"Por que não se vendeu
este perfume por trezentos denários e não de seu aos pobres?" - João, cap. 12 - v. 5
As palavras acima foram
pronunciadas por Judas, diante da atitude de Maria, irmã de
Lázaro, que ungira os pés de
Jesus com perfume e os enxugara com os cabelos...
O apóstolo que considerou tal
atitude um desperdício trairia, um pouco mais tarde,
o Mestre por trinta moedas de
prata !
Os sofismas que o espírito
engendra para perder a si mesmo são inesgotáveis...
A preocupação de Judas era
simples inveja.
Àquela altura, provavelmente,
ele já estava de conluio com os doutores da lei.
Não procuremos nos justificar
em nossos deslizes, como quem se absolve para
continuar fazendo o que não
deve.
Sim, é verdade que somos
imperfeitos, mas não podemos sê-lo para sempre.
Não recriminemos, pois, nos
outros, atitudes que, em nós, costumam ser piores.
A falsa moralidade é mais
difícil de ser detectada que a absoluta ausência de moral.
Existem intenções no bem que
não passam de aparência.
Não sejamos como as pessoas
dissimuladas que pensam poderem enganar a Deus.
De alguém muito solícito ao
nosso lado pode vir o golpe da traição.
Prefiramos as pessoas que se
mostram com os seus defeitos àquelas que se
escondem debaixo de virtudes
que não têm.
(Obra: Saúde Mental À Luz do
Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)