terça-feira, 3 de julho de 2012

MERGULHO NA ETERNIDADE

          Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
        Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entre em relação mais direta com os outros Espíritos. Questão Nr. 401 – “O Livro dos Espíritos”.
 
Quer lembremos ou não da vivência espiritual durante o sono, podemos perfeitamente definir a natureza de nossas experiências e contatos com o simples cuidado de analisar nosso estado de ânimo ao retomar o corpo.
        Como despertamos?
        Em paz, alegres, saudáveis, descansados, harmonizados? — Ótimo! Estivemos em boa companhia.
        Acordamos “brigados com a Humanidade”, “chutando latas”, nervosos, agressivos, infelizes, deprimidos, angustiados? Cuidado! Estamos sendo mal influenciados.
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        Dizia o Padre Antônio Vieira:
        “O sono é a imagem da morte, os sonhos são a imagem da vida. Cada um sonha como vive. Os sonhos são uma pintura muda, em que a imaginação, a portas fechadas e às escuras, retrata a vida e a alma de cada um, com as cores de sua ação, dos seus propósitos e dos seus desejos.”
        Vieira viveu dois séculos antes da codificação do Espiritismo. Não tinha conhecimento das atividades do Espírito durante o sono físico, atribuindo suas reminiscências à imaginação.
        Mas, intuitivamente, exprimiu uma realidade. Nossos sonhos refletem uma maneira de ser, interesses e ideais que nos marcam a existência, na medida em que nossas experiências extrafísicas durante o sono relacionam-se intimamente com nossas cogitações na vigília.
        Por isso, se queremos bons sonhos e um despertar feliz, é imperioso que cultivemos os valores do bem e da verdade. Assim, enquanto o corpo repousar estaremos convivendo com amigos e mentores, aprendendo e servindo, como um ensaio feliz para a transferência definitiva, quando a morte nos convocar.
(Referência: “Viver em plenitudes”, de Richard Simonetti – Capítulo “Mergulho na Eternidade”)