domingo, 30 de novembro de 2014

No Curso da Vida (André Luiz - Chico Xavier)


— Exemplifique o bem desinteressado.
Os nossos atos demonstram a proximidade ou a distância em que vivemos da Lei Divina.

— Viva com alegria.
O presente já faz parte de nossa vida imortal.

— Pondere cada atitude.
Tanto é difícil saber fazer quanto saber não fazer.

— Evite o isolamento sistemático.
Somos peças integrantes do ambiente em que existimos.

— Entenda a função da posse efêmera.
Nem a riqueza e nem a privação expressam virtude.

— Não fuja ao começo.
A caridade corrige qualquer erro.

— Estude incansavelmente.
Alcançar novos conhecimentos é formular novas indagações.

— Cultive confiança.
Com temor não há progresso.

— Seja paciente na dor.
Crise, muitas vezes, é o nome que aplicamos à transformação do mal em bem.

— Amolde-se aos padrões do Evangelho.
Na essência, o mundo atual permanece quase o mesmo da época de Jesus.

(Ideal Espírita - Andre Luiz - Francisco Candido Xavier)

sábado, 29 de novembro de 2014

Oração diante da palavra


Senhor!
Deste-me a palavra por semente de luz.
Auxilia-me a cultivá-la.
Não me permitas envolvê-la na sombra que
projeto.
Ensina-me a falar para que se faça o melhor.
Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.
Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.
Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.
Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.
Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A vida me ensinou...


A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Sono e os sonhos


O Espírito encarnado permanece voluntariamente no envoltório corporal?

— E como perguntar se o prisioneiro está satisfeito sob as chaves. O Espírito encarnado aspira incessantemente à libertação, e quanto mais grosseiro é o envoltório, mais deseja ver-se desembaraçado.

Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

—Não, o Espírito jamais fica inativo. Durante o sono, os liames que o unem ao corpo se afrouxam e o corpo não necessita do Espírito. Então, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.

Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

— Pelos sonhos. Sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdades que no estado de vigília. Tem a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com os outros espíritos, seja deste mundo, seja de outro.

Freqüentemente dizes: “Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nenhuma verossimilhança”. Enganas-te. E quase sempre uma lembrança de lugares e de coisas que viste ou que verás numa outra existência ou em outra ocasião. O corpo estando adormecido, o Espírito trata de quebrar as suas cadeias para investigar no passado ou no futuro.

Pobres homens, que conheceis tão pouco dos mais ordinários fenômenos da vida! Acreditais ser muito sábios, e as coisas mais vulgares vos embaraçam. A esta pergunta de todas as crianças: “O que é que fazemos quando dormimos; o que são os sonhos?”, ficais sem resposta.

O sono liberta parcialmente a alma do corpo. Quando o homem dorme, momentaneamente se encontra no estado em que estará de maneira permanente após a morte. Os Espíritos que logo se desprendem da matéria, ao morrerem, tiveram sonhos inteligentes. Esses Espíritos, quando dormem, procuram a sociedade dos que lhes são superiores: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram concluídas, ao morrer. Destes fatos deveis aprender, uma vez mais, a não ter medo da morte, pois morreis todos os dias, segundo a expressão de um santo.

Isto para os Espíritos elevados; pois a massa dos homens que, com a morte, devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza de que vos têm falado, vão seja a mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições os chamam, seja à procura de prazeres talvez ainda mais baixos do que possuíam aqui; vão beber doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que as que professavam entre vós. E o que engendra a simpatia na Terra não é outra coisa senão o fato de nos sentirmos, ao acordar, ligados pelo coração àqueles com quem acabamos de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer. O que explica também as antipatias invencíveis é que sentimos, no fundo do coração, que essas pessoas têm uma consciência diversa da nossa, porque as conhecemos sem jamais as ter visto. E ainda o que explica a indiferença, pois não procuramos fazer novos amigos, quando sabemos ter os que nos amam e nos querem. Numa palavra: o sono influi mais do que pensais, sobre a nossa vida.

Por efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é isso o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, em encarnar-se entre vós. Deus quis que durante o seu contato com o vício pudessem eles retemperar-se na fonte do bem, para não falirem, eles que vinham instruir os outros. O sono é a porta que Deus lhes abriu para o contato com os seus amigos do céu; é o recreio após o trabalho, enquanto esperam o grande livramento, a libertação final que deve restituí-los ao seu verdadeiro meio.

O sonho é a lembrança do que o vosso Espírito viu durante o sono; mas observai que nem sempre sonhais, porque nem sempre vos lembrais daquilo que vistes ou de tudo o que vistes. Isso porque não tendes a vossa alma em todo o seu desenvolvimento; freqüentemente não vos resta mais do que a lembrança da perturbação que acompanha a vossa partida e a vossa volta, a que se junta a lembrança do que fizeste ou do que vos preocupa no estado de vigília. Sem isto, como explicaríeis esses sonhos absurdos, a que estão sujeitos tanto os mais sábios quanto os mais simples? Os maus Espíritos também se servem dos sonhos, para atormentar as almas fracas e pusilânimes.

De resto, vereis dentro em pouco desenvolver-se uma outra espécie de sonhos; uma espécie tão antiga como a que conheceis, mas que ignorais. O sonho de Joana, o sonho de Jacó, o sonho dos profetas judeus e de alguns indivíduos indianos: esse sonho é a lembrança da alma inteiramente liberta do corpo, a recordação dessa segunda vida de que há pouco eu vos falava.

Procurai distinguir bem essas duas espécies de sonhos, entre aqueles de que vos lembrardes; sem isso, cairíeis em contradições e em erros que seriam funestos para a vossa fé.

Comentário de Kardec: Os sonhos são o produto da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos lugares os mais distantes ou que jamais se viu, e algumas vezes mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança que retraça na memória os acontecimentos verificados na existência presente ou nas existências anteriores. A extravagância das imagens referentes ao que se passa ou se passou em mundos desconhecidos entremeadas de coisas do mundo atual formam esses conjuntos bizarros e confusos que parecem não ter senso nem nexo.

A incoerência dos sonhos ainda se explica pelas lacunas decorrentes da lembrança incompleta do que nos apareceu no sonho. Tal como um relato ao qual se tivessem truncado frases ou partes de frases ao acaso: os fragmentos restantes sendo reunidos, perderiam toda significação racionai.

Por que não nos recordamos sempre dos sonhos?

— Nisso que chamais sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito esta em movimento. No sono, ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros, seja neste ou em outros mundos. Mas como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo Espírito, mesmo porque o Espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo.

Que pensar da significação atribuída aos sonhos?

— Os sonhos não são verdadeiros, como entendem os ledores da sorte, pelo que é absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra. Eles são verdadeiros no sentido de apresentarem imagens reais para o Espírito, mas que, freqüentemente, não têm relação com o que se passa na vida corpórea. Muitas vezes, ainda, como já dissemos, são uma recordação. Podem ser, enfim, algumas vezes, um pressentimento do futuro, se Deus o permite, ou a visão do que se passa no momento em outro lugar a que a alma se transporta. Não tendes numerosos exemplos de pessoas que aparecem em sonhos para advertir parentes e amigos do que lhes está acontecendo? O que são essas aparições senão a alma ou o Espírito dessas pessoas que se comunicam com a vossa? Quando adquiris a certeza de que aquilo que vistes realmente aconteceu, não é isso uma prova de que a imaginação nada tem com o fato, sobretudo se o ocorrido absolutamente não estava no vosso pensamento durante a vigília?

Freqüentemente se vêem em sonhos coisas que parecem pressentimentos e que não se cumprem; de onde vêm elas?

— Podem cumprir-se para o Espírito, se não se cumprem para o corpo. Quer dizer que o Espírito vê aquilo que deseja, porque vai procurá-lo. Não se deve esquecer que, durante o sono, a alma está sempre mais ou menos sob a influencia da matéria e por conseguinte não se afasta jamais completamente das idéias terrenas. Disso resulta que as preocupações da vigília podem dar, àquilo que se vê, a aparência do que se deseja ou do que se teme. A isso é que realmente se pode chamar um efeito da imaginação. Quando se está fortemente preocupado com uma idéia, liga-se a ela tudo o que se vê.

Quando vemos em sonho pessoas vivas, que conhecemos perfeitamente, praticarem atos em que absolutamente não pensam, não é isso um efeito de pura imaginação?

— Em que absolutamente não pensam? Como o sabes? Seus Espíritos podem vir visitar o teu, como o teu pode visitar os deles, e nem sempre sabes o que pensam. Além disso, freqüentemente aplicais, a pessoas que conheceis, e segundo os vossos desejos, aquilo que se passou ou se passa em outras existências.

É necessário o sono completo, para a emancipação do Espírito?

— Não. O Espírito recobra a sua liberdade quando os sentidos se entorpecem; ele aproveita para se emancipar, todos os instantes de descanso que o corpo lhe oferece. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, e quanto mais fraco estiver o corpo, mais o Espírito estará livre.

Comentário de Kardec: É assim que o cochilar, ou um simples entorpecimento dos sentidos, apresenta muitas vezes as mesmas imagens do sonho.

Parece-nos, às vezes, ouvir cm nosso íntimo palavras pronunciadas distintamente e que não têm nenhuma relação com o que nos preocupa. De onde vêm elas?

— Sim, e até mesmo frases inteiras, sobretudo quando os sentidos começam a se entorpecer. É, às vezes, o fraco eco de um Espírito que deseja comunicar-se contigo.

Muitas vezes, num estado que ainda não é o cochilo, quando temos os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras das quais apanhamos os pormenores mais minuciosos. É um efeito de visão ou de imaginação?

— Entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar a sua cadeia: ele se transporta e vê, e se o sono fosse completo, isso seria um sonho.

Têm-se às vezes, durante o sono ou o cochilo, idéias que parecem muito boas e que, apesar dos esforços que se fazem para recordá-las, se apagam da memória. De onde vêm essas idéias?

— São o resultado da liberdade do Espírito, que se emancipa e goza, nesse momento, de mais amplas faculdades. Freqüentemente, também, são conselhos dados por outros Espíritos.

a) De que servem essas idéias ou esses conselhos, se a sua recordação se perde e não se pode aproveitá-los?

— Essas idéias pertencem, algumas vezes, mais ao mundo dos Espíritos que. ao mundo corpóreo, mas o mais freqüente é que, se o corpo as esquece, o Espírito as lembra, e a idéia volta no momento necessário, como uma inspiração do momento.

O Espírito encarnado, nos momentos em que se desprende da matéria e age como Espírito, conhece a época de sua morte?

— Muitas vezes a pressente, e às vezes tem dela uma consciência bastante clara, o que lhe dá, no estado de vigília, a sua intuição. É por isso que algumas pessoas prevêem, às vezes, a própria morte com grande exatidão.

A atividade do Espírito, durante o repouso ou o sono do corpo, pode fatigar a este?

— Sim, porque o Espírito está ligado ao corpo, como o balão cativo ao poste. Ora, da mesma maneira que as sacudidas do balão abalam o poste, a atividade do Espírito reage sobre o corpo, e pode produzir-lhe fadiga.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O Homem de Bem


O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.

Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.

Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.

O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.

Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.

É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam como ele.

Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.

Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.

Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.

Não tenta fazer valer o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar a vantagens dos outros.

Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.

Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.

Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.

O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente. (Ver cap.XVII, nº 9)

O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.

Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Somos semeadores


Quem planta árvores, colhe alimento.
Quem planta flores, colhe perfume.
Quem semeia trigo, colhe pão.
Quem planta amor, colhe amizade.
Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem planta a vida, colhe milagres.
Quem semeia verdade, colhe a confiança.
Quem semeia fé, colhe a certeza.
Quem semeia carinho, colhe gratidão.

No entanto, há quem prefira semear tristeza e colher amargura.

Plantar discórdia e colher solidão. Semear vento e colher tempestade.

Plantar ira e colher inimizade... Plantar injustiça e colher abandono.

Somos semeadores conscientes, espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor.

Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Amor


Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas
Sem tê-las aprendido,
E se pudesse falar em qualquer idioma
Que há na terra e até no céu,
Mas, não tivesse amor, as minhas palavras,
Seriam como o barulho de um gongo
Ou o som de um sino
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus,
Ter todo o conhecimento,
Entender todos os segredos e ter tanta fé,
A ponto de tirar as montanhas de seus lugares,
Mas, se não tivesse amor, eu não seria nada
Se eu desse aos pobres tudo o que tenho
E até entregasse o meu corpo para ser queimado,
Mas, não tivesse amor, isso não teria valor algum
O amor é muito paciente e bondoso
O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso
Não é arrongante, nem egoísta
Não se irrita, nem fica magoado
O amor não se alegra com a injustiça
Mas fica feliz com a verdade
Ele nunca desanima e suporta tudo
Com fé, esperança e paciência
O AMOR É ETERNO...

Há mensagens espirituais, mas durarão pouco
Existem dons de falar em línguas estranhas,
Mas acabarão logo
Há conhecimento, mas terminará também
Pois os nossos dons de conhecimento
E as nossas mensagens espirituais
Existem somente em parte
Mas, quando vier o que é perfeito,
Então o que existe em parte será extinto
Quando eu era menino, a minha maneira de falar,
De sentir e de pensar, era de menino
Agora que já sou homem,
Não tenho mais essas coisas de menino
O que agora só podemos ver e compreender
Um pouquinho de Deus
Como se estivessemos observando seu reflexo
Num espelho muito ruim
Mas chegará o dia
Quando o veremos integralmente face a face...

Tudo o quanto sei agora é obscuro e confuso
Mas depois verei tudo com clareza
Tão claramente
Como Deus esta vendo agora mesmo,
O interior do meu coração
Agora pois permanecem três coisas:
A fé, a esperança e o amor
Porém a maior delas é o amor!

Autor desconhecido

domingo, 23 de novembro de 2014

Confiemos Alegremente


Lembra-te das mercês que o Senhor te confere pelos braços do tempo e espalha gratidão e alegria onde estiveres...
Repara as forças da Natureza, a emergirem, serenas, de todos os cataclismos.
Corre a fonte cantando pelo crivo do charco...
Sussurra a brisa melodias de confiança após a ventania destruidora...
A árvore multiplica flores e frutos além da poda...
Multidões de estrelas rutilam sobre as trevas da noite...
E cada manhã, ainda mesmo que os homens se tenham valido da sombra para enxovalhar a terra com o sangue do crime, volve o Sol, em luminoso silêncio, acalentando homens e vermes, montes e furnas.
Ainda mesmo que o mal te golpeie transitoriamente o coração, recorda os bens que te compõem a riqueza da saúde e da esperança, do trabalho e do amor, e rejubila-te, buscando a frente.
Tédio é deserção. Pessimismo é veneno.
Encara os obstáculos de ânimo firme e estampa o otimismo em tua alma para que não fujas aos teus próprios compromissos perante a vida.
Serenidade em nós é segurança nos outros.
O sorriso de paz é arco-íris no céu de teu semblante.
"Regozijai-vos sempre"- diz-nos o apóstolo Paulo. E acrescentamos: - rejubilemo-nos em tudo com a Vontade de Deus, porque a Vontade de Deus significa Bondade Eterna.
Chico Xavier - Emmanuel

sábado, 22 de novembro de 2014

A Perfeição da Paciência


"A próxima dessas perfeições, uma muito importante, é a perfeição da paciência.

Este é o antídoto contra a raiva. Este é um assunto importante que surge apenas na superfície. Mas acho que todos podemos apreciar que em nossa vida cotidiana, nossa vida familiar, nosso local de trabalho, e assim por diante, há um campo maravilhoso para a prática da paciência.

Mesmo dirigindo por estas estradas, eu estou muito bem disciplinada... Bem vindos à Índia.. ( risos...)

Mas mesmo assim, dirigindo e tudo o mais, é maravilhoso. Ótimas oportunidades para praticar como relaxar internamente, e não reagir com irritação, frustração, raiva..

Então, como desenvolver a paciência?

Como havia dito, este é um assunto importante e só podemos falar sobre um ou dois pontos aqui.

Mas um deles é normalmente quando alguém nos aborrece e nos deixa bravos, nós o consideramos como um obstáculo para nossa tranquilidade e paz, para que sejamos pessoas boas e amigáveis. Eu estaria ótima se não fosse pelo meu terrível vizinho, ou meu chefe desagradável, ou minha esposa, marido, quem quer que seja. É o problema deles.
Eles são os causadores de todas as minhas dificuldades, então, eu tenho do direito de estar brava.

No desenvolvimento da paciência, nós reconhecemos que esta é uma qualidade espiritual muito importante. Não reagir com raiva em relação a algo que consideramos como sendo o oposto.
Assim, como qualquer treino, como qualquer qualidade, precisamos praticar isso.

É muito fácil sermos amorosos, amigáveis e gentis quando estamos cercados de pessoas que sejam amorosas, amigáveis e gentis. (risos... )

Aqui, por exemplo, todos são tão amáveis, sorriem e se curvam diante da chance de serem úteis e gentis... e isso é maravilhoso.

Mas isso pode nos levar a um falso sentido de complacência. A de que o outro também seja amoroso, amigávei e gentil em todas as circunstâncias, porque nós o conhecemos assim. Portanto, a fim de praticarmos a paciência, nós precisamos de pessoas desagradáveis.. (risos...) Estou falado sério...

Shanti Deva, um grande letrado da Índia, do século VIII, disso que por este motivo, devemos considerar nosso "inimigo" como nosso grande amigo espiritual. Porque eles estão nos ajudando a desenvolver essa qualidade tão importante, sem a qual não podemos alcançar a iluminação.

Então, ao invés de pensarmos que essa pessoa é um problema, deveríamos ser gratos a ela. Quando alguém é muito difícil para nós e nos cria muitos problemas, ao invés de ficarmos abertos à raiva e chateados com isso, podemos pensar.. Ah obrigada! Você é tão horrível! Isso é ótimo!!( risos... )

Agora eu realmente posso praticar. Sem você, o que eu teria feito? Isso muda toda a situação.

Claro que isso não significa que se estivermos em uma situação extrema de abuso, vamos no sentar e dizer: bata mais forte.. Mas significa que, mesmo que alguém esteja em uma situação abusiva, ela pode desprender-se o mais rápido possível, com nada mais do que amor e compaixão no coração.

Buda disse que o ódio não cessa com ódio. Ódio cessa com a falta de ódio, em outras palavras, cessa com amor.

Se alguém nos perturba e acabamos sentindo raiva e frustração, nós duplicamos o problema. Entendem?

Se alguém nos faz alguma coisa nos engana, ou é difícil conosco, e sentimos toda essa raiva, frustração, nos fazendo mal, então estamos torturando nós mesmos. Certo?

Não está afetando aquela pessoa. Ela está bem. Apenas fazemos conosco o que nosso pior inimigo nos desejaria. Então, damos a nós mesmos mais dúvidas. Ao passo que, se pegarmos isso e transformarmos em uma oportunidade de nos desenvolver e ir além, então nada pode nos machucar.

É parte do nosso desenvolvimento espiritual. Isso não serve apenas para as pessoas, mas para as circunstâncias também.

Todos agora, começam a entender que as circunstâncias difíceis são, na verdade, ótimas oportunidades de crescimento.
Isso não significa que precisamos criar dificuldades, e pessoas desagradáveis. Sente-se e elas virão."( risos..)

Monja Tenzin Palmo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Se você puder


Se você puder, hoje ainda:
Olvide contratempos e mostre um sorriso mais amplo para aqueles que lhe compartilham a vida;
dê mais um toque de felicidade e beleza em seu recanto doméstico;
faça a visita, mesmo ligeira, ao doente que você deseja reconfortar;
escreva, inda que seja simples bilhete, transmitindo esperança e tranqüilidade, em favor de alguém;
melhore os seus conhecimentos, no setor de trabalho a que esteja empregando o seu tempo;
estenda algo mais de otimismo e de alegria aos que se encontrem nas suas faixas de convivência;
procure esquecer — mas esquecer mesmo — tudo o que se lhe faça motivo de tristeza ou aborrecimento;
leia alguma página edificante e escute música que pacifique o coração;
dedique alguns minutos à meditação e à prece;
pratique, pelos menos, uma boa ação sem contar isso a ninguém.
Estas indicações de apoio espiritual, se forem observadas, farão grande bem aos outros, mas especialmente a você mesmo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Choro da Estrela


Conta uma lenda que, certo dia, caminhava Deus, sossegadamente, pelo Universo.

Contemplava a Sua criação, verificando se tudo estava correndo bem.

Em certo ponto de Sua caminhada, deparou com uma estrela, num choro convulsivo.

Aproximou-se e com Seu carinho de Pai, perguntou: Por que você chora, minha filha?

A estrela, em pranto, mal conseguia falar:

Sabe, meu Pai, estou triste. Não consigo achar uma razão para a minha existência. O sol, com todo o seu brilho, fornece calor, luz e energia. Serve especialmente ao planeta azul e as pessoas ali o esperam todos os dias, alegrando-se com o seu surgimento.

As estrelas cadentes alimentam os sonhos dos românticos que as contemplam, maravilhados.

Os cometas geram dúvidas e mistérios, movimentando cientistas de todo lugar para os estudar e analisar. Todos são importantes. Todos, menos eu. Eu fico aqui parada, sem utilidade nenhuma.

Deus ouviu tudo atentamente. Com paciência, decidiu explicar para a estrela os porquês de sua existência.

Porém, nesse instante, uma voz interrompeu o diálogo. Era uma voz que vinha de longe, uma voz infantil.

Era uma criança, que caminhava com sua mãe, em um dos planetas da região.

A criança dizia: Veja, mamãe! O dia já vai nascer!

A mãe ficou um tanto confusa. Como podia uma criança que mal sabia as horas, saber que o sol logo nasceria, se tudo ainda estava escuro?

Como você sabe disso, meu filho?

E a criança alegre respondeu: Veja aquela estrela, mamãe! Papai me disse que ela anuncia o novo dia.

Ela sempre aparece um pouco antes do sol, e aponta o lugar de onde o sol vai sair.

Ouvindo aquilo, a estrela se pôs a chorar. Mas de emoção.

Não era mais preciso que Deus lhe explicasse o motivo da sua existência. Como tudo o que Ele criou, ela também tinha uma razão de ser.

Era a estrela que anunciava o novo dia. E com o novo dia, se renovam sempre as esperanças, os sonhos.

Ela servia para orientar os homens, indicando-lhes o caminho a percorrer.

Quando a vissem, eles poderiam ter certeza que logo mais o sol surgiria, abrilhantando tudo, espancando a escuridão da noite, secando as estradas da chuva torrencial das horas anteriores, aquecendo as manhãs frias.

A estrela, sentindo-se imensamente útil, encheu-se de felicidade e brilhou com mais intensidade.

Descobrira, enfim, como ela era importante e indispensável ao ciclo da vida.

* * *

Todos temos uma razão para existir, mesmo que ainda não a tenhamos descoberto.

Alguns nascem para ser estrela de outras vidas, orientando-as na caminhada.

Outros nascem para iluminar estradas, conduzir mentes, acalentar corações.

Muitos nascem para ser o suporte de outros, em sua trajetória de glórias e sucessos.

Se você ainda não descobriu porque está na Terra, eleja a si próprio estrela de luz e comece a semear amor e espalhar alegrias ao seu redor.

Assim, você iluminará a sua própria vida, iluminando todos que estão à sua volta.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Deus não desiste


Você já se deu conta de que Deus nunca desiste?
Se ainda não havia percebido, observe o mundo ao seu redor.
Se você amanhece triste, Deus lhe oferece o canto dos pássaros, antes mesmo do amanhecer, pois seu canto sonoro se faz ouvir quando a noite ainda não se despediu por completo.
Se você se sente só no mundo, Deus lhe acena com inúmeras oportunidades de conhecer pessoas e fazer novas amizades, desfazendo essa sensação de abandono.
Deus nunca desiste...
Para aqueles que não gostam dos dias chuvosos, o Criador enfeita as folhas verdes com pequenas gotas brilhantes, como querendo mostrar que a chuva tem seus encantos e belezas.
Para quem não gosta dos dias quentes, Deus oferece o espetáculo dos insetos alados, em graciosa dança, a dizer que o verão tem sua graça.
Deus nunca desiste...
Aos Seus filhos que não apreciam os dias frios do inverno, Deus mostra as noites mais limpas e cravejadas de estrelas e os dias de céu mais azul, de todas as estações.
Deus nunca desiste...
Se você ainda hão havia percebido essa realidade, comece a olhar ao seu redor. Há muitos motivos para você acreditar que o Criador está sempre fazendo o máximo para que você perceba o Seu empenho.
Só no dia de hoje, quantas mostras da ação de Deus não se podem contemplar?!
Se, para você, o dia parece inútil, as situações sem graça e os problemas sem possibilidade de solução, pare e observe melhor.
Você notará uma árvore lhe oferecendo sombra, uma flor ofertando perfume, um pássaro cantando para você, uma borboleta o convidando a bailar... porque Deus nunca desiste.
Ainda que a morte se apresente como vencedora da vida...
Mesmo que se diga o ponto final da relação de amor que nos une a outros seres...
Ainda que se proclame devastadora de sentimentos e capaz de aniquilar sonhos...
Não se deixe levar por essa farsante cruel...
Porque do outro lado do túmulo a morte será desmascarada, porque Deus nunca desiste... e a vida segue estuante.
O Criador tem planos de felicidade para você...
E jamais desistirá, enquanto você não tomar posse dessa herança que lhe foi destinada.
Essa herança está depositada no íntimo de cada um de nós, e mesmo que os milênios se escoem, que nos pareça que jamais a conquistaremos, um dia a felicidade será realidade...
Deus nunca desiste...
Ainda que no dia de hoje você não tenha nenhuma conquista significante, que a tristeza lhe ronde as horas, que a alegria pareça distante e a esperança esteja de férias... Deus não desiste.
Quando o hoje partir e nada mais restar de suas horas, Deus lhe acenará com um novo dia, e novas oportunidades surgirão para que você dê mais um passo na direção da felicidade efetiva.
E se esta existência não for suficiente para você atingir a felicidade suprema, ainda assim, Deus não desistirá...
Uma nova oportunidade irá surgir... uma nova existência lhe será oferecida... e novamente teremos a prova de que Deus não desiste.
E se Deus não desiste é porque Ele ama cada filho Seu...
E se assim é, por que você, que é herdeiro desse Pai amoroso e bom, irá desistir?
Pense nisso e observe os acenos divinos em cada convite da vida para que você jamais deixe de caminhar na direção da luz.
... Porque Deus, Deus nunca desiste.

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Significados do Amor


Vida
É o amor existencial.
Razão
É o amor que pondera.
Estudo
É o amor que analisa.
Ciência
É o amor que investiga.
Filosofia
É o amor que pensa.
Religião
É o amor que busca a Deus.
Verdade
É o amor que eterniza.
Ideal
É o amor que se eleva.

É o amor que transcende.
Esperança
É o amor que sonha.
Caridade
É o amor que auxilia.
Fraternidade
É o amor que se expande.
Sacrifício
É o amor que se esforça.
Renúncia
É o amor que depura.
Simpatia
É o amor que sorri.
Trabalho
É o amor que constrói.
Indiferença
É o amor que se esconde.
Desespero
É o amor que se desgoverna.
Paixão
É o amor que se desequilibra.
Ciúme
É o amor que se desvaira.
Orgulho
É o amor que enlouquece.
Sensualismo
É o amor que se envenena.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.

Autor desconhecido

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Vida Moderna - Reflexão Espírita


O despertador anunciou que um novo dia estava começando. No rádio as manchetes do dia. Os mesmos congestionamentos, a repetição das notícias trágicas do dia anterior.

Enquanto se preparava para um novo dia de trabalho, o executivo ouvia pelo celular os índices econômicos e a previsão do tempo.

Tomou um café rápido e se dirigiu para o automóvel. A família também o seguiu de forma automática, em silêncio. Palavras são perda de tempo e atrapalham, quando se está com a mente ocupada.

Durante todo o percurso, o homem de negócios insiste em manter o celular ao lado, ainda que seja proibido o uso enquanto dirige.

Afinal, ele irá tocar ao menos uma vez durante o trajeto, e, com certeza, será uma ligação de negócios.

Chega ao colégio e seus dois filhos adolescentes saem do carro. Ele segue para deixar a esposa em seu local de trabalho.

Ao se despedirem, há uma maior troca de palavras. Um tchau de ambas as partes.

Chega ao trabalho e dirige-se à sua mesa, dá uma olhada nos papéis e consulta a secretária sobre a agenda do dia.

Vai ao computador para checar as mensagens recebidas e apagar a grande quantidade de e-mails indesejados.

Verifica novamente os índices econômicos importantes para o seu trabalho, lê mais algumas notícias e responde os e-mails importantes.

Resolve muitos problemas enquanto outros tantos surgem, fazendo com que não tenha tempo de almoçar em casa, com a sua família.

A refeição será naquele restaurante rápido, próximo da empresa, para ganhar tempo.

Após um dia de trabalho intenso, chega em casa à noite, cansado como sempre. Logo em seguida, o celular irá tocar mais uma vez em busca da solução de algum problema que ficou pendente.

Vai verificar os e-mails novamente. Resolve os problemas do mundo moderno e vai tomar seu banho.

Senta-se para jantar, mas tem que ser breve, afinal, já está na hora do noticiário e ele precisa saber o que se passa no mundo.

Onde está a sua família? Bem, o filho deve estar no seu quarto jogando vídeogame, assistindo TV ou navegando pela Internet.

A sua filha deve estar conversando com as amigas ao telefone, ou em alguma sala de bate-papo na Internet.

E a esposa? Deve estar ao seu lado, vendo o mesmo noticiário que ele vê, mas ele nem se dá conta disso.

Ele está em um outro mundo, em um mundo mais moderno, mais tecnológico. Em resumo, em um mundo frio, onde não há relacionamentos, apenas a simples troca de informações.

Mas não é só ele que está nesse mundo, é a sua família, é a sua vizinhança, o seu bairro, a sua sociedade.

Esta talvez seja a rotina de muitas famílias que, absorvidas pelas facilidades tecnológicas do Terceiro Milênio, se esquecem do aconchego do lar e da troca de idéias tão necessários à vida de relação.

* * *

As facilidades do mundo moderno jamais deveriam afastar e isolar os membros da família.

Por mais que os recursos da tecnologia sejam úteis e necessários, eles não substituem os pais na educação dos filhos.

A Internet e a televisão são meios de comunicação frios, e não substituem o afeto e a atenção, o calor e a ternura que um abraço pode oferecer.

O mundo moderno veio para facilitar as nossas vidas e não para nos conduzir.

Afinal, nós somos o piloto ou o avião? O motorista ou o carro? O timoneiro ou o barco?

A modernidade é complexa mas não supera o ser humano que a criou.

Através de um simples botão conseguimos desligar a televisão, o telefone celular, o computador.

E isso é saudável, desde que o façamos para nos ligar à família, aos amigos, à vida, enfim.

Importante que usemos o bom senso e sigamos no rumo da felicidade tão sonhada, contando sempre com as facilidades da vida moderna, mas sem nos deixar conduzir por ela.

Redação do Momento Espírita.

domingo, 16 de novembro de 2014

Não seja ansioso


O mestre Jesus disse: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver, nem com a roupa que precisam para vestir, afinal, será que a vida não é mais importante que a comida?

E será que o corpo não é mais importante do que as roupas? Vejam os passarinhos que voam por aí: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em depósitos. No entanto o pai que está no céu dá de comer a eles, será que vocês não valem muito mais que os passarinhos? Nenhum de vocês pode viver alguns anos mais, por se preocuopar com isso.

Porque vocês estão preocupados com as roupas? vejam como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fazem roupas para si mesmo, mas eu afirmo que nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas quanto essa flores.

É deus quem veste a erva do campo, que hoje floresce e amnhã desaparece, queimada no forno. então é claro que deus vestirá também vocês que tem uma fé tão pequena. Portanto não fiquem preocupados, dizendo: onde é que vou arrumar comida, bebidas e roupas? Os pagãos estão sempre preocupados com essas coisas. O pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso.

Portanto coloquem em primeiro lugar nas suas vidas o reino de Deus e aquilo que Deus quer e ele lhes dará todas as outras coisas. Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações, para cada dia basta suas próprias dificuldades.

Autor desconhecido

sábado, 15 de novembro de 2014

A Importância dos Nomes


Certa feita, um discípulo muito ansioso por conhecer a verdade, perguntou ao mestre Confúcio:

Se o rei o chamasse para governar o país, qual seria sua primeira providência?

Aprender os nomes de meus assessores, respondeu o sábio.

Que bobagem! Essa é a grande preocupação de um primeiro-ministro?

Um homem nunca pode receber ajuda do que não conhece, afirmou o mestre. Se ele não entender a natureza, não compreenderá Deus. Da mesma maneira, se não sabe quem está do seu lado, não terá amigos. Sem amigos, não pode estabelecer um plano.

Sem um plano, não consegue dirigir ninguém. Sem direção, o país mergulha no escuro, e nem os dançarinos sabem decidir com que pé devem dar o próximo passo.

Então, uma providência aparentemente banal, que é saber o nome de quem vai estar ao nosso lado, pode fazer uma diferença gigantesca.

O mal do nosso tempo é que todo mundo quer consertar tudo de uma vez só, e ninguém se lembra de que é preciso muita gente para fazer isso.

* * *

O sábio Confúcio estava certo. E, a cada dia que passa, vamos descobrindo o quanto são importantes as pessoas que estão ao nosso lado, sejam como amigos, colegas de trabalho, subalternos ou superiores.

Essa lição é válida para todas as esferas, desde a ocupação profissional mais simples que temos, até as grandes responsabilidades dos cargos políticos do país.

No mundo da tecnologia, dos avanços científicos constantes, das grandes corporações, precisamos lembrar que os responsáveis por tudo isso são pessoas, seres humanos que têm suas famílias, seus sonhos, suas preocupações e, o mais importante, estão ofertando suas habilidades ao mundo para que ele continue se desenvolvendo.

O presidente de uma grande empresa disse que seu maior capital desce as escadas todos os dias às dezoito horas, demonstrando que tem plena consciência do valor das pessoas em sua corporação, e que se não fossem elas, não alcançaria o sucesso que alcançou.

Assim funciona em todos os ambientes que frequentamos.

Saber o nome de quem está trabalhando conosco é um início de respeito ao próximo, de valorização do trabalho dos outros. É demonstrar interesse pela vida alheia, buscando conhecê-la mais a fundo.

Seja qual for a profissão que exerçamos, lembremo-nos sempre disso, pois ao nosso lado estão vivendo seres humanos, almas como a nossa, que buscam o mesmo que buscamos.

Fomos colocados em sociedade para nos entender e nos ajudar mutuamente. Na competição destrutiva retardamos nossa evolução moral, pois deixamos de lado o amor ao próximo.

* * *

Segundo as leis morais, detalhadas em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, nenhum homem tem as faculdades completas.

É pela convivência social que eles se completam uns aos outros, para assegurar seu bem-estar e progredir.

Por isso, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Reflexão Importante - Mahatma Gandhi


Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve.
Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.
Descubra uma fonte e faça banhar-se quem vive no lodo.
Pegue uma lágrima e ponha-a no rosto de quem jamais chorou.
Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.
Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la.
Pegue a esperança e viva na sua luz.
Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descubra o amor e faça-o conhecer ao mundo"
Mahatma Gandhi


Autor
Mahatma Gandhi

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Drepressão na Infância


Está se tornando frequente a discussão em torno do problema da depressão na infância.

É assustador o número de crianças que entra nesse estado preocupante.

Mas, embora se tente descobrir as causas geradoras desse mal, e se levantem várias questões sobre o assunto, o problema continua.

Para um observador atento, talvez não seja difícil detectar as possíveis raízes do problema.

É que, envolvidos na agitação da sociedade atual, os pais e demais familiares têm esquecido de dar a devida atenção aos pequeninos.

De forma geral, eles são relegados a segundo plano na ordem das prioridades.

Em primeiro lugar, vem a ocupação dos pais com os recursos financeiros que garantam o sustento da família.

E essa preocupação absorve a tal ponto os pais que, muitas vezes, as crianças são atropeladas ao invés de conduzidas com amor e carinho.

É comum observar os pequenos no banco traseiro do automóvel ou na janela do ônibus escolar, de rostinho melancólico, olhando para o nada, como se estivessem absorvidos por profundos questionamentos.

Se pudéssemos ouvir seus devaneios, talvez escutássemos suas angústias íntimas:

Por que tenho que sair do meu lar aconchegante para ficar perto de pessoas que nem conheço?

Por que preciso deixar meus brinquedos e ir brincar, na escolinha, com outras crianças que sempre querem tomar os brinquedos que eu mais gosto?

Será que a tia não vai brigar comigo? Será que algum menino maior que eu não vai me bater? Será que vai entrar um assaltante na escola e vai me roubar?

E, que tal se quando eu voltar para casa toda minha família tenha sumido, ido embora? Ou então, será que minha mãe vai lembrar de me buscar no final da aula?

Para o adulto, que vive uma realidade diferente da criança, tudo isso parece não ter importância, mas para ela é motivo de inquietação e angústia.

Hoje em dia, movidos pelo desejo sincero de prevenir as crianças contra os males das drogas e da violência, talvez tenhamos jogado uma carga demasiado grande de pavores sobre essas almas ainda frágeis.

No lar, muitas delas convivem diariamente com a brutalidade e a violência dos jogos eletrônicos, sem maturidade para separar a ficção da realidade.

E, um dia, elas saem do lar e partem para um mundo diferente do seu, cheias de medos e inseguranças.

Além disso, carregam, nas profundezas da alma, traumas e conflitos de outras existências, pois não devemos esquecer que nossas crianças são Espíritos reencarnados.

Considerando isso tudo, se realmente desejamos ajudar nossos filhos, busquemos entendê-los melhor. Procuremos penetrar no seu mundo e oferecer-lhes o amparo e a proteção de que tanto necessitam.

Socorramos nossos pequenos que rogam, muitas vezes através da rebeldia, nossa atenção e carinho, para que possam caminhar com segurança nesse mundo turbulento e assustador para muitas delas.

* * *

Não espere que seu filho mostre sintomas de depressão, observe-o e ampare-o sempre.

Reveja suas atividades e verifique se você não está sobrecarregando seu filho com tarefas, vergando suas estruturas psicológicas, ainda frágeis.

Muitas vezes, com a intenção de preparar os filhos para o mundo competitivo de hoje, esquecemos de considerar aspectos importantes do seu psiquismo, principalmente as suas tendências e aptidões.

É de relevância que nos questionemos sobre o que é mais importante:

Instruir muito bem o homem, ou formar o homem de bem.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Gratidão


O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.

Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.

Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?

Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.

Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.

O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.

Tome, leve com cuidado.

Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.

Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.

Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:

Este colar foi comprado aqui?

Sim, senhora.

E quanto custou?

Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.

A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.

O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

* * *

Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.

E gratidão é sempre manifestação dos Espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.

Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.

A gratidão é dever que não aquece apenas quem a recebe, mas também reconforta quem a oferece.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cara de Família


Meu pai me disse que a vida
Não tem nada de marcada
E que o destino não é nada
Levando a gente na vida

E toda vez que eu paro e olho
Pra esse velho companheiro
Vejo quem deu pra essas paredes
Essa cara de família

Deixa eu ver a mão machucada
Te levanta, deixa essa cama
Estou tão triste, quero falar-te
Fica calmo filho, não chora!

E não sabem dar valor pra essas coisas...
Ter um lar é um tesouro!

Minha mãe me disse umas coisas
Sobre os ódios do meu peito
Disse que o ódio que se guarda
Vai matando só quem sente

Minha mãe juntou as minhas mãos
Ainda quando eram pequenas
E me falou que tinha um Deus
Que era um tal papai do céu
Que era Pai!

Deixa eu ver a mão machucada
Te levanta, deixa essa cama
Estou tão triste, quero falar-te
Fica calmo filho, não chora!

E não sabem dar valor pra essas coisas...
Ter um lar é um tesouro!

Meu Deus, como seria bom
Seria bem melhor se fosse sempre assim...
Meu Deus como seria bom
Só hoje pude ver o que isso fez pra mim...
Meu Deus como seria bom
Seria bem melhor pra cada um
E assim pra todos nós!!!

Cara de Família - Pe. Fábio de Melo
Autor: Padre Fábio de Melo

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Metamorfose


Você já observou a borboleta pousada sobre uma folha nova, especialmente escolhida por ela, uma que não caia antes da saída das lagartinhas do ovo, dobrar o abdome até sentir a face inferior da folha e ali colocar o ovo?

Por essas maravilhas da natureza, que somente a Providência Divina explica, cada espécie de borboleta sabe exatamente qual o tipo de planta que deve escolher para colocar o ovo que, graças a uma substância viscosa de secagem rápida, fixa-se imediatamente.

As borboletas são muito admiradas pela leveza dos seus voos e a beleza do colorido de suas asas.

Elas procuram, nas flores, na areia úmida ou em frutos fermentados, o seu alimento, sendo que as flores são muito frequentadas pelas borboletas fêmeas, enquanto os machos preferem as areias úmidas.

Algumas espécies existem que têm a capacidade de permanecer imóveis por tempo considerável, enquanto outras fazem voos curtos, por vezes muito rápidos, indo de uma flor a outra.

Elas buscam a pradaria, as ramadas das árvores, beijam as folhas farfalhantes e driblam o vento apressado.

Bailam em meio às gotículas que se desprendem das quedas d'água ou como pétalas voejam, balançando no espaço.

Seu matiz é mensagem de alegria. A sua liberdade é um convite à paz.

No entanto, dias antes de se mostrarem tão belas não passavam de larvas rastejantes no solo úmido ou na casca apodrecida de algum tronco relegado.

Lagartas, jamais sonhariam com os beijos do sol ou com o néctar das flores. Mas, passam as semanas e após a fase de crisálida, ei-las que surgem maravilhosas, coloridas, exuberantes, plenas de vida.

* * *

À semelhança da lagarta, vivemos no terreno das experiências humanas.

Afinal, chega um dia em que somos convidados a adormecer na carne para despertar na Espiritualidade, planando acima das dificuldades que nos afligiam.

É a morte que nos alcança e nos ensina que a vida não se resume num punhado de matéria que entrará em decomposição.

Também não é simplesmente um amontoado de episódios marcantes ou insignificantes, promotores de esparsos sorrisos e rios de pranto.

A vida é a do Espírito, que vive para além da aduana da morte, tendo como destino a vida na amplidão.

Por isso, quando formos constrangidos a acompanhar, com lágrimas, aquele afeto que se despede das lutas do mundo, rumando para a Espiritualidade, não lastimemos, nem nos desesperemos.

Mesmo com dores n'alma, despeçamo-nos do coração querido com um suave até logo porque exatamente como as borboletas, ele alcançou a liberdade, enfim.

* * *

Ao morrer o corpo, o Espírito que dele se utilizava como de um veículo, se liberta.

Ninguém se aniquila na morte. Muda-se, simplesmente, de estado vibratório, sem que se opere uma mudança nos sentimentos, paixões e anseios naquele que é considerado morto.

Redação do Momento Espírita

domingo, 9 de novembro de 2014

A Águia e o Cristão


A águia é usada como símbolo dos que esperam no Senhor e nEle confiam. Essa ave é interessante desde sua origem. Um frango está pronto para ser vencido no mercado em nove semanas. Águias não, elas levam, como no caso da águia real, até um ano para voarem sozinhas. Verdadeiros cristãos são como águias: podem levar tempo para amadurecer. Primeiro trigo, depois erva verde, finalmente fruto.

Você pode ver pombos, andorinhas e periquitos voando em bandos. Águias, não, sempre estão sozinhas, no máximo duas. Ficam lá no alto, olhando o azul infinito.

É do alto que vem o poder do cristão, que muitas vezes tem que ficar sozinho por causa de seus princípios. Não tenha medo de ficar só. Geralmente, o cristão anda na contramão da vida. Este mundo não foi feito nos moldes presentes para o povo de Deus. Voe alto, embora os que voam alto não sejam compreendidos. Quando alguém não é compreendido é temido e quando alguém é temido é criticado e condenado.

Alguma vez já pensou aonde vão as águias quando a tormenta vem? Aonde é que elas se escondem? Elas não se escondem. Abrem suas asas, que podem voar a uma velocidade de até 90km por hora, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que as nuvens negras, a tempestade, e os choques elétricos podem ter uma extensão de 30 a 50m, mas lá em cima brilha o sol. Nessa luta terrível podem perder penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente. Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima.

Finalmente, as águias também morrem, mas alguma vez você achou por aí um cadáver de águia? De galinha talvez, de cachorro ou de pombo, quem sabe até de um bicho do mato nessas extensas estradas de reservas ecológicas, mas cadáver de águia, você não encontra. Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Procuram com seus olhos o pico mais alto, tiram as últimas forças de seus cansados corpos e voam aos picos inatingíveis e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer elas são extraordinárias.

Talvez por isso o profeta Isaías compara os que confiam no Senhor a águias. Quem sabe hoje você tem diante de si um dia cheio de desafios. Alguns deles podem parecer impossíveis de ser vencidos, mas lembre: descanse no Senhor, passe tempo com Ele e depois parta para a luta, sabendo que além daquela tormenta brilha o sol. (Alejandro Bullon)

“Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40:31).

Autor desconhecido

sábado, 8 de novembro de 2014

Viva Melhor! Conselhos para que tenhamos uma vida melhor...


São muitas as mensagens e conselhos para que tenhamos uma vida melhor. Entre tantas, destacamos uma, cuja autoria se atribui a Benjamin Franklin.

Diz mais ou menos assim:

Faça como os passarinhos: comece o dia cantando. A música é alimento para o Espírito. Cante qualquer coisa, cante desafinado, mas cante!

Cantar dilata os pulmões e abre a alma para tudo de bom que a vida tem a oferecer. Se insistir em não cantar, ao menos ouça muita música e deixe-se absorver pela melodia.

Ria da vida, ria dos problemas, ria de você mesmo. A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir de si mesmo. Ria das coisas boas que lhe acontecem, ria das besteiras que você já fez. Ria abertamente para que todos possam se contagiar com a sua alegria.

Não se deixe abater pelos problemas. Se você procurar se convencer de que está bem, vai acabar acreditando que realmente está e, quando menos perceber, vai se sentir realmente bem.

O bom humor, assim como o mau humor, contagia. Qual deles você escolhe?

Se você estiver bem-humorado, as pessoas ao seu redor também ficarão e isso lhe dará mais força.

Leia coisas positivas. Leia bons livros, leia poesia porque a poesia é a arte de azeitar a alma.

Leia romances, leia a Bíblia, leia histórias de amor, ou qualquer coisa que faça reavivar seus sentimentos mais íntimos, mais puros.

Pratique algum esporte. As preocupações são tantas que precisam ser contrabalançadas com algum exercício físico, mesmo que seja uma simples caminhada.

Você certamente vai se sentir bem disposto, mais animado, mais jovem. Encare suas obrigações com satisfação. É maravilhoso quando se gosta do que se faz. Ponha amor em tudo que está ao seu alcance.

Desde que você se proponha a fazer alguma coisa, mergulhe de cabeça! Não viva emoções mornas, próprias de pessoas mornas.

Você pode até sair arranhado, mas verá que valeu a pena.

Não deixe escapar as oportunidades que a vida lhe oferece, elas não voltam mais nas mesmas circunstâncias. Não é você quem está passando, são as oportunidades que você deixa de usufruir.

Nenhuma barreira é intransponível se você estiver disposto a lutar contra ela. Se seus propósitos forem positivos, nada poderá detê-los.

Não deixe que seus problemas se acumulem, resolva-os logo. Fale, converse, explique, discuta: o que mata é o silêncio, o rancor.

Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibam que você as estima, as ama, precisa delas, principalmente em família.

Volte-se para as coisas puras, dedique-se à natureza. Cultive o seu interior e ele extravasará beleza por todos os poros.

Agradeça a Deus pelo que você tem, e perceberá que sempre terá mais do que precisa. Tenha fé em algo mais poderoso do que você mesmo: tenha fé em Deus.

Agindo assim, você terá estímulo para viver, do contrário nada fará sentido. Não tente, faça. Você pode!

* * *

Não existe nenhuma fórmula mágica que possa resolver as dificuldades e os problemas naturais, que fazem parte do processo evolutivo de cada criatura.

Todas as propostas e soluções para uma vida melhor dependem de cada pessoa, do seu esforço, da sua perseverança e da sua ação confiante nas Leis que regem a vida.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Para o Resto de Nossas Vidas


Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.

Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida de cada um de nós.

Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcaram e irão nos marcar, que irão mexer com a nossa existência em algum instante.

Provavelmente iremos pela vida afora colecionando essas ocorrências, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu em nossos dias, que deixou marcas; cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.

Marcas, isso, serão marcas. Umas mais profundas, outras superficiais, porém, com algum significado também.

Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros, talvez não tenham a menor importância, pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.

Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num determinado momento.

Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de Natal, uma palavra amiga num momento preciso.

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso. Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas em nossas memórias.

Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram objeto do nosso amor e, ainda outras por terem nos magoado profundamente – essas que aguardam nosso perdão.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou de tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou de realidades.

Pensemos sempre que hoje é só o começo de tudo, e que se houver algo de errado, ainda está em tempo de ser mudado, e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

* * *

A vida não é uma correnteza bravia que nos leva adiante, ou, pelo menos, não deveria ser.

Precisamos saber que estamos no comando de nossa embarcação, e que somos nós que escolhemos as direções, as velocidades, os destinos.

Não nos deixemos levar pelo transcorrer dos dias. Não deixemos a vida passar por nós e, sim, passemos pela vida, conscientes de tudo, do que devemos fazer, de quem precisamos amar, de quem precisamos perdoar.

A vida não é uma correnteza bravia que nos leva adiante, é o rio que vislumbramos do alto da cabine de comando de nosso Espírito, o rio que devemos percorrer empregando todo o nosso esforço.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Equilíbrio


Caridade é o amor em ação, aprendemos com o Apóstolo Paulo. Contudo, em nome da caridade, por vezes, cometemos algumas falhas. Por isso, é sempre bom considerar que é muito bom dar pão ao faminto. No entanto, não devemos esquecer a família. Aqueles que se encontram sob nossa guarda, nos merecem toda a atenção e cuidados.

Distribuir o agasalho, cobrindo corpos desnudos, é gesto cristão. Mas em nome dessa ação, não podemos complicar a própria vida, criando problemas para nós e para os nossos afetos.

É sinal de caridade socorrer o doente, providenciando-lhe o remédio, o médico, o hospital. Auxiliar aquele que tem dificuldades de tratar com a burocracia para conseguir um tratamento prolongado ou um internamento que se faz urgente. Entretanto, não podemos esquecer de tratar de nossa própria saúde, consultar o médico quando sintamos algo que nos desequilibra a organização física, submeter-nos a exames, tratamentos especializados, eventual cirurgia.

É excelente ajudar na instituição beneficente, doando horas a favor do próximo. No entanto, não podemos esquecer que a cada um de nós compete trabalhar para prover a própria subsistência e da família.

Quem não trabalha, se torna um peso que a sociedade deve arcar. A sociedade pode ser a parentela corporal, amigos ou instituições.

Se desejamos servir, lembremo-nos antes de tudo que a Divindade não nos pede a totalidade das horas, mas aquelas que possamos dispor e que são as do nosso descanso; do nosso lazer, sem prejuízo das que precisamos permanecer nas lidas profissionais, garantindo nosso sustento.

É importante direcionar recursos aos necessitados, colaborando com indivíduos ou instituições de beneficência.

O que não devemos esquecer é de saldar as próprias dívidas. Se assim não procedermos, estaremos prejudicando aos que trabalharam para nos ceder suas mercadorias ou seus serviços, e aguardam que cumpramos com nossos compromissos a fim de se sustentarem.

Importante visitar o lar infeliz pela viuvez, pela orfandade ou pela miséria, sem esquecer de cuidar do próprio lar.

Dessa forma, amparemos o desorientado, mas conservemos a própria harmonia, não nos permitindo a perturbação por não conseguir resolver problemas alheios.

Colaboremos na assistência social, mas respeitemos os próprios compromissos familiares, afetivos, profissionais.

Façamos a caridade, mas não esqueçamos as próprias obrigações, quaisquer que elas sejam.

Lembremos que o bem é fator de equilíbrio entre o amor ao próximo e o amor a si mesmo.

* * *

Comecemos em nossa família a obra da fraternidade geral.

Organizemos a nossa família, confiantes, entregando-nos a Deus e trabalhemos no bem, com equilíbrio, porque, em última análise, de Deus tudo procede, como atento Pai que é de todos nós.

Redação do Momento Espírita com base na mensagem Fator de
equilíbrio, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Antonio Baduy

Autor: momento espírita

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Eu só peço a Deus


Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o q'eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente

Mahatma Gandhi

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Amor de amigo


Durante um confronto bélico, um orfanato de missionários, numa aldeia vietnamita, foi atingido por várias bombas.
Os missionários e duas crianças morreram na hora e muitas ficaram feridas, inclusive uma menina de 8 anos.
Através do rádio de uma aldeia vizinha, os habitantes buscaram socorro dos americanos. Um médico da Marinha e uma enfermeira chegaram trazendo apenas maletas de primeiros socorros.
Perceberam logo que o caso mais grave era o da menina. Se não fossem tomadas providências imediatas, ela morreria por perda de sangue. Era urgente que se fizesse uma transfusão.
Saíram à procura de um doador com o mesmo tipo sanguíneo. Os americanos não tinham aquele tipo de sangue, mas muitos órfãos que não tinham sido feridos poderiam ser doadores.
O problema agora, era como pedir às crianças, já que o médico conhecia apenas algumas palavras em vietnamita e a enfermeira tinha poucas noções de francês.
Usando uma mistura das duas línguas e muita gesticulação, tentaram explicar aos assustados meninos que, se não recolocassem o sangue perdido, a menina morreria.
Então perguntaram se alguém queria doar sangue. A resposta foi um silêncio de olhos arregalados.
Finalmente, uma mão levantou-se timidamente, deixou-se cair e levantou de novo.
Ah, obrigada. - Disse a enfermeira em francês. - Como é o seu nome?
O garoto respondeu em voz baixa: Heng.
Deitaram Heng rapidamente na maca, esfregaram álcool em seu braço e espetaram a agulha na veia.
Durante esses procedimentos, Heng ficou calado e imóvel.
Passado um momento, deixou escapar um soluço e cobriu depressa o rosto com a mão livre.
Está doendo, Heng? - Perguntou o médico. Heng abanou a cabeça, mas daí a pouco escapou outro soluço e mais uma vez tentou disfarçar.
O médico tornou a perguntar se doía, e ele abanou a cabeça outra vez, significando que não.
Mas os soluços ocasionais acabaram virando um choro declarado, silencioso, os olhos apertados, o punho na boca para estancar os soluços.
O médico e a enfermeira ficaram preocupados. Alguma coisa obviamente estava acontecendo.
Nesse instante, chegou uma enfermeira vietnamita, enviada para ajudar. Vendo a aflição do menino, falou com ele, ouviu a resposta, e tornou a falar com voz terna, acalmando-o.
Heng parou de chorar e olhou surpreso para a enfermeira vietnamita. Ela confirmou com a cabeça e uma expressão de alívio estampou-se no rosto do menino. Então ela disse aos americanos:
Ele achou que estava morrendo. Entendeu que vocês pediram para dar todo o sangue dele para a menina poder viver.
E por que ele concordou? Perguntou o médico.
A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta, e Heng respondeu simplesmente:
Ela é minha amiga.
* * *
Você já pensou em ser um doador de sangue?
Geralmente só o fazemos quando a necessidade é de um familiar ou um ente querido, mas a solidariedade convida-nos a doar para salvar vidas.
Tornando-nos um doador voluntário, estaremos contribuindo grandemente com a sociedade.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Valeu a Pena?


Você, que é um homem de negócios, e se diz bem sucedido, está feliz com a vida que leva?

Se você sabe dividir bem o seu tempo entre o trabalho e a família, entre as coisas da Terra e os valores espirituais, então você é alguém muito bem sucedido.

Todavia, se é daqueles que não trabalha para viver mas vive para trabalhar, chegará um dia em que você perguntará a si mesmo: Valeu a pena?

E chegará à conclusão de que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não usufruir.

Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta do seu corpo.

Vai perceber que, mesmo rodeado de muita gente, você se sente só.

Um dia, você vai recolher-se no quarto e vai ter vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém para abraçar.

Vai ver que foi entrando numa roda viva, que não é mais dono do tempo que dizem que é seu, e que não pode gastá-lo com qualquer um.

Vai ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto, que o telefone perturba, que a gravata incomoda...

Perceberá que o seu patrimônio lhe exige tempo demais, e que acabou sendo possuído ao invés de possuir.

E, por mais que tente se livrar de tudo isso, é um escravo, embora invejado por muitos.

Vai ver que não valeu a pena passar vários anos sem férias, sem descanso.

Vai ver que não tem mais ilusões e a esperança anda com vontade de dormir...

Um dia você vai ver que passou pela vida e não viveu.

Frequentou o mundo sem saber porquê, rodou, rodou, e não saiu do lugar...

Pensou que foi, mas ficou.

Teve tudo e não sentiu nada.

Um dia, você verá que o tempo escoa tão rápido como areia fina por entre seus dedos.

E, quando chegar esse momento, você vai sentir vontade de voltar no tempo e gastar suas horas de forma diferente.

Vai querer sorrir, amar, estar com a família, misturar-se com as crianças e estender a mão ao próximo.

Vai desejar o abraço da esposa, sempre relegada a segundo plano.

Vai querer sentir a mão do seu filho acariciando-lhe os cabelos...

Vai preferir uma pizza com a criançada em vez de um jantar de negócios.

Vai desejar ser dono das horas, tirar férias, curtir tudo o que gosta...

Mas, se você deixar isto para pensar só um dia... que nunca chega, talvez você não tenha mais tempo...

Por essa razão, se você se permitiu alguns minutos para refletir sobre esta mensagem, não deixe para depois tudo o que você pode fazer agora.

Sorria, ame, curta a sua família, role no chão com seus filhos, abrace a esposa, beije sua velha mãe, diga a seu pai que o ama e gaste uma porção do seu tempo com os amigos...

Tire férias, faça um check-up, cuide da saúde, invista um pouco em você.

E aproveite para refletir sobre as coisas espirituais, já que você é um ser imortal, criado para a Eternidade...

* * *

Se você nunca sentiu o perfume de uma flor...

Jamais estendeu a mão a alguém necessitado de amparo...

Nunca observou o crepúsculo ou contemplou uma aurora...

Não tem tempo para dedicar aos familiares...

Não sai de férias há anos, para manter o serviço em dia...

Nunca emprestou um pouco do seu tempo a algum tipo de serviço social...

Então você já está morto, e ainda não percebeu.

Pense nisso, mas pense agora!

Redação do Momento Espírita

domingo, 2 de novembro de 2014

OS Benefícios da Atenção


Narra um psicólogo que um casal trouxe o filho ao seu consultório. Garoto de quatorze anos, cabeludo, foi descrito pelos pais como um terrível problema. Ele já havia fugido de casa inúmeras vezes, só retornando ao lar por interferência policial.

O relacionamento entre pais e filho era muito ruim. A mãe chorosa disse ao psicólogo que não sabia mais o que fazer. Tudo que ela e o marido podiam, davam ao filho. Ele não tinha do que reclamar. Roupas, carro, dinheiro, viagens. E o comportamento não melhorava.

O terapeuta iniciou uma série de sessões com o adolescente. Depois de algum tempo, conquistou a sua confiança e o jovem contou o seu drama emocional:

Meus pais não ligam para mim. Dão coisas para mim, até o que nem quero. Mas, nunca fazemos alguma coisa juntos. Quando tento falar com meu pai, ele nem me olha. Muito menos me escuta. Já vai perguntando se eu quero mais dinheiro. Minha mãe vive a me criticar o cabelo, o brinco na orelha, mas nunca me ouve.

Estava descoberto o problema. A causa da rebeldia do garoto chamava-se rejeição. Os pais lhe davam coisas materiais mas não se doavam a ele, em momento algum.

Psiquiatras, psicólogos, educadores e religiosos já se posicionaram, oportunamente, dizendo que a melhor atitude pessoal para ajudar alguém em dificuldade, e em especial a juventude, é o domínio da arte de prestar atenção. O que quer dizer, se interessar pela pessoa.

Ouvir como quem deseja mesmo se inteirar do problema. Observar atitudes que estejam a dizer: olhem para mim.

Isso porque toda criatura humana sente necessidade de ser ouvida. A ausência dessa atenção causa muitos problemas psicológicos a crianças, jovens e adultos.

Em verdade, a criança manhosa que fica puxando a saia da mãe ou o braço do pai, o adolescente revoltado, o desordeiro, até um determinado ponto estão gritando: eu quero a atenção de vocês.

E quem de nós não pode ceder alguns minutos para ouvir? Quando Anne Sullivan encontrou a menina Helen Keller, cega, surda e muda, ela parecia em seus seis anos de idade um animal selvagem. Fechada em seu mundo, sem conseguir ser entendida, quando não faziam aquilo que ela queria, dava beliscões, pontapés, mordidas.

Anne Sullivan realizou o milagre dando-lhe atenção. Atenção apoiada em afeição, motivada pelo interesse.

Anos mais tarde, Helen Keller escrevia em suas memórias: “senti passos que se aproximavam. Estirei a mão, e alguém a pegou, fui levantada e segura pelos braços daquela que, vindo para me revelar todas as coisas, viera, acima de tudo, para me querer bem.

Registrem na memória essa relíquia de pensamento: a moeda de ouro da atenção – aprendam a dá-la graciosa e alegremente, que os dividendos hão de voltar, derramando-se em vocês.”

***

Todos os seres humanos têm necessidade de segurança na jornada carnal, cheia de percalços.

Os pais, os educadores, os adultos em geral são modelos para a criança, que os amará, copiando suas atitudes ou os detestará, também incorporando inconscientemente sua maneira de ser.

O carinho na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito à criança são fundamentais para uma vida saudável.

Não esqueçamos que os seres humanos que compõem a nossa sociedade, com seus diversos comportamentos, são a resultante da educação na família e do seu nível de consciência individual.

Fonte:

Autor: momento espírita