segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ante a calúnia

        É inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral de muitas pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade humana.
       Muitos se comprazem em urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou, simplesmente, por doença moral.
       Outros se encarregam de divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque também atormentados.
*
       Não sintonizes com aqueles que vivem nessa faixa.
       Igualmente, não te permitas atingir pelas farpas caluniosas que te arrojam.
       Vive de tal forma, que o caluniador fique desmoralizado por falta de provas.
       Cada dia é lição que se transforma em vida, ao longo do teu caminho eterno.
       Diariamente surgem episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.
       Assim, perdoa o caluniador. Ele não fugirá de si mesmo.
*
       Contam que uma caluniadora buscou o seu confessor e narrou, arrependida, a sua insensatez.
       Pedindo a absolvição para o triste delito, perguntou ao ouvinte atento qual era a sua penitência.
       Aquele reflexionou, pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma almofada de plumas, subisse à torre da igreja dali as espalhasse ao vento com o máximo cuidado e, após, viesse receber a competente liberação.
       Tão logo terminou de fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:
       — E agora?
       — Volta lá — respondeu o sacerdote —, recolhe todas as plumas e refaze a almofada.
       A calúnia são plumas ao vento que vão sempre adiante para a amargura do caluniador.
****    ****    ****
(De “Episódios Diários”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)