bonança
Nossa porta de esperança
Que nunca se fechará.

Quando tudo nos despreza
No mundo da iniqüidade,
Quando vem a tempestade
Sobre as flores da ilusão!
O! Pai, sois a luz divina,
O cântico da certeza,
Vencendo toda aspereza,
Vencendo toda aflição.

No dia de nossa morte,
No abandono ou no tormento,
Trazei-nos o esquecimento
Da sombra, da dor, do mal!...
Que nos últimos instantes,
Sintamos a luz da vida
Renovada e redimida
Na paz ditosa e imortal.

Emmanuel - Francisco C.Xavier
Livro: Paulo E Estevão
Paginas 162 e 163

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Otimismo pela Fé - Por Cid Moreira


Você assim como eu, quando enfrenta as dificuldades, suportando as turbulências, pulando os espinhos, driblando os problemas feito um craque de futebol no meio do campo. Cada momento um mais difícil que o outro, muitos enfileirados na história de sua vida, mas você ultrapassou todos eles com seu sonho inigualável. Não foi?!

De cada limão você fez uma limonada e tomou com toda a satisfação. Já que não era possível ingerir tanta coisa amarga.

Paulo em Colossenses I, 24-27, DIZ: "Agora, me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo em favor do seu corpo que é a igreja. Dela me tornei ministro, de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus o que esteve oculto durante épocas e gerações mas que agora foi manifestado a seus santos. A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério que é Cristo em vocês, a esperança da glória!"

Autor: Cid Moreira

terça-feira, 7 de julho de 2015

Você cresce e eles envelhecem


Quando você era bem pequeno, eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições, ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços dos sapatos, fechar os botões da camisa, limpando-o quando você sujava suas fraldas lhe ensinando a lavar o rosto a se banhar a pentear seus cabelos, lhe ensinando valores humanos.

Por isso, quando eles ficarem velhos um dia (e seria bom que todos pudessem chegar até aí), quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder, não se chateie com eles.

Quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato, quando eles começarem a se sujar nas refeições e as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo, por favor, não os apresse porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo. Basta sua presença, sua paciência, sua generosidade, sua retribuição para que os corações deles fiquem aquecidos.

Se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito, segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar.

Fique perto deles, assim como eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você, torcendo por você e vivendo "POR VOCÊ"

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O Homem de Bem


O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.

Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.

Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.

O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.

Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.

É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam como ele.

Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.

Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.

Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.

Não tenta fazer valer o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar a vantagens dos outros.

Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.

Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.

Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.

O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente. (Ver cap.XVII, nº 9)

O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.

Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

sábado, 4 de julho de 2015

Prece no Alvorecer


Meu Deus e meu Senhor:
Eu gostaria de ser como a Via-Láctea de estrelas
para que as noites da Terra
Fossem mais belas
e a dor debandasse fugidia
na busca de um novo dia.
Mas, que na minha pequenez, sem conseguir,
Te quero pedir
para ser um pirilampo na noite escura,
iluminando a amargura
de quem anda na solidão.

Eu gostaria de ser
como uma chuva generosa,
que caísse na terra porosa
e reverdecesse o chão.
Mas, como não conseguirei,
então, Te pedirei
para ser um copo de água fria,
que mate a sede, a agonia
de quem anda na desesperação.

Eu gostaria de ser
um jardim de flores,
de todas as cores,
para embelezar a Terra.
Mas, na pobreza que minh'alma encerra,
se não puder ser um jardim,
deixe-me ser um rosa solitária
na frincha da rocha,Meu Deus e meu Senhor:
Eu gostaria de ser como a Via-Láctea de estrelas
para que as noites da Terra
Fossem mais belas
e a dor debandasse fugidia
na busca de um novo dia.
Mas, que na minha pequenez, sem conseguir,
Te quero pedir
para ser um pirilampo na noite escura,
iluminando a amargura
de quem anda na solidão.

Eu gostaria de ser
como uma chuva generosa,
que caísse na terra porosa
e reverdecesse o chão.
Mas, como não conseguirei,
então, Te pedirei
para ser um copo de água fria,
que mate a sede, a agonia
de quem anda na desesperação.

Eu gostaria de ser
um jardim de flores,
de todas as cores,
para embelezar a Terra.
Mas, na pobreza que minh'alma encerra,
se não puder ser um jardim,
deixe-me ser um rosa solitária
na frincha da rocha,
colocando beleza
no painel nobre da natureza.

Eu gostaria de ser
um trigal maduro,
para repletar de pão
a mesa da humanidade.
Mas, e demasiado para mim.
Como não poderei ser uma seara
ajuda-me a ser o grão,
que caindo no chão se multiplique num milhão
e me transforme em pão
para meus irmãos.

Eu gostaria de ser
como uma escada,
que levasse o herói ao pináculo da gloria.
Mas, não tenho valor para tanto.
Então, Te peco para ser
o primeiro degrau,
a fim de que ele alcance
a gloria de seu ideal.

Eu gostaria de ser
a montanha altaneira,
de onde se tivesse a visão
da Terra inteira,
e pudesse o Homem ser feliz.
Mas, se não conseguir,
eu Te quero pedir
para ser uma pedra, pavimentando o chão
por onde marche a criatura,
construindo o amor e a união.

Eu gostaria de ser
um pomar de frutos maduros
para acabar com a fome.
Mas, na pobreza que me consome
Te venho pedir
para ser uma arvore desgalhada,
projetando sombra na estrada
para que alguém,
quando passar de mansinho,
pelo meu caminho,
lhe possa dizer:
-Ola! meu amigo.
E se ele se voltar
e me perguntar:
-Quem es tu?
lhe possa contestar:
-Sou teu irmão!
da-me tua mão, sou teu amigo.

Eu gostaria de ser poeta,
artista, esteta,
trovador, cantor,
musicista, orador,
para falar da magia
e beleza da Tua gloria.
Mas, como quase nada sou,
me falta o verbo, a mestria,
então Te peco, Senhor,
para ser companheiro
da criatura deserdada
caminhando na estrada
da alucinacão
e, dando-lhe a mão de sustento
lhe dizer: sou teu irmão,
estou contigo.
Gracas, Senhor, porque nasci,
porque creio em Ti,
pelo Teu amor,
obrigado, Senhor!
colocando beleza
no painel nobre da natureza.

Eu gostaria de ser
um trigal maduro,
para repletar de pão
a mesa da humanidade.
Mas, e demasiado para mim.
Como não poderei ser uma seara
ajuda-me a ser o grão,
que caindo no chão se multiplique num milhão
e me transforme em pão
para meus irmãos.

Eu gostaria de ser
como uma escada,
que levasse o herói ao pináculo da gloria.
Mas, não tenho valor para tanto.
Então, Te peco para ser
o primeiro degrau,
a fim de que ele alcance
a gloria de seu ideal.

Eu gostaria de ser
a montanha altaneira,
de onde se tivesse a visão
da Terra inteira,
e pudesse o Homem ser feliz.
Mas, se não conseguir,
eu Te quero pedir
para ser uma pedra, pavimentando o chão
por onde marche a criatura,
construindo o amor e a união.

Eu gostaria de ser
um pomar de frutos maduros
para acabar com a fome.
Mas, na pobreza que me consome
Te venho pedir
para ser uma arvore desgalhada,
projetando sombra na estrada
para que alguém,
quando passar de mansinho,
pelo meu caminho,
lhe possa dizer:
-Ola! meu amigo.
E se ele se voltar
e me perguntar:
-Quem es tu?
lhe possa contestar:
-Sou teu irmão!
da-me tua mão, sou teu amigo.

Eu gostaria de ser poeta,
artista, esteta,
trovador, cantor,
musicista, orador,
para falar da magia
e beleza da Tua gloria.
Mas, como quase nada sou,
me falta o verbo, a mestria,
então Te peco, Senhor,
para ser companheiro
da criatura deserdada
caminhando na estrada
da alucinação
e, dando-lhe a mão de sustento
lhe dizer: sou teu irmão,
estou contigo.
Gracas, Senhor, porque nasci,
porque creio em Ti,
pelo Teu amor,
obrigado, Senhor!

Divaldo Franco - Joanna de Ângelis

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Salvar a Vida


O trem estava por partir. Deixaria aquele lugar sórdido, levando os judeus jovens e sadios para a liberdade.

A notícia era a de preservação dos mais fortes, e naquele trem não havia lugar para velhos.

As portas seguiriam abertas, pois não sobrava espaço para fechá-las. Estava abarrotado de judeus.

Um ancião polonês, de cabelos alvos, segurou com as mãos encarquilhadas o paletó do jovem que estava por partir e suplicou-lhe com veemência, que desse a sua pela vida dele.

Estava velho e doente e desejava rever os familiares que deixara na distante Polônia. Seria sua última chance, implorou ao rapaz.

O velho apelou para o coração do jovem que lhe permitisse embarcar no seu lugar, em nome do Cristo.

O rapaz não era cristão, e pouco ouvira falar do Homem de Nazaré. Apenas uma frase atribuída a Ele pairava em sua memória: Aquele que quiser ganhar a vida, perdê-la-á, e aquele que a perder por amor de Mim, ganhá-la-a.

Olhou longamente para aquele velho desesperado e, embora a promessa de liberdade próxima o tentasse, resolveu descer e ceder seu lugar ao ancião.

O trem partiu e ele pôde contemplar pela janela o aceno de agradecimento daquele a quem salvara a vida com a sua própria, pensava.

Deteve-se ali por alguns instantes, como adorno vivo de uma paisagem de horror e desolação, observando o trem que se afastava lentamente.

Após alguns dias chegou a notícia do engodo. O trem que partira em direção à liberdade, aportara no Campo de Concentração de Auschwitz, na Áustria, e todos os passageiros pereceram sob os chuveiros de gás letal.

Os meses rolaram e levaram com eles o horror da guerra. O jovem sobreviveu para escrever sua história e conhecer melhor Aquele Homem que um dia dissera que aquele que quisesse ganhar a vida perdê-la-ía, e aquele que a perdesse por amor a Ele, ganhá-la-ía.

* * *

Nós, cristãos, que ainda caminhamos pelas estradas do hemisfério físico, saberemos precisar quando sairá o próximo trem?

Será que nosso nome não consta da lista de passageiros com destino ao hemisfério espiritual?

Preocupados em ganhar a vida, em amontoar recursos materiais, esquecemos de cultivar a vida do Espírito, a vida verdadeira e imperecível que nos aguarda no além-túmulo.

Temos empregado a maior parte da vida perdendo-a nos gozos efêmeros e ilusórios, e não temos tempo para dedicá-la, ainda que por alguns instantes, em benefício dos necessitados de toda ordem.

Os dias passam, os anos se somam e pouco, ou quase nada, temos buscado aprender sobre o futuro espiritual que nos aguarda.

Agindo assim, dizemo-nos imortais, mas não vivemos como tal, uma vez que só nos ocupamos com as coisas da matéria, como se daqui jamais fossemos partir.

* * *

Muitas pessoas entram na vida espiritual como suicidas.

Pelas Leis Divinas não são tidos como suicidas somente os que põem fim à vida num ato de desespero ou insanidade, mas também os que acabam com ela aos poucos, através dos excessos de toda ordem.

Assim, os fumantes inveterados, os alcoólatras, os gulosos, os sexólatras, os adeptos da violência, entre outros, são suicidas, por queimarem a existência física por mero egoísmo e desconsideração com a própria vida.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Relacionamentos Amorosos na Visão Espírita


Amar e ser Amado...
Como encontrar a tão sonhada cara metade?
Porque sofremos tanto com nossos relacionamentos amorosos?
Como combinar amor, paixão e evolução espiritual?

Essas e outras questões importantes são o tema dessa excelente reportagem.