segunda-feira, 21 de maio de 2012

Escuta, alma querida e boa, perante as aflições que te espanquem a vida, na prova que atordoa,
Há sofrimento, lágrima e tumulto, embora tolerando o impacto das trevas, busca enxergar o mecanismo oculto das tarefas de amor e redenção que levas!...
Deus clareia a razão aqui, ali, além, para que o nosso próprio coração revele por si mesmo a lei do bem...
Tens para dar, conheces para ver e para dar e ver já podes discernir...
Eis a missão que trazes por dever:
Trabalhar, compreender, elevar, construir!...
Tudo o que existe e vibra entre as forças do mundo, tem no próprio destino o dom profundo de ajudar e servir!...
O Sol gasta-se em luz a entregar-se de todo e tanto ampara aos Céus quanto às furnas de lodo...
O jardim despojado a refazer-se espera para dar-se de novo em nova primavera...
Toda árvore esquece o que sofre do homem e apóia sem cessar aqueles que a consomem!...
Olha o minério arrebatado ao solo, sem possibilidades de regresso.
Padece fogo ardente a fim de assegurar constantemente o esplendor do progresso.
Já consegues pensar que qualquer flor que apanhas, a mais singela e a mais descolorida, é um sonho que arrancaste à Natureza para adornar-te a vida?
Que modelas a enxada e golpeias o chão, para que o chão te guarde a sementeira e te forneça o pão?
Assim também por onde vás, ante assaltos, tragédias, ironias, tribulação ou desengano, quando as estradas do cotidiano surjam mais espinhosas ou sombrias, nada reclames, serve.
E nem reproves, ama!
Em toda parte a vida te reclama tolerância, alegria, esperança e bondade, inda que a dor te fira ou arrase os sonhos teus, porque o Céu te entregou a liberdade de servir e elevar a Humanidade por trabalho de Deus.

Maria Dolores - (De “Encontro de Paz”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)