Não
nos referimos à piedade negativa que, em se manifestando, deixa os infelizes
mais infelizes. Reportamo-nos à compreensão que nos habilita a entender as
necessidades da pessoa humana e a prestar-lhe o auxílio direto ou indireto que
se nos faça possível, objetivando-se-lhe a sustentação do equilíbrio no grupo
social que lhe seja próprio.
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Encontrarás,
talvez, um homem forte, em plenitude de robustez física e, provavelmente,
acreditarás que ele não requisite qualquer forma de amparo. Entretanto, esse
amigo, supostamente privilegiado pela natureza, pede simpatia que o mantenha na
direção do bem.
A
mulher ricamente adornada que supões venturosa, muitas vezes, transporta
consigo pesadas desilusões, a rogar-te auxílio a fim de conseguir suportar a
carga de sofrimentos a que se vincula.
Quem
administra espera a cooperação de quantos lhe partilhem a tarefa para que essa
tarefa se derrame em amparo generalizado, em favor de todas as criaturas para
as quais é dirigida.
Quem
obedece solicita o concurso possível dos outros para que as sugestões da
indisciplina não lhe conturbem a vida.
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Os
bons exigem apoio das ideias e palavras edificantes para que não se desviem da
rota que o mundo lhes assinala e os maus reclamam proteção específica, a fim de
que se contenham e aprendam a se desvencilhar de qualquer conotação com as
forças da crueldade.
-o-
Conciliemo-nos,
buscando comunicar-nos através do lado melhor que possamos apresentar em
esforço recíproco, para que a parte ainda rústica de que sejamos portadores,
seja burilada menos dificilmente pelos instrumentos da vida.
-o-
Concluamos,
assim, que seja qual seja o caminho em que estivermos, quantos nos cruzem os
passos necessitam de paz e compreensão. E, dentro do assunto, observemos que,
em nos referindo a semelhantes recursos, todos nós, em qualquer posição,
precisamos e precisaremos deles também.
(De
“Confia e segue”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito
Emmanuel)