Fazendo um balanço, através de
reflexões, és impeli do a renovar conceitos, face
à necessidade de colocar o Senhor em
muitas das posições que Lhe competem e que
Lhe tens negado.
Não poucas vezes, receoso e
desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual
registrando resposta infeliz,
decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da
necessidade de sintonizar com Ele, completa os
raciocínios, pondo-O presente e
notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio
como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase
te conduzindo ao fracasso. Todavia:
"O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos
transitou da tua para províncias estranhas. Em
decorrência sofres o vazio que ficou
na alma, graças à deserção deles. No
entanto: "Aquele que não tomar
a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das
atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal
que antes te abrasava. Tens a
sensação de que já não é a mesma a chama da fé,
que ardia em ti. Apesar disso:
"O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário
daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais
dos Céus, a fim de que se robustecessem as
convicções que parecem esvaziadas de
conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples:
" os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes
que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde
o auxílio divino, na direção das
minhas necessidades?" Não obstante, a resposta
está enunciada há quase dois mil anos:
"Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez
mais, ampliando as dimensões dos seus domínios,
e a miséria, soberana, governa
milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos, em
justa compunção. No íntimo, indagas:
"Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi
dada: "Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior,
momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o
clima da província psíquica em que situa as
aspirações.
O homem alcança o destino que lhe
compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que
o suprimento de sacrifício lhe dá,
através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o
rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o
mesmo. Faze um exame racional e honesto,
a fim de verificares se a mudança,
por acaso, não terá sido de tua
parte.
O rumo que Ele nos aponta continua
indicando liberdade. As amarras foram
construídas por cada qual, para a
própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro
dos tormentosos dias, convém consultar
Jesus, sem cessar, E, se tiveres
ouvidos capazes de escutar discernindo,
percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a
mim!"
CELEIRO DE BÊNÇÃOS - Emmanuel / Chico Xavier