sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

HUMANIDADE REAL



 
                             “...Eis o Homem!”- Pilatos. (João, 19:5.)

        Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre...
        Nem banquete, nem púrpura.
        Nem aplauso, nem flores.
        Jesus achava-se diante da morte.
        Terminava uma semana de terríveis flagelações.
        Traído, não se rebelara.
        Preso, exercera a paciência.
        Humilhado, não se entregou a revides.
        Esquecido, não se confiou à revolta.
        Escarnecido, desculpara.
        Açoitado, olvidou a ofensa.
        Injustiçado, não se defendeu.
        Sentenciado ao martírio, soube perdoar.
        Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.
        Mas, exibindo-o, diante do povo Pilatos não afirma: - Eis o condenado, eis a vítima!
        Diz simplesmente: - “Eis o Homem!”
        Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.
        Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas  morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.

(De “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)