segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SOB LIMITES


         O dia pujante, marcha para o ocaso.
         O ano, de largos dias, não excede um minuto na ampulheta do tempo.
         A existência física, mesmo duradoura, não logra evitar a morte.
         Tudo, na Terra, são limites.
         Só a vida em plenitude permanece, mergulhando e liberando-se dos envoltórios transitórios de que se reveste, para as transformações e avanços na fatalidade da perfeição que busca e alcançará.
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         Nunca te suponhas indene aos acontecimentos dos processos da evolução.
         Embrulha-te nos tecidos da humildade e avança, trabalhando sem cansaço.
         Conserva o otimismo em tuas realizações, mesmo quando os céus da tua experiência estejam nublados por espessas sombras de dificuldades.
         Quem receia agir no bem, entorpece as resistências da realização.
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         A prepotência age para a loucura.
         A presunção atua para o desequilíbrio.
         Só o amor, calcado no interesse pelo próximo, logra produzir para a Vida.
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         Instado a edificar o bem, onde estejas, não postergues a oportunidade.
         Não conseguindo o desiderato, evita lamentar o esforço despendido.
         A rosa aromatiza o ar; quantos se inebriam, preferem o aroma. Sê tu a rosa.
         Todos bendizem o ar balsâmico da Natureza que os refrigera e agrada. Sê tu a brisa abençoada.
         Na ambiência da tranquilidade, todos anelam por fruí-la. Sê tu quem a propicia.
         Melhor ensejar ventura do que gozá-la.
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         Recorda Jesus, que tudo investiu em amor, para, mesmo sofrendo, ensinar o homem a ser feliz, não ultrapassando os deveres e submetendo-se, Ele, que é o nosso apoio às limitações do mundo, onde, por enquanto, nos encontramos a crescer e a evoluir.

(De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito de Joanna de Ângelis)