quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Hoje eu posso escolher - Reflexão


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter um trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus pela oportunidade da experiência.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso gastar os minutos a me lamentar ou ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser vivido da maneira que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma às ideias e utilidade às horas. Tudo depende só de mim.

Nesta mensagem atribuída ao saudoso Charlie Chaplin, astro de Hollywood, que encantou o mundo no tempo do cinema mudo, encontramos motivos de reflexões.

Sem dúvida, a vida é feita de escolhas...

O tempo todo estamos fazendo escolhas, elegendo o que fazer e o que não fazer, o que pensar e o que não pensar, em que acreditar e em que não acreditar.

A vida está sempre a nos apresentar opções. E as escolhas dependem exclusivamente de nós mesmos.

Não há constrangimento algum. Somos senhores absolutos da nossa vontade, no que diz respeito às questões morais.

Se é verdade que às vezes somos arrastados pelas circunstâncias, é porque optamos anteriormente por entrar nesse contexto.

Assim, antes de decidir por qualquer das opções que a vida nos oferece, é importante pensar nas consequências que virão em seguida.

Importante lembrar que não estamos no mundo em regime de exceção. Todos estamos na Terra para aprender. E as lições, muitas vezes, são mais simples do que pensamos.

Não imaginemos que as coisas e circunstâncias desagradáveis só acontecem para nos atingir. Elas fazem parte do contexto em que nos movimentamos junto a milhares de pessoas que vivem na Terra conosco.

* * *

Olhe, em seu jardim, as flores que se abrem e nunca as pétalas caídas.

Contemple, em sua noite, o fulgor das estrelas e nunca o chão escuro.

Observe, em seu caminho, a distância já percorrida e nunca a que ainda falta vencer.

Retenha, em sua memória, risos e canções e nunca os seus gemidos.

Conserve, em seu rosto, as linhas do sorriso e nunca os sinais da mágoa.

Guarde, em seus lábios, as mensagens bondosas e esqueça as maldições.

Conte e mostre as medalhas de suas vitórias e encare as derrotas como uma experiência que não deu certo.

Lembre-se dos momentos alegres de sua vida e não das tristezas.

A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas.

E um só olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos.

Seja otimista e não se esqueça de que é nas noites sem luar que brilham mais forte nossas estrelas.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Deus Não Tem Pressa


Você já se deu conta de que Deus não tem pressa?
A pressa é um dos maiores males dos tempos modernos. É como se a Humanidade desejasse acelerar os acontecimentos num período de tempo muito curto.
E a educação das nossas crianças não foge à regra.
Quando nosso filho procede com infantilidade aos cinco anos de idade, por exemplo, dizemos: Por que não se comporta como um homenzinho?
Qualquer pessoa sensata sabe que ele não é um homenzinho. Mas queremos que a criança aja como adulto, não porque seja bom para ela, mas porque é conveniente para nós. Talvez não porque achemos isso certo, mas porque estamos impacientes.
Roubamos os nossos filhos quando os fazemos atravessar às pressas a infância. Também a nós logramos porque perdemos a oportunidade de nos deixar contagiar pela sua inocência, sua curiosidade espontânea, sua admiração natural, sua alegria sem restrições.
Muitas vezes, a nossa impaciência impede o desenvolvimento de grandes inteligências e de grandes almas, porque esquecemos de que a assimilação do bem é um processo lento.
Certa vez, um pai perguntou ao Diretor de uma Universidade se o Currículo Escolar não poderia ser simplificado para que seu filho pudesse ir por um caminho mais curto.
Sem dúvida, respondeu o educador. Tudo depende, porém, do que o senhor queira fazer do seu filho. Quando Deus quer fazer um carvalho, por exemplo, leva cem anos. Quando quer fazer uma abóbora, precisa apenas de três meses.
É comum nos esquecermos de que as engrenagens das nossas vidas estão interligadas com as do Criador. Assim sendo, como os dentes das engrenagens dos planos de Deus são mais fortes do que os das nossas, quando aceleramos mais que Deus, as nossas se quebram. E por essa razão, cansamo-nos, despedaçamo-nos.
A natureza nos oferece muitas indicações de que o nosso ritmo alucinado não é normal.
Quando saímos dos lugares superlotados, fugimos dos horários e andamos por entre as árvores que crescem devagar e as montanhas silenciosas que parecem estar sempre tranquilas, absorvemos um pouco da serenidade e da calma da natureza.
No entanto, não devemos confundir paciência com passividade, inércia, e esperar que tudo seja feito por nós. Paciência é determinação de começar cedo a empregar o tempo para realizar coisas úteis.
A melhor ilustração de tudo isso pode ser o caso da menina que disse à mãe, logo depois que uma senhora de cabelos brancos saiu de sua casa: Se eu pudesse ser uma velha assim, tão simpática e tão boazinha, não me importaria de envelhecer.
Está muito bem, respondeu a mãe. Se você quer ser uma velha assim, convém começar desde já, pois ela não ficou assim às pressas.
* * *
O Sol leva todo o tempo que lhe é necessário para nascer e se pôr. Não é possível apressá-lo.
O gelo no lago se derreterá quando a temperatura do ar for apropriada.
As aves migratórias chegarão e partirão quando estiverem prontas para isso.
Até as invenções, sobre as quais o homem aparentemente exerce absoluto controle, só chegam no tempo próprio, quando a oportunidade amadureceu e a cultura está pronta para recebê-las.
Uma vez mais o Mestre de Nazaré tinha razão ao dizer: Primeiro a erva, depois a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga.
Quis com isso dizer que tudo vem a seu tempo, sem pressa nem desespero.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Janelas da Vida


Abra a janela do teu coração e deixe a alma arejar!
Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceram e você nem se deu conta?... Deixe que o vento leve para longe... Livre-se, também, do ranço amargo de toda mágoa e do rancor, faça uma boa limpeza na vidraça do coração, garanto que você enxergará melhor a vida lá fora.

Deixe a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas e da mania de sofrer por sofrer e acima de tudo, permita que o sol derreta o gelo da solidão. Apaixone-se por um sorriso e sorria junto, ilumine as janelinhas dos olhos... Ame a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs.

Escancare a janela dos desejos e esbanje sonhos, ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem. Desenhe um horizonte além da sua janela, exagere nas cores e... faça florescer todos os campos que sua vista alcança. Vá além, muito além....

Abra a janela da vida e seja pleno em cada coisa ainda que pareça pequena. Viva com a espontaneidade de uma criança. Debruce na janela e não olhe a vida passar através dela... Viva!

Autora Lady Foppa

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Sinais de Alarme


E a família, como vai?

Você já deve ter ouvido essa pergunta e talvez tenha dado aquela resposta automática: Tudo bem, sem compromisso com a verdade.

No entanto, gostaríamos que refletisse um pouco antes de responder.

Fazendo uma avaliação superficial é possível ter a impressão de que está tudo bem, pois é mais fácil admitir isso do que constatar o contrário e ter que tomar providências sérias.

Como a base de sustentação do lar é o casal, vamos voltar sobre ele a nossa atenção, por alguns instantes.

A rotina diária muitas vezes nos arrasta tão depressa que nem nos damos conta de que algo não está bem, e vamos deixando para pensar nisso depois. E o depois nunca chega.

Infelizmente, muitos casais só se dão conta disso quando um dos dois pede o divórcio ou simplesmente abandona a família.

Para aqueles que desejam, sinceramente, levar adiante o bendito compromisso do casamento, há alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade, antes que a união conjugal se desfaça:

silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos;

tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira;

ira disfarçada quando o marido ou a esposa emite uma opinião;

saturação dos temas habituais tratados em casa, e fuga para leituras intermináveis de jornais ou inacabáveis novelas de televisão;

irritação gratuita sempre que se aproxima do lar;

desinteresse pelos problemas do outro;

falta de intercâmbio de opiniões, de diálogo constante;

atritos repetidos que desencadeiam discussões irritadiças, capazes de provocar agressões desta ou daquela maneira.

Esses e outros tantos sinais de alarme indicam que a relação está enferma e precisa de socorro urgente.

Portanto, antes que as dificuldades abram abismos intransponíveis e os espinhos da incompreensão produzam feridas de difícil cicatrização, é justo assumir atitudes nobres e tomar providências para sanar os males.

Assumir a honestidade, que manda abrir o coração um para o outro e permite corrigir as deficiências e reorganizar o campo da afeição.

É natural que surjam desacertos mas, ao invés da indiferença ou da separação, busquemos o reajustamento.

Não permitir que o cansaço, a acomodação, a apatia acabem destruindo os laços do afeto, necessários à manutenção do lar.

Um pouco de compreensão, tolerância, renúncia e amizade são antídotos eficazes para um matrimônio enfermo.

É importante considerar que a pessoa que escolhemos, para formar conosco um lar, é alguém que precisa da nossa ajuda, do nosso ombro amigo, do nosso mais puro afeto.

É preciso, tantas vezes, deixar o egoísmo de lado, o orgulho, o tolo ciúme, e pensar na felicidade real da família, para que possamos sentir que, de fato, a nossa família vai bem...

* * *

Para que o casamento dê certo não é preciso que o esposo e esposa olhem em demasia um para o outro, a fim de perceber e apontar defeitos e dificuldades.

Mas é necessário que ambos olhem na mesma direção e mantenham acesa a chama do mesmo ideal. O ideal de construir um mundo melhor a partir da própria família.

Redação do Momento Espírita

domingo, 25 de outubro de 2015

Mãos Marcadas


Senhor!
Quando me deres
O privilégio do renascimento
No berçário do mundo, ante as necessidades que apresento
E aquelas que não vejo,
Eis, Senhor, o desejo
Em que dia por dia me aprofundo:
Deixa-me renascer em qualquer parte,
Entretanto, que eu possa acompanhar-te
Onde constantemente continuas
Trabalhando e servindo em todas as estradas
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Quanta ilusão quando me debatia
Crendo que o desespero fosse prece,
A rogar-te alegria e esperança
Sem que nada fizesse!
Imitava na Terra o lavrador
A temer a pedra e lama, vento e bruma,
Aguardando milagres de colheita
Sem plantar coisa alguma.
Entretanto, Senhor, agora sei
Que o trabalho é divino compromisso,
Estímulo do Céu guiando-nos os passos
E que, atendendo à semelhante lei
Puseste ambas as mãos em nossos braços
Por estrelas de amor e de serviço.

Assim, quando efetues
As esperanças em que me agasalho
E estiver entre os homens, meus irmãos,
Que eu me esqueça em trabalho
E me lembre das mãos...

Não me dês tempo para lastimar-me,
Que eu busque tão-somente a luz que me acenas...
No anseio de seguir-te
Quero o trabalho apenas.

Dá que eu seja contigo, onde estiveres,
Uma rósea de paz... Que eu seja alguém
Sem destaque e sem nome
Que se olvide no bem.
E se um dia uma cruz de provas e de agravos
Reclamar-me a tarefa e o coração,
Não me largues ao susto a que me enleie,
Ajuda-me a entregar as próprias mãos aos cravos
Da incompreensão que me rodeie,
Entre bênçãos e fé e preces de perdão!

Não consintas que eu volte ao tempo morto
Da ilusão convertida em desconforto,
Dá-me os calos da paz nas tarefas do bem,
A servir sem perguntar a quem...
Ouve, celeste amigo,
Aspiro a estar contigo,
Longe de minhas horas desregradas,
Onde sempre estiveste e sempre continuas
Plantando o amor em todas as estradas,
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Maria Dolores (Uberaba, 03 de Junho de 1972)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Lágrimas no Céu


"Tears in Heaven" (Lágrimas no céu) é uma música escrita por Eric Clapton e Will Jennings que fala da dor que Clapton sentiu com a morte de seu filho de quatro anos, Conor Clapton, que caiu do 53° andar, da janela do apartamento de seu amigo, em 20 de março de 1991. Clapton, que chegou no apartamento logo após o acidente, ficou visivelmente perturbado após o ocorrido. Este foi um dos maiores sucessos de Clapton, chegando ao 1° lugar na Billboard dos EUA.

Em uma entrevista, Clapton declarou: "Eu quase que inconscientemente usei a música para mim mesmo como um agente de cura, e funcionou".

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Você é Insubstituível - Reflexão


Quantas vezes você já ouviu a frase: Ninguém é insubstituível?

Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos os seres humanos somos transitórios.

Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que nos devotamos.

E essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum.

Contudo, ao se repensar bem a frase, percebemos que ela é inverídica sob variados aspectos.

Basta se faça um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo.

No campo da arte, recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu?

Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez.

Nunca mais houve outra Sonata ao luar. Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo?

Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade da Independência da Índia.

Quem ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o mar, por mais de 320 quilômetros para protestar contra um imposto?

Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez?

E que se falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a própria vida?

Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade.

Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter.

Ele morreu em 1968. Quem o substituiu?

Quem substituiu Madre Teresa de Calcutá, com seu amor, seu bom senso, sua capacidade de entender a necessitada alma humana?

Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno?

Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que realizou a grande viagem?

Tudo isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser particular e, com isso, marca sua passagem por onde passa.

Outros virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas, dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém como ela mesma.

Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo poderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição.

A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser.

Pensemos, pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quem está, é insubstituível.

O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o carinho que exprime é único.

Isso porque somos Criação Divina inigualável.

Criados à imagem e semelhança do Criador, com nuances especiais, conquistadas ao longo das eras e que se expressam no sentir, no agir, no falar.

Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível.

E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no mundo.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Se Eu Soubesse o que Sei Agora


Conta-se que o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e lhe falou:
Sr.Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor conhece tão bem. Poderia redigir um anúncio para o jornal?
Olavo Bilac, muito solícito, apanhou um papel e escreveu:
Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão.
A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.
Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
Nem pensei mais nisso, disse o amigo. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.
* * *
Às vezes, para que possamos reconhecer o valor dos tesouros que possuímos, é preciso que alguém nos abra os olhos.
E isso não acontece somente com relação aos bens materiais, mas também no campo afetivo.
Talvez motivados pela rotina ou pela acomodação, passamos a observar apenas as manias ou os pequenos defeitos daqueles que convivem conosco, esquecendo-nos das qualidades boas que eles possuem.
Não é raro alguém de fora nos surpreender com uma lista de virtudes dos nossos filhos, que passam despercebidas aos nossos olhos.
Ou, então, um colega que elogia nosso esposo ou esposa ressaltando qualidades que não estamos percebendo.
Esposas que criticam o marido porque ele não abre a porta do carro para ela, não puxa a cadeira para ela se sentar, esquece o aniversário de casamento, não lhe oferece flores no dia dos namorados...
Essas esposas não levam em conta que aquele mesmo homem é um pai carinhoso, dedicado, é trabalhador, honesto, e sempre que ela precisa, ele está por perto para ajudar.
Há maridos que desvalorizam suas esposas porque não estão em dia com a moda, porque os cabelos brancos não estão bem camuflados, porque não lhe dão atenção integral quando dela necessitam...
Esses esposos certamente não se dão conta do valor que essas mulheres têm. Não percebem quantas noites elas são capazes de passar acordadas, vigiando o filho doente, e enfrentar dias inteiros de trabalho exaustivo, sem reclamar.
Não se dão conta de que essas mulheres, tantas vezes, fazem verdadeiros malabarismos financeiros para poupar o marido de saber que o dinheiro do mês foi curto.
Mães e pais que criticam os filhos porque não atendem a todos os seus caprichos, ou porque nem sempre fazem as coisas como lhes determinam, esquecidos de que esses garotos e garotas têm muito valor.
São jovens que prezam pela fidelidade, que respeitam opiniões contrárias, que valorizam a família, que se dedicam a causas nobres, jovens saudáveis e cidadãos de bem.
Assim, não façamos como o comerciante que queria vender seu sítio, e ao ler o anúncio redigido por alguém de fora, mudou de ideia.
Tenhamos, nós mesmos, olhos de ver, ouvidos de ouvir e sensibilidade para sentir as boas qualidades e as virtudes daqueles que nos seguem mais de perto.
* * *
Existem pessoas que nem sempre conseguem demonstrar seus verdadeiros sentimentos.
Talvez por medo de uma decepção ou por timidez, escondem-se atrás de uma couraça de proteção que as faz sentirem-se mais seguras.
E essa forma de isolar-se, muitas vezes pode aparecer disfarçada de agressividade ou de comportamento antissocial.
É por essa razão que precisamos desenvolver nossa capacidade de penetrar os sentimentos das pessoas, um pouco além das aparências.

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Na Barca do Coração


Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...

Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: - que dia!

Lembra-te...

Caía a tarde e a multidão ainda estava reunida na praia.

Desde que o Sol surgira, Jesus atendera as incontáveis súplicas daqueles que o buscavam. Mãos e lágrimas roçavam-lhe o rosto e a túnica - antes tão limpa e alva - e agora, toda manchada de lamentos.

Finalmente, chegara às margens do lago, vencendo a dor e as tristezas dos sofredores. Aqueles que O viram deixando atrás de si um rastro confortador de estrelas, perguntavam-se: - quem será este homem, a quem as dores obedecem?

O céu acendia as cores da noite quando a barca de Pedro recolheu preciosa carga.

Jamais Jesus mostrara na face sinais tão evidentes de cansaço. Acomodado sobre uma almofada de couro, Sua majestosa cabeça pendeu sobre o peito, como um girassol real despedindo-se ao poente.

Seus lábios deixaram escapar um longo suspiro antes de adormecer. Seus amigos pescadores não ousaram perturbar-lhe o merecido sono, manejando remos com cuidado, auxiliados pelos sussurros de doce brisa.

O lago de Genesaré assemelhava-se a gigantesco espelho de prata ao luar, tranqüilo e sereno como o Mestre adormecido.

Faltava pouco para completar a travessia, quando tudo transformou-se.

O tempo irou-se, sem aviso. Adensadas, as nuvens de gaze leve tornaram-se tenebrosa tempestade, e o lago esqueceu a calmaria, encrespando-se, açoitado pelo vento.

Para a barca, vencer a tormenta era como lutar contra vigoroso e invencível Titã.

Pedro usou toda a sua força e sabedoria nos remos, gritando ordens que se perdiam entre as gargalhadas dos trovões e dos relâmpagos.

Os discípulos assustados correram a acordar Jesus que ainda dormia.

- Mestre! - exclamaram em coro desesperado - pereceremos!

Jesus, assim desperto, levantou-se prontamente, equilibrando o corpo cansado muito ereto, apesar da barca que por pouco não naufragava.

Sua majestosa silhueta parecia estar envolta em misteriosa luz, quando ergueu os braços, ordenando à tempestade:

- Calai-vos! E voltando-se para os amigos:- acalmai-vos! Homens, onde está a vossa fé?

Os ventos emudeceram e o lago baixou suas ondas, aplacado por misterioso imperativo.

Os discípulos olhavam-se, num misto de surpresa e alívio.

Envergonhados, voltaram-se para os remos. No compasso ritmado avançava a barca, ao compasso do coração daqueles homens que se perguntavam: quem será este homem, a quem os ventos obedecem?

...............

Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...

Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: - que dia!

Lembra-te...da mensagem do Cristo adormecida em ti e... Acalma-te!

Autor desconhecido

domingo, 18 de outubro de 2015

Ansiedade


As mãos suam, o corpo treme, a respiração fica ofegante, uma sensação de náusea e aquela palpitação inegável no coração.
Todos estes são sinais de um dos males modernos: a ansiedade.
A vida, nos dias de hoje, é repleta de cobranças: no trabalho, na família, nas relações sociais.
A cada dia estamos mais cheios de tarefas, compromissos, pendências. Uma lista enorme de coisas a fazer. E nem sempre o tempo é suficiente.
Vem então a sensação desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos conta.
É comum ouvirmos as pessoas se queixando: Tenho tanto a fazer e gostaria apenas de dormir.De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de brincar com meus animais de estimação...
Por outro lado, as exigências da vida moderna nos obrigam a fazer cursos, aperfeiçoar os conhecimentos. É a era da informação.
Como conciliar tudo isso com o natural desejo de se instruir, melhorar de vida, aproveitar oportunidades, evoluir?
O caminho do equilíbrio é a solução.
É natural desejar o progresso e o aperfeiçoamento, tanto nos campos ético-moral, como intelectual.
É da natureza humana estar em permanente aprendizado, adquirindo conhecimento e agregando valor à sua bagagem cultural.
Mas o grande problema de nossos dias é a ausência de limites. Estamos cada vez mais comandados pelas pressões externas, subjugados pelas imposições dos diversos grupos sociais.
Raras vezes pensamos por nós. Não costumamos refletir sobre o que realmente nos interessa.
Em geral, tomamos decisões sob extrema pressão. Resultado: desejamos fazer de tudo um pouco. Queremos ler tudo, não desejamos a pecha de desinformado.
E a consequência imediata é o stress. O corpo não suporta tanta pressão: adoece.
Nossa reação a esse mundo globalizado deveria ser serena: Vou aprender o que puder, quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza.
Vou trabalhar no limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas sem a obrigação de provar coisas a chefes e colegas de trabalho.
A tradução disso tudo? Estar no comando da própria vida.
Uma frase de Jesus é bastante significativa para os nossos dias: Não vos preocupeis com o que haveis de comer ou de beber. Não é o corpo mais que a veste?
* * *
Se você acredita em Deus, tenha em mente que você jamais estará desamparado.
Todas as coisas estarão bem se você estiver em paz. Pois a paz vai gerar saúde do corpo. Com isso, você poderá trabalhar, sustentar a família, adquirir os bens que deseja.
Apenas seja cauteloso: não se deixe envolver a tal ponto no turbilhão do mundo, de maneira que o mundo o arraste para o olho desse furacão de stress.
Vigie suas reações. Monitore seus planos de vida. Pergunte-se: Para que, realmente, quero isso?
Faça a diferença entre o supérfluo e o necessário e verifique se a sua opção não está contaminada pelos excessos.
No final, você verá que, em um processo inteiramente natural, a ansiedade irá, aos poucos, desaparecer.
Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O Velho Carpinteiro


Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe os seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família.

Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma ultima casa como um favor especial.

O carpinteiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.

Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e
entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente a você."

Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar numa casa feita de qualquer maneira.

Assim acontece conosco.

Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos.

Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente. Pense em você como o carpinteiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente. É a única vida que você construirá.

Mesmo que você tenha somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. A placa na parede está escrito:

"A vida é um projeto de faça você mesmo."

Quem poderia dizer isso mais claramente? Sua vida de hoje é o resultado
de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o
resultado de suas atitudes e escolhas que fizer hoje.

Autor: Desconhecido

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Crianças de 9 religiões diferentes desenham seu jeito de encarar Deus


"Não tem um Deus físico. Deus é tudo e tudo é Deus. Ele é feito de luz. O arco-íris, no budismo, representa uma pessoa com coração iluminado"

Ariom Scheffler, 11, budista

*

"Oxum é a santa que me protege. Ela tá no mato, para curtir a vida. Uma professora uma vez contou que um lobo ia na porta da criança que não é batizada [como cristã]. Fiquei com medo, chorando"

Manuella Araújo da Costa, 10, candomblé

*

"Para nós não tem inferno, só céu. Assim: vamos fingir que você está no teatro. Se foi uma muito boa pessoa, ficaria na frente, mais perto de Deus. Se foi uma ruim pessoa, ficaria lá atrás"

Luke Saul Jospa, 9, judaísmo

*

"Sonhei que Jah estava no deserto e fazia todas as pessoas ficarem felizes. Ele é o meu coração e fica batendo em todos os momentos. Peço a Jah que o mundo fique bem limpinho"

Núbia Selassie Cestari Granello, 6, rastafári

*

"Deus é tudo para mim. Peço para Ele deixar chover, mas algumas vezes não penso na água. Penso em jogar Nintendo DS"

Mohamed Hussein Abid Ali, 8, muçulmano

*

"Deus nos ama e nos ilumina. Ele me ajuda quando alguém briga comigo. Teve uma confusão na escola, e a professora disse que eu participei, mas só estava lá comendo meu lanche"

Pietra Hanna Castanho, 10, evangélica

*

"Desenhei o mestre Gabriel, o nosso guia. É muito legal beber [ayahuasca]. Tem gente que vomita, mas eu não sinto medo, sinto amor. E vontade de rir muito! Já vi árvores falando comigo"

Darah Cally Patrício, 8, União do Vegetal (dissidência do Santo Daime)

*

"No antigo tempo, não cortavam cabelo, então Deus tem o cabelo longo. Hoje Ele tá no meio do coração de todo mundo. Eu rezo para Ele deixar a gente ficar com o recreio um pouquinho maior"

Beatriz Dias Samuel, 8, católica

*

"Deus criou a borboleta. Ela é bonita e feliz. Começa como se fosse um bicho horroroso, gosmento, e vira uma borboleta linda. É como o espírito que reencarna: você vai crescendo e evoluindo"

Clara Veiga Carvalho, 10, espírita

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Histórias Espíritas para Crianças - Onde eu morava antes de nascer?


Onde eu morava antes de nascer? Com esta pergunta Mariana entrou correndo no quarto dos seus pais, atirando-se nos braços da mamãe que acabara de acordar.

Bom dia, filhinha! E o meu beijo?

Você estava na barriga da mamãe, respondeu o papai.

Ah, papai, isso eu já sabia, mas, antes de eu morar na barriga da mamãe onde é que eu morava?

Você morava em um lugar parecido com o mundo em que moramos. Um lugar mais belo e harmônico.

É mesmo?

Sim, Mariana, disse-lhe o papai. Agora me dá um beijo e vamos levantar.

Mariana estava curiosa aquela manhã e deseja saber mais.

Mamãe, o que eu fazia nesse lugar?

Você estudava, aprendia, trabalhava. Todos que moram nesse belo lugar fazem muitas coisas boas e úteis.

Por que, mamãe?

Porque se preparam para renascer, para voltar a morar no planeta Terra.

E como é o nome desse lugar?

Nós o chamamos de Mundo espiritual. O mundo dos espíritos desencarnados. Aqui é o mundo dos espíritos encarnados, que somos todos nós: você, eu, o papai, a vovó, os seus amiguinhos...

Desencarnados? O que é isso?

Desencarnados são os espíritos das pessoas que morreram aqui na Terra e agora moram no Mundo espiritual. Estão vivos!

O vovô Germano está morando no Mundo Espiritual?

Sim, está, minha filha.

Mamãe, vou fazer um desenho caprichado sobre a fazenda onde nós passamos as férias e enviar para ele no Mundo Espiritual.

Faça o desenho, minha filha. Quando terminar coloque-o no mural do seu quarto e pense no vovô, nas suas brincadeiras e no seu sorriso bondoso. O vovô irá receber o seu desenho através do pensamento.

Está bem, mamãe. O vovô ficará feliz com o meu desenho e os meus pensamentos?

Sim, Mariana, o vovô Germano ama você e ficará muito feliz.

Mas, antes, me dá um abraço e depois vamos tomar o café da manhã.

Isabel C. Ditzel

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Mensagem da Criança - Meimei - Chico Xavier


Dizes que sou o futuro.
Não me desampare no presente.
Dizes que sou a esperança da Paz .
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem.
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos.
Não me abandone as trevas.
Não espero somente teu pão.
Dá - me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa do teu carinho.
Suplico - te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos.
Peço - te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu caminho.
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Ensina - me o trabalho, a humildade,o devotamento e o perdão.
Compadece - te de mim e orienta-me para que eu seja bom
e justo...
Corrige - me enquanto é tempo,ainda que eu sofra...
Ajuda - me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Questões a Meditar (Chico Xavier)


Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie.

Zele pela tranquilidade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior.

No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: "há homens que cavam a sepultura com a própria boca".

Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.

A inação entorpece qualquer faculdade.

O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.

Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.

Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas.

É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.

Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.

Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.

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André Luiz - Chico Xavier

Narração Paulo Goulart

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A respeito de seu Filho...


Nós pais, temos tantas preocupações com relação aos filhos, mas tantas vezes, na tentativa de fazer o melhor, nos perdemos no caminho, não por falta de amor, mas por falta de atenção em aspectos importantes.

Por esse motivo, convém lembrar que nosso filho é abençoado aprendiz da vida. Não lhe dificultemos a colheita das lições, fazendo-lhe as tarefas.

Nosso filho é flor em botão nos verdes ramos da existência. Não lhe precipitemos o desabrochar, debilitando-lhe a vitalidade espontânea.

Nosso filho é discípulo da existência. Não lhe impeçamos a produtividade, tomando sobre nossos ombros os misteres que lhe competem.

Nosso filho é lâmpada em crescimento de luz. Não lhe coloquemos o óleo viscoso da bajulação para que não afogue o pavio onde crepita a chama da esperança.

Nosso filho é fruto em formação para o futuro. Não procuremos colher, antes do tempo, o benefício que não nos pertence.

Lembremo-nos de que somos e que o nosso filho também é filho de Deus.

Nós poderemos caminhar ao seu lado na estrada apertada, mas ele só terá honra quando conseguir chegar ao objetivo conduzido pelos próprios pés.

Nós temos o dever de lhe apontar os abismos à frente; mas a ele compete contornar os obstáculos e descer às baixadas da existência para testar a fortaleza do próprio caráter.

Nós devemos ministrar-lhe os ensinamentos do Evangelho; mas a ele compete o murmúrio das orações, na prece continuada das ações nobres.

Nosso filho é o discípulo amado que Deus pôs ao alcance do nosso coração enternecido, no entanto, a nossa tarefa não pode ir além daquele amor que o pai propicia a todos, ensinando, corrigindo e educando, através da disciplina, para a felicidade.

Mostremos-lhe a vida, mas deixemo-lo viver.

Falemos-lhe das trevas, mas demos-lhe a luz do conhecimento.

Mandemo-lo à escola, mas façamo-nos mestres dele no lar.

Apresentemos-lhe o mundo, mas deixemo-lo construir o próprio mundo.

Tomemos-lhe as mãos e as coloquemos no trabalho, ensinando com o nosso exemplo, mas não lhe desenvolvamos a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.

Nosso filho é vida da nossa vida que vai viver na vida da Humanidade inteira.

Cumpramos o nosso dever amando-o, mas exercitemos o nosso amor ensinando-o a amar e fazendo que no serviço superior ele se faça um homem para que o possamos bendizer, mais tarde.

Amemos, em nosso filho, o filho de todas as mães e amemos nos filhos das outras o nosso próprio filho, para que ele, honrado pelo amor de outras mães, possa enobrecer o mundo, amando outros filhos.

Nosso filho é semente Divina; não lhe neguemos, por falso carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais será fonte de vida.

Nosso filho é a esperança do mundo; não o asfixiemos no egoísmo dos nossos anseios, esquecendo-nos que viemos à Terra sem ele e retornaremos igualmente a sós, entregando-o a Deus consoante as Leis sábias e justas da Criação.

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Oração de Madre Teresa de Cálcuta


Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa de Cálcuta

domingo, 4 de outubro de 2015

Eu te Amo... Não Diz Tudo!


Você sabe que é amado (a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Autor desconhecido

sábado, 3 de outubro de 2015

Poema do Idoso


“Se meu andar é hesitante

e minhas mãos trêmulas, ampare-me.

Se minha audição não é boa, e tenho de me

esforçar para ouvir o que você

está dizendo, procure entender-me.

Se minha visão é imperfeita

e o meu entendimento escasso,

ajude-me com paciência.

Se minha mão treme e derrubo comida

na mesa ou no chão, por favor,

não se irrite, tentei fazer o que pude.

Se você me encontrar na rua,

não faça de conta que não me viu.

Pare para conversar comigo. Sinto-me só.

Se você, na sua sensibilidade,

me ver triste e só, simplesmente partilhe comigo um sorriso e seja solidário.

Se lhe contei pela terceira vez a mesma história num

só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me.

Se me comporto como criança, cerque-me de carinho.

Se estou doente e sendo um peso, não me abandone.

Se estou com medo da morte e tento negá-la,

por favor, ajude-me na preparação para o adeus.”

(Poema do idoso – Autor Desconhecido)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Idosos ou Velhos? Entenda as grandes diferenças...


Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda não chegou a ser idoso.

Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita.

É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúme e sentimento de posse.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida.

É velho quando todos os dias parecem o último de uma longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs.

É velho quando seu calendário só tem ontens.

O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.

Ele é uma ponte entre o passado e o presente como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro.

E é no presente, que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, transmitindo pessimismo e desilusão.

Para ele, não existe ponte entre o passado e presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

0 idoso se renova a cada dia que começa: o velho as acaba a cada dia que termina.O idoso tem seus olhos postos no horizonte dê onde o sol desponta e a esperança se ilumina.

O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.Ó idoso curte o que resta da vida.O velho se emperra no tempo, se fecha. em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva urna vida ativa, plena de projetos e de esperanças.Para ele o tempo passa rápido,mas a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram, marcadas pelo sorriso.

As rugas do velo são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório mas tem idade bem diferente no coração.

A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.

Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor.

Somente assim, na somadas experiências e oportunidades, ao final dos seus anos, guardará a jovialidade de um homem sábio.

Se você é idoso guarde a esperança de nunca ficar velho.

Autor desconhecido

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Desejo de Viver...


A pequena entrou no banheiro e ficou olhando o pai a fazer a barba.

Tão compenetrada estava que seu pai lhe surpreendeu um pequeno vinco na testa miúda.

O que foi, filha? O que está pensando?

A menina se aproximou e fixou o olhar azul no rosto paterno, erguendo o pescoço em direção a ele.

Papai, você gosta de viver?

Ora, filhinha. É claro que gosto de viver. Quem não apreciaria a vida, tendo um tesouro como você?

Ela não se deu por satisfeita. Apoiou as mãos na pia e tornou a perguntar:

Então, por que deseja morrer?

O pai lhe respondeu que não desejava, nem pensava em morrer. Ele desejava viver, e muito. Queria ter a ventura de vê-la adentrar à escola, aprender as primeiras letras, deliciar-se com suas primeiras leituras, vê-la receber o diploma universitário, casar-se, ter filhos, dar-lhe netos.

Papai, falou finalmente a garota, se não quer morrer, por que fuma tanto?

* * *

Diariamente, as mensagens nos chegam dizendo que o cigarro, em qualquer quantidade fumada, faz mal para a saúde. Em síntese, por mais se busque não se consegue encontrar benefícios que o cigarro possa trazer.

Em determinado curso promovido pelo próprio Ministério da Saúde foi apresentada a estatística de que 30% dos casos de câncer se devem ao uso do fumo.

No Brasil, existem 250 mil casos novos da doença ao ano, 80 mil, portanto são causados pelo cigarro.

Temos em torno de 100 mil pessoas morrendo de câncer ao ano, das quais 33 mil são devidas ao tabagismo.

É de se admirar que, com tais números, prossigamos com a publicidade da forma como ela é feita hoje.

Realizam-se eventos culturais, privilegiando o intelecto e lá está o cigarro presente, em letras garrafais, anunciando-se.

Promovem-se eventos esportivos, onde o corpo escultural, forte, ágil, é apresentado como modelo mas, sob os auspícios do fumo.

Incentivamos as crianças a fumarem através da propaganda enganosa que apresenta o ato como algo natural, além de charmoso e chique.

Por outro lado, o acesso ao cigarro é fácil. Em qualquer esquina, nas ruas, nos bares, lanchonetes e restaurantes, é vendido a preço baixo.

Diante da argumentação de que a venda é necessária para o sustento familiar, a sobrevivência de alguns, perguntamos se não haveria coisas mais úteis e saudáveis a serem comercializadas?

Acaso, apreciaríamos que alguém se achegasse aos nossos filhos e lhes vendesse o pó da morte, a fumaça da enfermidade?

A questão é simplesmente moral. Debelar o mal no mundo só depende dos homens.

Nosso legado para nossos filhos, a Humanidade do amanhã, pode ser de alegria ou de infelicidade, de liberdade ou de dependência, de doença ou de bem estar.

A decisão nos compete.

* * *

O tabagismo já é considerado uma doença.

Na Organização Mundial de Saúde existe um código para a enfermidade tabagismo.

Existem doenças que nós mesmos, na atualidade, criamos para nós. Pode ser pelo tabagismo, alcoolismo, maus hábitos ou alimentação inadequada ou excessiva.

Redação do Momento Espírita