É
inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral de muitas
pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade humana.
Muitos se comprazem em
urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou, simplesmente, por doença moral.
Outros se encarregam de
divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque também atormentados.
*
Não sintonizes com aqueles
que vivem nessa faixa.
Igualmente, não te permitas
atingir pelas farpas caluniosas que te arrojam.
Vive de tal forma, que o
caluniador fique desmoralizado por falta de provas.
Cada dia é lição que se
transforma em vida, ao longo do teu caminho eterno.
Diariamente surgem
episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.
Assim, perdoa o caluniador.
Ele não fugirá de si mesmo.
*
Contam que uma caluniadora
buscou o seu confessor e narrou, arrependida, a sua insensatez.
Pedindo a absolvição para o
triste delito, perguntou ao ouvinte atento qual era a sua penitência.
Aquele reflexionou,
pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma almofada de plumas, subisse à torre
da igreja dali as espalhasse ao vento com o máximo cuidado e, após, viesse
receber a competente liberação.
Tão logo terminou de
fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:
— E agora?
— Volta lá —
respondeu o sacerdote —, recolhe todas as plumas e refaze a almofada.
A calúnia são plumas ao
vento que vão sempre adiante para a amargura do caluniador.
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(De “Episódios Diários”, de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Joanna de Ângelis)