quinta-feira, 30 de junho de 2016

Influência Oculta dos espíritos em nossos pensamentos e nossos atos - Livro dos Espíritos


459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Mais do que imaginais, pois com bastante freqüência são eles que vos dirigem.”

460. De par com os pensamentos que nos são próprios, outros haverá que nos sejam sugeridos?

“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que muitos pensamentos vos acodem a um tempo sobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns dos outros. Pois bem, no conjunto deles estão sempre de mistura os vossos com os nossos. Daí a incerteza em que vos vedes. É que tendes em vós duas idéias a se combaterem.”

461. Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?

“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Mas, afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade.”

462. É sempre de si mesmos que os homens inteligentes e de gênio tiram suas idéias?

“Algumas vezes elas lhes vêm do seu próprio Espírito, porém, de outras muitas, lhes são sugeridas por Espíritos que os julgam capazes de compreendê-las e dignos de transmiti-las. Quando tais homens não as acham em si mesmos, apelam para a inspiração. Fazem assim, sem o suspeitarem, uma verdadeira evocação.”

Se fosse útil que pudéssemos distinguir claramente os nossos pensamentos próprios dos que nos são sugeridos, Deus nos haveria proporcionado os meios de o conseguirmos, como nos concedeu o de diferençarmos o dia da noite. Quando uma coisa se conserva vaga, é que convém assim aconteça.

463. Diz-se comumente ser sempre bom o primeiro impulso. É exato?

“Pode ser bom, ou mau, conforme a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom naquele que atende às boas inspirações.”

464. Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um Espírito bom ou de um Espírito mau?

“Estudai a questão. Os Espíritos bons só para o bem aconselham. Compete-vos discernir.”

465. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal?
"Para que sofrais como eles sofrem."
a) - E isso lhes diminui os sofrimentos?
"Não; mas eles o fazem por inveja de ver seres mais felizes."
b) - Qual natureza de sofrimento querem fazer provar?
"Aquelas que resultam de ser de uma ordem inferior e afastada de Deus."

466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?

“Os Espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a provar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.”

É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

468. Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a vontade do homem repele?

“Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.”

469. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”

470. Os Espíritos que ao mal procuram induzir-nos, e que põem assim em prova a nossa firmeza no bem, procedem desse modo cumprindo missão? E, se assim é, cabe-lhes alguma responsabilidade?

“A nenhum Espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz age por conta própria, sujeitando-se, portanto, às conseqüências. Pode Deus permitir-lhe que assim proceda, para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento. Compete-vos, pois, repeli-lo.”

471. Quando experimentamos uma sensação de angústia, de ansiedade indefinível, ou de íntima satisfação, sem que lhe conheçamos a causa, devemos atribuí-la unicamente a uma disposição física?

“É quase sempre efeito das comunicações em que inconscientemente entrais com os Espíritos, ou da que com eles tivestes durante o sono.”

472. Os Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se limitam a aproveitar as circunstâncias em que nos achamos, ou podem também criá-las?

“Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também costumam criá-las, impelindo-vos, sem que disso vos deis conta, para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas eles podem inspirar ao homem a idéia de tomar aquela direção e sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada, enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as demais tentações.”


Autor
Allan Kardec

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Reencarnação, um dos Pilares do Espiritismo


Nascemos e renascemos para novas vidas, novas escolhas, nova oportunidades, mas quais são os mecanismos que regem esse processo, para alguns missão, para outros expiação, qual o objetivo de nascer e renascer?

Programa Transição Ep. 184

terça-feira, 28 de junho de 2016

História de Sabedoria - Perdido no Deserto


Um homem estava perdido em um deserto, sem esperanças de lá sair... Mesmo assim, ele se pôs a caminhar...
O calor era insuportável...
E ele estava ficando cansado...

De repente ele viu dois animais:
Um camelo velho
E um jovem cavalo

E pensou:
- Vou montar em um dos dois... certamente, conseguirei sair daqui...

Ele avaliou os dois animais e chegou á conclusão que montaria o cavalo, que, por ser mais jovem, provavelmente seria mais rápido...
E assim o fez...
Ele montou o cavalo e saiu em disparada...

Há certa distância, ele olhou para trás e pensou:
- Pobre camelo velho... Irá morrer nesse deserto...

Assim, ele olhou para frente com confiança e seguiu cavalgando...

O cavalo era mesmo rápido e corria muito, mas,
De certa forma, parecia que ele nunca chegava a lugar algum...
E pior... Ele parecia estar andando em círculos...

Com o tempo, o homem e o cavalo estavam ficando “esgotados”...
O cavalo que era rápido diminuiu seus passos e o homem ficou sem forças...
Mas um milagre aconteceu...

Frente á eles, há cerca de 500 metros, o homem avistou um oásis.

Embora muito fracos o cavalo e o homem foram em direção ao salvador oásis...
Mas, sem forças, o cavalo tombou e ambos caíram...
Estavam tão cansados que nem o homem nem o cavalo conseguiram se levantar...

E lá ficaram, caídos, vendo á distância, o oásis que salvaria suas vidas...

De repente, eles avistaram chegando o velho camelo, com seu andar vagaroso passar...
Lento, porém firme...
Desajeitado, porém consistente...
E lá foi o camelo em direção ao oásis...

O homem viu o camelo chegar e beber a água...
Nesse momento ele pensou:
- Como fui tolo... Fiz a escolha errada... por isso, agora morrerei...

Dessa forma, são os homens: perdidos no deserto da ignorância... Que escolhem pela: aparência, força e facilidade...

O cavalo são as idéias e escravidões mentais que se espalham pelo deserto. 
Essas idéias e seus autores carregam “massas” de desesperados
“perdidos no deserto”, para uma queda eminente, antes do objetivo final...

O camelo é sábio. 

Nunca depende de: força, beleza ou facilidades para se chegar ao oásis... 
Ele está sempre pronto a ajudar os desesperados que estão “perdidos no deserto”, mas, que não dependem destes para chegar onde precisam...

São os camelos: velhos sábios a percorrer o deserto de ilusões...

Autor desconhecido

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ele Atenderá - Chico Xavier


Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.
Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporàriamente o sorriso de um ente amado.

Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança; e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.

Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objetivos que procuramos nas conquistas do Espírito.

Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.

Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião do esmorecimento.

Desânimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito. Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifícios, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.

Venha o desânimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar, abençoar e servir sempre.

Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.

Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer. Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias. Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.

Sem que o saibas, êle te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranquilidade e vitória. Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.

Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstância, em que te sinta à beira da queda na tentação ou na angústia, chama por Êle.

Ele te atenderá pelo nome de Deus.

Chico Xavier - Emmanuel

domingo, 26 de junho de 2016


Dá-­nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo; mas, dá­nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito.

O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.

Tu lhe hás dito: “Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte.” Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem­ estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.

Ajudas o homem de boa vontade que em ti confia, pelo que concerne ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo. (Cap. XXV.)

Quantos e quantos sucumbem por culpa própria, pela sua incúria, pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-­se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio e carecem do direito de queixar-­se, pois que são punidos naquilo em que pecaram. Mas, nem a esses mesmos abandonas, porque és infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê­los, desde que, como o filho pródigo, se voltem sinceramente para ti.(Cap. V, nº 4.)

Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos evitá­-la. Consideremos também que Deus nos outorgou a inteligência para tirar-­nos do lameiro, e que de nós depende o modo de a utilizarmos.

Pois que à lei do trabalho se acha submetido o homem na Terra, dá­-nos coragem e forças para obedecer a essa lei. Dá­-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos o respectivo fruto.
Dá-­nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o direito de reclamar o supérfluo.

Se trabalhar nos é impossível, à tua divina providência nos confiamos.

Se está nos teus desígnios experimentar-­nos pelas mais duras provações, malgrado aos nossos esforços, aceitamo-­las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido nesta existência, ou noutra anterior, porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais castigas sem causa.

Preserva­-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem do supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa­-lhes, se esquecem a lei de caridade e de amor do próximo, que lhes ensinaste. (Cap. XVI, nº 8)

Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça, ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já sabemos, graças às novas luzes que te aprouve conceder­-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a prosperidade material do mau é efêmera, quanto a sua existência corpórea, e que experimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele que sofre resignado. (Cap. V, nº 7, 9, 12 e 18)”


Autor
Allan Kardec

sábado, 25 de junho de 2016

Onde está você com seus pensamentos, neste momento?


Será que está presente na conversa com os amigos, ou está longe, viajando por lugares distantes?

Onde está sua felicidade agora?

Será que está junto de você, ou está longe, em objetos distantes, em pessoas que se foram, em bens materiais que você ainda não tem?

Onde está seu sorriso agora?

Está em seu rosto, estampando a sua alegria e confiança na vida?

Ou será que foi levado por alguém que não está mais aqui?

Será que seu sorriso ainda depende dos outros?

Onde está a sua vontade de viver, agora?

Está aí mesmo, dentro de você, chamando-o, a cada minuto, para as oportunidades, para viver os dias, ou está nas mãos de outras pessoas, e você está perdido sem saber para onde ir?

Quem é o dono da sua vida, da sua vontade e da sua motivação?

O que você precisa para ser feliz agora?

Um emprego? Será que você não consegue procurar um pouco mais? Quem sabe mudar os rumos? Ou procurar em lugares onde você nunca havia procurado antes?

Não coloque para si mesmo obstáculos demais!

Será que a felicidade está apenas na conquista de um emprego?

Talvez você precise de um amor.

Então cultive novas amizades! Lembre-se de que a amizade é a fonte do amor verdadeiro!

Procure se aproximar mais das pessoas, quem sabe!

Antes de querer ser amado, ame!

Onde está seu Deus agora?

Será que você já O descobriu dentro de você?

Será que você já O descobriu nas Leis maravilhosas que regem o Universo?

Na proteção que recebemos, nas chances, nos encontros, nas bênçãos da vida?

Será que você já O descobriu nas estrelas, nos mares, nos ventos, no perfume das flores?

Onde está você agora?

No curso mais seguro da vida, tendo sua embarcação sob controle? Ou está à deriva, distraído pelas ilusões que encrespam o oceano todos os dias?

Onde está você agora?

Buscando um sentido maior para tudo, buscando o crescimento espiritual, ou está preocupado com coisas tão pequenas, incomodado com problemas tão simples?

É tempo de saber onde realmente estamos.

É tempo de repensar muitas coisas, de dar um novo sentido a tudo, de redescobrir as coisas mais simples e possíveis, e recriar a vida, colocando-a em seu curso seguro.

Como nos ensinou o Mestre de Nazaré, onde estiver seu tesouro, aí estará também o seu coração.

* * *

Por vezes, nossos olhares se perdem no espaço à procura de algo que se encontra bem perto de nós.

Outras vezes, permitimos que nosso sorriso siga atrelado ao passo de alguém que se afasta de nós...

Nossa alegria, tantas vezes, perde a força por causa de algo insignificante.

Às vezes, permitimos que a nossa vontade de viver se enfraqueça, vencida pelas ilusões e fantasias...

No entanto, para que não deixemos de viver o momento, intensamente, é preciso prestar atenção nas horas, no agora, no hoje, para que não deixemos escapar as mais excelentes oportunidades de construir nossa felicidade duradoura.

Pensemos nisso!

Autor: Momento Espírita

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Amor aos Animais - Reflitamos sobre como temos agido em relação a esses companheiros de jornada


Em fevereiro de 2012, o jornal Daily Mail noticiou que uma australiana, chamada Nicole Graham, e sua filha passeavam em dois cavalos numa praia em Melbourne, na Austrália, quando caíram em um atoleiro semelhante à areia movediça.
Nicole conseguiu se arrastar na lama para ajudar a filha e um dos animais mas, o cavalo chamado Astro, que montava, acabou ficando preso.
Sua filha saiu em busca de socorro. Nicole estava segura e poderia se manter fora do atoleiro, mas não o fez.
Percebeu que quanto mais seu estimado animal se movimentava, na tentativa de levantar, mais seu corpo submergia.
Sentou-se, então, ao lado dele tentando acalmá-lo. Nesse momento quase todo o corpo do animal se encontrava soterrado.
Correndo risco de morte e com o corpo parcialmente coberto pela areia, Nicole permaneceu por três horas com os braços ao redor da cabeça do cavalo, tentando mantê-la erguida, de modo que ficasse para fora da lama até o socorro chegar.
À medida que o tempo passava, o animal corria também risco de afogamento, pois estava à beira-mar e o nível da água subia rapidamente, ao redor do ponto onde ele estava atolado.
Numa cena emocionante de desespero e solidariedade, aquela mulher arriscou a própria vida para salvar a do animal. Demonstrou o quanto o ser humano é capaz de amar a Criação Divina.
Ela não abandonou seu cavalo enquanto ele não foi salvo.
Minutos antes da água tomar conta do local, as equipes de resgate conseguiram tirar Astro da lama.
* * *
É dever do ser humano respeitar e proteger todas as formas de vida.
Os diversos animais que rodeiam nossa existência, no planeta Terra, são também criaturas de Deus e devem ser considerados como irmãos menores.
Podemos nos servir deles sempre que necessário, mas nenhum direito é em si ilimitado.
Eles não estão no mundo com a única finalidade de serem úteis aos homens e devemos ter consciência de que o exercício abusivo de qualquer direito é sempre reprovável.
Deus colocou os animais sob nossa guarda. Temos, portanto, o dever de protegê-los.
As pessoas que amam e cultivam a convivência com os animais, se observarem com atenção, verificarão que várias espécies são portadoras de qualidades que consideramos humanas.
São capazes de ter paciência, prudência, vigilância, obediência e disciplina. Demonstram, muitas vezes, sensibilidade, carinho e fidelidade.
Têm sua linguagem própria, seus afetos e sua inteligência rudimentar.
Dão-nos a ideia de que quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham.
Na convivência com esses seres, devemos estabelecer o limite entre o que é realmente necessário e o que é supérfluo.
Quando estiverem sob nossos cuidados ofereçamos-lhes alimentação adequada, afeto, condições básicas de higiene e tratamento para a saúde sempre que necessário.
Reflitamos sobre como temos agido em relação a esses companheiros de jornada.

Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O que te motiva?


Não sou diferente de você, tenho impulsos de angustia e as vezes me pego entre altos e baixos.
Motivação é algo que busco constantemente, somado a vontade de liberdade, conhecimento, reconhecimento e dinheiro, claro.
Você está agora se perguntando, O que vou fazer da vida?
É difícil você encontrar respostas para sua motivação, se espelhando na vida dos outros, até porque, as pessoas são diferentes, com experiências diferentes.
O que o faz levantar da cama, ir para o trabalho, para a escola, fazer exercícios ou encarar um ônibus lotado no final do dia?
O que nos move é uma exigência interna de liberdade, reconhecimento, participação e paixão.
E é neste tempo de redes sociais virtuais e tão intensas que tudo isso tudo tornou-se ainda mais importante. Talvez por isso tem hoje tanta gente infeliz, buscando algo melhor o tempo todo.
Se você busca satisfação em algo, concentre-se no caminho que deverá percorrer, a graça não está no topo, mas no percurso.
Ele é quem te motiva e lhe dá prazer.
Busque Autonomia. A liberdade é fator essencial para que você possa se sentir bem fazendo algo que talvez nem sabia que gostava.
Se esforce para ser sempre melhor que ontem. Valorize-se.
Viva experiências reais, sinta o cheiro das coisas, toque, veja.
Quando entramos no GOOGLE, a primeira palavra que encontramos é “ Busca”.
Isso resume facilmente a sua vontade constante de buscar algo. Buscar prazer, buscar uma resposta. Buscar não pode ser o problema essencial de sua vida, de sua felicidade. Porque se não, todo resultado encontrado será vago e entediante.
Reflita sobre quais são seus desejos mais íntimos, o que te recompensa verdadeiramente pelos seus esforços.
Evite que te satisfaça a curto prazo.

E afinal, o que te motiva?

Autor: Deivison Pedroza

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Os Portões de Chegada


Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas – desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually – traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador, nos primeiros segundos, confessando que, toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões e ali encontrava o amor por toda parte.
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? - De onde chegam?
Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! - O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!

Por fim, reflita:
Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes esse choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas esse sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.

* * *

Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada,

terça-feira, 21 de junho de 2016

Amas o bastante? (Chico Xavier)



“Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?”
(João, cap. 21, v. 17)
Aos aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado do apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o Mestre suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.
Contudo, o ensinamento é mais profundo.
Naquele instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos serviços redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de seus tutelados do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a vida eterna.
Muito significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular.
Jesus não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador, relativamente a Ele, não reclama compromisso formal.
Pretende saber apenas se Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais dificuldades se resolvem.
Se o discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a tarefa mais dura converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.
É imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais valem muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás efetivo e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.
Emmanuel
(Caminho, Verdade e Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier.)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Criança (Chico Xavier)


Se nos propomos a edificar o futuro com o Cristo de Deus é necessário auxiliar a criança.

Se desejamos solucionar os problemas do mundo, de maneira definitiva, é indispensável ajudar
a criança.

Se buscamos sustentar a dignidade humana, abolindo a perturbação e imunizando o povo contra as
calamidades da delinqüência, é preciso proteger a criança.

Se anelamos a construção da Era Nova, na qual as criaturas entrelacem as mãos na verdadeira
fraternidade, em bases de serviço e sublimação espiritual, é imprescindível socorrer a criança.

Entretanto, convenhamos que os grandes malfeitores da Terra, os fazedores de guerras e os verdugos das nações, via-de-regra foram crianças primorosamente resguardadas contra quaisquer provações na infância.
E ainda hoje os jovens transviados habitualmente procedem de climas domésticos em que a abastança material não lhes proporcionou ensejo a qualquer disciplina pelo conforto excessivo.

Urge, pois, não amparar a criança, mas educar a criança e induzi-la ao esforço de construção
do Mundo Melhor.

Batuíra
por Francisco Cândido Xavier
da obra Despertador - Junho/Julho de 1976.

sábado, 18 de junho de 2016

Acalme meus passos, Senhor!



Acalme meus passos, Senhor!
Desacelere as batidas do meu coração
Acalmando minha mente.
Diminua meu ritmo apressado
Com a visão da eternidade do tempo.
Em meio às confusões do dia a dia,
Dê-me a tranqüilidade das montanhas.
Retire a tensão dos meus músculos e nervos,
com a música tranqüilizante dos rios
de águas constantes, que vivem em minhas lembranças.
Ajude-me a conhecer o poder reparador do sono.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias:
Reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor,
papear com um amigo afagar uma criança, ler um poema, ouvir uma música preferida.
Acalme meu passo, Senhor, para que eu possa
perceber no meio do insensato labor cotidiano
dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos,
a Tua presença constante no meu coração.
Acalme meu passo, Senhor, para que eu possa
Entoar o cântico da esperança,
sorrir para o meu próximo.
E calar-me para escutar tua voz.
Acalme meu passo, Senhor,
e inspira-me a enterrar
Minhas raízes no solo dos valores
duradouros da vida, para que eu possa
crescer até as estrelas do meu
DESTINO MAIOR.
Obrigada Senhor, pelo dia de hoje
Pela família que me deste,
Meu trabalho, e sobre tudo pela
Tua presença em minha vida.
Amém!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Estás Doente? (Chico Xavier - Emmanuel)


Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, atráves da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora. A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prosegues tristes, acabrunhado ou insubmisso? De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou benfeitores espírituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram
à enfermidade. Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo?
A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação: contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisiveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói. e que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutifera, extinguindo as tuas forças? Que gênio milgroso te doará o equilibrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? Por mais que apressem socorristas da Terra e do plano Espíritual em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicidio indireto.
Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do uso, e lembra-te que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos
sempre a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria pelo estudo e pela meditação. não manches teu caminho.
Serve sempre. Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade do ideal que te ilumina o coração permanece convicto de que, se cultivas a oração da fé viva em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

***Emmanuel***

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ser ético é fazer o que é correto quando ninguém está olhando...


Ético significa tudo aquilo que está relacionado com o comportamento moral do ser humano e sua postura no meio social. Ético refere-se à Ética, uma parte da filosofia que estuda os princípios morais que orientam a conduta humana. Mediante uma escolha que possa afetar terceiros, a ética funciona como um juiz que irá avaliar a escolha feita por cada pessoa. Um dilema ético surge quando há necessidade de se fazer uma escolha difícil, desagradável e que implica um princípio moral.


A forma de agir em sociedade determina o comportamento do indivíduo como ético ou antiético. Ser ético ou ter um comportamento ético refere-se a um modo exemplar de viver baseado em valores morais. É o comportamento definido socialmente como bom. Deve-se ter em conta que cada sociedade possui suas próprias regras morais resultantes da própria cultura. Um comportamento antiético resulta da falta de ética ou de uma transgressão das normas definidas em um código ético.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Fé e Perseverança - Memei


Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.
Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.
Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.
Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas.
O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso unguento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto.
O terceiro exclamou com fé:
— Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.
O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa. Em seguida, abençoou-os e partiu...
O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.
Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...
Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alívio, em nome do Senhor.
Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando um dia dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.
Abraçaram-se chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:
— Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.

Do cap. 14 do livro Pai Nosso, de Meimei, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Um pai que mente todos os dias para sua filha... Emocionante!


Muitas vezes pensamos que a vida é injusta contigo, que não temos a dita felicidade.
Mas mal sabemos que a felicidade nasce no simples fato de fazer outro ser humano feliz...

Pense nisso.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Desencarnações Coletivas (Emmanuel)


Emmanuel
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).

RESPOSTA:

Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.

Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.

***

Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.

***

Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.

É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.

***

Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.

Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

(Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19).

sábado, 11 de junho de 2016

O Amor pede passagem - Amor e Perdao impossivel


Fisioterapia do amor. Você conhece essa ação? Alberto Almeida explica sobre isso e conduz como assumir um comportamento diferenciado em meio ao caos de uma determinada situação e a escolher o caminho de amor do perdão. A capacidade de avaliar um acontecimento que afeta a alma e ter o controle emocional para saber lidar com este fato que desestrutura as expectativas são desafios conduzidos pelo médico psicoterapeuta, neste episódio.

Autor: Alberto Almeida

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O Médico Verdadeiro - Dr. Bezerra Menezes


"O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto;

O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mal o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro;

O que sobre tudo pedi um carro para quem não tem como pagar a receita, ou quem diz a quem chora a porta que procure outro;
ESSE NÃO É MÉDICO, É NEGOCIANTE DE MEDICINA que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura.”

(Dr. Bezerra de Menezes)

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Pessoas acomodadas e preguiçosas, qual a consequência espiritual disso?


Muitas pessoas confundem o comodismo com a resignação, e algumas pessoas ficam acomodadas achando que estão se resignando, qual a consequência espiritual disso?

terça-feira, 7 de junho de 2016

A Fé Inabalável – Ramatis


O encontro de tantas pontas de uma mesma estrela faz girar em nossos corações o testemunho da Verdadeira Fé!
A chama eterna do Grande Sol Central incendeia o coração dos homens de fé.

Fé que precisa ser reafirmada, não nos tempo erigidos em pedra, mas nos templos internos.

Fé que precisa ser renovada, a cada obstáculo que parece intransponível.

Fé que precisa do Fogo da Verdade Eterna, que nos lembra a cada instante que nossa caminhada pelas estradas da Evolução espiritual requer peito de remador, bons pensamentos, palavras amenas e ação firme.

Enfrentar de peito aberto ás vicissitudes, e se render às evidências indeléveis da interferência do Sagrado em nossas vidas. Estar de pé, logo cedo, ao amanhecer para enfrentar a batalha do ser “encarnado” no Planeta Terra, e resistir aos arrastamentos da materialidade que tenta nos desviar de nossa missão.

Porém, irmãos, é preciso trilhar o caminho do meio.
Equilíbrio entre o Cosmo e a Terra, para que estejamos preparados para os desafios de termos a consciência de nosso verdadeiro papel neste Sistema Solar, nesta galáxia e no universo.

Mensagem das Plêiades
Por nada detenha teus passo, ah irmão peregrino.
A luz no topo da montanha clama por tua Presença.
Por mais íngreme que pareça a subida, maior é a estrela que te guia.
Ave Lux.
Fiquem na LUZ

Psicografado por Shellah Avelar
Autor: Ramatis

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Uma Flor Rara (Cuide de sua Família)


Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.

O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.

Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.

Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.

E disse à ela:

- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina!

Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.

A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.

Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, ão lhe permitia cuidar da flor.

Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estava, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto.

Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto!

Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido.

Seu pai então respondeu:

- Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!

Reflexão: E você?
Tem cuidado das bênçãos que Deus tem te dado?
Lembre-se da flor, pois como ela são as bênçãos do Senhor: Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.

Autor desconhecido

domingo, 5 de junho de 2016

Dias Difíceis


Há dias que parecem não terem sido feitos para você.

Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que você chega a pensar que conduz o mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao se erguer do leito, pela manhã, encontra a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que lhe arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.

Sente o travo do fel despejado em sua alma, mas crê que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sai à rua para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e se defronta com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros...

Constata o azedume do funcionário ou do balconista que lhe atende mal, ou vê o cinismo de negociantes que anseiam por lhe entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-o imbecil.

Mesmo assim, admite que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.

Encontra-se com familiares ou pessoas amigas que lhe derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a sua harmonia ainda frágil, embora não lhe permitam desabafar as suas angústias, seus dramas ou suas mágoas represadas na alma.

Em tais circunstâncias, pensa que deve aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que você diz recebem interpretação negativa, o carinho que oferece é mal visto, sua simpatia parece mero interesse, suas reservas são vistas como soberba ou má vontade.

Se fala, desagrada... Se cala, desagrada.

Em dias assim, ainda quando se esforce por entender tudo e todos, sofre muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.

São dias de avaliação, de testes impostos pelas Leis que regem a vida terrena, desejosas de que se observe e verifique suas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceber que muita coisa à sua volta passa a emitir um som desarmônico aos seus ouvidos; se notar que escolhendo direito ou esquerdo não escapa da crítica ácida, o seu dever será o de se ajustar ao bom senso.

Instrua-se com as situações e acumule o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que o cercam, para que melhor entenda, para que, enfim, evolua.

Não se esqueça de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há mais de dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal, tratará de se recompor, caso tenha-se deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania: curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de se reerguer com tranquilidade, após o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o seu estádio de provações indispensáveis ao seu processo de evolução.

A você, porém, caberá erguer a fronte, buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poder afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-se firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da sua existência, procure não se entregar ao pessimismo nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que lhe inspirariam o abandono dos seus compromissos, o que seria seu gesto mais infeliz.

Ponha-se de pé, perante quaisquer obstáculos, e seja fiel aos seus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que o trouxeram novamente ao mundo terrestre.

Se lograr a superação suspirada, nesses dias sombrios para você, terá vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e siga com entusiasmo para a conquista de si mesmo, guardando-se em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos seus dias.

Redação do Momento Espírita

sábado, 4 de junho de 2016

A Flor da Honestidade


Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula :

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu :

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio :

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu.

A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.
Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que,independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção.
Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações.
Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor
- Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam , possamos ser luz para aqueles que nos cercam.

Autor: Momento Espírita

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Ciência e Espiritismo - Que tipos de percepção o bebê pode ter antes de nascer?


Quando Começa a VIDA?

O que é conciência pré-natal?

Desenvolvimento fetal e conciência pre-natal

Que tipos de percepção o bebê pode ter antes de nascer?

Como estas percepções ocorrem?

Percepções da fase pré-concepção e de vidas passadas

O que estas experiências podem ocasionar na fase adulta?

Dra. Sonia Doi responda a essas e outras importantes questões.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Desperte e Seja Feliz - Joanna de Ângelis


A ilusão em torno da realidade da matéria responde pelo afã tormentoso de se conquistar o mundo.
Causam impacto as pessoas felizes, que desfilam nos carros do triunfo sob o aplauso volumoso; despertam inveja a juventude louçã, a beleza física, os jogos de prazer imediato; produzem emoções fortes as conquistas dos lugares de relevo e projeção na política, na sociedade, nos negócios; inspiram mágoas aqueles que parecem distantes do poder, na glória, no êxito terrestre...
Todos passam, porém, pelo rio do tempo e transformam-se. Risos se convertem em lágrimas, primazias cedem lugar ao abandono; bajulações são substituídas pelo desprezo; beleza e juventude são alteradas pelos sinais da dor, do desgaste e do envelhecimento.
Tudo se modifica no mundo, menos os tesouros da harmonia íntima, da fé iluminada pela razão, da certeza da imortalidade, da verdadeira comunhão com Deus, que se conservam inalterados no Espírito.
Desse modo, somente quanto o ser se encontra com a própria consciência, e age com equilíbrio, é que consegue a vitória real.

(Texto extraído do Livro “Desperte e seja Feliz”, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ditado por Joanna de Ângelis.)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Ouvindo Corações - A Vida só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.


Grande sabedoria é poder olhar a vida com olhos de ver. Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual. Ir além das aparências.

Não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue. Somos tudo isso e mais a essência, o Espírito.

É essa essência que nos faz ficar enfermos ou recuperar a saúde apesar de portadores de uma doença sem bons prognósticos.

Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções. Mas, a essência não pode ser esquecida.

Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico. Depois de alguns anos, mal conseguia se levantar da cama pela manhã porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas.

De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar.

Para que tudo aquilo, afinal? Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem.

Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos. O importante não era mudar de hospital, de atividade. Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente.

E sugeriu que, a cada dia, durante quinze minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo: O que me surpreendeu hoje? O que me perturbou ou me emocionou? O que me inspirou?

Ele tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada.

A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta. Procurasse histórias.

Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela, outra vez e lhe falou das suas experiências. Estava mudado. Sereno.

Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que regredira poucos centímetros.

O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes.

Certo dia, observando uma jovem mulher, que ele operara de um câncer no ovário, tudo mudou.

Ela estava muito debilitada pela quimioterapia. Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos. As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas.

Como ela conseguia aquilo?

Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte. Uma força que a estava curando.

E começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença.

As respostas eram muito diversas. O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir.

E percebeu que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia. Algumas até lhe davam presentes.

Mudou o seu relacionamento com os doentes. Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido. Presente de um paciente.

Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu:

Ouvir os corações, Rachel. Ouvir os corações.

* * *

Todas as vidas têm um significado. Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente. Por vezes, é somente enxergar a rotina de uma forma diversa.

A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição.

Mas só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração.

Redação do Momento Espírita