Sem o devido
culto à solidariedade na vida, indiscutivelmente, nossos passos, por mais
firmes, não surpreenderiam à frente senão desequilíbrio e perturbação,
desentendimento e morte.
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Afere-se o valor da criatura
em função da sociedade em que vive.
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Imaginemos o senhor da mais
alta fortuna terrena, relegado a plano deserto.
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O dono da melhor
inteligência sem ouvidos que o ouçam...
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O pastor sem rebanho...
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O palácio imponente sem
viv’alma que o povoe...
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O navio mais suntuoso
navegando sem ninguém...
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Não adiantam a excelência e
o poder, a riqueza e o destaque sem proveito.
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A solidariedade reside nas
bases mais simples da vida, para que a vida se estenda em cânticos de alegria e
glorificação.
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A fonte alimenta o arvoredo
e o arvoredo protege a fonte, oferecendo-nos, com isso, a bênção do fruto.
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As pedras resguardam o
cimento que as reúne e o cimento equilibra as pedras que o consolidam,
doando-nos o refúgio do lar.
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Tudo é independência e
sustentação recíproca nos mínimos recantos da natureza, para que o homem
desfrute o aprendizado da existência no corpo — breve estágio de luta
— para a sublime ascensão à Imortalidade Vitoriosa.
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Atendamos aos impositivos da
fraternidade e compreendamos que a Lei Divina, em tempo algum, nos deseja
confinados ao insulamento que, no fundo, é sempre egoísmo, ainda mesmo quando
nos retiremos do combate humano, a pretexto de conservar a virtude e garantir a
fé.
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A própria família
consanguínea a que todos nós nos enquadramos, quando no mundo carnal, é uma
ordem de assistência mútua.
Ninguém surge na Terra, sem
o carinho do berço e o berço é sempre a ternura de mãe, a desfazer-se em
talentos de paz e luz.
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Honremos ao Senhor que nos
honra com as oportunidades atuais de realização e serviço e amparando-nos, uns
aos outros, de acordo com as nossas deficiências, abreviaremos nosso caminho de
acesso à Felicidade Maior.
Emmanuel