quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FUNÇÃO DA DOR

Aliando esforços e ajuntando trabalhos na dignidade do amor, as leis
te darão a paz. Compreendendo que a dor é o socorro da vida maior, busquemos
entendê-la na conjuntura da vida.
A dor incentiva-nos ao estudo. O estudo nos faz compreender. A
compreensão nos favorece a tranquilidade. A tranquilidade evidencia a
realidade da alma.
Estamos nos alinhavos da maturidade e, dessa forma, somos agredidos,
sobremaneira, em cada passo, a despertar em cada espírito, valores que nos
libertam das inferioridades, de maneira que algo de nossa intimidade se
mostra, se exterioriza, sem o gazofilácio da vaidade.
A função da dor é agir, nos princípios da alma, como o amor na
maturidade do espírito. A dor, nos princípios, é o despertar da vida. O amor
é o crescimento dela.
Nestes fins de tempos, companheiros, damo-nos as mãos computando
vidas, na grandiosidade da Vida Maior. Querer livrar-se da dor sem as
devidas alturas para o verdadeiro Amor, é correr o perigo de uso indevido do
tesouro a que chamamos de caridade.
Se não desejas sofrer mais, muda as tuas condições de vida. A saúde
depende da maturidade do ser. Crescer é o nosso destino e iluminar é o
roteiro traçado pelo Cristo, que mora nos nossos corações. 

(Página recebida na Sociedade Espírita Maria Nunes, Belo Horizonte, MG, em
16/12/87, Estudo de "O Evangelho segundo o Espiritismo", Cap. IX, Item 7)

(De "Páginas Esparsas 5", de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SOB LIMITES

O dia pujante, marcha para o ocaso.
O ano, de largos dias, não excede um minuto na ampulheta do tempo.
A existência física, mesmo duradoura, não logra evitar a morte.
Tudo, na Terra, são limites.
Só a vida em plenitude permanece, mergulhando e liberando-se dos
envoltórios transitórios de que se reveste, para as transformações e avanços
na fatalidade da perfeição que busca e alcançará.
*
Nunca te suponhas indene aos acontecimentos dos processos da
evolução.
Embrulha-te nos tecidos da humildade e avança, trabalhando sem
cansaço.
Conserva o otimismo em tuas realizações, mesmo quando os céus da tua
experiência estejam nublados por espessas sombras de dificuldades.
Quem receia agir no bem, entorpece as resistências da realização.
*
A prepotência age para a loucura.
A presunção atua para o desequilíbrio.
Só o amor, calcado no interesse pelo próximo, logra produzir para a
Vida.
*
Instado a edificar o bem, onde estejas, não postergues a
oportunidade.
Não conseguindo o desiderato, evita lamentar o esforço despendido.
A rosa aromatiza o ar; quantos se inebriam, preferem o aroma. Sê tu
a rosa.
Todos bendizem o ar balsâmico da Natureza que os refrigera e agrada.
Sê tu a brisa abençoada.
Na ambiência da tranquilidade, todos anelam por fruí-la. Sê tu quem
a propicia.
Melhor ensejar ventura do que gozá-la.
*
Recorda Jesus, que tudo investiu em amor, para, mesmo sofrendo,
ensinar o homem a ser feliz, não ultrapassando os deveres e submetendo-se,
Ele, que é o nosso apoio às limitações do mundo, onde, por enquanto, nos
encontramos a crescer e a evoluir.

(De "Alerta", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito de Joanna de Ângelis)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SE TENS FÉ


            Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver. Desse modo, não te restrinjas à confiança inerte, porque a existência em toda parte nos honra, a cada um, com a obrigação de servir.
             Se tens fé, não permitirás que os eventos humanos te desmantelem a fortaleza do coração. Transitarás no mundo, sabendo que o Divino Equilíbrio permanece vigilante e, mesmo que os homens transformem o lar terrestre em campo de lodo e sangue, não ignoras que a Infinita Bondade converterá um e outro em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo.
             Se tens fé não registrarás os golpes da incompreensão alheia, porquanto identificarás a ignorância por miséria extrema do espírito e educarás generosamente a boca que injuria e a mão que apedreja. Ainda que os mais amados te releguem à solidão, avançarás para a frente, entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho te envolverá o sentimento em nova luz de esperança e consolação.
             Se tens fé, não te limitarás a dizê-la simplesmente, qual se a oração sem as boas obras te outorgasse direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus, mas, sim, caminharás realizando a vontade do Criador, que é sempre o bem para todas as criaturas.
             Se tens fé, sustentarás, sobretudo, o esforço diário do próprio burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a natureza inferior, como sendo o mais alto serviço que podes prestar aos outros, de vez que, aperfeiçoando a nós mesmos, estaremos habilitando a consciência para refletir, com segurança, o amor e a sabedoria da Lei.

Emmanuel
(De “O Espírito da Verdade”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – Espíritos Diversos)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O OLHAR DE JESUS


      Recordemos o olhar compreensivo e amoroso de Jesus, a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos irmãos de experiência.
    O Mestre Divino jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada humana.
    Em Bartimeu, o cego de Jericó, não encontra o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver, restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a enriquecer-lhe a existência.
    Em Maria de Magdala, não enxerga a mulher possuída pelos gênios da sombra, mas sim a irmã sofredora e, por esse motivo, restaura-lhe a dignidade própria, nela plasmando a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a mensagem divina da ressurreição.
    Em Zacheu, não identifica o expoente da usura ou da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarios da posse e, por essa razão, devolve-lhe o raciocínio à administração sábia e justa.
    Em Simão Pedro, no dia da negação, não se refere ao cooperador enfraquecido, mas sim ao aprendiz invigilante, a exigir-lhe compreensão e carinho, e por isso transforma-o, com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel até o martírio e a crucificação.
    Em Judas, não surpreende o discípulo ingrato, mas sim o colaborador traído pela própria ilusão e, embora sabendo-o fascinado pelas honrarias terrestres, sacrifica-se, até o fim, aceitando a flagelação e a morte para doar-lhe o amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.
Busquemos algo do olhar de Jesus para nossos olhos e a crítica será definitivamente banida do mundo de nossas consciências, porque, então, teremos atingido o Grande Entendimento que nos fará discernir em cada companheiro do caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes espinheiros do mal, um irmão nosso, necessitado, antes de tudo, de nosso auxílio e de nossa compaixão.
                         (De “Viajor”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CONVITE À SEMENTEIRA


“A seara, na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos.”
(Lucas: 10-2.)
         Desdobra-se , imenso, o campo a semear...
        A generosa gleba aguarda arroteamento e preparação.
        As sementes são a palavra do Senhor, férteis e nobres, em seu potencial libertador.
        Há, no entanto, outras sementes que têm recebido a preferência dos homens.
        Todos somos semeadores.
        Exemplos geram lições, palavras propõem conceitos, pensamentos elaboram ideias.
        Estamos sempre diante de professores, cercados por aprendizes.
        A vida social, desse modo, é decorrência dos impositivos geradores dos hábitos que se destacam. Assim, em qualquer circunstância o homem semeia.
        Infelizmente, na gleba da atualidade as sementes utilizadas têm-se apresentado deficientes, propiciando valores degenerados.
        Por isso, há poder e inquietação, facilidades e neuroses. O desespero segue cavalgando a anarquia e as distonias emocionais avançam comandando grupos humanos.
        Mergulha a mente na reflexão e fita a paisagem colorida dos homens. Mesmo ao sol vê-los-ás tristes e quando sorrindo, ei-los assinalados por esgares...
        Não adies a oportunidade, convidado como te encontras para o ministério de reverdescer a terra e tornar-te semeador de bênçãos  e de paz, em nome do Excelso Semeador.

(De “Convites da vida”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

VEM, HOJE

O convite do Senhor é claro e vazado em termos de síntese:
"Vem hoje trabalhar na minha Vinha !"
Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para que produzamos no bem,
a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da luz a contribuição da claridade que esparzimos.
Nesse sentido, o apelo do Mestre determina, também, o campo de trabalho.
Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista da oração inoperante.
A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento...
Refletir filosofando, perquirir examinando, para crer ajudando.
"Vem hoje trabalhar na minha Vinha", ainda é apelo para nós, dos mais
veementes e concisos.
Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar:  o inadiável socorro aos irmãos desencarnados em aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tão-pouco a imposição do desequilíbrio.
A palavra de ordem, o roteiro de fé e a compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta senão ajudar a fim de ajudar-se, eficazmente, porquanto amanhã estará, também, transitando pelos mesmos caminhos.
 
(Obra: Depoimentos Vivos - Divaldo P.Franco/João Cleofas)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sorriso


Onde estiveres, seja onde for, não olvides estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.

Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.

Com ele, apagarás o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.

Por ele, estenderás a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz.

Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.

No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.

No mundo, é chamamento de simpatia.

Sorri para a dificuldade e a dificuldade transformar-se-á em socorro de tua vida.

Sorri para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas nos teus olhos, o pranto será conforto do Céu, a fecundar-te os campos do coração.

Não te roga o desesperado solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-te um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.

E, em verdade, se os famintos e os nus te pedem pão e agasalho, esperam de ti, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.

Não condenes as criaturas que se arrogaram aos precipícios da violência e do crime. Oferece-lhes o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.

Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando sempre. 

Lembra-te de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no Céu é um sorriso de Deus.
Meimei /Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

APRENDIZADO DO AMOR


Dá do que tens e do que és,
a benefício dos outros.
Se os outros não te compreendem,
auxilia-os, mesmo assim.
Se te perseguem ou caluniam,continua
fazendo o melhor em benefício deles.
Se te repelem, prossegue no esforço
de ampará-los como puderes.
É assim que o amor começa e onde
o amor se faz presente aí está Deus.
E onde Deus está nada falta,
para que sejas feliz.

Emmanuel
Do Livro Seara da Fé
psicografia de Francisco C. Xavier

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tudo é Amor

Vida - É o Amor existencial.
Razão - É o Amor que pondera.
Estudo - É o Amor que analisa.
Ciência - É o Amor que investiga.
Filosofia - É o Amor que pensa.
Religião - É o Amor que busca Deus.
Verdade - É o Amor que se eterniza.
Ideal - É o Amor que se eleva.
Fé - É o Amor que se transcende.
Esperança - É o Amor que sonha.
Caridade - É o Amor que auxilia.
Fraternidade - É o Amor que se expande.
Sacrifício - É o Amor que se esforça.
Renúncia - É o Amor que se depura.
Simpatia - É o Amor que sorri.
Altruísmo - É o Amor que se engrandece.
Trabalho - É o Amor que constrói.
Indiferença - É o Amor que se esconde.
Desespero - É o Amor que se desgoverna.
Paixão - É o Amor que se desequilibra.
Ciúme - É o Amor que se desvaira.
Egoísmo - É o Amor que se animaliza.
Orgulho - É o Amor que enlouquece.
Sensualismo - É o Amor que se envenena.
Vaidade - É o Amor que se embriaga.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a
antítese do Amor, não é senão o próprio
Amor que adoeceu gravemente.

Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


“EU" CONTRA "EU" 

Quando o HOMEM, ainda jovem, 
desejou cometer o primeiro desatino, 
aproximou-se o Bom-Senso e 
observou-lhe: 
¾  Detém-te! Por que te confias assim 
ao mal? 
O interpelado, porém, respondeu 
orgulhoso: 
¾  Eu quero. 
Passando, mais adiante, à condição 
de perdulário e adotando a 
extravagância e a loucura por normas 
de viver, apareceu a Ponderação e 
aconselhou-o: 
¾  Pára! Por que te consagras, desse 
modo, ao gasto inconsequente? 
Ele, contudo, esclareceu, jactancioso: 
¾  Eu posso. 
Mais, tarde, mobilizando os outros, a 
serviço da própria insensatez, recebeu 
a visita da Humildade, que lhe rogou 
piedosa: 
¾  Reflete! Por que não te compadeces 
dos mais fracos e dos mais ignorantes? 
O infeliz, todavia, redargüiu, colérico: 
¾  Eu mando. 
Absorvendo imensos recursos, 
inutilmente, quando podia beneficiar a 
coletividade, abeirou-se dele o Amor e 
pediu: 
¾  Modifica-te! Sê caridoso! Como podes 
reter o rio das oportunidades sem 
socorrer o campo das necessidades 
alheias? 
E o mísero informou: 
¾  Eu ordeno. 
Praticando atos condenáveis que o 
levaram ao pelourinho da desaprovação 
pública, a Justiça acercou-se dele a 
recomendar: 
¾  Não prossigas! Não te dói ferir tanta 
gente? 
O infortunado, entretanto, acentuou 
implacável: 
¾  Eu exijo. 
E assim viveu o Homem, acreditando-se
 o centro do Universo, reclamando, 
oprimindo e dominando, sem ouvir as 
sugestões das virtudes que iluminam 
a Terra, até que um dia, a Morte o 
procurou e lhe impôs a entrega do 
corpo físico. O desditoso entendendo 
a gravidade do acontecimento, 
prosternou-se diante dela e considerou: 
¾  Morte, por que me buscas? ¾  Eu quero - disse ela. ¾  Por que me constranges a aceitar-te? 
  gemeu triste. 
¾  Eu posso - retrucou a visitante. ¾  Como podes atacar-me desse modo? ¾  Eu mando. ¾  Que poderes te movem? ¾  Eu ordeno. ¾  Defender-me-ei contra ti — clamou o 
Homem, desesperado — duelarei e 
receberás a minha maldição!... 
Mas a Morte sorriu, imperturbável, e 
afirmou: 
¾  Eu exijo. 
E, na luta do "eu" contra "eu", conduziu-o 
à casa da Verdade, para maiores lições.
Irmão X
(De: “Contos e Apólogos”, de Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEUS FILHOS:


Existem duas forças em luta na Terra, onde Jesus está construindo o Reino de Deus.
Essas forças são a do bem e a do mal que se manifestam por nossas mãos.
Temos, assim, por onde passamos no mundo, as mãos iluminadas que estendem o amor e a paz, o trabalho e a alegria...
E conhecemos as mãos espinhosas que fazem o ódio e o desespero, a preguiça e o sofrimento.
Há mãos que sustentam a lavoura e o jardim, produzindo pão e felicidade.
E vemos aquelas que se entregam à miséria e ao vício.
Mãos que honram a indústria e o progresso.
Mãos que arrancam lágrimas e multiplicam o infortúnio.
Vemos braços que acariciam... Braços de mãezinhas abençoadas, de pais amigos, de obreiros da paz e da evolução, de enfermeiras abnegadas e de crianças generosas que asseguram na Terra o Serviço da Luz.
E encontramos braços que ferem e amaldiçoam, que se entregam ao crime, que humilham os pobres e os pequeninos, que exercem a crueldade, e que violentam a Natureza, aniquilando as plantas e os animais prestimosos.
Reparamos mãos preciosas que usam a enxada e a pena, auxiliando o celeiro e a educação.
E surpreendemos mãos infelizes que roubam e matam, estendendo a perturbação e a morte.
Mãos que levantam templos e lavres, escolas e hospitais.
Mãos que destroem e dilaceram, enganam e apedrejam.
Jesus veio ao mundo para que nossas mãos aprendam a servir à Luz do Bem, edificando a nossa própria felicidade.
Com as d’Ele, curou os doentes, socorreu os fracos, amparou os tristes, limpou os leprosos, restituiu a visão aos cegos...
Levantou os paralíticos, afagou os velhos e os deserdados, e abençoou as criancinhas...
Filhos meus, não permitam que as garras da sombra lhes dominem as mãos na vida...
Sigamos pelos caminhos da Luz, procurando a intimidade com os servidores do bem!
Observem o brilhante lapidado e o diamante bruto. Ambos são filhos da terra. Um deles, porém, refulge, divino, retratando a beleza do céu, mas o outro jaz encarcerado nas trevas do cascalho contundente.
Jesus é o lapidário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Obedeçamos a Ele, nosso Divino Mestre, buscando-lhe as lições e seguindo-lhe os exemplos, e o Cristo nos farão construtores do Reino de Deus no mundo, conduzindo-nos para a Glória Celestial.


(Obra: Cartilha do Bem - Chico Xavier / Meimei)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

LEMBRANÇA DE AMIGO

Não acredites em facilidades. 
Muitas aflições nos fustigam o espírito, diante de nossos próprios caprichos desatendidos. 
Não aguardes dinheiro farto ou mesmo excessivo para que te sintas feliz. 
Agradece aos Céus a possibilidade de trabalhar, porquanto o trabalho te garantirá a subsistência e a subsistência daqueles corações que se te fazem queridos. 
Não esperes a felicidade para que possas realizar os próprios desejos. 
A saciedade talvez seja a véspera da penúria, a cujas provações possivelmente não conseguirás resistir.  
Não creias que uma personalidade humana, colocada nos píncaros do poder, disponha de recursos para solucionar todos os problemas que te enxameiam a existência. 
É provável que essa pessoa, merecidamente importante, esteja carregando um fardo de tribulações mais pesado do que o  teu. 
Se pretendes viver fora das inquietações do cotidiano, não exijas dos outros aquilo que os outros ainda não possuem para dar. 
Se queres viver nas alegrias da consciência tranqüila, auxilia ao próximo o quanto puderes, trabalha sempre e confia em Deus.  

Espírito: EMMANUEL 
Médium: Francisco Cândido Xavier 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

COMPANHEIROS E AMIGOS


      Quando te dispuseres a reclamar contra certos traços psicológicos daqueles que o Senhor te confiou ao ministério familiar, medita na diversidade das criações que compõem a Natureza.
        Cada estrela se destaca por determinada expressão.
        Cada planta mostra finalidade particular.
        A rosa e a violeta são diferentes, conquanto ambas sejam flores.
        Os caminhos do mundo guardam linhas diversas entre si.
        Também nós, as criaturas de Deus, somos seres que se identificam pela semelhança, mas não somos rigorosamente iguais.
*
        Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de extrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-lo com os outros, na construção da felicidade geral.
*
        Não queira transformar os entes queridos sob o martelo da força.
        Ninguém precisa apagar a luz do vizinho, para iluminar a própria casa.
        Uma vela acende outra sem alterar-se.
*
        Ama os teus, aqueles com quem Deus te permite compartilhar a existência, entretanto, respeita o caminho de realização a que se ajustem.
        Esse escolheu a senda do burilamento próprio; aquele procurou a via do trabalho constante; outro escolheu a trilha de responsabilidades intransferíveis a fim de produzir o melhor; e outro, ainda, indicou a si mesmo, para elevar-se, a vereda espinhosa das provações e das lágrimas.
        Auxilia a cada um, como puderes, entretanto, não busques transfigurar-lhes o espírito, de repente, reconhecendo que também nós não aceitaríamos a nossa própria renovação em bases de violência.
*
        Ama os entes queridos, tais quais são e quando nas provas a que sejam chamados para efeito de promoção na Espiritualidade Maior, se não consegues descobrir o melhor processo de auxiliá-los, acalma-te e ora pelo fortalecimento e paz deles todos, na certeza de que Deus está velando por nós e de que nós todos somos filhos de Deus.

(De “Companheiro”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ESPERA E CONFIA


Eis  a  dupla  singular
— Escora  que  nos  descansa :
Sentir  sem  desanimar,
Nunca  perder  a  esperança.
Se  sofres,  serve  e  confia,
Não  te  queixes,  nem  te  irrites.
Espera.  A  bênção  de  Deus
É  proteção  sem  limites.

De “Brilhe vossa luz”, Meimei (Chico Xavier)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Lugar deserto


“E ele lhes disse: Vinde vós aqui, à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.” — (MARCOS, CAPÍTULO 6, VERSÍCULO 31.)

A exortação de Jesus aos companheiros reveste-se de singular importância para os discípulos do Evangelho em todos os tempos.
Indispensável se torna aprender o caminho do “lugar à parte” em que o Mestre aguarda os aprendizes para o repouso construtivo em seu amor.
No precioso símbolo, temos o santuário íntimo do coração sequioso de luz divina.
De modo algum se referia o Senhor tão-somente à soledade dos sítios que favorecem a meditação, onde sempre encontramos sugestões vivas da natureza humana.
Reportava-se à câmara silenciosa, situada dentro de nós mesmos.
Além disso, não podemos esquecer que o Espírito sedento de união divina, desde o momento em que se imerge nas correntes do idealismo superior, passa a sentir-se desajustado, em profundo insulamento no mundo, embora servindo-o, diariamente, consoante os indefectíveis desígnios do Alto.
No templo secreto da alma, o Cristo espera por nós, a fim de revigorar-nos as forças exaustas.
Os homens iniciaram a procura do “lugar deserto”, recolhendo-se aos mosteiros ou às paisagens agrestes; todavia, o ensinamento do Salvador não se fixa no mundo externo.
Prepara-te para servir ao Reino Divino, na cidade ou no campo, em qualquer estação, e não procures descanso impensadamente, convicto de que, muita vez, a imobilidade do corpo é tortura da alma. Antes de tudo, busca descobrir, em ti mesmo, o “lugar à parte” onde repousarás em companhia do Mestre.
Livro: Pão Nosso – Francisco Cândido Xavier / Emmanuel

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

TRANQUILIDADE CONFIANTE


            Deixa-te arrastar pelas águas vivas da tranquilidade, certo de que atingirás o abençoado porto da sublime destinação.
         Vence, assim, os calhaus flutuantes em forma de malogro e solicitação inferior, presos aos juncos das enfermidades deprimentes que, muitas vezes, te enleiam a meio da jornada.
         Quanto mais cuidas do mal, mais ele se acentuará.
         A lama valorizada no fundo do poço envilece a água pura que se demora repudiada.
         Da mesma forma, o charco que agasalha doenças e febres, quando drenado, ressurge como terra acolhedora e produtiva a benefício da coletividade.
         Se te deténs a examinar o adubo serás acometido de náuseas ante o fruto que procede dele, através da árvore.
         Observando as dificuldades a transpor, se te atemorizas com elas, não avançarás.
         É indispensável valorizar apenas o bem que esposas, preservando o santuário íntimo contra todas as formas de revolta a desdobrar-se em malquerença com os sequazes que a cercam.
         Amparado pelo comando da fé tranquila, operarás em todo lugar sob modalidade diversa do comum, nas experiências terrenas.
         Sabes por experiência que onde te situavas ontem não impera o crime nem o vício, mas a ignorância e a enfermidade, no jogo das aflições desnecessárias. Divisarás, assim, oportunidades de serviço onde antes vias motivo de nojo e afastamento, cientificado de que, na faixa estreita da observação meramente intelectual, tua apreciação resulta da pretensiosa exigência da maneira de ver.
         Sem te despires da crítica mordaz, improdutiva nos seus resultados, todos os esforços redundarão inúteis nos empreendimentos cristãos.
         Atrela os sentimentos às rédeas dos labores e, conduzido pelo amor, na sua feição pura e simples, recorda Jesus, aprendendo com Ele a realizar incansavelmente, retirando a cegueira dos olhos e extirpando o infortúnio do coração, aprimorando-te e santificando-te, de vez que,  não estando asserenadas as ânsias do Espírito, não estarás capacitado para a experiência da tranquilidade sob o comando da confiança plena.

(De “Messe de Amor”, de Divaldo Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)