Aquilo que sai da boca – diz o Evangelho – precisa merecer-nos tratamento especial.
Os alimentos com que o homem muitas vezes ameaça a própria saúde prejudicam apenas a ele mesmo.
Já a frase contundente ou o grito de cólera podem alcançar uma assembléia de corações, determinando enfermidade e desequilíbrio.
É pela boca que arrojamos da alma desprevenida os tóxicos da maledicência e, por nosso desespero, os espinhos da discórdia.
É pela boca que sai de nosso sentimento mal conduzido a calúnia, envenenando a vida, e é por ela que se expressa o exame insensato das consciências alheias.
Mas pela boca também exteriorizamos a ternura, a compreensão e a fraternidade que nos imanta uns aos outros.
Vejamos o que fazemos da palavra para que a palavra não nos destrua.
A língua revela o conteúdo do coração.
Modulemos nossa voz na serenidade e elevemos nossa frase sobre o pedestal do amor.
.Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Indulgência (extrato) - Ed. IDE
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