sábado, 31 de janeiro de 2015

O Nó do Afeto - Reflexão


Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.

Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.

E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.

Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.

E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?

Redação Momento Espírita

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Chico Xavier - Exemplo de Humildade - Emocionante


Reporter: "Como que o senhor, uma pessoa tão procurada por todos os brasileiros, leva uma vida tão humilde e tão simples?"
Chico: "Eu ainda sou um privilegiado... Deus me deu um lugar para ficar, almoço uma vez por dia... Isso é uma felicidade."
Médium

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Receita De Felicidade ( Toquinho )


Pegue uns pedacinhos de afeto e de ilusão

Misture com um pouquinho de amizade

Junte com carinho uma pontinha de paixão

E uma pitadinha de saudade.

Pegue o dom divino maternal de uma mulher

E um sorriso limpo de criança

Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer

Com o eterno brilho da esperança.

Peça emprestada a ternura de um casal

E a luz da estrada dos que amam pra valer

Tenha sempre muito amor
Que o amor nunca faz mal.


Pinte a vida com o arco-íris do prazer

Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental

E um sonho sempre pode acontecer.
Pegue o dom divino maternal de uma mulher


E um sorriso limpo de criança

Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer

Com o eterno brilho da esperança.
Peça emprestada a ternura de um casal

E a luz da estrada dos que amam pra valer


Tenha sempre muito amor
Que o amor nunca faz mal

Pinte a vida com o arco-íris do prazer

Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental

E um sonho sempre pode acontecer

Toquinho

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Das Pedras - Cora Coralina



Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.

Cora Coralina

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Não Desistas do Bem - Mensagem de Irmã Scheilla


Seja qual for a dificuldade, persevera no Bem.
Fracasso é lição.
Dor é porta de acesso a esferas superiores.
Quem te agride não te conhece por dentro.
Os que te desprezam, desconhecem tua essência.
Pensa no Bem e esquece o mal.
Rompe as algemas que te atam ao pessimismo.
Mentaliza o progresso e abraça a tarefa nobilitante.
O tempo tudo encaminha e a tudo corrige.
Entra no clima da prece sincera, em cuja atmosfera ouvirás a voz do Mais Alto.
Segue para frente, confiando em Deus e em ti.
A felicidade do amanhã começa no pensarnento que cultivares agora.
Abraça o ideal elevado, entregando-te ao Bem possível.
No final, a vitória será sempre do amor.

Chico Xavier - Scheilla

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Deus te Abençoe (Poema) - Chico Xavier


Deus te abençoe o gesto de carinho,
Alma da caridade, branda e pura,
Pela migalha de ventura
Aos tristes do caminho.

Deus te abençoe a refeição sem nome
Que trazes, cada dia,
Aos cansados viajores da agonia
Que esmorecem de fome.

Deus te abençoe a roupa restaurada
Com que vestes, contente,
A penosa nudez de tanta gente
Que vagueia na estrada!...

Deus te abençoe a bolsa de esperança
Que abres, a sós, sem que ninguém te espreite,
Para a gota de leite
Destinada à criança...

Deus te abençoe o pano do lençol
Com que envolves, em doce cobertura,
Os enfermos que choram de amargura,
À distância do sol.

Deus te abençoe, por onde fores,
E te conserve as luzes
Em que extingues, removes ou reduzes
Os problemas, as lágrimas e as dores!

Deus te abençoe a fala humilde e santa,
Com que aplacas a ira
Da calúnia, do escárnio, da mentira,
Na frase que perdoa e que levanta.

Caridade, que o teu nome ressoe,
Pleno de amor profundo,
E por tudo o que fazes neste mundo,
Deus te guarde e abençoe!...

Poema publicado no livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.
Irene Ferreira de Souza Pinto

domingo, 25 de janeiro de 2015

A Honra Também se Ensina


É comum, em nossos dias, ouvirmos reclamações por parte de pessoas que se sentiram desrespeitadas em seus direitos.

É o médico que marca uma hora com o paciente e o deixa esperando por longo tempo, sem dar satisfação.

É o advogado que assume uma causa e depois não lhe dá o encaminhamento necessário, deixando o cliente em situação difícil.

É o contador que se compromete perante a empresa a providenciar todos os documentos exigidos por lei e, passados alguns meses, a empresa é autuada por irregularidades que esse diz desconhecer.

É o engenheiro que toma a responsabilidade de uma obra, que mais tarde começa a ruir, sem que ele assuma a parte que lhe diz respeito.

É o político que faz muitas promessas e, depois de eleito, ignora a palavra empenhada junto aos seus eleitores.

Esses e outros tantos casos acontecem com frequência nos dias atuais.

É natural que as pessoas envolvidas em tais situações, exponham a sua indignação junto à sociedade, e reclamem os seus direitos perante a justiça.

Todavia, vale a pena refletir um pouco sobre a origem dessa falta de honradez por parte de alguns cidadãos.

Temos de convir que todos eles passaram pela infância e, em tese, podemos dizer que não receberam as primeiras lições de honra como deveriam.

Quando os filhos são pequenos não damos a devida importância às suas más inclinações ou, o que é pior, as incentivamos com o próprio exemplo.

Se nosso filho desrespeita os horários estabelecidos, não costumamos cobrar dele a devida atenção.

Se prometem alguma coisa e não cumprem, não lhes falamos sobre o valor de uma palavra empenhada.

Ademais, há pais que são os próprios exemplos de desonra. Prometem e não cumprem. Dizem que vão fazer e não fazem. Falam, mas a sua palavra não vale nada.

É importante que pensemos a respeito das causas, antes de reclamar dos efeitos.

É imprescindível que passemos aos filhos lições de honradez.

Ensinar aos meninos que as filhas dos outros devem ser respeitadas tanto quanto suas próprias irmãs.

Ensinar que a palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha.

Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas e horas para, só depois, atender, como se estivéssemos fazendo um grande favor.

Enfim, ensinar-lhes a fazer aos outros o que gostariam que os outros lhes fizessem, conforme orientou Jesus.

* * *

Não há efeito sem causa. Todo efeito negativo, tem uma causa igualmente negativa.

Por essa razão, antes de reclamar dos efeitos, devemos pensar se não estamos contribuindo com as causas, direta ou indiretamente.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita

sábado, 24 de janeiro de 2015

Nos dias difíceis - Emmanuel


Nos dias difíceis, reflete nos outros dias difíceis que já se foram.

Depois de atravessados transes e lutas que supunhas insuperáveis, não soubeste explicar a ti mesmo de que modo os venceste e de que fontes hauriste as forças necessárias para te sustentares e refazeres, durante e depois das refregas sofridas.

Viste a doença no ente amado assumir gravidade estranha e sem que lograsses penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiu a medicação ou a providência ideais que a arrebataram da morte.

Experimentaste a visitação do desânimo, à frente dos obstáculos que te gravaram a vida, mas sem que te desses conta do amparo recebido, largaste o desalento das trevas e regressaste à luz da esperança.

Crises do sentimento que se te afiguravam invencíveis, pelo teor de angústia com que te alcançaram o imo da alma, desapareceram como por encanto sem que conseguisses definir a intervenção libertadora que te restituiu à tranqüilidade.

Sofreste a ausência_de_seres_imensamente_queridos, chamados pela desencarnação, por tarefas inadiáveis, a outras faixas de experiência. No entanto, sem que dependesses qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, passando a nutrir-te o coração com edificante apoio afetivo.

Tudo isso, entretanto, sucedeu porque persististe na fé, aguardando e confiando, trabalhando e servindo, sem te entregares à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à Bondade de Deus para agir em teu benefício.

Nas dificuldades em andamento, considera as dificuldades que já venceste e compreenderás que Deus, cujo infinito amor te sustentou ontem, sustentará também hoje.

Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas obrigações, de vez que a paciência, no centro delas, é o dom de esperar por Deus, cooperando com Deus sem atrapalhar.

Chico Xavier - Emmanuel

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mãos Marcadas


Senhor!
Quando me deres
O privilégio do renascimento
No berçário do mundo, ante as necessidades que apresento
E aquelas que não vejo,
Eis, Senhor, o desejo
Em que dia por dia me aprofundo:
Deixa-me renascer em qualquer parte,
Entretanto, que eu possa acompanhar-te
Onde constantemente continuas
Trabalhando e servindo em todas as estradas
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Quanta ilusão quando me debatia
Crendo que o desespero fosse prece,
A rogar-te alegria e esperança
Sem que nada fizesse!
Imitava na Terra o lavrador
A temer a pedra e lama, vento e bruma,
Aguardando milagres de colheita
Sem plantar coisa alguma.
Entretanto, Senhor, agora sei
Que o trabalho é divino compromisso,
Estímulo do Céu guiando-nos os passos
E que, atendendo à semelhante lei
Puseste ambas as mãos em nossos braços
Por estrelas de amor e de serviço.

Assim, quando efetues
As esperanças em que me agasalho
E estiver entre os homens, meus irmãos,
Que eu me esqueça em trabalho
E me lembre das mãos...

Não me dês tempo para lastimar-me,
Que eu busque tão-somente a luz que me acenas...
No anseio de seguir-te
Quero o trabalho apenas.

Dá que eu seja contigo, onde estiveres,
Uma rósea de paz... Que eu seja alguém
Sem destaque e sem nome
Que se olvide no bem.
E se um dia uma cruz de provas e de agravos
Reclamar-me a tarefa e o coração,
Não me largues ao susto a que me enleie,
Ajuda-me a entregar as próprias mãos aos cravos
Da incompreensão que me rodeie,
Entre bênçãos e fé e preces de perdão!

Não consintas que eu volte ao tempo morto
Da ilusão convertida em desconforto,
Dá-me os calos da paz nas tarefas do bem,
A servir sem perguntar a quem...
Ouve, celeste amigo,
Aspiro a estar contigo,
Longe de minhas horas desregradas,
Onde sempre estiveste e sempre continuas
Plantando o amor em todas as estradas,
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Maria Dolores (Uberaba, 03 de Junho de 1972)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Conquistador Incomparável


Os conquistadores se cercam de legiões de mercenários e de soldados. Estabelecem estratégias de combate e planos ousados de conquistas.
Os conquistadores amealham tesouros da Terra e com eles pretendem estender o seu poder.
Os que os seguem o fazem aguardando recompensas generosas. Ou, então, serem brindados com cargos que lhes conferirão, igualmente, poder e dinheiro.
Ele foi um Conquistador diferente. Chegou tendo sido inicialmente anunciado aos corações simples e ouvidos atentos. Há muito aguardado, teve confirmada Sua identidade em várias oportunidades.
Seu Pai enviou um Mensageiro especial para Lhe anunciar o nascimento e um coral magnífico coroou de esplendor a notícia alvissareira.
Na noite quase fria, envolto em panos, sob a luz de brilhante estrela, Ele Se fez presente entre os homens.
Mostrou-Se à beira de um rio, entre pessoas rudes, mas esperançosas. Teve como arauto um mensageiro de voz vigorosa, que dizia ter vindo ao mundo para aplainar as veredas do Senhor.
O nome desse mensageiro era João. E, tendo-O identificado, endereçou-Lhe os dois primeiros Apóstolos, consciente de que Ele era o Cordeiro de Deus, o Messias cantado pelo povo, esperança da Humanidade.
Os conquistadores desejam homens adestrados em armas e selecionam os seus seguidores entre os que demonstram agilidade, precisão e eficácia.
Ele escolheu homens do povo. Pescadores da Galiléia, um letrado, um vendedor de quinquilharias, um adolescente apaixonado pelas notícias dos Céus.
Doze deles compuseram Seu colegiado mais próximo. Outros setenta e dois, a quem lecionou a arte da compreensão e da paz íntima, elegeu como mensageiros da Sua chegada.
Dois a dois, esses foram à frente, anunciando pelas aldeias e cidades que o Reino de Deus se fazia próximo. E que o Filho do Rei já Se encontrava entre eles.
Tudo para que, quando Ele chegasse, a população já O aguardasse, na expectativa da Boa Nova que Ele traria.
Estrategista excelso, planificou com detalhes a abordagem aos simples e aos poderosos.
Esteve na praça, nas estradas, nas montanhas, no vale. Pregou nas sinagogas, no templo suntuoso de Jerusalém, nas casas dos que O acolhiam.
Distribuiu a Sua palavra, alertando que os que tivessem ouvidos de ouvir, ouvissem.
A ninguém constrangeu a segui-Lo. O Seu era o convite para a paz. Quem a desejasse, que O seguisse.
Fez amigos por toda parte. Em Betânia, era acolhido, pelos irmãos Marta, Maria e Lázaro, com todo amor.
Pelas bandas de Tiro e Sidon, o lar de um amigo O acolheu, generoso, em Sua passagem.
Um certo Simão Lhe ofereceu um banquete, às quase vésperas de Sua prisão e morte. Um anúncio de despedida.
Jesus. Ninguém que O igualasse. Ninguém que realizasse, com tanta doçura e firmeza, a conquista de tantos corações.
Passados mais de 20 séculos de Seu retorno ao Mundo Espiritual, Sua presença permanece viva nos corações.
Sua vida, Seus atos, Seus feitos são contados, estudados em detalhes, por todos os que se fazem ávidos da Sua tão cantada paz.
Jesus, um Conquistador Incomparável. Sigamo-Lo.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Anjos de Guarda


Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos?

Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável.

Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele.

Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho.

Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa.

O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja.

E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas.

Ou para quem caminha só nas estradas do mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu.

Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste.

Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo.

É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha.

É ele que nos sussurra aos ouvidos: Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!

Ou nos incentiva: Vá em frente! Esforçe-se! Estou com você!

É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus.

Foi Deus quem aí o colocou. e ele permanece por amor de Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão.

Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia.

Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa.

Sua ação é sempre regulada, porque se fôssemos simplesmente teleguiados por ele não seríamos responsáveis pelos nossos atos.

Também não progrediríamos se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões.

O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem confia em suas próprias forças.

E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende.

Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente.

Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual.

E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.

* * *

Você pode ter se transviado no mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos.

Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela sua guarda, permanece vigilante.

Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas.

Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens.

Pense nisso!

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Judas Socorrido por Jesus


O texto Evangélico relata que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, após o terceiro dia de sua morte.
O diálogo estabelecido entre Ele e Madalena neste acontecimento, está narrado em forma de poema pelo Espírito Maria Dolores, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, sob o título Amor e Perdão do livro Coração e Vida, o final desse diálogo apresentado a seguir, revela o imenso amor de Jesus, que após a sua morte, vai ao encontro de Judas, que se enforcou, ao constatar que o Mestre fora crucificado por culpa de sua insensata ambição política.

“ Senhor, onde estivestes? Mas Jesus Respondeu:
Não Maria, não fui ainda ao alto. Nem me elevei sequer um palmo a luz do firmamento.
Quem ama não consegue achar o céu de um salto. Ao invés de subir
aos altos esplendores, desci, mas desci muito aos reinos inferiores.
Despertando no túmulo escutei os gritos de aflição de alguém que
muito amei, e que muito amo ainda.
Embora visse além a luz sempre mais linda. Sentia nesse alguém um
amado companheiro, em crises de tristeza e de loucura.
Fui à sombra abismal para a grande procura.
E ao reencontra-lo, amargurado e louco, a ponto de não mais me conhecer.
Demorei-me a afaga-lo, e pouco a pouco, consegui que ele enfim,
pudesse adormecer.
Senhor? Interrogou Madalena.
Quem é o amigo que te fez descer antes de procurar a Luz do Pai?
Mas Jesus replicou em voz clara e serena:
Maria, um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai. Antes de
me altear a celeste alegria, ao sol do mesmo amor a Deus em que te enlevas.
Vali-me após a cruz, das grandes horas mudas, e desci para as trevas, a fim
de aliviar a imensa dor de Judas”.

Essa revelação, via mediúnica, esclarecendo onde esteve o Cristo nos três dias após de sua morte, fato não registrado no Novo Testamento, de-monstra sobretudo, a extensão da infinita misericórdia de Jesus, para todos os sofredores.

Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem!

Maria Dolores - Chico Xavier

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Os Benefícios pagos com a Ingratidão


Que pensar das pessoas que, sofrendo ingratidão por benefícios prestados, não querem mais fazer o bem, com medo de encontrar ingratos?

Essas pessoas têm mais egoísmo do que caridade, porque fazer o bem somente para receber provas de reconhecimento, é deixar de lado o desinteresse, e o único bem agradável a Deus é o desinteressado. São ainda orgulhosas, porque se comprazem na humildade do beneficiado, que deve rojar-se aos seus pés para agradecer-lhes. Aquele que busca na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu, mas Deus a reservará para o que assim não procede.

É necessário ajudar sempre aos fracos, mesmo sabendo-se de antemão que os beneficiados não agradecerão. Sabeis que, se aquele a quem ajudais esquecer o benefício, Deus o considerará mais do que se fosseis recompensados pela sua gratidão. Deus permite que às vezes sejais pagos com a ingratidão, para provar a vossa perseverança em fazer o bem.

Como sabeis, aliás, se esse benefício, momentaneamente esquecido, não produzirá mais tarde os seus frutos? Ficai certos, pelo contrário de que é uma semente que germinará com o tempo. Infelizmente, não vedes nunca além do presente, trabalhais para vós, e não tendo em vista os semelhantes. A benemerência acaba por abrandar os corações mais endurecidos; pode ficar esquecida aqui na Terra, mas quando o Espírito se livrar do corpo, ele se lembrará, e essa lembrança será o seu próprio castigo. Então, ele lamentará a sua ingratidão, desejará reparar a sua falta, pagar a sua dívida noutra existência, aceitando mesmo, freqüentemente, uma vida de devotamento ao seu benfeitor. É assim que, sem o suspeitadores, tereis contribuído para o seu progresso moral, e reconhecereis então toda a verdade desta máxima: um benefício jamais se perde. Mas tereis também trabalho para vós, pois tereis o mérito de haver feito o bem com desinteresse, sem vos deixar bater pelas decepções.

Ah!, meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que, na vida presente, vos ligam às existências anteriores! Se pudésseis abarcar a multiplicidade das relações que aproximam os seres uns dos outros, para o seu mútuo progresso, admiraríeis muito melhor a sabedoria e a bondade do Criador, que vos permite reviver para chegardes a ele!

Evangelho Segundo o Espiritismo

domingo, 18 de janeiro de 2015

O maior problema é o nada da vida!


Ninguém sabe nada de nada. Quem diz que sabe é pretensioso e tolo. Afinal, quem controla o quê?

Literalmente, conforme disse Jesus, não posso acrescentar sequer um metro a mais ao curso de meu caminhar na Terra.

Num minuto está tudo bem. No outro um tufão de tristeza e emoções podem simplesmente dar contra a nossa existência.

Entretanto, quando existem razões objetivas para a dor, ainda está tudo bem. O duro é quando você olha e se pergunta: Mas o que houve de fato aqui que possa explicar o volume de dor e problemas que gerou?

Sim! Pois, o maior problema é o que não existe!

Ora, o problema existente tem solução objetiva e simples, até mesmo quando não tem solução... Em tal caso, é deixar, pois, a não solução já é a solução.

Porém o problema inexistente somente existe em um lugar no qual não há critérios de mensurabilidade: o interior e a subjetividade.

A questão é que a maior parte dos problemas nasce do que não é ou não existe de modo real e objetivo!

Sim! São problemas de comunicação ou excessos de interpretação!

Sim! São problemas relacionados ao que se disse ter perdoado sem que se tenha jamais perdoado!

Sim! São desejos e antipatias inconscientes e que se transformam em guerra sem sentido!

Sim! São disputas inconscientes por razão e razão!

Sim! São projeções e transferências que são feitas e que pintam o outro de diabo!

Sim! Problemas inexistentes são o diabo nas entrelinhas!

Quando você estiver apoquentado, antes de tudo se pergunte: Qual o nível de existência desse problema?

Ora, na realidade a maioria dos problemas não resiste sequer à resposta objetiva que se possa dar a tal questão!

Assim, não se enrole nos novelos que não existem, pois, de fato, tais linhas invisíveis são as que mais nos prendem ao nada que se apresenta a nós com o poder do tudo, embora nada seja.

Pense nisto!

sábado, 17 de janeiro de 2015

Deus Disse Não


Nas horas difíceis, quando lembramos de rogar a Deus por Seu socorro, nem sempre sabemos interpretar a Sua resposta.
No entanto, a resposta sempre chega de conformidade com as nossas necessidades e merecimentos.
Um homem que costumava fazer pedidos específicos a Deus, um dia conseguiu entender a Sua resposta e escreveu o seguinte:
Eu pedi a Deus para tirar a minha dor. Deus disse não. "Não cabe a Mim tirá-la, mas cabe a você desistir dela."
Eu pedi a Deus para fazer com que meu filho deficiente físico fosse perfeito. Deus disse não. "Seu Espírito é perfeito e seu corpo é apenas provisório."
Eu pedi a Deus para me dar paciência. Deus disse não. "A paciência nasce nas tribulações. Não é doada, é conquistada."
Eu pedi a Deus para me dar felicidade. Deus disse não. "Eu lhe dou bênçãos. A felicidade depende de você."
Eu pedi a Deus para me proteger da dor. Deus disse não. "O sofrimento o separa dos apelos do Mundo e o traz para mais perto de Mim."
Eu pedi a Deus para me fazer crescer em Espírito. Deus disse não. "Você tem que crescer sozinho, mas Eu o podarei para que você possa dar frutos."
Eu pedi a Deus todas as coisas para que eu pudesse gostar da vida. Deus disse não. "Eu lhe dou vida para que você possa gostar de todas as coisas."
E, por fim, quando pedi a Deus para me ajudar a amar os outros, tanto quanto Ele me ama, Deus disse:
"Finalmente você captou a idéia!"
* * *
Se, porventura, você está se sentindo triste por não ter recebido do Pai Criador a resposta que desejava, volte a sorrir.
O sol beija o botão da flor e ela sorri.
A chuva beija a terra e ela, reverdecida, sorri.
O fogo funde os metais e esses, depurando-se, expressam formas para sorrir.
Vai a dor, volta a esperança.
Foge a tristeza, volta a alegria.
* * *
Certa vez um discípulo rogou, emocionado, ao seu mestre:
Senhor, quando identificarei a plenitude da paz e da felicidade, vivendo neste Mundo atribulado de enfermidades e violências?
O mestre, compassivo, respondeu:
Quando puder ver com a suavidade do meu olhar as mais graves ocorrências, sem julgamento precipitado;
Quando lograr ouvir com a paciência da minha compreensão generosa;
Quando puder falar auxiliando, sem acusação nem desculpismo;
Quando agir com misericórdia, mesmo sob as mais árduas penas e prosseguir sem cansaço no caminho do bem entre espinhos pontiagudos, confiando nos objetivos superiores, você se identificará comigo e gozará de felicidade e paz.
O aprendiz ouviu, meditou, e, levantando-se, partiu pela estrada do serviço ao próximo, disposto a conjugar o verbo amar, sem cansaço, sem ansiedade e sem receio.
* * *
Se, porventura, você está triste por não ter recebido a resposta que desejava do Pai Criador, volte a amar e a sorrir.
Só assim vai a dor e volta a esperança.
Foge a tristeza e volta a alegria.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Deus de Eterna Bondade


Deus de eterna bondade, em prece de louvor entrego-te minha alma,
sê bendito meu pai em todos os recursos, ferramentas, processos e medidas dos quais te utilizasses à fim de que eu perceba que tudo devo à ti.
Agradeço-te pois o tesouro da vida,
a presença do amor,
a constância do tempo,
o sustento da fé,
o calor da esperança que me acena o porvir,
o santo privilégio de servir,
o pensamento reto que me faz discernir o que é mau e o que é bem, na clara obrigação de nunca desprezar ou de ferir alguém ...
Agradeço-te ainda, a visão das estrelas à esmaltarem de glória o lar celeste,
as flores do caminho,
os braços que me amparam e os gestos de carinho dos corações queridos que me deste.
Por tudo te agradeço e QUANDO te aprouver despojar-me dos bens com que me exaltas ... ensina-me senhor à devolver tudo o que me emprestas-te ...
Mas por piedade ó pai , deixa-me em tudo por apoio e dever , a benção de ACEITAR e o dom de COMPREENDER. "

Chico Xavier - Maria Dolores

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Educação - Reflexão


Dia desses lemos, em um adesivo colado no vidro traseiro de um veículo, a seguinte advertência:
Minha educação depende da tua.
Ficamos a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa dessa forma.
Ora, se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto a quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos.
Ademais, se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seríamos apenas o resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fôssemos um espelho.
A educação, segundo o Codificador do Espiritismo Allan Kardec, é a arte de formar caracteres e, por conseguinte, é o conjunto de hábitos adquiridos.
Assim sendo, como fica a nossa educação se refletir tão somente o comportamento dos outros, como uma reação apenas?
O verdadeiro caráter é forjado na luta. Na luta por dominar as más tendências, por não revidar uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.
Um amigo tinha o costume de dizer: Bateu, levou. Um dia perguntamos se ele admirava os mal-educados que tanto criticava.
Imediatamente ele se posicionou em contrário: É claro que não!
Então questionamos outra vez: Se não os admira, por que você os imita?
Ele ficou um tanto confuso, pensou um pouco e respondeu: É, de fato deveríamos imitar somente o que achamos bonito.
Dessa forma, a nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos ainda da falta de educação dos outros.
Todos os ensinamentos do Cristo, a quem a maioria de nós diz seguir, nos recomendam apresentar a outra face.
Imaginemos se Jesus, o Mestre, tivesse nos ensinado: Se alguém te bater numa face, esmurra-lhe a outra. Ou então: Faz aos outros tudo aquilo que não desejas que te façam. Nós certamente não o aceitaríamos como Modelo e Guia.
Assim sendo, lutemos por nos educar segundo os preceitos do Mestre de Nazaré que, diante dos momentos mais dolorosos de sua vida, manteve a calma e tolerou com grandeza todas as agressões sofridas.
Não nos espelhemos nos que não são modelos nem de si mesmos. Construamos o nosso caráter com os exemplos nobres.
Quando tivermos que prestar contas às leis que regem a vida, não encontraremos desculpas para a nossa falta de educação, nem poderemos jogar a culpa nos outros, já que Deus nunca deixou a Terra sem bons exemplos de educação e dignidade.
* * *
Não adotemos os costumes comuns que nada têm de normais.
O normal é cada um buscar a melhoria íntima com os recursos internos e externos que Deus oferece.
As rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, se abrem para oferecer ao mundo o seu inconfundível perfume.
O sândalo, por ser uma árvore nobre, deixa suave fragrância impregnada no machado que lhe dilacera as fibras.
Assim, nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar...


Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na bênção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe. Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga;
a superior, alivia; a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

-Chico Xavier

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Forca no Celeiro - O Pai Que Tenta Ajudar o Filho...


Havia um fazendeiro muito trabalhador e muito rico. Ele tinha dezenas de abastadas fazendas, milhares de cabeças de gado, centenas de cavalos de raça, muitos empregados. Mas, a sua grande preocupação era com seu único filho, que ao contrário do fazendeiro não gostava de trabalhar. Vivia apenas em festas, farras, churrascadas, seguido e bajulado por um grupo de “amigos”.

O pai advertia-o que aquelas pessoas só estavam do lado dele por interesse e que não eram amigos de verdade. O homem também o aconselhava a se preparar para administrar com sabedoria todos os bens que herdaria.

Mas, as palavras entravam por um ouvido e saíam pelo outro e o rapaz continuava a fazer exatamente tudo aquilo que o pai dele pedia para ele não repetir. Foi então que o homem resolveu mandar construir um celeiro na fazenda principal. E nesse celeiro ele mesmo forjou uma grande forca. No chão, ele escreveu em grandes letras a frase: “para eu nunca esquecer os conselhos do meu pai”.

Ele chamou o filho e o levou ao celeiro e disse que já sabia por inteiro o destino do filho depois que morresse. Ele não saberia administrar os bens herdados, contrairia vultosas dívidas, seria ignorado pelos antes amigos e começaria a se desfazer de cada uma das coisas que ele recebeu. Quando chegasse esse dia, o pai pediu que ele fosse ao celeiro e usasse a forca. O rapaz ficou muito assustado por um tempo, mas depois voltou a se comportar tão dissolutamente quanto antes.

O fazendeiro morreu. E ele estava certo. O filho não sabia administrar o que herdou. Meteu-se em muitos negócios que pareciam lucrativos mas se revelaram estúpidos, contraiu dívidas, viu sumir os amigos e começou a vender os bens que possuía.

Quando só restava-lhe o celeiro, resolveu atender ao desejo do pai. Foi até a forca. Pôs a corda no pescoço e desejou: “Perdão, pai... Ah! Se eu tivesse uma segunda chance”. E se atirou..

Descobriu que a forca era oca. De dentro dela caíram muitas pedras preciosas: diamantes, esmeraldas, rubis, etc.

No meio das joias valiosas, um papel com a letra do pai: “Eu o amo muito. Aproveite bem essa segunda chance”.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Há muitas Moradas na Casa de Meu Pai


1. Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim.
Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito,
pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos
houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu
estiver, também vós aí estejais. ( S. JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.)

Diferentes estados da alma na erraticidade

2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam
no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes
ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também
podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme
se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão
ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações
que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da
esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto
alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente
claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado
de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que
constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o
justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível.
Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Prece da Cura




"Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas!

Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.

Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.

Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.

Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.

Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.

Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.

Que a Tua paz esteja com todos nós."

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Você é Capaz - Reflexão Espírita


Conta-se que, numa tarde nublada e fria, duas crianças patinavam, sem preocupação, sobre um lago congelado.

De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.

A outra, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo da camada de gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, até que conseguiu quebrá-la e salvá-lo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!

Naquele instante, apareceu um ancião e disse:

Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram: Como?

E o ancião respondeu:

Não havia ninguém por perto para lhe dizer que não conseguiria fazê-lo!

É bem possível que você já tenha desistido de algum projeto, ou deixado de tentar, porque havia alguém ao seu lado para dizer que você não seria capaz.

É bem provável que, em algum momento, você tenha fraquejado diante de um empreendimento porque alguém demonstrou falta de confiança em seu potencial de realização.

Muitos de nós somos demasiadamente influenciáveis pelos que nos rodeiam.

O que devemos levar em conta, nesse contexto, é que nem todas as pessoas têm a mesma disposição e a mesma visão das situações. O que para uma parece impossível, para outra é de fácil concretização.

Existem, também, pessoas extremamente pessimistas, que enxergam barreiras em tudo. E outras são exageradamente entusiastas, e até um tanto inconsequentes.

Assim sendo, é importante que cada um saiba avaliar seu próprio potencial e se disponha a realizar o melhor para sua vida.

* * *

Quantas vezes você pensou em desistir, em deixar de lado ideais e sonhos...

Quantas vezes bateu em retirada, com o coração amargurado pela injustiça...

Quantas vezes sentiu o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir...

Quantas vezes sentiu solidão, mesmo tendo pessoas à volta...

Quantas vezes falou, sem ser notado...

Quantas vezes lutou por uma causa perdida...

Quantas vezes voltou para casa com a sensação de derrota...

Quantas vezes as lágrimas teimaram em cair, justamente quando precisava parecer forte...

Quantas vezes pediu a Deus um pouco mais de força, um pouco mais de luz...

A resposta sempre acaba vindo, seja lá como for: um sorriso, um olhar de aprovação, um cartão, um bilhete, um gesto de gratidão, de amor...

E você insiste!

Insiste em prosseguir. Em acreditar mais uma vez, em transformar, em dividir, em estar, em ser...

E você sabe por que insiste em continuar?

Porque sabe que tem uma missão a cumprir.

Por essas e outras razões, tenha sempre em mente que você é capaz, senão Deus não teria lhe confiado essa missão que só você é capaz de realizar.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Apaixone-se


Sempre que um novo dia amanhece e os nossos sentidos buscam captar as belezas que nos cercam, temos vontade de abrir as janelas da alma e inspirar com força a brisa fresca que brinca com a folhagem verde.

Sempre que um novo ano se apresenta fazemos planos para novas realizações.

No entanto, muitos não abriram os olhos físicos para saudar o ano que se inicia ou termina, nem para contemplar o alvorecer do dia de hoje ou despedir-se do sol, quando o crepúsculo enfeita a noite com seu manto negro bordado de estrelas...

Mas você está vivo!

E quando muitos não percebem sequer os canteiros floridos onde as borboletas bailam e o gramado se espreguiça, estendido como um tapete verde e macio, convidando a brincar...

E enquanto outros saem apressados para suas atividades do dia, sem se dar conta de que hoje é o nosso melhor momento, um poeta se deteve para escrever este belo conselho em forma de poema:

Apaixone-se pelo mistério que nos cerca, pelo ar que você respira, pelas árvores e pelas estrelas.

Olhe com atenção para as flores. A visão é antes uma ação do cérebro que dos olhos.

Ouça o vento nas folhas, o canto dos pássaros e o tagarelar das crianças.

O ouvir é uma arte que depende mais da mente que do ouvido. Olhos e ouvidos são canais fantásticos que levam mensagens até você; eles serão inúteis se, em sua alma, não habitar a vontade de ver e de ouvir.

Apaixone-se por sua capacidade de se autotransformar para melhor. Você é um pouco deus na exata medida em que pode, por sua própria vontade e determinação, construir uma pessoa melhor.

O caminho da perfeição é infinito, mas cada passo nesta estrada é fonte cristalina de pura felicidade.

Ninguém é tão miserável que não possa dar um primeiro passo na direção certa, assim como ninguém é tão perfeito que já não precise caminhar.

Apaixone-se pelo saber, devore livros, raciocine, converse com pessoas inteligentes, ouça boas músicas, olhe com atenção para as obras de arte.

Os artistas, os filósofos, os poetas, os cientistas veem, ouvem e sentem mais que a maioria dos homens, e é mister aprender com eles.

Pergunte, discuta, descubra, polemize, investigue, faça experiências.

Dê o melhor de seu esforço em tudo o que faz. Ajude seu próximo e sua comunidade e descobrirá o verdadeiro significado das palavras “é dando que se recebe”.

Receberá em moeda divina, receberá em dignidade, sensibilidade, grandeza de Espírito e amor-próprio.

Trabalhe com o cérebro e com as mãos. Transforme o mundo em um lugar melhor para se viver.

Não polua, proteja a natureza, conserte sua calçada, plante flores em sua casa e em sua rua.

Lembre-se sempre de que cada atitude sua, cada movimento seu, será sempre na direção do bem ou do mal. Seu, de seus semelhantes ou de seu mundo.

Apaixone-se pelo progresso, por sua capacidade de se transformar e de transformar o mundo.

Apaixone-se por uma pessoa que ainda vai nascer.

Uma pessoa capaz de fazer perguntas, como Aristóteles ou Platão, capaz de ouvir, como Vivaldi ou Verdi, capaz de ver a natureza, como Van Gogh ou Renoir e tantos outros, capaz de usar as mãos com a habilidade de um Rodin ou de um Michelangelo.

Apaixone-se pela tarefa de ser parteiro de si mesmo, pela missão de dar-se à luz por vontade própria.

Apaixone-se por você amanhã.

Mas faça isso, enquanto é hoje...

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Homem Triste


Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados, indagou em silêncio por que vagueio pelas ruas.
Talvez por isso apressou o passo e, ainda que eu quisesse chamar, a palavra desfaleceu na boca.
É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati de porta em porta, em vão...
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade.
Outros, desconhecendo que vendi minha melhor roupa, para aliviar a esposa enferma, me despediram apressados, crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão.
Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrine, a gritar palavras duras, como se eu fosse um malfeitor vulgar.
Contudo, acredite, nem me passou pela mente a déia de furto. Apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçar com fome, quando retorno à casa.
Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando que eu fosse um bêbado, porque eu tremia, apoiado ao poste.
Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias.
A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação.
Agradeço a dádiva que me ofereça, em nome do Cristo, que dizemos amar, e peço para que me restitua a esperança, a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco, para que eu saiba, apesar de todo meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.
* * *
Esta é a mensagem de um homem triste, quiçá como tantos que vemos perambulando pelas ruas.
É bem verdade que alguns são de fato pessoas que se comprazem na ociosidade.
Todavia, há os desafortunados que, apesar de trabalhar a vida toda, não puderam ajuntar moedas para o sustento próprio e da família e que, chegada a madureza, são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora sejam pessoas dignas.
É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papéis e outros objetos recicláveis, para prover o próprio sustento.
São nossos irmãos de caminhada evolutiva que não têm coragem de viver da mendicância. Por isso trabalham com dignidade.
Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis.
O que não nos damos conta é que, além do peso do carrinho, têm ainda que carregar sobre os ombros o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente.
É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos, e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente.
Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai­ Criador e merecedores sem dúvida, no mínimo, do nosso respeito.
Se não os podemos ajudar, que não os atrapalhemos jogando-lhes palavras amargas nem menosprezando-os, dificultando ainda mais a sua caminhada.
* * *
Muitas pessoas que hoje vivem na miséria já foram pessoas muito ricas em outras existências e vice-versa.
As Leis Divinas a todos nos reservam as lições que necessitamos para progredir.
E a lógica diz que aquele que é rico e esbanja sua fortuna em futilidades e em proveito próprio, precisa passar por necessidades materiais para aprender a valorizar os tesouros que Deus lhe empresta, a fim de que possa progredir.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Mensagem do homem triste, pelo Espírito Meimei, do livro Ideal espírita, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Tempo e o Vento


Depois de criar o homem, Deus pôs-se a pensar

O que eles farão da vida, sem o medo dela passar
Criou então algo novo que consumisse a vida aos poucos
E como moeda de troca fosse gasto a cada evento
Usaríamos a todo instante sem ter direito a troco
E a ele deu um nome, batizou-o então de TEMPO

Mas logo após criá-lo, notou que não o sabiam usar
Viviam de forma tola, como se nunca fosse acabar
Mas como exigir que o homem pudesse saber gerir
Algo que não podia tocar, nem mesmo ver ou sentir
Então o grande Arquiteto criou um irmão pro tempo
Possível de ser sentido, lhe deu o nome de VENTO

Esqueçam portanto o tempo
Difícil de compreender
Aprendam mirando o vento
Que em poesia ensina a viver

O vento quando se apressa, e sopra o seu vigor
Destrói o que lhe atravessa, causando pânico e dor
Já sua brisa leve, constante e cadenciada
Transporta pequenos grãos, e parece não dar em nada
Mas muitos pequenos grãos, de forma coordenada
Constroem dunas enormes, semeiam a terra arada

O vento só anda pra frente
Não lembra por onde passou
Por saber viver o presente
É jovem e nunca cansou

Às vezes, sopra tão leve a ponto de silenciar
Assim como fazemos com o tempo,
Passamos a questionar
Estaria ele ainda aqui? Difícil imaginar
Mas bastam alguns segundos, para termos de respirar
Então nos parece claro, que Deus com seu dedo em riste
Nos fala de forma firme: "Não é só o que tu vês que existe"

Juntos, o tempo e vento, nos passam a grande lição
Vivam daqui pra frente
Saibam pedir perdão

Construam sem ansiedade, não deixem de acreditar
Devagar se chega longe, o que nos atrasa é parar
Creiam no que não veem, saibam agradecer
Busquem menos posses, preocupem-se mais em ser
Bailem por onde passam, espalhem a esperança
Ajudem o que é mais velho, encantem uma criança
Partam sem deixar mágoas, demonstrem o seu apreço
Onde veem um fim é sempre um novo começo

Meu tempo ainda é mistério, de tudo já ouvi falar
Uns dizem que um dia acaba, que tenho de aproveitar
Mas de outros ouvi também, com muita convicção
Que a vida é só passagem e a morte, conexão
Mas Deus me deu o vento, para o tempo melhor entender
Lhe deixo a face aberta, e peço pra responder
Uivando em meus ouvidos, sussurra então pra mim:
"Meu jovem, não se preocupe, seu tempo não terá fim
Por mais que seu corpo acabe, e pó você venha a virar
Lhe carregarei no colo, e seu pó irei semear
Te transformarás em flores e vidas irás enfeitar
Ou mesmo talvez em frutos, pra outros alimentar
Estarás então em tudo, assim como eu estou
Serás como tempo e vento, irás para onde vou
Não espere esse dia chegar, já podes compreender
Onde avistam seus olhos, em tudo que pode ver
Existe a unidade, são todos pedaços seus
Por isso és dito homem, mas revelo-te: também és Deus!"

Eduardo Moreira (autor de "Encantadores de Vidas")

sábado, 3 de janeiro de 2015

Iniciando um Novo Ano


Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos manifestando cansaço maior.

Seja porque as festas se multipliquem (são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já nos vamos preparando para as viagens de férias de logo mais.

De uma forma ou de outra, é comum se escutar as pessoas desabafarem dizendo que desejam mesmo que se acabe logo o ano.

Quem muito sofreu, deseja que ele se acabe e aguarda dias novos, de menos dores.

Quem perdeu amores, deseja que ele se acabe de vez, na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao coração esfacelado pelas ausências.

Quem está concluindo algum curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam cheguem logo, para descansar de tanto esforço.

E assim vai. Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido de deixar algo para trás. Algo que não foi muito bom.

Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com contentamento, pois eles lhe foram propícios. Esses, almejam que os dias futuros reprisem esses valores de alegria, de afeto, de coisas positivas.

Ano velho, ano novo. São convenções marcadas pelo calendário humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro rei.

Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um estado diferente.

Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem um fim útil, também assim é com a questão do tempo como o convencionamos.

Cada dia é um novo dia. A noite nos fala de repouso. A madrugada nos anuncia oportunidade renovada.

Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de ruim, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar planos para o futuro próximo.

Por tudo isso, por esta ensancha que a Divindade nos permite a cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, pense que você pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia.

Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca. Libere-se daquelas coisas que você guarda nos armários, na garagem, no fundo do quintal.

Coisas que estão ali há muito tempo, que você guarda para usar um dia. Um dia que talvez nunca chegue. Pense há quanto tempo elas estão ali: meses, anos... Esperando.

São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que você não usa há anos. Libere armários, espaços.

Coisas antigas, superadas são muito úteis em museus, para preservação da memória, da evolução da nossa História.

Doe o que possa e a quem seja mais útil.

Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve.

Depois, pense em quanta coisa inútil você guarda em seu coração, em sua mente.

Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais amigos que lhe rasgaram as carnes da alma...

Alije tudo de si. Mentalmente, coloque tudo em um grande invólucro e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que as levará para além, para o mar do esquecimento.

Deseje para si mesmo um ano novo diferente. E comece leve, sem essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade.

Comece o novo ano olhando para frente, para o alto. Estabeleça metas de felicidade e conquistas.

Você é filho de Deus e herdeiro do Seu amor, credor de felicidade.

Conquiste-a. Abandone as dores desnecessárias, pense no bem.

Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem bem.

Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido, alcançar objetivos nobres.

Comece o ano pensando em como você pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva.

Programe-se para vencer. Programe-se para fazer ouvidos moucos aos que o desejam infelicitar e avance.

Programe-se para ser feliz. O dia surge. É ano novo. Siga para a luz, certo que com vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas disposições.

É ano novo. Pense novo. Pense grande. Seja feliz.

Redação do Momento Espírita.

Almas Perfumadas


Tem gente que tem cheiro
de passarinho quando canta,
de sol quando acorda,
de flor quando ri.

Ao lado delas,
a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas,
a gente se sente comendo pipoca na praça,
lambuzando o queixo de sorvete,
melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro
de colo de Deus,
de banho de mar
quando a água é quente e o céu é azul.

Ao lado delas,
a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.

Ao lado delas,
a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo,
sonhando a maior tolice do mundo
com o gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas,
pode ser abril,
mas parece manhã de Natal,
do tempo em que a gente acordava
e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro
das estrelas que Deus acendeu no céu
e daquelas que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas,
a gente não acha que o amor é possível,
a gente tem certeza.

Ao lado delas,
a gente se sente visitando um lugar feito de alegria,
recebendo um buquê de carinhos,
abraçando um filhote de urso panda,
tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas,
saboreamos a delícia do toque suave
que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro
de cafuné sem pressa,
do brinquedo que a gente não largava,
do acalanto que o silêncio canta,
de passeio no jardim.

Ao lado delas,
a gente percebe que a sensualidade
é um perfume que vem de dentro
e que a atração que realmente nos move
não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.

Ao lado delas,
a gente lembra que no instante em que rimos
Deus está conosco, juntinho, ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente como você,
que nem percebe como tem a alma perfumada
e que esse perfume é dom de Deus.

Ana Jácomo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Atitude no Lar - Reflexão Espírita


Certa vez, uma criança de sete anos perguntou à sua mãe, que era famosa apresentadora de programa de tv:
Mãe, por que na tela da televisão você sempre aparece sorrindo e feliz e em casa está sempre séria e nervosa?
A mãe, pega de surpresa, respondeu:
É porque na televisão eu sou paga para sorrir.
E a filha, mais que depressa, tornou a perguntar:
Mãe, quanto você quer ganhar para sorrir também em nossa casa?
* * *
A pergunta da garotinha nos oferece motivos de reflexão.
Por que não sorrir no melhor lugar do mundo, que é o nosso lar? Por que não dar para os nossos tesouros mais preciosos, o melhor?
Você já parou para observar um irrigador de grama em funcionamento?
Girando, ele irriga toda a grama à sua volta. Mas quando chegamos mais perto, observamos que a grama que está próxima do irrigador, está seca.
O irrigador molha a grama que está distante de si, mas não consegue molhar a grama que está mais próxima.
Será que em nossa família estamos agindo à semelhança do irrigador de grama?
Se estamos, é hora de mudar com urgência. Verifiquemos que, quando um amigo vem à nossa casa, colocamos um sorriso no rosto.
Procuramos ser prestativos, companheiros, perguntamos como ele está, o que tem feito.
Somos extremamente simpáticos. Nosso rosto é a própria expressão da alegria e da camaradagem.
Batemos carinhosamente em suas costas. Olhamos com respeito e amizade nos seus olhos. Sorrimos e sorrimos muito.
Toda nossa atenção, durante o tempo em que ele está conosco, é para ele. Deixamos as nossas atividades habituais, largamos o jornal, deixamos de assistir o programa de televisão de que tanto gostamos.
Termina a conversa, o amigo precisa ir embora e despedimo-nos. Acompanhamo-lo até à porta, ficamos acenando até ele desaparecer na rua.
Agora, voltamos para o interior da nossa casa e para nossa família.
Como que num passe de mágica, nosso rosto se fecha, ficamos carrancudos.
Vamos ler nosso jornal em silêncio e que ninguém nos perturbe. Passamos a ser outra pessoa.
Junto ao amigo somos pessoas simpáticas e sorridentes. Junto à nossa família somos antipáticos e exigentes. Por quê?
Será que os nossos amores não merecem a nossa atenção e o nosso carinho?
* * *
Se você se deu conta que está agindo mais ou menos como um irrigador de grama, reverta logo a situação.
Ainda hoje, enquanto você está com seus filhos, sua esposa, seus pais, seja alegre.
Converse. Interesse-se pela vida deles. O que eles fazem enquanto você está na escola, no trabalho, na rua?
Eles estão com algum problema? Gostariam de contar?
Sorria. Conte histórias de bom conteúdo. Relate fatos de sua experiência. E sorria.
Sobretudo, abrace com carinho, beije com amor.
Agindo assim, a casa se transformará em um lar.
E ainda hoje todos serão mais felizes.

Redação Momento Espírita

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Mensagem de Ano Novo


Quando se é pequeno tudo o que você deseja se torna bem mais simples do que parece.

Construir o próprio patrimônio, chegar a lua, ter o emprego dos sonhos, viajar pelo mundo.

O engraçado é que você cresce e maioria desses desejos permanece com você por muito tempo.

Alguns vão continuar apenas como sonhos, outros podem até virar realidade, mas para isso é preciso que você responda a uma pequena pergunta: O que você quer ser quando crescer?

Astronauta, médico, bombeiro.

Saber essa resposta, não será o fim das suas buscas e sim o seu ponto de partida para várias outras. É através dela que o seu futuro começa a ser desenhado, é ela que transforma o plano louco em algo totalmente possível.

Comigo não foi diferente, assim como você, eu queria o improvável, o surpreendente, o inovador, fazer o que ninguém mais seria capaz de realizar, ir tão longe que nenhuma outra pessoa pudesse me alcançar, ser o descobridor de uma nova era, ou quem sabe, de um novo tempo.

Na verdade eu queria mesmo era realizar os meus desejos, assim como numa brincadeira de criança, conquistar tudo aquilo que parecia improvável: o trabalho dos sonhos, a família perfeita, e porque não, viajar pelo espaço.

Não cheguei a ser astronauta, não fui bombeiro e muito menos médico, mas experimentei o novo, comecei do zero, fiz de tudo e tudo de uma forma diferente. Servi a aeronáutica, vendi jornais, verduras e picolé, trabalhei como ajudante na construção civil, fui operador de produção, pintor e até artesão.

O meu primeiro patrimônio não foi nenhum castelo, vendi muito esterco e metal para adquiri-lo.

Talvez todas essas funções não me permitiram enxergar mais longe naquele momento, mas com certeza permitiu-me ter experiência suficiente para crescer com humildade, amadurecer, ter responsabilidades, experimentar a minha capacidade de empreender para viver e estar a frente do tempo em que vivia.

E você, tem sonhado com o que? Quais os seus planos para chegar lá? Ficar parado não vai lhe trazer nenhum resultado inovador, não lamente a sua sorte, não tenha vergonha do que faz, posso te dar um conselho, sonhe, experimente, faça o novo, busque a concretização dos se sonhos todos os dias, escolha fazer o que você gosta, não apenas aquilo que lhe traz dinheiro, ele virá naturalmente através de seus esforços. Seja fiel aos seus valores, faça com amor e seja o melhor naquilo que faz, lembre-se você é o único responsável pelo seu êxito, coloque-se sempre em primeiro plano, ame o próximo, na mesma proporção que se ama, somos todos capazes de ser e fazer, não deixe que façam por você, erre e erre de novo, e através do seu erro ganhe experiência, não seja tão duro com você mesmo.

E quando tudo parecer difícil volte a ser criança novamente, sem nenhum medo de responder aquela simples pergunta, o que você quer ser quando crescer.
Autor desconhecido